A epilepsia é um dos distúrbios neurológicos mais antigos registrados na história da humanidade. Durante muitos séculos, pessoas com essa condição enfrentaram estigmatização, sendo associadas a crenças de possessão por espíritos ou vistas como alvo de punições divinas por supostos crimes.
Somente no século XIX, o neurologista britânico John Hughlings Jackson começou a redefinir a epilepsia como um distúrbio neurológico, associando as convulsões a atividades elétricas anormais no cérebro.
Esse marco abriu caminho para avanços no diagnóstico e tratamento da epilepsia, incluindo o uso da Cannabis medicinal mais recentemente.
A Cannabis medicinal tem uma longa história de uso no manejo de diversas condições de saúde, com o Canabidiol (CBD) sendo o principal destaque quando se fala em encefalopatia epiléptica.
Inicialmente avaliado em modelos pré-clínicos, o CBD já está sendo utilizado por pacientes devido aos seus efeitos anticonvulsivantes, ansiolíticos, analgésicos e anti-inflamatórios, além de atuar como neuroprotetor e modulador do sistema imunológico.
Então, para saber mais sobre como o Canabidiol e outros compostos da Cannabis podem beneficiar pacientes com epilepsia, acompanhe nosso artigo e explore os avanços dessa alternativa terapêutica.
Abaixo, você aprenderá sobre:
- Como a Cannabis pode ajudar no tratamento da epilepsia?
- A Cannabis para epilepsia é segura?
- O que dizem os estudos sobre a Cannabis para epilepsia?
- O uso da Cannabis para epilepsia é aprovado no Brasil?
- Quem pode usar Cannabis para epilepsia?
- Quais são os efeitos colaterais da Cannabis para epilepsia?
- Perguntas frequentes sobre Cannabis para epilepsia
- Como iniciar um tratamento complementar com a Cannabis?
Como a Cannabis pode ajudar no tratamento da epilepsia?
O tratamento da epilepsia pode ser abordado de duas maneiras principais.
Primeiro, há o uso de medicamentos, que são ajustados conforme o tipo de crise. O segundo aspecto do tratamento é a adoção de um estilo de vida saudável. Em ambos os casos, a Cannabis medicinal pode ajudar!
Antes de mais nada, precisamos entender como a Cannabis atua na própria epilepsia. Sua ação está fundamentada na interação com os sistemas biológicos reguladores do cérebro.
O principal alvo terapêutico é o sistema endocanabinoide. Esse sistema auxilia na regulação da atividade sináptica, na plasticidade neuronal e na excitabilidade cerebral, que são desregulados em pacientes com epilepsia.
Em cérebros epilépticos, a hiperexcitabilidade neuronal resulta de um desequilíbrio entre neurotransmissores excitatórios, como o glutamato, e inibitórios, como o GABA.
O CBD atua como um modulador alostérico indireto, reduzindo a excitabilidade neural através de dois mecanismos:
- Ele antagoniza o receptor GPR55, expresso em áreas do sistema nervoso relacionadas à regulação do tônus excitatório. Dessa forma, reduz a hiperatividade neuronal.
- O CBD é um agonista do TRPV1 e sua ativação sustentada reduz a sobrecarga de cálcio intracelular, normalizando a atividade neuronal.
A inflamação no sistema nervoso central é outro componente subjacente de muitas formas de epilepsia. Estudos indicam que o CBD reduz a atividade de células microgliais hiperativas, limitando a liberação de citocinas inflamatórias.
Agora, talvez o maior benefício do uso medicinal da Cannabis na epilepsia seja visível na qualidade de vida.
Em LIVE para o portal Cannabis & Saúde, o Dr. Flavio Geraldes Alves, especialista no assunto, comenta:
“O tratamento com Cannabis para epilepsia trabalha a qualidade de vida, ansiedade, depressão, sono… Ou seja, na questão das comorbidades, né? Não só na ponta do iceberg, que são as crises epiléticas. É uma abordagem pensada na qualidade de vida do paciente como um todo.”
A Cannabis para epilepsia é segura?
Quando se fala sobre o uso de Cannabis para tratar epilepsia, a primeira pergunta que vem à mente de muitos é: “É realmente seguro?”
A resposta, sustentada por uma série de estudos e até pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS), é sim, especialmente se tratando do Canabidiol (CBD).
Em 2017, a OMS lançou um relatório que validou sua eficácia em condições como a síndrome de Lennox-Gastaut e Dravet, que são formas graves de epilepsia, além de reforçarem que ele não apresenta risco de dependência ou abuso.
Isso foi um divisor de águas, porque eliminou muitos dos medos associados ao uso da Cannabis medicinal.
Agora, se formos entender de forma mais técnica o porquê de o CBD funcionar tão bem, tudo se resume a como ele interage com o cérebro.
A ação direcionada do CBD ajuda a estabilizar o sistema nervoso sem comprometer outras funções, atenuando a incidência de efeitos colaterais no tratamento.
A respeito da segurança da Cannabis para epilepsia, o Dr. Flavio complementa:
“Principalmente se tratando de estudos focados em Síndrome de Dravet ou Lennox-Gastaut, que mostram, acima de tudo, uma chance muito maior de controle das crises epilépticas com maior segurança.”
O mais impressionante é que muitos dos estudos que validam essa segurança são feitos com critérios rigorosos: grupos de controle, duplo-cego, placebo… Tudo para garantir que os resultados não sejam coincidência.
E os números são claros: a frequência das crises reduz em mais da metade para muitos pacientes, algo que, para quem vive com epilepsia, é nada menos do que transformador.
Claro, nada é perfeito, mas o consenso médico hoje é que o CBD é uma alternativa segura. Quando bem administrado e acompanhado, ele oferece uma esperança real para quem antes não tinha muitas opções.
Confira a LIVE completa aqui:
O que dizem os estudos sobre a Cannabis para epilepsia?
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Stanford revelou o papel crucial do 2-araquidonoilglicerol (2-AG), um endocanabinoide natural do cérebro, durante crises epilépticas.
O 2-AG, que tem afinidade com o receptor CB1, assim como o THC, o principal composto psicoativo da Cannabis, é rapidamente sintetizado e liberado em grandes quantidades durante as convulsões.
Esse processo reduz a intensidade das crises ao modular a atividade neuronal exagerada, especialmente no hipocampo.
Entretanto, o 2-AG apresenta uma dualidade de efeitos. Sua rápida degradação gera ácido araquidônico, que, por sua vez, promove a formação de prostaglandinas inflamatórias. Essas prostaglandinas causam os sintomas pós-convulsivos, como desorientação e amnésia.
Os pesquisadores, liderados por Ivan Soltesz e G. Campbell Teskey, monitoraram níveis de 2-AG no hipocampo durante atividades normais e crises induzidas.
Descobriram que, durante as convulsões, a liberação de 2-AG era centenas de vezes maior do que em estados de atividade regular.
Esses achados abrem caminho para o desenvolvimento de medicamentos que possam bloquear a conversão do 2-AG, como aqueles formulados à base de canabinoides.
Tal abordagem poderia, simultaneamente, aumentar os níveis de 2-AG para reduzir a severidade das crises, minimizando os danos secundários e os déficits cognitivos associados.
Outro estudo de 2021 investigou os efeitos da Cannabis medicinal em dez crianças com epilepsias intratáveis.
Cada participante foi tratado com medicamentos à base de Cannabis, com dosagens individualizadas por médicos. A principal medida de sucesso foi a redução na frequência de convulsões.
Os resultados mostraram que todos os participantes tiveram uma redução média de 86% nas convulsões, sem eventos adversos.
Além disso, o número médio de medicamentos antiepiléticos utilizados caiu de sete para apenas um após o início do tratamento com Cannabis medicinal.
O estudo concluiu que a Cannabis medicinal é uma alternativa viável, eficaz e bem tolerada para tratar crianças com epilepsias severas.
O uso da Cannabis para epilepsia é aprovado no Brasil?
Desde 2015, o Brasil reconhece oficialmente o uso de medicamentos à base de Cannabis para tratar epilepsia, especialmente em casos refratários.
Foi uma vitória conquistada a duras penas, com muitas famílias pressionando por acesso a algo que já era amplamente estudado e usado em outros países.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu o primeiro passo permitindo a importação do Canabidiol, mas o processo, na época, era burocrático e caro.
Avançando alguns anos, em 2019, a Anvisa flexibilizou um pouco mais as regras, autorizando a produção e comercialização de medicamentos de Cannabis no Brasil, desde que cumpram exigências de segurança e eficácia.
Hoje, graças a histórias reais de famílias que viram a Cannabis transformar a vida de seus filhos com epilepsia, a resistência vem diminuindo.
Muitos médicos já incluem essa alternativa em suas práticas, especialmente para pacientes que sofrem com encefalopatia de difícil controle.
Quem pode usar Cannabis para epilepsia?
Quem se beneficia do tratamento com Cannabis para epilepsia? Normalmente, pessoas com crises que não respondem bem aos remédios alopáticos, aquelas que já tentaram “de tudo” e continuam enfrentando os impactos da doença na rotina.
Estamos falando de pessoas que vivem sob o peso constante das crises, que não conseguem trabalhar, estudar ou até mesmo realizar tarefas simples sem medo do próximo episódio.
Essa indicação não tem nada a ver com idade. Pode ser para adultos, idosos ou até crianças. O que importa é a gravidade do quadro e como as crises afetam a qualidade de vida do paciente.
Por isso, é necessário que o uso seja sempre decidido em conjunto com um médico, alguém que realmente entenda da doença e saiba ajustar o tratamento às necessidades específicas de cada pessoa.
Outro ponto importante é que a Cannabis não é uma cura mágica – ela é uma ferramenta, uma alternativa poderosa para aqueles casos onde os medicamentos tradicionais falharam. Mas isso não significa que qualquer um pode decidir usá-la por conta própria.
É um tratamento sério, que requer acompanhamento, ajustes de dose e, muitas vezes, paciência para encontrar o equilíbrio certo.
Se você ou alguém próximo enfrenta crises epilépticas e sente que já esgotou as opções, vale conversar com um neurologista especializado.
É indicado para crianças?
Sim, mas aqui entra uma questão delicada. A decisão de usar Cannabis medicinal em crianças não é tomada de forma leviana, e nem deveria ser.
Estamos falando de crianças que vivem com epilepsias severas, aquelas condições onde nada parece funcionar. Nessas situações, os derivados da Cannabis podem resolver o que parecia impossível.
O que muita gente não sabe é que o tratamento em crianças é cuidadosamente ajustado. Médicos acompanham de perto, principalmente no início, para garantir que o tratamento seja seguro.
É comum começar com doses bem pequenas e ir aumentando gradualmente, sempre observando como a criança responde.
Os relatos de pais que viram seus filhos voltarem a ter uma vida minimamente normal são emocionantes.
Crianças que antes não conseguiam passar uma semana sem crises começam a ter dias inteiros livres, podem brincar, aprender e viver como deveriam.
Quais são os efeitos colaterais da Cannabis para epilepsia?
Como qualquer tratamento, a Cannabis para epilepsia tem efeitos colaterais. Mas, na maioria das vezes, eles são fáceis de gerenciar – especialmente quando comparados aos efeitos de muitos medicamentos convencionais.
Os mais comuns? Cansaço e sonolência. Algumas pessoas relatam que, no começo do tratamento, sentem uma espécie de “desaceleração”.
Para muitos, isso é até bem-vindo, considerando o desgaste que as crises frequentes causam. Mas, se isso atrapalhar o dia a dia, os médicos ajustam a dose para minimizar esse impacto.
Outra coisa que pode acontecer é a diarreia, especialmente nas primeiras semanas. É chato, mas raramente grave.
Além disso, algumas pessoas relatam mudanças no apetite – algumas ficam mais famintas, outras menos. Isso é algo que o médico monitora, mas geralmente não interfere no progresso do tratamento.
E, claro, pode haver casos de náusea ou tontura, mas esses são menos frequentes e costumam estar associados a doses mais altas ou ao uso de produtos com composições mal ajustadas.
É por isso que o acompanhamento médico é tão importante. Com os ajustes certos, a maioria desses efeitos colaterais desaparece ou se torna totalmente gerenciável.
Agora, o que realmente chama a atenção é que, diferentemente de outros medicamentos, a Cannabis não parece afetar tanto a cognição e a memória, algo que é um grande problema com antiepilépticos convencionais.
Isso significa que, na balança do risco-benefício, a Cannabis para epilepsia normalmente sai ganhando.
Perguntas frequentes sobre Cannabis para epilepsia
Aprenda mais a respeito do uso medicinal da Cannabis para epilepsia com as seguintes perguntas frequentes:
1. Cannabis para epilepsia funciona para todos os tipos de crises?
Não, a Cannabis não funciona para todos os tipos de crises epilépticas. Ela tem mostrado ótimos resultados para casos específicos, como a síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut, que são condições muito graves e difíceis de tratar.
Mas para outras formas de epilepsia, como no caso das crises de ausência, os resultados podem variar muito. É como qualquer outro tratamento: o que funciona para uma pessoa pode não ter o mesmo efeito para outra.
2. A Cannabis substitui os medicamentos tradicionais?
Em alguns casos, sim, mas não é a regra. Existem pacientes, especialmente aqueles com epilepsia refratária – que não respondem aos medicamentos convencionais – para quem a Cannabis pode ser o único tratamento eficaz.
Só que isso é uma exceção. Na maioria das vezes, a Cannabis entra como um complemento, uma ajuda extra que melhora os resultados junto com os remédios convencionais.
Claro, qualquer mudança no tratamento tem que ser decidida junto com o médico. Ninguém deveria parar de tomar medicamentos por conta própria ou sem acompanhamento.
3. Como a Cannabis para epilepsia é administrada?
A forma mais comum – e, na verdade, a única recomendada para esta condição – é por via oral. Normalmente, os pacientes usam o óleo de CBD, que pode ser pingado diretamente na boca ou colocado debaixo da língua.
Isso porque se tratando da Cannabis para epilepsia, visa-se os efeitos sistêmicos que ela produz. Por isso, a via oral é sempre preferida neste caso.
Essa forma de administração é mais eficaz porque o óleo é absorvido rapidamente e vai direto para a corrente sanguínea.
Também existem cápsulas e soluções que podem ser misturadas na comida, se o paciente preferir ou tiver alguma dificuldade com o óleo.
O importante é que seja feito de forma controlada, com a dosagem certa, sempre orientada pelo médico.
4. Quanto custa o tratamento com Cannabis?
Um frasco de óleo de CBD pode custar entre R$200 e R$2.000, dependendo da marca, da concentração e de onde é comprado.
Apesar do custo alto, muitas famílias relatam que vale a pena, principalmente quando veem uma melhora substancial na qualidade de vida do seu ente querido.
5. O uso de CBD para epilepsia causa dependência?
Essa é uma dúvida muito comum, e a resposta é direta: não, o CBD não causa dependência. A Organização Mundial da Saúde já confirmou isso, e a ciência está aí para provar.
Diferente do THC, que é o composto da Cannabis responsável pelos efeitos psicoativos, o CBD não tem esse impacto no cérebro.
E mesmo as formulações de produtos com THC, quando utilizadas de forma controlada, também não causam dependência, já que as doses de THC na composição são mínimas.
Então, quem está pensando no tratamento com Cannabis para epilepsia pode ficar tranquilo em relação a isso.
6. Qual médico prescreve o Canabidiol?
Qualquer médico com CRM ativo pode prescrever o CBD. Não importa a especialidade.
Claro, neurologistas e pediatras costumam ser os mais procurados porque eles lidam diretamente com casos de epilepsia, mas nada impede que um clínico geral, por exemplo, também prescreva.
O importante é que o profissional esteja bem informado sobre o uso da substância e consiga acompanhar o paciente de perto.
7. Quem não pode usar Canabidiol?
Embora o CBD seja seguro para a maioria das pessoas, não é todo mundo que pode usar. Quem tem alergia a algum dos componentes do produto, por exemplo, precisa evitar.
Pessoas que tomam medicamentos que interagem diretamente com o fígado também devem ter cuidado – o médico precisa avaliar isso com atenção.
Além disso, gestantes e lactantes devem ter cautela, porque ainda não sabemos ao certo como o CBD pode afetar o bebê.
É sempre bom lembrar que o tratamento com Cannabis, por mais promissor que seja, deve ser prescrito após uma análise dos riscos e benefícios. O médico é quem vai dizer com certeza se é seguro ou não para cada caso.
Como iniciar um tratamento complementar com a Cannabis?
O uso da Cannabis medicinal no tratamento de condições neurológicas tem ganhado cada vez mais espaço entre pacientes e profissionais de saúde. A questão é: como funciona na prática?
Se você ou alguém próximo precisa desse tratamento, o primeiro passo é consultar um médico que entenda do assunto. Ele vai avaliar o quadro e, se achar que o CBD é indicado, emitirá uma prescrição.
O objetivo é determinar se os medicamentos à base de canabinoides podem trazer benefícios específicos para sua condição.
Depois, é só seguir os passos necessários, que podem incluir desde a compra de produtos feitos no Brasil até a importação em casos específicos.
No caso de necessidade de importação, será preciso realizar um cadastro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a fim de obter autorização do órgão para importar o medicamento.
E para facilitar esse processo, o portal Cannabis & Saúde oferece uma rede de profissionais especializados em diversas áreas.
Com mais de 300 especialistas cadastrados, você pode clicar aqui para encontrar o profissional ideal, que alia conhecimento técnico à experiência no uso terapêutico da Cannabis.
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Conclusão
A verdade é que o uso da Cannabis para epilepsia tem mudado vidas. É um tema que ainda gera dúvidas e até polêmica, mas quando você vê as histórias de quem teve a vida transformada, fica difícil não reconhecer o impacto disso.
Estamos falando de esperança para quem já perdeu noites de sono, dias de trabalho e até anos de tranquilidade tentando lidar com uma condição tão desafiadora.
Claro, cada caso é único, e nem todo mundo vai ter a mesma experiência. Por isso, o mais importante é sempre buscar informação de qualidade, ouvir especialistas e tomar decisões com base no que é melhor para você ou para quem você ama.
Se esse tema despertou sua curiosidade, saiba que a Cannabis não se limita apenas à epilepsia. Há muito mais a explorar sobre como essa planta pode contribuir para a saúde e o bem-estar em diferentes contextos.
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Quem sabe você não encontra algo que faça sentido para sua vida ou de alguém próximo?!