No Brasil papel das mães na luta pelo acesso à Cannabis medicinal tem sido significativo e multifacetado. Além da luta pelo acesso e dos grupos de apoio de mães, muitas são defensoras ativas da Cannabis após experimentarem os benefícios dela para seus filhos que sofrem de condições médicas graves, como, por exemplo, a epilepsia refratária.
Mães de diferentes regiões brasileiras compartilham suas histórias,inspiram, educam e pressionam legisladores e autoridades de saúde para garantir o acesso legal à cannabis para tratamento médico.
Hoje a gente vai conhecer a história da Keli de Paula e do André Lopes de Paula, de 18 anos, com paralisia cerebral
“Quando comecei a dar o óleo eu fui com tudo, começamos com uma dose baixa. Eu mesma experimentei a gotinha para ver o gosto e quis saber como era tudo. Quando foi passando o tempo, uma e duas semanas eu já percebi a melhora no estado dele. A epilepsia deu uma baixada. E fui controlando, hoje falo abertamente sobre os benefícios”, conta Keli.
“A Cannabis medicinal é revolucionária. Ela realmente é uma esperança, pois algumas vezes você já deu tantos medicamentos e ela surge como uma tentativa e dá certo”.
O tratamento com Cannabis trouxe muitas melhorias à vida do André e da mãe dele, ela destaca o comportamento como fator principal na melhora na qualidade de vida do garoto.
“O comportamento do meu filho melhorou muito, ele tinha medo, pânico, não saímos de casa até estar com o tratamento com Cannabis. E a melhora veio mesmo na nossa segunda tentativa, quando conheci a Ana Gabriela Baptista, que eu descobri na Internet. E foi através dela que mudamos o produto à base de Cannabis, melhoramos a qualidade e os resultados surtiram efeito. Hoje meu filho manifesta as vontades dele, mesmo sem falar. Nós saímos de carro, passeamos, ele perdeu o medo e as crises diminuíram”, detalha Keli.
A história de uma mãe valente que começou logo após o nascimento de André
Não foi durante a gestação que Keli observou que seria uma mãe atípica. Porém, logo após o nascimento do André o desenvolvimento não aconteceu da maneira esperada. Após complicações no parto, o menino sofreu uma paralisia cerebral que gerou danos à sua saúde neuronal.
“Por causa da paralisia cerebral meu filho tem uma epilepsia seria. Nós seguimos com muitos tratamentos. A partir dos seis meses meu filho começou a tomar mais medicações para epilepsia. Quando ele entrou na puberdade ele começou a ter mais crises com sintomas como medo, ou seja, a área comportamental dele. Nós mudamos a medicação. Com 15 nós fizemos um eletroencefalograma e deu tudo bagunçado. Foi aí que a médica na época dele nos indicou a Cannabis medicinal e começamos a mudança”.
Live: Desafios da Epilepsia hoje, às 19h
Hoje é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia. No marco das celebrações do “Março Roxo”, Keli participa da Live “Desafios da Epilepsia” hoje, às 19h, aqui no Instagram da TegraPharma.