O termo “bálsamo” evoca alívio e conforto. Atualmente, a palavra é empregada metaforicamente para descrever qualquer substância que proporciona conforto e alívio físico ou emocional. É com este termo que o médico carioca Dr. Matheus Manzani Malheiros refere-se à Cannabis.
Em 2023, durante um estágio supervisionado na cidade de Petrópolis, atendeu uma paciente que sofria muito com a fibromialgia, tendo dificuldades até para sair da cama, mesmo com o uso de diversos medicamentos. Os canabinoides foram um divisor de águas para ela, proporcionando melhora significativa da dor, do sono, do humor e facilitando a retomada das atividades diárias, como cuidar dos netos. Naquele período, a formação na WeCann Academy já estava em andamento, e essa paciente foi um marco: sua primeira prescrição de cannabis para fins medicinais.
“Me formei e só queria prescrever produtos de Cannabis, acreditando no ideal e desde o início trabalhando nesta linha”.
Contudo, o Dr. Matheus ressalta a importância de não considerar a terapia canabinoide como uma panaceia. Ele a define como um “adjuvante”, ou seja, um complemento a outras abordagens terapêuticas, como atividade física e suplementação.
“Considero a Cannabis um adjuvante, não é, para mim, monoterapia. É algo coisa que eu costumo prescrever de forma complementar. É um bálsamo e é um adjuvante”, pontua.
Igualmente, o profissional destaca que a principal diferença entre os tratamentos alopáticos tradicionais e a Cannabis está nas reações adversas. Enquanto os medicamentos convencionais podem acarretar uma série de efeitos colaterais indesejados, a Cannabis, quando utilizada sob orientação médica, tende a apresentar efeitos colaterais bem tolerados.
Cannabis para fibromialgia
“Há poucas pesquisas sobre Cannabis e fibromialgia, mas dessas pesquisas que tem, 92% dos resultados clínicos são positivos. Então, é um percentual muito grande. Um percentual muito grande dessas pessoas que foram estudadas respondeu bem a Cannabis e estamos falando principalmente de compostos com THC. E apesar de ter pouca evidência, o pouco de gente que a gente tem tem uma resposta muito boa. Então, porque tem pouca evidência, a gente vai parar de usar? A gente sabe que é seguro”, reflete.
Cannabis para o manejo da dor
Adicionalmente, o Dr. Matheus destaca o potencial terapêutico da Cannabis, mencionando o conceito de pleiotropismo para ilustrar a capacidade da substância de atuar em múltiplas frentes.
“Para a dor, por exemplo, o uso da Cannabis é muito interessante. E aí tem uma palavra que eu gosto muito de usar que é pleiotropismo. O pleiotropismo é quando você está pensando em melhorar a dor, por exemplo, que é a queixa principal do paciente. Mas também acaba melhorando a qualidade do sono, uma outra coisa que a gente não estava mirando diretamente. Benefícios clínicos adicionais, essa é a ideia da palavra pleiotropismo. E a Cannabis tem muito disso.”
Desafios e oportunidades: a Cannabis como um bálsamo e uma ponte para a qualidade de vida
Para o médico, embora a pesquisa científica continue desvendando os mecanismos de ação e as aplicações da Cannabis, a experiência clínica e dados preliminares sugerem que ela representa uma ferramenta terapêutica valiosa no arsenal médico.
Em suma, a Cannabis, conforme defendido pelo Dr. Matheus, não é uma solução mágica, mas um “bálsamo” adjuvante que, quando utilizado de forma criteriosa e sob orientação médica, pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Cabe a cada pessoa buscar o seu melhor tratamento ao lado de um médico. E, neste ínterim, a Cannabis pode ser o caminho ideal. O Dr. Matheus não tem dúvidas sobre isso.
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No Brasil, a Cannabis medicinal só pode ser utilizada com recomendação e prescrição de um profissional de saúde devidamente qualificado.
Se você está pensando em iniciar um tratamento com Canabinoides, é fundamental consultar um especialista experiente no assunto. Para agendar uma consulta com o Dr. Matheus Manzani Malheiros ou visite nossa plataforma, que reúne mais de 300 profissionais especializados em Cannabis medicinal, e marque sua consulta.