O câncer de pâncreas representa 2% de todos os tipos de câncer no Brasil, sendo responsável por 4% do total de mortes por câncer. Esta doença normalmente não causa sintomas no início, muitas vezes levando a óbito num período de tempo relativamente curto.
As causas e fatores de risco para este câncer são múltiplas. Como as chances de sobrevivência são baixas, os tratamentos geralmente visam retardar o desenvolvimento do tumor. A detecção precoce deste câncer permite bom prognóstico.
O desenvolvimento de novos tratamentos ou novas abordagens terapêuticas permitem melhorar a qualidade de vida de quem sofre com esta doença.
Neste artigo, o portal Cannabis & Saúde irá explicar o que é o câncer de pâncreas, os fatores de risco, sintomas, o que provoca a doença e como diagnosticá-la.
Vamos falar sobre os tratamentos disponíveis para a doença, desde cirurgia, quimioterapia e radioterapia, até tratamentos complementares com Cannabis. Continue lendo para aprender sobre:
- O que é o câncer no pâncreas?
- Fatores de risco do câncer no pâncreas
- Sintomas de cada estágio do câncer no pâncreas
- O que provoca câncer no pâncreas?
- Como diagnosticar o câncer no pâncreas?
- Quais são os tratamentos disponíveis para câncer no pâncreas?
- Qual o tempo de vida de uma pessoa com câncer no pâncreas?
- Tratamento do câncer no pâncreas com canabidiol (CBD)
- Pesquisas mais recentes sobre a eficácia do Canabidiol na cura do câncer
- Quais são os remédios de canabidiol utilizados no tratamento do câncer?
- Como os pacientes podem comprar os remédios com CBD?
- Tem como prevenir o câncer no pâncreas?
O que é câncer de pâncreas?
O pâncreas é uma glândula localizada atrás do estômago e um dos órgãos que integram o sistema digestivo.
É composto por três partes (cabeça, corpo e cauda) e possui duas funções: a endócrina, (produção de insulina, hormônio que controla o nível de glicemia no sangue) e exócrina (produção de enzimas envolvidas na digestão e absorção dos alimentos).
O câncer pancreático desenvolve-se quando as células desse órgão se multiplicam fora de controle e desenvolvem um tumor.
Cerca de 95% dos cânceres pancreáticos são tumores exócrinos, começando nas células exócrinas do órgão. Assim, estes tipos de câncer são chamados adenocarcinomas ductais pancreáticos.
Cerca de 5% dos tumores pancreáticos são tumores neuroendócrinos (TNEs), também conhecidos como tumores das células das ilhotas de Langerhans.
Há muitos subtipos deste tipo de tumor. Muitas vezes crescem mais lentamente do que os tumores exócrinos e são mais frequentemente benignos.
Não há uma causa determinada que resulte neste câncer, mas fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doença.
O câncer pancreático é normalmente detectado tardiamente. O diagnóstico desse câncer é feito após uma combinação de exames clínicos, exames de imagem, exames de sangue e tecido tumoral.
Esses testes e análises também ajudam a estabelecer o estágio de avanço da doença. O tratamento destes tumores é baseado no seu estágio de crescimento.
As chances de sobrevivência ou de recuperação são baixas. Apenas a cirurgia (possível para cerca de 20% dos pacientes), combinada com a quimioterapia, pode levar à remissão deste câncer.
O câncer no pâncreas tem cura?
Sim, o câncer no pâncreas tem cura. A chance de cura do paciente gira em torno de 10%.
Esse índice aumenta e chega a quase 40% quando o diagnóstico é feito cedo e cai consideravelmente para menos de 2% em caso de metástase.
Qual a incidência do câncer no pâncreas?
De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (International Agency for Research on Cancer, World Health Organization), o câncer pancreático representa 2,5% dos casos de câncer em todo o mundo.
Fatores de risco do câncer no pâncreas
As causas do desenvolvimento do câncer no pâncreas não são totalmente claras. No entanto, muitos fatores de riscos podem estar envolvidos na propensão a esta doença. Entre os quais, podemos citar:
Fatores genéticos
Vários fatores hereditários e genéticos foram identificados como uma possível causa de câncer pancreático.
O câncer no pâncreas que ocorre em pessoas que não são portadoras de uma mutação genética de alto risco, chamada de câncer pancreático esporádico, representa 90% dos casos.
Apenas uma pequena proporção (cerca de 5-10%) seria explicada por formas hereditárias, como agregações familiares e síndromes genéticas de alto risco.
Nesses, destacam-se as síndromes de predisposição genética com associação ao câncer de pâncreas como: câncer de mama, síndromes de Peutz-Jeghers e pancreatite hereditária.
Tabagismo
O tabaco tem sido reconhecido como um fator de risco comprovado para o câncer pancreático. O tabagismo está envolvido no desenvolvimento do câncer pancreático em 20-30% dos casos.
O risco de câncer pancreático aumenta com o consumo de tabaco: 2% para um cigarro fumado por dia e 62% para 20 cigarros fumados por dia.
Excesso de peso e obesidade
Estudos recentes descobriram que a obesidade e o câncer pancreático estão fortemente associados. Portanto, um IMC acima de 35 é um dos fatores de risco para o câncer pancreático em homens e mulheres.
Diabetes
Homens e mulheres com diabetes tipo 1 também têm maior risco de desenvolver câncer pancreático (53% para homens e 25% para mulheres).
A diabetes tipo 2 é um dos principais fatores de risco para vários tipos de câncer. Estudos epidemiológicos indicam que os pacientes com diabetes tipo 2 têm um risco maior de desenvolver câncer pancreático.
Exposição a substâncias
Várias substâncias também desempenham um papel na ocorrência de câncer pancreático exócrino, tais como: exposição a solventes, metais como níquel ou cromo, sílica, inseticidas organoclorados, amianto e radiação ionizante.
Agricultores, trabalhadores de manutenção predial e da indústria de petróleo são grupos de maior exposição a estas substâncias e apresentam maior risco de desenvolver a doença.
Sintomas de cada estágio do câncer no pâncreas
O câncer no pâncreas pode desenvolver-se durante muito tempo sem causar sintomas. Quando os primeiros sintomas aparecem, eles não são normalmente muito específicos.
De maneira geral, o câncer de pâncreas pode ser classificado em 4 estágios diferentes, do menos para o mais grave. Em cada estágio, os sintomas variam muito.
Os estágios do câncer do pâncreas são:
- Estágio 1 — fase precoce. O tumor canceroso está localizado apenas no pâncreas.
- Estágio 2 — a massa cancerosa começou a se espalhar para fora da glândula para os tecidos dos órgãos vizinhos, onde há células cancerígenas nos gânglios linfáticos perto do pâncreas.
- Estágio 3 — o tumor se espalhou para grandes vasos sanguíneos próximos, mas não atingiu áreas mais distantes do corpo, como fígado ou pulmões.
- Estágio 4 —as metástases são encontradas em áreas distantes do corpo, tais como o fígado ou os pulmões.
Sintomas do câncer no pâncreas na fase inicial
Quando o paciente não tem metástase e o tumor é pequeno, os sintomas podem ser confundidos com outras doenças. Neste estágio, aparece dor ou desconforto na parte superior do abdômen.
Muitas vezes se estende pelas costas e às vezes é apenas dorsal. A dor pode aparecer intermitentemente ou tornar-se constante.
Em alguns casos, ela pode ser aliviada sentando-se ou inclinando-se para a frente, mas piora quando a pessoa está deitada.
A pessoa com câncer no pâncreas também fica com a barriga inchada. Isso se deve à obstrução intestinal ou ao acúmulo de fluidos no abdômen, chamado ascite. Outros sintomas incluem:
- náuseas;
- pele e olhos amarelados;
- urina escura;
- desconforto;
- impressão de estar cheio rapidamente após uma refeição;
- falta de ar devido a uma dificuldade crescente de se deslocar.
Também é comum ocorrer a perda de peso. Vários fatores podem levar à perda de peso nos pacientes com câncer no pâncreas em estágio inicial:
- o câncer “consome” a energia do corpo, levando a pessoa a emagrecer muito rapidamente;
- o tumor exerce pressão sobre o estômago e dificulta a alimentação;
- o corpo pode ter dificuldade em digerir os nutrientes contidos nos alimentos, porque o órgão doente não produz sucos digestivos suficientes.
Sintomas do câncer no pâncreas na fase terminal
Quando o tumor invade grandes artérias ou veias massivamente, sem possibilidade de cirurgia, falamos em metástase.
Isso significa que o câncer pode se espalhar para outros órgãos, como fígado e pulmões, ou seja, a doença já pode ser considerada sistêmica. Além da presença dos sintomas da fase inicial, outros são adicionados:
- perda de apetite extrema;
- sensação de inchaço no corpo;
- diarreia ou alteração dos hábitos intestinais;
- sensação de cansaço extremo;
- depressão;
- aparecimento de um coágulo de sangue na perna ou nos pulmões.
O que provoca câncer no pâncreas?
A causa da maioria dos casos de câncer de pâncreas ainda é desconhecida. O que se sabe é que muitos fatores de risco tornam uma pessoa mais propensa a desenvolver a doença.
Alguns desses fatores afetam o DNA das células pancreáticas, provocando o crescimento de células anormais que podem formar o câncer.
Alguns genes têm as instruções de controlar o crescimento e divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes.
Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no momento certo são supressores de tumor.
Os cânceres podem ser causados por mutações genéticas que transformam os oncogenes ou desativam os supressores de tumor. Entre as principais mutações, podemos classificar:
Mutações genéticas hereditárias: algumas alterações genéticas hereditárias aumentam o risco de câncer de pâncreas. Às vezes, essas alterações fazem parte de síndromes que incluem também o aumento dos riscos de outros problemas de saúde.
Mutações genéticas adquiridas: na maioria das vezes, mutações genéticas relacionados ao câncer de pâncreas ocorrem durante a vida da pessoa.
Essas mutações resultam da exposição a substâncias químicas cancerígenas, como as da fumaça do tabaco. Em outros casos, a causa dessas alterações é desconhecida.
Como diagnosticar o câncer no pâncreas?
O diagnóstico do câncer no pâncreas começa com uma consulta com o clínico geral. O médico faz um check-up físico, examinando:
- os olho;
- a pele;
- o abdômen para detectar inchaço na região do fígado.
Ele prescreve um teste de urina e exames de sangue, conforme necessário. Dependendo dos resultados, o paciente é enviado para fazer outros exames no hospital ou consultar um especialista.
Se um tumor for descoberto, vários outros testes são realizados para determinar seu tipo, localização e extensão. Estes exames ajudam os profissionais de saúde a decidir sobre o tratamento mais adequado para o paciente. Os mais utilizados incluem:
Ultrassom do abdômen
Neste exame, são utilizadas ondas sonoras para examinar os órgãos abdominais internos, tais como o fígado, o pâncreas e a vesícula biliar.
Endoscopia
Às vezes, é necessário verificar o pâncreas introduzindo uma sonda fina pela boca até o estômago e o duodeno.
A endoscopia permite avaliar o tumor em seu local de origem, avaliar a invasão de órgãos vizinhos e, se necessário, fazer uma biópsia.
Tomografia computadorizada
O exame usa raios-X para construir uma imagem tridimensional do interior do corpo.
A tomografia computadorizada ajuda a diagnosticar a massa cancerosa, e a determinar a sua localização e grau de propagação. Às vezes, este procedimento também é usado para realizar uma biópsia.
PET-Scan
Este é um teste avançado que combina uma tomografia computadorizada e tomografia por emissão.
A vantagem do PET-scan é que permite observar até mesmo pequenas áreas que não são visíveis em outros exames, bem como processos no início da formação.
Biópsia
Se os vários exames clínicos e testes de imagem mostram que provavelmente se trata de câncer, recomenda-se a realização de uma biópsia para confirmar o diagnóstico. Isso é ainda mais verdadeiro na presença de metástases.
Exames de sangue
Um tumor no pâncreas produz uma proteína chamada CA-19-9, que pode ser detectada através de um exame de sangue. Essa proteína é chamada de marcador biológico.
A medição da sua concentração no sangue ajuda a diagnosticar a condição e a monitorar a resposta ao tratamento.
Dificuldade de diagnóstico precoce do câncer no pâncreas
É muito difícil diagnosticar o câncer no pâncreas precocemente. Isso ocorre porque a maioria dos pacientes não apresentam sintomas até que a doença já tenha se disseminado.
Em outros casos, onde a doença apresenta sintomas já nos estágios iniciais, a pessoa ainda pode confundir estes sintomas com outras doenças. Desse modo, demoram a buscar um médico para realizar um diagnóstico.
Quais são os tratamentos disponíveis para câncer no pâncreas?
O tratamento vai depender do laudo histopatológico (o tipo de tumor), avaliação clínica e exames.
O estado do paciente na hora do diagnóstico é fundamental no processo de definição do tratamento. Para isso, o médico realiza o estadiamento do câncer no pâncreas.
Como é feito o estadiamento do câncer no pâncreas?
Após o diagnóstico do câncer no pâncreas e a determinação do tipo de tumor, o médico procurará identificar o estágio do curso da doença, essa classificação do tumor é chamada estadiamento.
O objetivo: tomar uma decisão sobre o tratamento adequado, com base nas hipóteses de sucesso (prognóstico).
As fases do câncer são determinadas usando a classificação TNM especificando a extensão da patologia:
- T (tumor) — tamanho da massa cancerosa primária e grau de propagação para tecidos vizinhos, como vasos sanguíneos;
- N (nós) — propagação do tumor para os gânglios linfáticos ao redor do órgão;
- M (metástases) — propagação para outras partes do corpo através do sangue ou do sistema linfático. Falamos de doenças metastáticas.
Cirurgia
A cirurgia é possível na minoria dos casos, pelo fato de, na maioria das vezes, o diagnóstico ser feito em fase avançada da doença.
Quimioterapia e Radioterapia
Nos casos em que a cirurgia não é apropriada, a radioterapia e a quimioterapia são as formas de tratamento, associadas a todo o suporte necessário para minimizar os transtornos gerados pela doença.
Alcoolização de nervos infiltrados pelo câncer
Este é um procedimento destinado a aliviar a dor de pacientes com câncer avançado na região do abdome superior, principalmente câncer de pâncreas.
É injetado álcool absoluto no plexo celíaco, que fica por trás do pâncreas, e o paciente obtém alívio imediato da dor.
Combinação de tratamentos de acordo com os estágios da doença
Em alguns casos, o médico pode prescrever uma combinação de vários tratamentos para um melhor prognóstico.
Além dos tratamentos de primeira linha, terapias auxiliares podem ser recomendadas para o alívio dos sintomas.
Muitos estudos estão avaliando se a combinação de gencitabina com outros medicamentos pode aumentar a sobrevida dos pacientes.
Outros novos medicamentos quimioterápicos também estão sendo testados.
Qual o tempo de vida de uma pessoa com câncer no pâncreas?
O câncer de pâncreas é considerado um dos mais mortais. Na maioria dos casos, nenhum sinal de aviso aparece e o tumor maligno será descoberto tarde.
A sobrevida média de pacientes com câncer de pâncreas costuma ser de um ano até cinco anos. No entanto, isso depende muito de quando o diagnóstico é feito. Quanto mais cedo, maior a taxa de sobrevivência.
Em 85% dos pacientes, o diagnóstico é feito quando a patologia está em estágio avançado ou quando as metástases (tumores secundários) estão presentes.
Nesses casos, a cirurgia não pode ser considerada e não há outro tratamento curativo possível.
Portanto, os pacientes operáveis representam cerca de 15 a 20% dos pacientes restantes, dos quais apenas cerca de 20 a 30% podem ser curados. Assim, apenas cerca de 3-5% dos pacientes com a doença podem ser curados.
Tratamento do câncer no pâncreas com canabidiol (CBD)
Tratamentos à base de Cannabis são utilizados há muito tempo para aliviar reações adversas do câncer e da quimioterapia, como náusea, perda de peso e dor crônica.
Embora não seja capaz de curar nenhum câncer, a Cannabis é uma excelente terapia auxiliar que pode permitir que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida.
Seus canabinoides e terpenos possuem inúmeras propriedades capazes de aliviar sintomas causados tanto pela doença quanto pelos tratamentos quimioterápicos.
Quando falamos sobre o uso da Cannabis no tratamento do câncer no pâncreas, devemos focar principalmente no canabidiol (CBD)
Este canabinoide é conhecido por seus efeitos anti-inflamatórios, antidepressivos e analgésicos. Além disso, os canabinoides da Cannabis também podem impedir a proliferação de células cancerígenas.
Isso é o que o estudo Cannabinoids Induce Apoptosis of Pancreatic Tumor Cells via Endoplasmic Reticulum Stress Related Genes aborda.
De acordo com o estudo, a administração de canabinoides em ratos e camundongos com câncer induziu apoptose e aumentou os níveis de ceramida.
A ceramida é uma molécula lipídica que tem sido associada a funções reguladoras, como a apoptose.
Por outro lado, a apoptose é um processo onde ocorre a morte de células para impedir sua proliferação. Isso teria o benefício de impedir o crescimento de tumores e sua metástase.
Este efeito ocorreria principalmente pela sinalização de receptores do sistema endocanabinoide, como o CB2. O estudo indica que o receptor CB2 é o principal responsável pelo efeito pró apoptótico dos canabinoides nessas células.
Dessa forma, o CB2 estaria envolvido no efeito antitumoral de canabinoides em diversos tipos de cânceres.
O que é o canabidiol?
Também conhecido pelo acrônimo CBD, o canabidiol é um dos mais de cem canabinoides que podem ser obtidos a partir das plantas do gênero Cannabis.
Os pontos que vêm tornando essa substância cada vez mais popular e alvo de estudos são as suas muitas propriedades terapêuticas.
Ao longo dos anos, o canabidiol vem sendo utilizado com sucesso no tratamento de um grande espectro de doenças.
Contudo, ainda são necessários mais estudos conclusivos a respeito da sua eficácia no câncer no pâncreas.
Por isso, a comunidade científica em todo o mundo está mobilizada no sentido de pesquisar e comprovar de maneira definitiva os benefícios do CBD nesta doença.
Efeitos do CBD positivos para o tratamento do câncer
Em pacientes com câncer no pâncreas, o canabidiol pode ajudar a aliviar não só a dor, mas também qualquer sintoma relacionado à doença.
Além disso, atua também como antiemético, diminuindo as náuseas e vômitos, que são sintomas muito comuns durante a quimioterapia ou radioterapia.
Também ajuda o paciente a melhorar o sono e o apetite, que são muito comprometidos em quem sofre com câncer no pâncreas.
Como alguns pacientes também sofrem de ansiedade, o canabidiol pode então proporcionar um relaxamento, graças às propriedades ansiolíticas que contém.
O canabidiol não só tem uma ação calmante, como também é analgésico. Em outras palavras, pode ser usado em acompanhamento com outros tipos de tratamento, como quimioterapia ou radioterapia.
Sem mencionar que alivia os efeitos colaterais do tratamento como fadiga, diarreia ou constipação, azia e muito mais.
Por fim, o CBD também aumenta a eficácia da radioterapia e da quimioterapia, melhorando o mecanismo de reparo das células cancerígenas.
Como funciona o tratamento de câncer com CBD?
Embora tenham sido realizados estudos para investigar as propriedades benéficas do CBD, nenhum demonstrou que o CBD pode curar o câncer.
No momento, deve-se dizer que o CBD, especialmente na forma de óleo, pode ser um forte aliado no alívio dos pacientes com câncer.
O tratamento começa após uma consulta médica, onde o profissional prescritor vai te orientar sobre como você deve usar os produtos à base de Cannabis.
Você deve seguir à risca a dose e frequência de uso recomendada para evitar efeitos colaterais, como tontura ou náuseas.
O produto mais comum utilizado no tratamento é o óleo de CBD. Você pode usar o produto via sublingual ou ingerir oralmente.
Pesquisas mais recentes sobre a eficácia do canabidiol no tratamento do câncer
Até o momento, nenhum estudo conclusivo foi realizado sobre a ligação entre o CBD e recuperação total após o câncer. É por isso que não há evidências de que o CBD possa curar o câncer.
No entanto, os resultados dos estudos existentes podem se dizer promissores.
O estudo A pilot clinical study of Delta9-tetrahydrocannabinol in patients with recurrent glioblastoma multiforme investigou o THC em nove pacientes com tumores cerebrais agressivos.
De acordo com o estudo, o THC inibiu a proliferação de células tumorais em dois pacientes. Além disso, o tratamento foi considerado seguro e não produziu efeitos psicoativos significativos.
Também foi descoberto que os canabinoides reduzem o crescimento de tumores de pâncreas e a disseminação de células tumorais em camundongos com câncer.
Outra pesquisa de 2018 feita com ratos sugere que o canabidiol (CBD) pode melhorar o prognóstico após o tratamento.
Cientistas das Universidades Queen Mary de Londres, e de Curtin, na Austrália, concentraram-se no potencial do CBD em vez de outro composto de Cannabis, o tetrahidrocanabinol (THC), porque o primeiro não causa efeitos psicoativos.
No estudo, publicado no periódico Oncogene, o professor Marco Falasca e sua equipe trabalharam com um modelo de câncer de pâncreas em camundongos.Trataram com CBD juntamente com um medicamento típico de quimioterapia, chamado “gemcitabina”.
Os pesquisadores descobriram que, após o tratamento de combinação, os roedores sobreviveram quase três vezes mais do que os ratos de um grupo de controle, que só haviam sido tratados somente com gemcitabina.
Quais são os remédios de canabidiol utilizados no tratamento do câncer?
Há vários tipos de remédios derivados da Cannabis para diversas condições, seja em cápsulas, pomadas, sprays e até a flor in natura para vaporização. Mas no caso do câncer, em todas as pesquisas citadas, foram utilizados óleos de CBD de alta qualidade.
Portanto, é importante que se opte pela melhor qualidade e pureza nestes óleos para se obter os mesmos benefícios. Isso também garante que o óleo não seja exposto a contaminantes que podem ser perigosos ou contraproducentes.
O óleo pode durar quatro horas ou mais no corpo, enquanto que a forma inalada dura apenas uma ou duas horas. Fumar também não é recomendado em ninguém com diagnóstico de câncer.
Como os pacientes podem comprar os remédios com CBD?
O primeiro passo para obter um medicamento à base de CBD é ter a prescrição médica assinada pelo especialista.
O passo seguinte é entrar no site da Anvisa e fazer o cadastro no portal do Governo Federal para encaminhamento da documentação a ser analisada.
Se autorizada a compra, o paciente faz o pedido do medicamento, que deve ser importado de acordo com os critérios estabelecidos pela Anvisa.
Como tudo começa pela prescrição, é importante se consultar com um profissional habilitado e experiente neste tipo de tratamento. Você pode encontrar este profissional no Portal Cannabis & Saúde em apenas um clique!
Basta escolher um médico prescritor dentre os 250 profissionais na plataforma do Cannabis & Saúde e marcar sua consulta!
Tem como prevenir o câncer no pâncreas?
A melhor prática é evitar os fatores de risco não hereditários. O tabagismo é o fator de risco evitável mais importante no câncer de pâncreas.
Ter uma dieta controlada e praticar atividade física também são importantes.
Em alguns estudos o excesso de bebidas alcoólicas têm sido associado ao câncer de pâncreas. Essa relação ainda é incerta, mas o consumo do álcool também pode levar a condições como a pancreatite crônica, que aumenta o risco de contrair o câncer de pâncreas.
Por fim, evitar a exposição a produtos químicos pode reduzir o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pâncreas.
Conclusão
As aplicações terapêuticas e medicinais do canabidiol e demais canabinoides são muito variadas e estão se mostrando eficientes no combate tanto aos sintomas do câncer e efeitos colaterais da quimioterapia, como na própria morte das células cancerígenas.
O futuro é promissor para o desenvolvimento de novos medicamentos derivados da Cannabis para pacientes oncológicos.
Então, se você tem alguma condição de saúde ou um familiar que pode se beneficiar do uso de fármacos à base de canabidiol, fale com um médico no Cannabis & Saúde.
Não deixe também de se informar, acessando regularmente o portal Cannabis & Saúde para saber dos avanços da ciência em torno do CBD.