Estamos em ano de corrida eleitoral. Por isso, é preciso estar atento às propostas e aos posicionamentos dos pré-candidatos à presidência do Brasil. Você sabe o que cada pré-candidato opina sobre a legalização da Cannabis no país?
Para Paulo Teixeira, Deputado Federal, falar sobre a questão em ano eleitoral é crucial.
Questão Cannabis é crescente no país
Teixeira é o presidente da Comissão Especial dos Medicamentos Formulados com Cannabis. Ele “não tem dúvidas” que trazer o assunto como um dos temas emergentes da sociedade aos pré-candidatos pode acelerar o processo de regulamentação.
Em uma iniciativa da CNN Brasil, cada um dos candidatos foi questionado sobre o futuro da Cannabis. Dos 8 pré-candidatos, apenas metade respondeu diretamente a questão.
O que disse, ou não, cada pré-candidato
Veja na íntegra o que cada pré-candidato respondeu:
- Lula (PT): A assessoria do presidenciável disse que o plano de governo será elaborado com a sociedade e os partidos aliados e entregue na data prevista pelo TSE.
- Jair Bolsonaro (PL): O presidente não respondeu até o momento da publicação.
- Ciro Gomes (PDT): O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
- João Doria (PSDB): O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
- André Janones (Avante): Sou contra a liberação da maconha para usos recreativos. A ressalva ocorre apenas nos tratamentos medicinais, com recomendação profissional. O consumo de drogas é outra pandemia no Brasil e não podemos liberar o uso da maconha.
- Simone Tebet (MDB): Sou contra a liberação e a favor do uso medicinal de substâncias que a ciência comprovar que sejam eficientes no tratamento da saúde.
- Felipe d’Avila (Novo): Sou totalmente a favor do uso medicinal, baseado nos benefícios que já estão comprovados cientificamente. Também sou a favor da descriminalização do consumo, mas hesito em defender a liberação completa. As consequências indesejadas estão fazendo vários estados norte-americanos que legalizaram a maconha repensarem essa política. Defendo que estas questões possam ser tratadas em cada estado, dentro de um verdadeiro federalismo, sem a necessidade de uma proibição ou liberação em nível federal.
- Luciano Bivar (União Brasil): O uso terapêutico do canabidiol já é uma realidade em muitos países e no Brasil a Anvisa tem liberado produtos à base da substância desde 2017, o que representa um grande avanço diante dos benefícios comprovados para o tratamento de doenças graves, tais como esclerose múltipla, Alzheimer e Parkinson. Porém, o governo precisa atuar para baratear esses medicamentos, que ainda têm preços inacessíveis para as pessoas que necessitam deles. Quanto ao uso recreativo, grande parte da comunidade médica/científica alerta sobre os riscos da dependência e das sequelas nas funções cognitivas. Embora eu seja um defensor das liberdades individuais, neste ponto precisamos seguir as recomendações dos especialistas.
“Ter a pauta Cannabis na agenda é fundamental para o Brasil, tendo em vista que a ciência já comprovou a importância do uso medicinal. Só que por preconceito, o Brasil ainda não regulamentou o plantio para fins medicinais. Desta forma, entendo que tem que estar na pauta para ser votada no Congresso Nacional o mais rápido possível para não privar as famílias brasileiras de medicamentos desta natureza”, destacou Teixeira com exclusividade para o portal Cannabis & Saúde.
Cannabis hoje
Atualmente no Brasil o tratamento é regulamentado pela ANVISA. Confira os passos para ter acesso ao uso da Cannabis de forma legalizada:
1º Passo
Agende aqui uma consulta com um médico prescritor de Cannabis medicinal.
2º Passo
Obtenha a prescrição médica do produto: a receita. Saiba mais aqui.
3º Passo
Faça a submissão dos documentos para autorização da Anvisa (se necessário). Saiba como aqui.
4º Passo
Realize a compra do produto de Cannabis para o seu tratamento.