Você já ouviu falar em câncer colorretal? Esse é um tipo de câncer que se caracteriza pela existência de um tumor maligno que pode começar tanto no cólon quanto no reto – daí o nome colorretal.
Essa classificação é dada para os dois tipos de câncer: cancêr de cólon ou câncer retal (ou de reto). Na maioria das vezes, o câncer colorretal tem o seu desenvolvimento através de pólipos adenomatosos, espécies de caroços que são considerados pré-cancerígenos.
O câncer colorretal ocorre quando há uma deficiência na divisão celular entre as células que fazem o revestimento dessas partes do corpo humano.
Diferentemente de outros tipos de câncer, o colorretal não costuma demonstrar sintomas claros logo nas fases iniciais. Dessa forma, só é possível descobri-lo em suas fases precoces quando o paciente mantém uma rotina de acompanhamento médico e exames de rotina.
Essa doença costuma afetar mais os homens, principalmente aqueles que já estão com idade acima dos 50 anos.
A doença pode ser tratada de diversas formas, sendo que a maior parte dos tratamentos envolvem terapias convencionais para outros tipos de câncer. Isso inclui cirurgia de remoção dos tumores, bem como quimioterapia e sessões de radioterapia.
Se você está em busca de informações sobre o câncer colorretal, você está no artigo certo. Aqui vamos detalhar melhor sobre o que é esse tipo de câncer, bem como suas causas, sintomas, tratamentos disponíveis e estratégias comprovadas para sua prevenção.
Por isso, continue a ler para saber mais!
O que é o câncer colorretal?
O câncer colorretal é uma das doenças mais graves que se manifestam no sistema digestivo do corpo humano.
Para que ela aconteça, é necessário que haja um certo descontrole no crescimento das células, bem como em sua multiplicação por meio das divisões celulares.
O câncer colorretal comumente é chamado também de câncer de cólon, embora o cólon seja apenas uma parte do sistema digestivo, onde o tumor pode começar a se espalhar.
Há casos em que a doença começa pelo reto, que é exatamente onde existe a ligação entre o cólon ou a parte inferior do intestino grosso ao ânus, por onde fazemos o processo de defecação.
O câncer colorretal começa a se manifestar por meio de pólipos (às vezes não cancerígenos ou pré-cancerígenos), que ao crescer podem se transformar em câncer.
Esses pólipos normalmente estão escondidos dentro de nossos corpos e, por consequência, não costumam apontar sintomas quando ainda são pequenos e não se espalharam pelo corpo.
Exames clínicos e de rastreamento de tumores cancerosos são indicados para pessoas que estão dentro dos fatores de risco para a doença.
Entre os principais fatores de risco para o câncer colorretal está a presença de histórico familiar, tabagismo e idade superior a 50 anos.
Além disso, o câncer colorretal costuma afetar pessoas de ambos os gêneros. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer colorretal é responsável pelo terceiro lugar no número de casos de câncer entre homens e o segundo lugar quando estamos falando de mulheres.
De acordo com o mesmo órgão, o câncer de cólon e reto representa um número aproximado de 30 mil casos por ano no Brasil, sendo que boa parte dos casos apresenta uma boa taxa de cura e sobrevida.
Quais são as possíveis causas do câncer colorretal?
De forma geral, não há consenso científico formado sobre causas definidas para o aparecimento do câncer de cólon e reto. No entanto, algumas das questões relacionadas à forma com que o câncer colorretal se manifesta.
O câncer de cólon se inicia quando há problemas com as células saudáveis nessa parte do corpo. Normalmente tais problemas advém de mutações genéticas existentes no DNA, cuja função básica é dizer às células o que elas devem fazer.
O funcionamento normal de uma célula envolve o seu crescimento e divisão feitos de forma natural e ordenada. É isso que faz com que o nosso corpo como um todo possa funcionar da forma que esperamos.
Por outro lado, se há mutações no DNA das células, elas passam a se dividir de forma desordenada, gerando cada vez mais células defeituosas e por consequência gerando um tumor.
Os tumores inicialmente estarão restritos a uma parte do corpo – nesse tipo de câncer, o cólon e o reto. No entanto, quando não há o diagnóstico e posterior tratamento correto, as células cancerosas podem se espalhar para outros órgãos do corpo.
Com isso, a doença perde o controle e as chances de sobrevivência são reduzidas conforme os tumores se espalham.
O câncer colorretal envolve um nível baixo de fatores de risco, sendo a idade o principal deles. Abaixo listamos alguns sintomas da doença:
Quais os sintomas do câncer colorretal?
O câncer colorretal normalmente não apresenta sintomas em suas fases iniciais. Entretanto, alguns sinais podem aparecer quando a doença começa a evoluir.
Os sintomas mais sentidos por quem está com câncer colorretal incluem:
- Mudança persistente nos hábitos intestinais. Entre as alterações que podem ocorrer inclui-se tanto a diarreia quanto a prisão de ventre persistente;
- Sangramento na região do ânus, fezes com sangue;
- Dores e desconfortos abdominais. Pode haver a presença de cólicas e gases;
- Sensação de intestino cheio em boa parte do tempo;
- Fraqueza ou fadiga;
- Perda de peso de forma injustificada
Quando desconfiar de câncer colorretal?
De acordo com as diretrizes do Instituto Nacional do Câncer, sintomas persistentes como diarreia, prisão de ventre e sangue nas fezes já são sinais relevantes e que não devem ser ignorados.
Caso estes sintomas estejam associados a dores e desconfortos na região do abdomen ou na região do reto, é importante buscar ajuda médica.
Não há nenhum sintoma isolado que leve à certeza de que a doença do paciente é câncer colorretal. Entretanto, é importante que o médico faça exames clínicos e testes para verificar se há alterações na saúde do paciente que possam indicar a existência de tumores.
Mais adiante, traremos detalhes sobre quais exames são recomendáveis para determinar se uma pessoa tem câncer colorretal ou não.
Como são as fezes de quem tem câncer no intestino?
Quando uma pessoa tem câncer no intestino, é comum que as suas fezes tenham algumas características diferentes das de uma pessoa saudável.
Parte disso está relacionado com a impossibilidade (ou dificuldade) de que as fezes passem pelo intestino e faça o seu caminho/processo natural. Fezes alongadas e finas podem ser um indicativo de que as fezes tem encontrado dificuldades para passarem pelo intestino.
Caso isso aconteça, uma das possibilidades é que o bloqueador da passagem pelo intestino seja exatamente um tumor.
Quanto tempo leva para o câncer de intestino se manifestar?
Um dos motivos que fazem o câncer colorretal ser tão perigoso e mortal é exatamente o fato de suas manifestações demorarem a aparecer de forma clara.
Muitas vezes, as pessoas que têm tumores na região intestinal não sabem e quando descobrem, a doença já está em estágio avançado. Os sintomas começam a se manifestar em média 10 anos após o início do surgimento da doença.
Dito isto, mais uma vez reiteramos sobre a importância que se deve dar aos exames de rastreamento, bem como análise dos históricos clínicos pessoais.
O câncer colorretal tem cura?
Sim, o câncer colorretal tem cura. A taxa de sobrevida de um paciente com câncer colorretal é de aproximadamente 55% de acordo com o Instituto Nacional do Câncer.
Essa chance aumenta para 90% quando a doença é descoberta em estágios iniciais, fazendo com que a avaliação rotineira das condições de saúde seja extremamente necessária e benéfica.
Como é feito o diagnóstico do câncer colorretal?
O diagnóstico do câncer colorretal ocorre normalmente após o aparecimento dos primeiros sintomas, o que já indica um estágio mais avançado da doença.
Por isso, é muito importante que o paciente mantenha uma rotina de exames de rastreamento que permitam descobri-la em seus estágios iniciais, aumentando as chances de cura, bem como reduzindo os efeitos colaterais dos tratamentos.
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Histórico do paciente e exames de toque
De acordo com a Sociedade Americana do Câncer (ACS, em inglês), o primeiro passo que pode levar à descoberta de câncer na região colorretal envolve a descoberta de fatores de risco.
Tais fatores podem estar ligados a questões genéticas, histórico familiar e até mesmo os hábitos de alimentação e cotidianos que você tenha.
Caso seja descoberto algum fator de risco ou você descreva algum tipo de sintoma típico, exames de toque podem ser feitos.
Nesses casos, o médico coloca as mãos no seu abdômen e faz uma avaliação se há algum tipo de massas ou órgãos em tamanho ou consistências anormais.
Em casos afirmativos, exames de imagem podem ser solicitados adicionalmente para uma melhor compreensão de qual é a anormalidade envolvida.
Há também casos em que um exame de toque retal é necessário, para verificação de possíveis anormalidades na região.
Outros exames e testes também podem ser feitos, como por exemplo:
Exames de Sangue
Uma das formas mais seguras de se comprovar a existência ou inexistência do câncer colorretal em um paciente é através de exames de sangue.
Boa parte deles são feitos de forma quase que corriqueira, como é o caso do hemograma completo, que determinará a existência de determinadas substâncias no seu sangue, bem como a possibilidade de condições anêmicas.
Quando um paciente sangra demais devido a um tumor, a ausência de ferro pode fazer com que esta pessoa torne-se anêmica.
Além do hemograma, testes como os marcadores tumorais podem ser utilizados para determinar a presença de algum tipo de tumor no organismo.
No caso do câncer colorretal, o marcador mais utilizado é o antígeno carcinoembrionário (CEA). Você pode solicitar esse tipo de exame por meio do nome Exame CEA, inclusive.
Exames de sangue por si só não conseguem confirmar o câncer, sendo necessária a realização de outros exames, como os descritos abaixo.
Endoscopia
Sua realização envolve o uso de uma câmera, que permitirá a visualização correta e em bom nível de possíveis alterações. O procedimento de endoscopia é altamente seguro e deve ser feito sempre que se desconfiar de problemas no sistema digestivo.
Todo o processo é feito com o paciente sedado/anestesiado. Posteriormente, introduz-se o endoscópio (tubo com câmera usado para a realização das imagens).
Com o tubo já inserido pela boca, é possível chegar às áreas como o estômago e o duodeno – o processo envolve equipamentos de extrema qualidade, visto que as imagens devem ser as melhores possíveis e não se pode desperdiçar o procedimento por problemas tecnológicos ou imagens defeituosas.
Por isso, as câmeras são de alta definição e a iluminação é feita por fibras de luz, que não esquentam e podem ser ativadas ou desativadas conforme a necessidade e experiência da equipe médica.
Através desse exame pode-se verificar possíveis sangramentos, pólipos, úlceras e tumores nas regiões avaliadas. Quando encontrados, deve-se proceder com os próximos passos para a avaliação da possibilidade de câncer colorretal.
CONFIRA: Canabidiol impede o crescimento do câncer colorretal, diz estudo.
Qual a diferença entre colonoscopia e retossigmoidoscopia?
Como dissemos anteriormente, o câncer colorretal tem esse nome pelo fato de ser uma classificação que engloba os cânceres que começam tanto no cólon quanto no reto.
Por isso, a colonoscopia, como o próprio nome sugere, faz a análise do colón e por consequência, de todo o intestino grosso.
Por outro lado, a Retossigmoidoscopia é um procedimento que faz a análise da porção que diz respeito à região retal e a porção de baixo do intestino grosso. Este processo não requer nenhum tipo de sedação, diferentemente da Colonoscopia.
Tipos de câncer colorretal
São 4 tipos básicos de câncer colorretal existentes. Confira abaixo detalhes sobre cada um deles:
Adenocarcinomas
A maior parte dos casos de câncer colorretal são do tipo adenocarcinoma. Os adenocarcinomas são tumores de natureza maligna que se derivam de células glandulares epiteliais secretoras.
Quando estamos falando de câncer colorretal, os adenocarcinomas são o tipo mais comum, mas não o mais agressivo – sobretudo se for descoberto nas etapas iniciais do seu progresso.
No entanto, quando não tratados, os adenocarcinomas têm por característica uma maior facilidade para atingir outros órgãos do corpo, fazendo com que o câncer possa se tornar uma doença cada vez mais difícil de controlar.
Tumor Carcinoide
Os tumores carcinoides também são do tipo maligno e podem aparecer em qualquer parte do corpo.
No entanto, na maior parte das vezes o tumor carcinoide está presente nas regiões do sistema digestivo como o intestino delgado, o cólon, intestino grosso ou reto.
Às vezes esse tipo de tumor pode ser substancialmente perigoso devido à produção desordenada de células que produzem substâncias similares a hormônios. Quando isso ocorre, dá-se o nome de síndrome carcinoide.
É um tipo menos comum de tumor, sendo responsável por cerca de 15 mil casos anuais no Brasil (nesse número não inclui-se apenas o câncer colorretal, mas em qualquer parte do corpo).
Tumor Estromal Gastrointestinal
Esse é outro tipo de tumor raro – representa cerca de 1% dos tumores que podem ocorrer no sistema digestivo. Também conhecido como GIST (acrônimo da sigla em inglês para o tumor), está restrito aos órgãos que façam parte do trato gastrointestinal.
A maior parte dos casos de tumores desse tipo acontecem no intestino delgado ou no intestino.
Um dos destaques desse tipo de tumor é que eles costumam ser mais fracos do que outros tipos de tumores, fazendo com que o tratamento por meio de cirurgias removedoras ou outros tipos de terapia tenha bons índices de sucesso.
O GIST costuma aparecer em pessoas acima de 50 anos, sendo muito raro atingir jovens.
Sarcoma
É o tipo mais raro de câncer colorretal, sendo responsável por cerca de 0,1% dos casos.
Para se ter uma ideia, um estudo norte-americano de 2017 apontou o conhecimento de menos de 500 casos de sarcoma colorretal entre 1998 e 2012 nos Estados Unidos.
Diferentemente dos outros tumores, o sarcoma colorretal pode se desenvolver em vasos sanguíneos, músculos lisos ou tecidos que fazem parte do revestimento interno do cólon e do reto. Dessa forma, abrange uma região maior do que os outros tipos de tumores nas regiões intestinais.
A principal forma de tratamento para o sarcoma é através de cirurgia removedora do tumor. Em alguns casos, é necessário fazer procedimentos mais complexos como a ressecção cirúrgica que é a retirada de partes do tecido, estrutura ou órgãos que estejam comprometidos pelo tumor.
Nesse tipo de câncer colorretal há boas chances de obter cura após a remoção. Esse tipo de tumor costuma acometer pacientes mais jovens do que outros tipos de tumores.
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Quais são os tratamentos para o câncer colorretal?
Assim como em outros tipos de câncer, os tratamentos para o câncer colorretal envolvem normalmente processos como a imunoterapia, quimioterapia e radioterapia.
Abaixo alguns detalhes sobre eles:
Radioterapia
Este é um dos mais famosos tratamentos para o câncer e envolve o uso de raios e partículas de alta energia e intensidade, de forma que o impacto seja capaz de destruir as células cancerosas no corpo do paciente.
Em alguns casos, a radioterapia pode ser administrada de forma conjunta à quimioterapia, o que chama-se tecnicamente de quimiorradiação.
Essa associação de tratamentos é feita para que os resultados sejam maximizados, sobretudo quando os tumores já estão mais espalhados e afetam mais de uma área, caso que pode ocorrer se forem encontrados tumores tanto no cólon quanto no reto.
A radioterapia não é comumente usada para o câncer de cólon, porém para casos de câncer retal é altamente indicada para casos de câncer retal.
Quimioterapia
Por outro lado, a quimioterapia é feita por meio de medicamentos que podem ser ingeridos por via oral ou administrados por via venosa. Em ambos os casos, o processo de cura ocorre com os mecanismos do medicamento passando pela corrente sanguínea por todo o corpo.
Quando isso acontece, as substâncias administradas têm como papel principal promover a morte das células cancerosas e evitar que elas continuem se dividindo e aumentando sua incidência em outras partes do corpo.
Por isso, muitas vezes a quimioterapia pode ser a melhor opção para cânceres que já estão em níveis mais avançados e espalhados pelo corpo ou ainda após a cirurgia de remoção do tumor.
Nesse último caso, a quimioterapia pode ser necessária para certificar que as células cancerosas foram completamente eliminadas do corpo do paciente.
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Imunoterapia
Por fim, a imunoterapia é feita através do uso de medicamentos e visa promover a melhora dos padrões do sistema imunológico de uma pessoa, de forma a “treiná-lo” para reconhecer e fazer a destruição das células cancerígenas.
Parte das desordens que podem ocorrer no sistema imunológico de uma pessoa tem a ver com a incapacidade de entender quais células são prejudiciais ou invasoras e quais são benéficas.
Quando o sistema imunológico não é capaz de fazer essa distinção, ele acaba atacando todas as células como se fossem invasoras ou malignas, o que nem sempre é o caso.
Entre os medicamentos mais comuns que são utilizados para o tratamento de câncer por meio da imunoterapia estão os chamados inibidores de checkpoint.
Esses medicamentos podem ser usados para tratar pessoas cujo câncer não pode ser removido com cirurgia, voltou (recorreu) após o tratamento ou se espalhou para outras partes do corpo por meio da metástase.
Como a Cannabis medicinal pode ajudar na prevenção do câncer colorretal?
Um estudo realizado em uma importante instituição de medicina na Suíça debateu sobre a possibilidade dos tratamentos para o câncer colorretal por meio do uso de substâncias canabinoides.
Ao fazer isso, o estudo o contrapôs à imunoterapia convencional, cujos resultados são normalmente promissores, mas podendo falhar em alguns casos visto que as células cancerígenas podem se tornar resistentes aos medicamentos e substâncias administradas.
Por isso, muitas vezes, as células acabam escapando da vigilância imunológica que a imunoterapia propõe, fazendo com que estes tratamentos tenham uma redução importante de eficácia.
Por outro lado, de acordo com a revisão bibliográfica dos autores, vários relatórios sugeriram sobre a eficácia dos canabinoides e outros extratos das plantas do gênero Cannabis para reduzir o espalhamento dos tumores, bem como do câncer.
Tal afirmação já pôde ser comprovada em estudos tanto in vitro quanto in vivo, incluindo neoplasias intestinais. O estudo afirma ainda que os canabinoides têm sido eficazes em promover a modulação das vias envolvidas nos processos de divisão e morte celular, parte crucial no aparecimento dos tumores.
Por isso, o estudo afirma que, de acordo com a literatura existente anteriormente, há fortes evidências que os canabinoides têm um bom potencial para serem usados como medicamentos promissores no tratamento do câncer colorretal.
Aponta ainda que “ao introduzir os canabinoides e outros extratos medicinais da Cannabis nos atuais protocolos de tratamento, pode-se obter a redução da dose de outros fármacos altamente tóxicos e por isso, obter uma redução dos efeitos colaterais indesejáveis.”
Outro estudo, dessa vez canadense e publicado em 2012, aponta que podem haver alterações do sistema canabinoide e endocanabinoide na inflamação intestinal e câncer colorretal.
Na avaliação, os autores promoveram uma revisão da literatura buscando alguns estudos experimentais conhecidos e com bom índice de relevância a respeito dos efeitos que os canabinoides podem promover tanto na inflamação intestinal quanto no câncer colorretal.
Com os dados em mãos, avaliou-se que o uso de substâncias agonistas canabinoides podem se mostrar eficientes para a melhora nos quadros tanto da inflamação intestinal quanto do câncer de cólon e reto.
Isso se deve ao fato de que ao analisar resultados moleculares de diferentes subtipos, houve uma alteração significativa dos perfis do sistema endocanabinoide durante o desenvolvimento do tumor intestinal.
Os autores salientam que deve-se levar em consideração que o câncer colorretal é uma doença heterogênea e que portanto, deve-se avaliar as diferenças de tratamento para cada paciente e etiologia da doença de forma diferente.
Por fim, apontam que o conhecimento mais abrangente dos mecanismos moleculares do sistema canabinoide e endocanabinoide são cruciais para que se conquiste novas opções de tratamento para o câncer colorretal.
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Conclusão
Como você pôde acompanhar ao longo deste artigo, o câncer colorretal é um dos tipos de câncer com maior número de casos no Brasil.
Além disso, é importante salientar e levar como aprendizado o entendimento de que manter uma rotina de exames e monitoramento médico é a melhor forma de não ter complicações relevantes caso passe pela doença.
As chances de sobrevivência aumentam em mais de 90% quando a doença é descoberta precocemente, fazendo dessa a melhor estratégia de prevenção.
No entanto, caso o tumor já esteja presente em seu corpo, cirurgias de remoção e tratamentos como a imunoterapia, quimioterapia e radioterapia são recomendados pelos médicos como estratégias para a cura do câncer colorretal.
Devido ao alto índice de efeitos colaterais apresentados por alguns desses tratamentos, pode ser interessante verificar com o seu médico sobre a possibilidade de complementá-lo com substâncias canabinoides.
Como dissemos anteriormente, a utilização de substâncias cannábicas pode ser benéfica de forma complementar às terapias convencionais, reduzindo o nível dos efeitos colaterais e mantendo a eficácia (por vezes, até aumentando).
Nesse sentido, é importante buscar auxílio médico qualificado para que não reste nenhum tipo de dúvida com relação a esses tratamentos.
A melhor forma de fazer isso é procurando um médico que já tenha experiência no tratamento utilizando substâncias da Cannabis medicinal. No entanto, estes profissionais representam menos de 1% do número de médicos no Brasil de acordo com pesquisas recentes.
Por isso, uma das melhores formas para se conseguir informações e acesso aos tratamentos com canabinoides é através da plataforma de agendamento de consultas do Portal Cannabis e Saúde.
Através dela você pode encontrar médicos que já tenham trabalhado com tratamentos com Cannabis medicinal e filtrá-los de acordo com especialidade, localização do consultório, atendimentos por telemedicina ou presenciais, entre outras categorias.
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