Herik mal conseguia dormir, mas achava normal. Sabia de diversas pessoas muito criativas que dormiam pouco, três a quatro horas por noite, e mantinham uma vida funcional. Só que com ele não era bem assim.
“Comecei a ficar muito mal. Fui pesquisar, e vi que isso de dormir pouco é uma técnica que as pessoas usam, e não o que acontecia comigo”, lembra Herik Campos, aos 43 anos. “Eu não tinha mais qualidade de vida nenhuma. Acordava quebrado, problema na coluna, dores de cabeça, mau humor constante. Efeito colateral de não dormir.”
Além de seu corpo, o restante de sua vida passou a acusar as consequências da insônia. “Desequilibra todos os aspectos. Atrapalha o relacionamento profissional, afetivo.”
As consequências da ansiedade
Crise que levou ao fim do seu casamento e, consequentemente, piora da situação. “Quando eu via algum amigo tendo crise de ansiedade, crise de pânico, eu questionava”, conta. “Quando aconteceu comigo, tive que acreditar na marra. Pensei que nunca ia acontecer comigo. Ter crise de ansiedade de perder o fôlego, achar que ia desmaiar. Foi tenso.”
É comum que o gatilho para situações como essa seja um ambiente de trabalho tóxico, mas não era bem o caso em sua profissão como produtor de jogos de videogame. “Isso que me pegava. Faço personagens de videogame, um trabalho legal, que não me estressa, e eu tava com um nível de estresse muito alto.”
Buscou ajuda de um psiquiatra, que receitou rivotril. “Tomei três dias só porque destruiu meu organismo”, conta Herick. “O sono até que era legal, mas o efeito colateral acabou comigo. Não queria mais levantar da cama. Queria ficar o dia todo deitado, morgando. Uma depressão total. Substitui um pelo outro, e isso não está certo.”
Cannabis para tratar ansiedade
Foi só, quando por força do trabalho, foi morar em Los Angeles, na Califórnia, que viu sua condição melhorar. Passou por um médico, que o diagnosticou com ansiedade, que, por sua vez, origina a insônia crônica. Deixou a clínica com o tratamento: Cannabis medicinal full spectrum com alto teor de canabidiol, em óleo e líquido para vaporização.
“Depois de anos tive a primeira noite bem dormida. Morava com um amigo que roncava muito, e nem escutei”, lembra. “Foi muito louco, porque no dia seguinte meu humor estava zerado. Estava feliz, sorrindo, e queria contar a experiência para todo mundo. Ligue pra minha mãe pra contar que dormi.”
Tratamento à base de Cannabis no Brasil
A preocupação só voltou algum tempo depois, quando precisou retornar ao Brasil. “Pensei: ferrou, como vou manter? Eu sabia que um prensadinho na rua não ia funcionar. precisava do remédio.”
Após muita busca, chegou ao dr. Mario Grieco. “Ele foi sensacional. Fiz um tratamento intensivo por seis meses, e agora estou só mantendo. A parte do estresse que tinha, a ansiedade, está 100% controlada”, comemora.
“Hoje, se eu for viajar e não levar o óleo, vou dormir de boa. Não tem uma dependência e eu acho isso sensacional”, continua Campos. “Eu tenho amigo que toma remédio para dormir, a gente foi para o sítio e ele não levou. Entrou em um desespero muito grande. Eu tive que acalmar ele e convencer que meu óleo ia substituir a medicação.”
Deu certo. Meu amigo dormiu bem e acordou animado. “Eu fico convertendo as pessoas. A medicação tradicional destrói seu organismo e o canabidiol não. O tratamento me deu uma tranquilizada em todos os sentidos. Até no processo de separação. Foi muito importante para colocar a cabeça no lugar.”
“Já tem quase um ano que estou no tratamento com o dr. Mário, e minha vida se restabeleceu completamente. As relações profissionais, sociais, tudo”, conclui Herik. “Estou muito feliz.”