Pesquisadores de várias partes do mundo uniram forças para investigar o potencial terapêutico da Cannabis, mais precisamente da canabidivarina (CBDV), no tratamento da síndrome do X frágil. Os resultados acenderam uma luz de esperança para os que sofrem desse distúrbio controlarem os sintomas e terem uma vida plena.
O CBDV é um canabinoide que a Cannabis produz em baixas quantidades e que não possui efeito psicoativo. Esse composto tem chamado a atenção dos pesquisadores, graças ao seu efeito contra crises epiléticas e outras formas de convulsão. No caso da síndrome do X frágil, o CBDV ajudou nos sintomas comportamentais, como irritabilidade, ansiedade, agressividade e hipersensibilidade.
Efeitos semelhantes aos medicamentos convencionais
O estudo Early Administration of the Phytocannabinoid Cannabidivarin Prevents the Neurobehavioral Abnormalities Associated with the Fmr1-KO Mouse Model of Fragile X Syndrome foi publicado na revista científica Cells e trouxe resultados interessantes. Os testes foram feitos em animais e revelaram que, quando o CBDV foi administrado na fase da adolescência, preveniu algumas alterações cognitivas e de comportamento de forma semelhante a outros medicamentos.
Entretanto, os efeitos não se confirmaram muito expressivos, quando administraram o CBDV em adultos com a síndrome do X frágil.
Em adolescentes, o tratamento com CBDV teve desempenho comparável a outros tratamentos farmacológicos já em uso na síndrome do X frágil, como do antibiótico minociclina e de agonistas específicos do receptor GABA. A interação com o sistema endocanabinoide conseguiu normalizar o desequilíbrio dos estímulos expiatórios e inibitórios do cérebro.
CBDV para outras síndromes de neurodesenvolvimento
Os resultados dessas análises chamam a atenção para o CBDV, um composto que a planta produz em pequenas quantidades pela planta, mas que tem atividade anticonvulsivante. Por isso, poderia ser benéfico no tratamento de outros distúrbios do neurodesenvolvimento.
Além disso, o momento do início do tratamento também teve papel importante nos animais testados. Os efeitos benéficos só foram perceptíveis, quando administraram o CBDV em pacientes com a síndrome do X frágil com o cérebro ainda em formação.
Anteriormente, trouxemos resultados de uma outra pesquisa com a síndrome do X frágil, no caso, um estudo sobre os efeitos do canabidiol (CBD) nesses indivíduos. Assim como o CBDV, o CBD não desencadeou efeitos colaterais adversos e também proporcionou alívio de alguns sintomas psiquiátricos.
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