No final do ano, muitas pessoas experimentam um conjunto de emoções. Enquanto para algumas as luzes de Natal despertam sentimentos positivos, para outras não é sinônimo de alegria. Há aquelas que se veem envolvidas por uma gama de sensações de tristeza e melancolia
Essa experiência pode ter a influência de uma variedade de fatores, como as pessoas que estão ou não estão mais por perto, cansaço acumulado do ano inteiro ou traumas passados. Conversamos com a psiquiatra Cintia Braga para entender como a Cannabis pode ajudar nos casos de sintomas de depressão e ansiedade relacionados a essa época.
Cannabis para ajudar a saúde mental
A Dra. Cintia Braga destacou que a planta, por já ser uma ferramenta para transtornos da saúde mental, pode trazer benefícios nos que se sentem mais afetados pela “dezembrite”.
“Muitas dessas reflexões, sentimentos, exaustão mental influenciam na manifestação de sintomas como insônia, irritação e ansiedade. O uso terapêutico da Cannabis pode ajudar muito a tornar esses sintomas mais manejáveis, para que a pessoa possa elaborar as causas do sofrimento de uma maneira melhor, mais tranquila, mais gentil consigo mesma. E consiga aproveitar as festas de fim de ano, por que afinal, é sempre bom celebrar a vida e o ano que se inicia!”
A “dezembrite” é um conceito novo para a área médica, a criação dele sinaliza a necessidade de cuidados a mais para a saúde mental nessa época do ano. Aqui no Brasil, são milhões de pessoas com transtornos de ansiedade com sintomas que podem se agravar no mês de dezembro, para ajudar esses indivíduos, a Cannabis se apresenta como uma aliada que provoca menos efeitos colaterais que a medicação convencional.
A Cannabis ajuda nesses casos graças a sua capacidade de interagir com o sistema endocanabinoide. Esse sistema regula diversas funções fisiológicas do nosso corpo, como o humor e a resposta à dor e ao estresse.
O canabidiol (CBD), particularmente, aumenta a atividade da serotonina no cérebro. Esse neurotransmissor afeta diretamente a regulação do humor, do sono e da concentração. Além disso, outros canabinoides da planta demonstraram interagir com receptores GABA no cérebro que trazem efeitos ansiolíticos.
Qualquer um pode ser vítima
Existem algumas pessoas mais suscetíveis a essa “síndrome de final de ano”, como as que têm depressão, transtorno do estresse pós-traumático ou outros transtornos de ansiedade. No entanto, a Dra. Cintia Braga lembrou que qualquer pessoa pode ser afetada pelos sentimentos que essa época do ano desencadeia.
“Quem não se trabalha em terapia, em autoconhecimento, pessoas sedentárias, ou mesmo aquelas que já estão em processsos de sofrimento mental não acompanhado podem sofrer mais. Entretanto, ninguém está imune às reflexões, cansaço mental e angústias que, por ventura essa época traz.”
É possível associar a “dezembrite” com um distúrbio chamado Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), porém esse diagnóstico não se aplicaria aos pacientes do Brasil. O TAS está relacionado ao inverno severo de outras regiões do globo e frequentemente o tratamento envolve exposição à luz solar. Estamos no verão e os casos envolvem outras particularidades.
Autocuidado na “dezembrite”
A psiquiatra também deu recomendações de atitudes que podemos tomar ao observarmos que alguém está se sentindo mais deprimido, estressado ou ansioso nesse período de festas de final de ano.
“Observar o que a pessoa precisa. Se precisa de descanso, se precisa falar sobre o assunto, se precisa de estar consigo — num momento mais introspectivo — se precisa estar com a família, se precisa de um auxílio externo, como a terapia. Acho que acolher e tentar prover da melhor maneira possível o que a pessoa demanda é o melhor a se fazer.”
Converse com seu médico
Não tratar a “síndrome de final de ano” pode causar impacto na saúde mental. Existe a possibilidade de que pessoas em tratamento para ansiedade, depressão ou insônia precisem ajustar a dosagem da medicação, com canabinoides ou não, para manejarem os sintomas mais adequadamente.
Portanto, é importante comunicar com o profissional da saúde que faz o acompanhamento do tratamento que essa época do ano traz mais desconforto. Somente ele poderá ajudar no ajuste da dose ou tomar outras medidas cabíveis.
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