Hoje é o Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro. A data é uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Conscientização para prevenir o câncer
O objetivo principal da data é aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença. Além de influenciar governos e indivíduos para que se mobilizem pelo controle do câncer.
Estimativas para o Brasil
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, INCA, para o Brasil, a estimativa para o triênio de 2023 a 2025 aponta que ocorrerão 704 mil casos novos de câncer, 483 mil se excluídos os casos de câncer de pele não melanoma.
Este é estimado como o mais incidente, com 220 mil casos novos (31,3%), seguido pelos cânceres:
- de mama, com 74 mil (10,5%);
- próstata, com 72 mil (10,2%);
- cólon e reto, com 46 mil (6,5%);
- pulmão, com 32 mil (4,6%);
- estômago, com 21 mil (3,1%) casos novos.
Como prevenir o câncer?
Embora compreenda fatores genéticos, é possível prevenir a doença com ações que reduzam os riscos de desenvolver a doença:
- Não fumar
- Ter uma alimentação saudável protege contra o câncer.
- Manter o peso corporal adequado.
- Praticar atividades físicas.
- Amamentar
- Vacine-se contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos.
- Vacine-se contra a hepatite B.
- Evite a ingestão de bebidas alcoólicas.
- Evite comer carne processada.
- Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios.
- Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho.
Cannabis como uma aliada contra o câncer
Recentemente, o Dr. Alexandre Assuane falou sobre o potencial dos canabinoides no tratamento de dores crônicas e câncer durante mais uma live do Cannabis & Saúde. Baseado em evidências científicas, o Dr. Assuane explicou o papel do sistema endocanabinoide e como tratamentos com canabinoides podem ser aliados poderosos em diferentes patologias, como o câncer e o tratamento de dores crônicas.
A importância do sistema endocanabinoide para a saúde
“O sistema endocanabinoide é altamente complexo com dezenas de receptores que fazem esta metabolização. E o grande alvo é realmente a homeostase, que é o equilíbrio do organismo. Mas a gente sabe que o sistema endocanabinoide está envolvido em diversas ações, tanto na patologia quanto na fisiologia. Para você ter um corpo saudável é preciso estar com o sistema endocanabinoide em dia. É o que as pesquisas estão nos mostrando, como atingir a homeostase”, explicou Dr. Assuane.
Canabidiol é um neuroprotetor e pode ajudar quem está realizando tratamento contra o câncer
“Podemos ter problemas relacionados aos tratamentos do câncer, como a neuropatia. É um dos efeitos colaterais de certos tratamentos, os nervos vão se degradando. Então a Cannabis medicinal, o CBD em especial, é um neuroprotetor e vai atuar diminuindo os radicais livres e os compostos que danificam os nervos. é uma prevenção que pode acontecer, de uma forma protetora. E é por isso que usamos canabinoides para dores neuropáticas também. É um alívio que o uso compassivo dos canabinoides pode proporcionar”, destacou Dr. Assuane sobre o potencial do CBD.
Cannabis como uma forma de tratamento alternativo para pacientes com câncer
Em um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em 2015, foi notado que os canabinoides têm efeitos que podem ajudar a aliviar as dores e náuseas causadas pelos métodos usados para tratar o câncer, como a quimioterapia, por exemplo.
E apesar de não ser recomendada para uso isolado no tratamento contra o câncer, o estudo apontou que, quando associada às terapias convencionais, a Cannabis pode ter efeitos bastante satisfatórios.
O estudo também mostra que há indícios também de que a erva possa, inclusive, ser eficaz como um anticancerígeno, diminuindo tumores em quantidade e, também, em tamanho.
Outro estudo também confirma a eficácia da Cannabis no controle dos sintomas causados pela quimioterapia, e acrescenta que o THC teve efeitos positivos também contra depressão e perda de peso em pacientes com câncer avançado, apresentando efeitos colaterais leves, como sono e tontura, em apenas 25% dos pacientes.