Com a crescente preocupação com a saúde mental, entenda como a Cannabis medicinal pode ajudar no tratamento do estresse
Em um cenário onde a depressão é considerada o “mal do século”, a saúde mental entrou cada vez mais em pauta. Por isso, buscamos constantemente aprimorar nossos métodos de tratamento e encontrar maneiras de nos tornarmos mais mentalmente saudáveis. E é nessa busca que pode surgir uma correlação terapêutica entre Cannabis e estresse.
Enquanto os estudos avançam, conseguimos ter uma ideia de como essa planta pode ajudar — e, diferentemente do que podemos pensar, já é utilizada e regulamentada no Brasil. Mas, afinal, em quais casos ela pode ser útil e quais os seus reais efeitos no organismo?
Neste post, falaremos tudo o que você precisa saber sobre o uso da Cannabis para o estresse. Começaremos explicando o que é essa reação, quando ela se torna patológica e quais as possibilidades de tratamento. Continue lendo para saber mais!
O que é o estresse?
Antes de focarmos nas possibilidades de tratamento para o estresse, precisamos entender o que ele significa. A maioria das pessoas reconhece a palavra e pode dizer que já se sentiu estressado ou estressada um dia, mas o que isso quer dizer de fato?
Na verdade, o estresse é uma resposta do organismo a um evento adverso. Quando algo imprevisível ou indesejado nos ocorre, secretamos uma série de neurotransmissores e hormônios — como o cortisol e a adrenalina, por exemplo — que nos colocam em um sistema de “luta ou fuga”.
Esse é um dos mecanismos mais primitivos de nosso cérebro, e está presente em animais menos complexos que nós: é devido a ele, por exemplo, que presas conseguem fugir de um predador ou lutar pela própria vida.
No entanto, como qualquer mecanismo do corpo, o estresse pode ser considerado patológico (ou seja, causador de doenças) quando excessivo. Isso ocorre porque, no dia a dia, nem todos os eventos adversos que encontramos representam ameaças à nossa vida. Em um dia cheio de atividades, por exemplo, secretamos os mesmos hormônios e preparamos nosso corpo para o mesmo sistema de luta ou fuga.
Por isso, em um ambiente majoritariamente pacífico como o nosso, é fácil que o estresse fuja do controle e se torne um problema. Nesses casos, ele pode ser um sintoma ou um precursor de transtornos como a ansiedade, a depressão ou as insônias.
Felizmente, contamos com sistemas natos que nos ajudam a controlar o estresse e mantê-lo dentro dos limites da normalidade. Aqui, cabe dar um destaque especial ao chamado sistema endocanabinoide endógeno, que já foi considerado “essencial para a adaptação ao estresse”. Curiosamente, nosso cérebro produz substâncias muito semelhantes às presentes na Cannabis — e o utiliza para modular o efeito do estresse.
Quais os tipos de estresse?
Embora consigamos definir o estresse como fizemos no tópico acima, não existe apenas um tipo de estresse: segundo a Associação Americana de Psicologia, ele pode ser dividido em agudo, agudo episódico e crônico. Além deles, também existem o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e o Estresse Pós-Parto (EPP). Confira mais sobre eles a seguir.
Estresse agudo
Embora a palavra “agudo” seja frequentemente mal interpretada como uma forma de intensidade, o estresse agudo é o mais rápido deles. Ele ocorre quase imediatamente frente a um evento estressor, como, por exemplo, um imprevisto no trabalho.
No estresse agudo, podem ocorrer algumas reações de luta e fuga, gerando sintomas característicos. Alguns deles são:
- dores de cabeça;
- náuseas;
- sensação de palpitação;
- irritabilidade;
- aumento da pressão arterial;
- sudorese;
- sensação de queimação no estômago.
Em casos extremos, o estresse agudo pode gerar falta de ar, dor no peito e sensação de “morte iminente”, caracterizando uma crise de pânico. Felizmente, no entanto, esse tipo de estresse não costuma gerar tantos danos à saúde quanto os outros.
Estresse agudo episódico
No estresse agudo episódico, como o próprio nome sugere, o estresse ocorre repetidamente, gerando picos de ansiedade. Neles, geralmente há um estressor em comum (como falar em público ou executar alguma tarefa específica).
Como nesse tipo de estresse há um padrão relativamente bem definido, ele pode ser uma parte importante de diversas patologias, como as fobias: um exemplo comum é o medo de aranhas (ou aracnofobia), que gera picos de estresse quando a pessoa vê um aracnídeo.
Além disso, diferentemente do estresse agudo (que ocorre pontualmente ou em poucas vezes), o episódico pode trazer prejuízos importantes à qualidade de vida. Um exemplo é a fobia social, que gera crises de ansiedade quando a pessoa está em situações sociais — algo relativamente comum para a maioria dos indivíduos.
Estresse crônico
Em se tratando de prejuízo à qualidade de vida, o estresse crônico é o mais danoso. Nele, a pessoa vive constantemente estressada, podendo levar a um esgotamento físico e mental. Os sintomas não são tão exuberantes quanto no estresse agudo, mas eles estão presentes por uma duração maior.
Pessoas que sofrem com o estresse crônico frequentemente se queixam de estar sempre pensando em algum evento futuro, ou preocupadas com acontecimentos. Outras queixas comuns são a sensação constante de cansaço, a dificuldade de dormir, a perda de prazer em atividades de lazer e dores no corpo.
As doenças mais associadas ao estresse crônico são a depressão e a ansiedade. A primeira pode se instalar porque o estresse crônico ocupa por completo a mente do indivíduo, não deixando espaço para atividades prazerosas. A ansiedade, por outro lado, é caracterizada pelos sintomas geradas pelo estresse crônico, gerando constante preocupação e prejuízo funcional à vida do indivíduo.
Além da explicação psicológica para essas influências nocivas do estresse crônico, há também um raciocínio fisiológico: em condições de estresse constante, nosso corpo secreta um hormônio chamado cortisol, que tem efeitos de curto e longo prazo no cérebro — podendo fazer parte da instauração de uma doença psiquiátrica, por exemplo.
Cabe também ressaltar que o estresse crônico pode ter efeitos orgânicos, como o aumento da pressão arterial. Por isso, ele também está ligado a doenças cardiovasculares, que podem aumentar o risco de acidentes como o infarto do miocárdio ou o acidente vascular cerebral.
Por fim, o cortisol também age sobre o sistema imunológico e metabólico, reduzindo a sensibilidade à insulina e as defesas naturais do corpo. Por isso, pacientes cronicamente estressados podem ter maior propensão de desenvolver diabetes ou infecções. Outro sinal que pode estar relacionado à alta de cortisol é a queda de cabelo, que, acreditamos, está associada à vasoconstrição causada pelo hormônio.
Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT)
No TEPT, ocorre um evento de grande magnitude na vida de uma pessoa (como um assalto, por exemplo) que gera um grande trauma emocional. Isso desencadeia episódios de estresse frente a situações que recordem o incidente — como, no exemplo do assalto, caminhar pela mesma rua ou até mesmo o simples fato de andar à pé.
O TEPT, por definição, está associado a prejuízos funcionais à vida da pessoa, sendo classificado como um estresse crônico ou agudo episódico. É importante frisar que há tratamento para esses quadros, geralmente envolvendo tanto a psicoterapia quanto o uso de medicamentos. Procurar um especialista é altamente recomendado.
O tratamento do TEPT é multidisciplinar, envolvendo especialidades como a psiquiatria e a psicologia. Na maioria dos casos, é indicado tanto o tratamento medicamentoso quanto a psicoterapia.
Estresse Pós-Parto (EPP)
A gravidez é um período de modificações hormonais intensas no corpo da mulher. Como uma resultante dessas modificações (e do próprio momento psicológico em si que ela está passando), pode ocorrer o EPP, que, por definição, ocorre após o parto.
O EPP, por si só, está relacionado a duas principais patologias: o blues pós-parto e a depressão pós-parto. Enquanto o primeiro geralmente se resolve em até duas semanas e está relacionado a um estresse leve, a depressão pós-parto pode ser mais duradoura e causa mais danos à paciente.
Felizmente, o EPP tende a se restringir ao período pós-parto, especialmente se relacionado ao blues. Quando ele leva à depressão pós-parto, no entanto, é indicado tratamento para reverter os sintomas.
Quais as fases do estresse?
O estresse (especialmente o crônico) é estudado como uma curva sinusoidal, que primeiro ascende, atinge um platô e declina. Nessa curva, podemos distinguir quatro fases principais, que levam o estresse de um nível fisiológico (ou seja, saudável para as funções do organismo) ao patológico. Confira, a seguir, quais são elas.
1. Alerta
A fase de alerta é a fase inicial do processo, quando o estresse ainda cumpre um papel importante no corpo. Vamos pegar como exemplo um trabalhador que entra em uma nova empresa: é normal que ele se depare com sistemas que não viu antes, com novos colegas e uma nova rotina. Também é esperado que essas mudanças tragam uma certa tensão, que o impele a se acostumar com essas mudanças.
Se não houvesse o estresse da fase de alerta, a adaptação do indivíduo seria muito mais lenta e disfuncional frente às mudanças no ambiente; por isso, chamamos o estresse em suas primeiras fases de “fisiológico”, ou “saudável”.
O normal é que o estresse cesse após o período de adaptação e que o indivíduo retorne ao seu nível basal de tranquilidade. Quando isso ocorre, o cérebro automatiza algumas tarefas e reduz o nível de energia necessário para realizá-las.
No entanto, em alguns casos, o estímulo estressor é constante, gerando o estresse agudo episódico que mencionamos. Nesses casos, a pessoa tem que estar constantemente se adaptando ou lidando com uma carga de trabalho fora do limite normal que ela suporta. É o caso, por exemplo, de indivíduos com longas jornadas de trabalho ou que enfrentam conflitos interpessoais no trabalho.
Quando isso ocorre, o estresse entra na fase de alerta. Caso ele persista, inevitavelmente a pessoa cairá na próxima fase do processo, quando o estresse agudo episódico se torna um estresse crônico.
2. Resistência
Quando o corpo se depara com o estresse crônico, ele começa a levantar as barreiras de defesa, entendendo que há algo errado. É a fase de secreção crônica de cortisol e desvio de energia para os processos de combate ao estresse que mencionamos.
A fase de resistência, na curva do estresse, é considerada o platô — quando o corpo se sente estressado, mas ainda consegue manter a produtividade apesar dos estímulos estressores. Aqui, alguns sintomas podem começar a surgir, como o aumento da pressão arterial, a queda de cabelo e a irritabilidade.
3. Quase exaustão
O que diferencia a resistência da quase exaustão é que, na fase 3, a produtividade começa a cair. O corpo já não consegue lidar com a carga de energia necessária para os processos do dia a dia, e os hormônios secretados começam a falhar. Aqui, já ocorre disfunção executiva e os sintomas começam a se tornar mais floridos, incluindo a dificuldade na memória e na concentração.
Na quase exaustão, o alerta é máximo: invariavelmente, se o estímulo estressor persistir, o paciente prosseguirá para a próxima fase, pois já está reduzindo suas capacidades funcionais. Por isso, é recomendado atuar o mais precocemente possível, para controlar os sintomas antes que eles progridam para a fase final.
4. Exaustão
Na última fase do estresse crônico, a pessoa entra em um quadro de perda da capacidade funcional — caracterizando um quadro que chamamos de burnout. Nela, o corpo exige que os estímulos estressores sejam cessados, reduzindo drasticamente as capacidades operacionais.
Aqui, os sintomas começam a ser mais severos, incluindo sonolência constante, depressão ou infecções. Nessa fase, dificilmente há outra saída senão se afastar do agente estressor, levando a um período de reabilitação.
É exatamente na fase de exaustão que as pesquisas contra o estresse se intensificam. Ainda há poucos dados sobre como o cérebro se comporta nessa fase e quais possuímos poucas alternativas de tratamento.
Nesse contexto, as pesquisas com derivados da Cannabis podem ser um dos potenciais no tratamento da fase de exaustão. Como eles atuam nos mesmos receptores endógenos do sistema endocanabinoide, o raciocínio é de que eles fortalecem o combate inato do organismo ao estresse, especialmente em casos mais severos.
Quais são os sintomas físicos e emocionais do estresse?
Como pudemos observar, os diferentes tipos e fases do estresse se manifestam de maneira bastante diferente — e todas elas podem ser tratáveis. Por isso, é importante saber quais os sintomas, sejam elas físicos ou emocionais, desse problema.
Os sintomas do estresse agudo podem ser mais físicos do que emocionais: eles envolvem as palpitações, o aumento na frequência cardíaca e a sudorese. Nesse estágio, você pode sentir que seus pensamentos estão mais acelerados ou difíceis de alcançar um foco.
Na fase aguda recorrente, os sintomas persistem por mais tempo (e podem inclusive ocorrer fora do ambiente estressor). Um exemplo é o trabalhador que se vê pensando em questões do trabalho mesmo em domicílio, no momento em que poderia estar relaxando.
Quando o estresse se cronifica, os sintomas mesclam fatores físicos e emocionais. É característico sentir um cansaço intenso, dificuldade de concentração e perda de interesse nas atividades habituais. Além disso, a pessoa também pode desenvolver perda de cabelo, aumento da pressão arterial e problemas gastrointestinais.
Quais são as doenças causadas pelo estresse?
Como mencionamos, existem diversas patologias que estão relacionadas direta ou indiretamente ao estresse. Para ilustrar, traremos 3 das principais: uma psiquiátrica, uma orgânica e uma totalmente ligada ao estresse. Confira.
1. Depressão
O quadro depressivo é caracterizado por dificuldade de realizar atividades prazerosas e humor deprimido. Alguns outros sintomas também podem estar presentes, como a falta de apetite, a insônia e a dificuldade de concentração.
A relação entre depressão e estresse é bem consolidada: quando estamos estressados, tendemos a desviar a energia do nosso cérebro para a resolução do problema que está causando o estresse. Se esse problema persiste, apesar de nossos esforços, sobra pouco tempo e energia para as atividades de lazer. É aí que a depressão se instala.
Embora os sintomas de depressão e do estresse crônico possam se sobrepor, existem algumas diferenças entre eles. Geralmente, a depressão ocupa a maior parte do tempo dos pacientes, e ocorre quando os mecanismos de resistência ao estresse crônico não são suficientes para controlá-lo.
Além disso, pessoas deprimidas não necessariamente o são pelo estresse, podendo ter outros fatores relacionados (como o genético, por exemplo); semelhantemente, nem todas as pessoas estressadas desenvolvem depressão, podendo conseguir sobrepor os fatores estressores.
2. Hipertensão arterial
Muitos casos de hipertensão podem estar ligados a fatores emocionais, devido à ação que os hormônios do estresse causam sobre o organismo. Cronicamente, pacientes mais estressados secretam mais cortisol, que é um “vasoconstritor” — ou seja, reduz o calibre dos vasos do nosso corpo.
Com essa redução, o mesmo volume de sangue é bombeado por vasos mais contraídos, gerando uma sobrecarga em suas paredes. Essa é a definição de hipertensão arterial, uma doença crônica que está associada a maior risco de distúrbios renais, cardiovasculares e tromboembólicos.
Nas fases iniciais da hipertensão causada pelo estresse, o controle dele pode reverter a alta na pressão arterial. No entanto, caso ela persista elevada, o corpo pode se acostumar aos altos níveis pressóricos e não retornar ao basal. Nesses casos, está recomendada a terapia anti-hipertensiva para reduzir o risco cardiovascular.
3. Síndrome de burnout
A síndrome de burnout ganhou espaço nos holofotes recentemente, após ser considerada uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde. Já mencionamos, anteriormente, como esse estado de esgotamento extremo pode ser atingido nos últimos estágios do estresse crônico.
A síndrome de burnout é característica de quem enfrenta grande tensão ou longas jornadas de trabalho. Após o paciente passar pelas etapas de resistência ao estresse, a fadiga ganha força e o corpo perde algumas de suas funções — daí o nome, que, em tradução literal, significa “queimado”.
É na síndrome de burnout que o tratamento se torna ainda mais importante: além de afastar a pessoa do ambiente estressor, também é necessário reestabelecer as funções do organismo e restaurar a capacidade funcional. Daí que vêm, em parte, os esforços da ciência para oferecer um tratamento de qualidade para o estresse.
Como a Cannabis pode ajudar no estresse?
A Cannabis é uma planta, mais reconhecida pelo seu uso recreativo, que é proibido no Brasil. No entanto, pesquisas recentes têm tornado os compostos ativos da Cannabis um interessante tratamento para alguns quadros neuropsiquiátricos, incluindo o estresse crônico.
Por isso, o uso medicinal desses compostos já é regularizado no Brasil e, com prescrição médica, consegue ser utilizado para fins terapêuticos. Embora esse uso tenha se mistificado como “burocrático”, esse mito vem sendo cada vez mais desconstruído conforme os produtos a base de Cannabis vêm sendo mais prescritos.
Para termos uma noção, em outubro de 2021, 5 compostos à base de Cannabis já tinham sido aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os principais compostos ativos utilizados são o canabidiol (CBD) e o tetraidrocanabidiol (THC), em diferentes concentrações.
Acredita-se que esses compostos possam ajudar no combate ao estresse crônico atuando nos mesmos receptores que participam do sistema endocanabinoide. Isso ajudaria, conforme os estudos, a reduzir os sintomas do estresse crônico e ajudar pacientes que são refratários ao uso de outras substâncias a controlar o estresse.
Além disso, a Cannabis medicinal também é estudada para outros transtornos, como a ansiedade, a depressão e a epilepsia. O mecanismo pelo qual ela atua nesses casos ainda é incerto, mas provavelmente também está atrelado ao sistema endocanabinoide.
Felizmente, temos acompanhado grandes avanços na regularização e aprovação desses compostos no Brasil. No entanto, cabe frisar que o uso desses compostos, mesmo aprovados pela Anvisa, ainda deve passar pelo crivo de um médico prescritor.
Nesse contexto, o recomendado a quem busca o tratamento do estresse crônico (especialmente com canabinoides) é procurar um médico com experiência na área. Além de poder indicar o melhor composto, ele também estará ciente de possíveis efeitos colaterais e da dosagem correta do produto.
A relação entre Cannabis e estresse vem sendo estudada a finco pela ciência, com o objetivo de buscar melhores tratamentos para esse mal. Segundo os estudos recentes, pode haver um bom perfil para o tratamento do estresse crônico com a Cannabis medicinal, que já possui compostos aprovados no Brasil. Para ajudar no tratamento, o auxílio de um médico com experiência na área é fundamental.
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