O presidente da World Athletics, entidade internacional do atletismo, Sebastian Coe, disse em entrevista para o Insider que as políticas de Cannabis devem ser repensadas em todos os níveis. Desde a Agência Mundial Antidoping (WADA) até os órgãos locais precisam reconsiderar a forma como veem o uso da planta pelos atletas.
“Na verdade, encorajei nossa própria Unidade de Integridade do Atletismo a entrar em discussões com a Agência Mundial Antidoping e, obviamente, as agências nacionais antidoping, para analisar isso e voltar com alguns pensamentos e sugestões”, disse Coe.
As declarações foram dadas no início do Campeonato Mundial de Atletismo, disputado no Oregon, nos EUA. Vale lembrar que nesse estado do noroeste do país, a Cannabis já foi regulamentada para todos os fins.
A data do depoimento também é marcante por ter sido feito um ano após a suspensão da velocista estadunidense Sha’Carri Richardson pela agência antidoping dos EUA, o que fez com que ela não pudesse disputar os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, realizados em 2021 por conta das restrições da pandemia de Covid-19. O caso ficou conhecido porque a atleta teria usado Cannabis para lidar com o luto após a perda da mãe. Ela teria adquirido um produto com canabinoides no proprio Oregon.
CBD já é permitido nas Olimpíadas
“Olha, temos que reconhecer o mundo em que vivemos. Encorajei um novo pensamento em torno deste espaço porque está claro para mim que essa discussão é oportuna”, comentou Sebastian Coe.
A World Athletics é o órgão que gere o atletismo no mundo. Ela foi criada há mais de 100 anos, a fundação foi em 1912, e é a entidade que organiza os campeonatos de atletismo profissional, sub-20 e sub-18. Não é ela que determina as políticas antidoping, essa responsabilidade é da WADA, mas pode propor discussões e reflexões sobre as políticas. Num contexto de regulamentação dos usos da Cannabis em todo o mundo, as autoridades reconhecem que a proibição do uso da planta pelos competidores do atletismo precisa ser revista.
Desde 2021, o CBD é permitido nas competições supervisionadas pela WADA, inclusive os Jogos Olímpicos, já o THC continua sendo proibido no período de competições.
Cannabis e o esporte
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