A medicina integrativa tem ganhado cada vez mais voz entre os pacientes e até mesmo profissionais da saúde, uma vez que busca ir além do tratamento convencional da doença, abrangendo a visão do indivíduo como um todo durante o processo de cuidados médicos.
Atualmente, as pessoas estão buscando abordagens terapêuticas inovadoras. Eles desejam métodos mais eficientes e humanizados, e esse desejo se estende ao relacionamento com os profissionais de saúde.
É uma tendência que medicinas alternativas e complementares sejam cada vez mais adotadas, pois os pacientes estão reconhecendo os benefícios de abordagens holísticas e integrativas para melhorar sua saúde.
A medicina integrativa é uma dessas abordagens, como sugere o próprio nome, visa tratar o paciente de forma integral, abordando não apenas os sintomas da doença, mas também considerando sua saúde emocional, mental e espiritual.
E se você deseja saber mais sobre a medicina integrativa e suas principais vantagens, continue conosco, pois elaboramos este artigo pensando em te contar tudo sobre essa abordagem e como ela transforma a forma como cuidamos de nossa saúde.
Neste texto, você vai encontrar:
- O que é a medicina integrativa?
- Quais são os potenciais benefícios da medicina integrativa?
- Quais são as terapias mais comuns usadas na medicina integrativa?
- Cannabis medicinal na medicina integrativa: quais os benefícios?
- Há contra indicações na medicina integrativa?
- Como escolher um profissional de saúde integrativa qualificado?
- O futuro da medicina integrativa: quais são as perspectivas?
Confira!
O que é a medicina integrativa?
A medicina integrativa é uma abordagem holística e multidisciplinar da saúde que combina práticas da medicina convencional com terapias complementares e alternativas. Seu objetivo é tratar o paciente como um todo, considerando não apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos emocionais, mentais e espirituais.
Essa abordagem enfatiza a importância da relação médico-paciente, incentivando a participação ativa do paciente em seu próprio processo de cura. Dentre as terapias utilizadas na medicina integrativa, destacam-se a acupuntura, a meditação, o uso de fitoterápicos, a terapia nutricional e outras práticas que visam restaurar o equilíbrio do organismo e promover o bem-estar geral.
O cenário da medicina integrativa no Brasil
A medicina integrativa passou a ser oficialmente implementada no Brasil em 2006, quando foi estabelecida a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Essa política foi integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), possibilitando que os profissionais de saúde utilizassem essas abordagens em seus tratamentos. Entretanto, as práticas são delimitadas pelo que está descrito no manual do programa.
Inicialmente, a PNPIC permitia apenas cinco procedimentos. Porém, conforme os anos foram passando, novas terapias foram sendo incluídas. Hoje, há cerca de 30 procedimentos autorizados para aplicação no SUS. Entre eles, temos:
- Acupuntura;
- Aromaterapia;
- Ayurveda;
- Biodança;
- Constelação Familiar;
- Cromoterapia;
- Homeopatia;
- Meditação;
- Musicoterapia;
- Reiki;
- Ioga.
As terapias mais comuns aplicadas no Brasil nesse contexto envolvem conceitos como acupuntura, auriculoterapia, reiki e massoterapia.
Os princípios da medicina integral
A medicina integrativa oferece muitos benefícios para os pacientes, pois busca tratar a pessoa como um todo, considerando não apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos mentais, emocionais e espirituais.
Entre eles, precisamos destacar abordagem holística, que pode levar a uma melhora significativa na qualidade de vida, bem-estar geral e satisfação do paciente.
Ao focar na prevenção e na promoção da saúde, a medicina integrativa pode ajudar na identificação e correção de desequilíbrios antes que se desenvolvam em problemas mais sérios, contribuindo para um estado de saúde mais resiliente e sustentável ao longo do tempo.
Outro benefício importante é a oferta de opções terapêuticas complementares e alternativas, além dos tratamentos convencionais. Isso permite que os pacientes tenham uma gama mais ampla de escolhas, podendo selecionar abordagens que se alinhem melhor às suas preferências e necessidades individuais.
Além disso, a medicina integrativa enfatiza a parceria entre o profissional de saúde e o paciente, incentivando uma relação colaborativa e centrada no indivíduo, o que pode levar a uma maior adesão ao tratamento e melhores resultados a longo prazo.
Quais são os potenciais benefícios da medicina integrativa?
Quando falamos de benefícios da medicina integrativa, precisamos sempre destacar o quanto ela eleva os aspectos físicos, emocionais e sociais de todo o tratamento.
Isso permite um tratamento mais abrangente, visando não apenas o fim dos sintomas, mas também a identificação das causas subjacentes dos problemas de saúde.
Tudo isso porque a medicina integrativa valoriza a prevenção, incentivando hábitos saudáveis e mudanças no estilo de vida, o que pode levar a uma melhoria significativa na qualidade de vida e no bem-estar geral dos pacientes.
Outro benefício importante é a combinação de terapias convencionais com práticas complementares e alternativas, proporcionando aos pacientes uma ampla gama de opções terapêuticas. Isso permite uma abordagem mais personalizada, adaptando o tratamento de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.
Além disso, a medicina integrativa busca fortalecer o sistema imunológico e a capacidade de autocura do corpo, promovendo uma resposta mais eficaz ao tratamento e acelerando o processo de recuperação.
Ao integrar o melhor de diversas abordagens médicas, a medicina integrativa se destaca como uma opção promissora para aqueles que buscam uma atenção à saúde mais abrangente, holística e centrada no paciente.
Sendo assim, a medicina integrativa pode ser benéfica para o tratamento de diversas doenças, como asma, câncer, fibromialgia, diabetes, depressão, insônia, dores nas articulações, dentre outras.
Evidências científicas por trás das práticas de medicina integrativa
Quando se trata das evidências científicas por trás das práticas de medicina integrativa, muitas terapias complementares têm sido objeto de estudos e pesquisas.
Embora nem todas as abordagens tenham a mesma quantidade de evidências, algumas práticas têm mostrado resultados promissores. Por exemplo, a acupuntura demonstrou eficácia no alívio da dor em várias condições e é recomendada por muitas diretrizes clínicas.
A meditação e a prática de mindfulness, por sua vez, têm sido associadas a benefícios na redução do estresse, melhora do sono e no bem-estar emocional.
Além disso, a terapia nutricional, que é uma parte fundamental da medicina integrativa, tem uma base sólida de evidências que demonstram a importância da dieta para a prevenção e tratamento de várias doenças crônicas.
Quais são as terapias mais comuns usadas na medicina integrativa?
Algumas das terapias mais comuns usadas na medicina integrativa incluem:
- Acupuntura: Uma prática da medicina tradicional chinesa que envolve a inserção de agulhas em pontos específicos do corpo para estimular o fluxo de energia e promover o equilíbrio;
- Medicina fitoterápica: Utilização de plantas medicinais e seus extratos para tratar diversas condições de saúde;
- Meditação e mindfulness: Técnicas que visam acalmar a mente, reduzir o estresse e promover a atenção plena;
- Ioga: Uma prática física, mental e espiritual que envolve posturas, exercícios de respiração e meditação;
- Terapia nutricional: Enfoque na alimentação e suplementação adequadas para melhorar a saúde geral;
- Aromaterapia: Utilização de óleos essenciais para estimular o bem-estar físico e emocional;
- Massagem terapêutica: Técnicas manuais que ajudam a relaxar os músculos, aliviar dores e reduzir o estresse;
- Homeopatia: Sistema médico alternativo que utiliza substâncias altamente diluídas para tratar sintomas específicos;
- Reiki: Terapia energética que busca equilibrar a energia do corpo para promover a cura e o bem-estar;
- Terapia de manipulação corporal: Inclui práticas como quiropraxia e osteopatia para aliviar dores e melhorar a mobilidade.
Cannabis medicinal na medicina integrativa: quais os benefícios?
A Cannabis medicinal também tem muito a ver com a medicina integrativa, pois traz de volta o tempo em que a medicina só tinha mesmo as plantas e a natureza para tratar as condições dos pacientes.
Essa planta apresenta um importante potencial terapêutico para pacientes portadores de diversos tipos de doenças, especialmente para aqueles que não obtêm resultados satisfatórios com as medicações convencionais.
Entre os principais benefícios estão:
- Alívio da dor: A Cannabis pode ajudar a reduzir a dor crônica em condições como artrite, fibromialgia e lesões nervosas;
- Efeito anti-inflamatório: Alguns compostos presentes na cannabis têm propriedades anti-inflamatórias, podendo ser úteis em condições inflamatórias crônicas;
- Controle da ansiedade e do estresse: A Cannabis pode ter efeitos ansiolíticos e calmantes, ajudando no controle da ansiedade e do estresse;
- Melhora do sono: Certas variedades de Cannabis podem auxiliar na indução do sono e melhorar a qualidade do descanso;
- Redução de náuseas e vômitos: A Cannabis pode ser eficaz no tratamento dos sintomas de náuseas e vômitos, especialmente em pacientes que passam por tratamentos de quimioterapia.
Outro ponto em que a Cannabis se mostra compatível com a medicina integrativa é pelo fato de ela estar completamente centrada no paciente, já que cada pessoa tem um tipo de reação ao tratamento com canabinoides e a medicina integrativa acredita em colocar o paciente como o centro de seu tratamento.
Estudos científicos sobre a Cannabis para fins medicinais
Diversos estudos científicos já mostram a eficácia da Cannabis para fins medicinais. São muitas as doenças que podem, comprovadamente, ser tratadas ou controladas com o uso de medicamentos com canabinoides.
O artigo Cannabinoid receptor type 2 gene is associated with human osteoporosis, por exemplo, demonstra por meio de testes com partes direcionadas dos genes dos receptores canabinoides, que os mesmos podem regular os osteoclastos e que a ativação do receptor CB2 pode afetar o desenvolvimento da osteoporose.
Outro estudo, Effects of cannabinoids on the anxiety-like response in mice chegou à conclusão de que existem evidências que indicam que os receptores presentes no sistema endocanabinoide afetam diretamente o controle emocional e a regulação da ansiedade.
E esses são apenas alguns exemplos. Neste artigo, você pode conferir as 30 principais doenças cujos tratamentos podem ser auxiliados pelo CBD.
Onde e como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
Para iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal, o primeiro passo é agendar uma consulta com médicos prescritores da planta.
Durante essa consulta, o profissional analisará a condição médica do paciente. Caso a patologia se mostre adequada para o tratamento com medicamentos canabiniodes, o médico fornecerá uma prescrição com a qual você poderá conseguir autorização para importação ou compra por parte da Anvisa.
No Portal Cannabis & Saúde você encontra uma lista com 250 médicos prescritores de Cannabis de diversas especialidades. Agende sua consulta!
Há contra indicações na medicina integrativa?
Sim, como em qualquer forma de tratamento médico, a medicina integrativa também pode ter contraindicações para certos pacientes ou condições específicas.
É importante lembrar que a medicina integrativa engloba uma variedade de terapias complementares e alternativas, e cada uma delas pode ter suas próprias contra indicações.
Algumas contra indicações comuns na medicina integrativa podem incluir:
- Alergias ou sensibilidades a determinados produtos naturais ou substâncias utilizadas em terapias complementares, como fitoterápicos ou óleos essenciais;
- Condições médicas específicas que podem ser agravadas ou interagir negativamente com determinadas terapias, como a acupuntura em pacientes com distúrbios de coagulação sanguínea;
- Gravidez ou amamentação, pois algumas terapias podem não ser seguras durante esses períodos especiais da vida;
- Uso de medicamentos prescritos que possam interagir com suplementos ou terapias naturais utilizadas na medicina integrativa;
- Condições médicas graves ou instáveis que possam exigir tratamento médico convencional imediato ou exclusivo.
Como escolher um profissional de saúde integrativa qualificado?
Ao escolher um profissional de saúde integrativa qualificado, é essencial considerar alguns pontos importantes para garantir um tratamento seguro e eficaz.
Em primeiro lugar, verifique a formação e credenciais do profissional. Certifique-se de que ele tenha uma formação sólida em medicina integrativa, bem como em sua área de especialização, como acupuntura, naturopatia e homeopatia. Procure por profissionais licenciados e certificados em suas respectivas áreas de atuação.
Outro aspecto relevante é buscar referências e recomendações. Pesquise opiniões de outros pacientes sobre a experiência com o profissional e a eficácia dos tratamentos recebidos. Um bom profissional de saúde integrativa deve estar disposto a ouvir suas preocupações, responder a suas perguntas e trabalhar em parceria com você para desenvolver um plano de tratamento personalizado.
Além disso, verifique se o profissional adota uma abordagem holística, considerando não apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos emocionais, mentais e espirituais de sua saúde. Ao escolher um profissional de saúde integrativa qualificado, você estará dando um passo importante em direção a uma abordagem abrangente e centrada em sua saúde e bem-estar integral.
O futuro da medicina integrativa: quais são as perspectivas?
O futuro da saúde aponta para a Medicina Integrativa como uma abordagem central. Essa tendência é evidenciada pelo fato de quase metade das faculdades de medicina nos Estados Unidos, incluindo instituições de renome, como Johns Hopkins, Harvard, Yale, Duke e Mayo, estarem incorporando o ensino da medicina integrativa em seus currículos.
Com a medicina integrativa, os futuros médicos estarão mais preparados para avaliar e tratar os pacientes como indivíduos únicos, considerando seus pensamentos, emoções, crenças espirituais, éticas e estruturas sociais, que frequentemente desempenham um papel significativo nas doenças.
Conclusão
Como abordado ao longo do texto, você pôde ver o quanto a medicina integrativa pode ser valiosa para ajudar no tratamento de diversas doenças e condições de saúde. Ao considerar não apenas o aspecto clínico, mas também o mental e espiritual, os tratamentos convencionais são reforçados, evitando a necessidade de intervenções invasivas, como cirurgias, por exemplo.
Nesse contexto integrativo, o papel central não recai somente sobre o médico, mas o paciente também é responsável pela terapia. O indivíduo deve ser visto como o principal interessado em sua própria melhora e entender que o sucesso do tratamento depende, em grande parte, de seu próprio comprometimento.
Ou seja, um ambiente de tratamento que permita ao paciente realizar todos os procedimentos em um só lugar e com atendimento padronizado certamente proporcionará uma experiência mais satisfatória para o cliente em sua totalidade.
Dessa forma, a medicina integrativa não só beneficia a saúde do paciente, mas também oferece uma perspectiva promissora para o crescimento e aprimoramento dos serviços de saúde prestados pelas clínicas.
E se você deseja incorporar um tratamento à base de Cannabis para sua condição, conheça os médicos do Portal Cannabis & Saúde e converse com os melhores profissionais prescritores da planta do Brasil.