Formado há 20 anos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o médico Dr. Rodrigo Eboli da Costa, CRM 142765, traz no seu DNA o foco na Medicina Paliativa. E tem como “área querida de atuação” o tratamento da dor de seus pacientes. E foi neste cenário em que seus próprios pacientes e familiares começaram a questioná-lo sobre o uso da Cannabis nos tratamentos.
No início, Dr. Rodrigo respondia apenas que não prescrevia. Porém, frente a tantas indagações, decidiu que era hora de estudar. “Os pacientes me perguntam sobre a Cannabis, eu não proibia o uso, mas não prescrevia. Pois realmente não tinha esse conhecimento. Resolvi estudar para saber como poderia ajudar. Na medida que fui pesquisando, fazendo cursos, lendo artigos, fiquei interessado cada vez”, recorda.
Hoje em dia, o médico com formação em cirurgia geral e oncológica pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), destaca os resultados rápidos e positivos com a Cannabis.
“Um dos meus papeis atuando na medicina paliativa é o controle dos sintomas como dor, náusea, ansiedade e insônia. Vejo resultados rápidos e melhora na questão da dor, ansiedade, da depressão e da tristeza com terapia canabinoide”, pontua.
Medicina paliativa e a Cannabis medicinal
Essencialmente a medicina paliativa é uma abordagem da assistência médica focada na melhoria da qualidade de vida de pacientes que enfrentam doenças graves, crônicas ou terminais. Seu objetivo principal é aliviar os sintomas e o sofrimento associados à doença, em vez de buscar uma cura definitiva.
Neste sentido, Dr. Rodrigo entende que o potencial da Cannabis é enorme nesta área. Para o profissional, os produtos à base de Cannabis funcionam como uma grande sinergia com outros medicamentos:
“Com Cannabis os resultados são muito bons. A gente acaba também tendo resultados com outras medicações que são potentes. Mas tem efeitos colaterais muito grandes. Então a introdução da terapia canabinoide junto a essas medicações tradicionais permite que a gente consiga reduzir essa quantidade de medicamentos. E consegue melhorar sintomas dos pacientes”.
Cannabis e bem-estar
O objetivo fundamental da medicina paliativa é proporcionar uma melhor qualidade de vida para os pacientes e seus familiares, promovendo o bem-estar, o conforto, a dignidade e o respeito durante todo o curso da doença.
Neste caminho, Dr. Rodrigo enfatiza a importância do alívio da dor. E as soluções que tem encontrado nos tratamentos com canabinoides.
“Resultados para dor são rápidos e com isso podemos passar a utilizar menos medicamentos, como opioides por exemplo. Na ansiedade também. Não sou contra os ansiolíticos tradicionais, mas a eficácia dos canabinoides é boa neste sentido também”, finaliza.