Paula Costa Silva chegou a acreditar que havia perdido sua mãe para sempre por conta do Alzheimer, até que a Cannabis chegou para mudar tudo
Tudo começou com uma panela esquecida no fogo. Aos 70 anos, Elisa da Costa Silva, após tantos anos dedicada ao cuidado do lar, passou a se esquecer das coisas mais simples, há muito parte de sua rotina. “Com os lapsos dela e fomos ao geriatra”, conta sua filha, Paula Costa Silva. “Em 2015, foi diagnosticada com Alzheimer.”
O tratamento convencional, com galantamina e antidepressivos, pouco ajudou no quadro de Elisa, que seguiu piorando. Até que, com a chegada da pandemia, tudo ficou insustentável. Em junho de 2020, após os primeiros meses do isolamento social, começaram as crises de demência.
Cannabis no tratamento do Alzheimer
Profissional de Educação Física, Paula sempre se manteve atualizada sobre as novidades da medicina. Dessa forma, descobriu que a Cannabis medicinal poderia ajudar a melhorar a qualidade de vida de sua mãe.
“A gente acabou ficando muito preocupado e procuramos uma neurologista”, relata. “Ela não prescrevia Cannabis. Recomendou que usássemos o ácido valpróico, para potencializar o efeito do antidepressivo.”
Seguiram a recomendação, mas sem muito resultado. Em março deste ano, a crise voltou, ainda mais forte. “Ela tinha alucinações e dizia que tínhamos sequestrado ela e que queríamos matá-la. Tentou fugir, não comia e nem bebia nada que dávamos. Ela achava que estava envenenado. Quando ficava exausta e faminta, aceitava a comida e bebida, mas muito desconfiada.”
“Descobrimos que ela estava com infecção urinária e foi um custo fazer ela tomar o antibiótico”, continuou. “Minha irmã, meu pai e eu, que cuidamos dela durante o período da crise de demência. Uma barra terrível. Minha mãe sempre foi uma pessoa calma e bem humorada. Durante os quase 3 meses que ela ficou assim, a gente não tinha paz. Ela nos xingava o tempo todo, chegou a agredir meu pai, jogava a água que dávamos fora, cuspia a comida. Bem difícil.”
De volta à neurologista, saíram com receita de mais um medicamento alopático, ainda mais forte, voltado para a demência. “Ela disse que minha mãe estava em um quadro irreversível do Alzheimer e de demência. Eu já tinha conversado com a neurologista e ela não tinha recomendado o tratamento com Cannabis porque achava que não tinha pesquisas suficientes a respeito”, afirmou. “Eu e minhas irmãs não aceitamos esse diagnóstico e fomos atrás de um prescritor de Cannabis.”
Enfim a Cannabis
Assim, conheceram a médica geriatra Letícia Mayer. “Eu tive uma sorte muito grande de encontrá-la. Uma pessoa incrível. Muito boa, do ponto de vista humano e profissional. Ela está fazendo o acompanhamento da minha mãe com o uso da Cannabis.”
Elisa seguiu com o tratamento convencional, mas, em apenas 15 dias, a família já pôde notar que estava dando resultado. “De julho para cá, tem usando e vimos uma melhora incrível do quadro”, comemora Paula. “Antes ela andava arrastando os pés, hoje anda normalmente.”
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Benefícios do tratamento do Alzheimer com Cannabis
Esse foi só o começo. “Antes ela não reconhecia meu pai, hoje ela reconhece, acaricia, chama ele pelo nome. Reconhece a todos nós da família, que somos mais íntimos. A neta. Tudo coisa que já não vinha fazendo”, conta. “Em quadro de melhora, melhora, cada vez maior. Hoje mesmo eu falei com a minha mãe pelo telefone como se ela não fosse portadora de Alzheimer.”
De uma situação em que, muitas vezes, acreditou não haver mais retorno, hoje Paula só se arrepende por não ter insistido na Cannabis antes da doença ter avançado tanto. “Dar esse depoimento faz com que eu fique emocionada. Meus olhos ficam cheios de lágrimas em pensar em quanto tempo a gente perdeu por não começar o tratamento. O quanto a minha poderia estar melhor do que está.”
Hoje, não pensa duas vezes ao recomendar a Cannabis medicinal para pessoas que vivem situação semelhante. “O óleo de CBD no tratamento de Alzheimer é algo que salta aos olhos. É incrível a melhora dos pacientes. Não há preço que pague você olhar nos olhos da sua mãe e ela te reconhecer. Chamar pelo nome, e conviver com a gente, estar de volta, rir.”
“Ela sempre foi muito bem humorada. Muito esperta e pronta para tirar um sarro de quem quer que fosse. Ver ela retomar as sacadas que tinha antes da doença, não tem preço”, finalizou Paula.
“Claro que não tá totalmente lúcida. Não teve uma recuperação plena, mas posso dizer que eu tenho minha mãe de volta junto com a gente, vivendo as emoções do dia a dia. Melhor do que se estivesse dopada com remédios, sem consciência do que está ao redor dela.”