O canabidiol (CBD) demonstra inequivocamente um vasto potencial como uma modalidade terapêutica baseada em mecanismos de ação inovadores para atender às necessidades clínicas de muitos pacientes.
Contudo, assim como ocorre como a maioria dos fármacos, o canabidiol também pode induzir a efeitos colaterais quando utilizado de forma incorreta.
A OMS já confirmou o perfil de segurança do CBD, alegando ser uma substância segura e não viciante, especialmente quando comparado a outros antiepilépticos, opioides e antipsicóticos.
Comparado a outros medicamentos empregados no manejo de condições médicas, o CBD exibe um perfil de efeitos colaterais mais favorável, o que promove uma melhora dos pacientes no tratamento.
Comumente utilizado como terapia adjuvante em centenas de condições, é muito importante compreender os efeitos colaterais do canabidiol e adotar medidas para mitigá-los.
Para isso, continue com a leitura deste artigo, onde você aprenderá sobre:
- Existe efeitos colaterais ao utilizar o canabidiol?
- Canabidiol efeitos colaterais a longo prazo: O que os estudos dizem?
- Canabidiol e os efeitos colaterais em crianças: Existe algum risco?
- Canabidiol efeitos colaterais na pele: Alguma reação cutânea é comum?
- O canabidiol pode interagir com outras medicações?
- Canabidiol efeitos colaterais no sono: Pode influenciar a qualidade do sono?
- Canabidiol efeitos colaterais gastrointestinais: pode afetar o sistema digestivo?
- Canabidiol efeitos colaterais em idosos: O que os idosos precisam saber?
- Canabidiol efeitos colaterais em animais de estimação: É seguro para pets?
- Os benefícios terapêuticos do canabidiol no tratamento de doenças
- Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
Existem efeitos colaterais ao utilizar o canabidiol?
A investigação científica sobre o canabidiol (CBD) remonta aos idos dos anos 1970 e tem sido recentemente revitalizada, resultando em novas descobertas acerca do sistema endocanabinoide.
O canabidiol, um fitocanabinoide não psicoativo, possui finalidade terapêutica em várias condições médicas devido às suas ações anti-inflamatórias, analgésicas, neuroprotetoras, anticonvulsivantes e ansiolíticas.
No entanto, como em qualquer protocolo medicamentoso, o canabidiol apresenta efeitos colaterais, embora raros e dependentes da dosagem administrada.
Tais efeitos adversos podem manifestar-se em casos de alergias individuais à substância ou quando o tratamento médico é seguido de forma inadequada.
A qualidade do produto também influencia no surgimento desses efeitos, uma vez que produtos de inferior qualidade aumentam a probabilidade de ocorrência dos efeitos colaterais do canabidiol.
Além disso, interações medicamentosas podem potencializar os eventos adversos, tornando imperativo um acompanhamento médico apropriado durante o uso de canabidiol.
Embora possam ocorrer, nem todos os usuários de canabidiol sofrerão efeitos colaterais.
Enquanto alguns podem experienciar efeitos adversos que afetam diferentes partes do organismo, a grande maioria dos usuários não notará quaisquer ocorrências.
De fato, não há registros documentados de óbitos ou efeitos graves decorrentes do uso de canabidiol.
Em comparação com tratamentos convencionais, os efeitos colaterais do canabidiol tendem a ser mais brandos e menos frequentes.
Ainda assim, os benefícios do canabidiol superam substancialmente quaisquer efeitos adversos experimentados, como evidenciado pela boa tolerância e melhor aceitação geralmente observadas entre os usuários.
Canabidiol e efeitos colaterais a longo prazo: O que os estudos dizem?
As investigações disponíveis até o presente momento não identificaram efeitos colaterais graves ou persistentes associados ao uso prolongado de canabidiol (CBD).
Em geral, os efeitos colaterais relatados tendem a ser de natureza leve e transitória, como sonolência, diarreia e alterações no apetite.
Tais efeitos costumam dissipar-se à medida que o organismo se adapta ao CBD ou quando o uso é descontinuado.
Para avaliar isso, uma revisão sistemática intitulada “Effect of Cannabidiol on the Long-Term Toxicity and Lifespan in the Preclinical Model Caenorhabditis elegans foi conduzida com o propósito de testar a eficácia e segurança do uso prolongado do canabidiol.
Nesta revisão, foram considerados tanto estudos de exposição aguda quanto de longo prazo do CBD em modelos animais.
Os resultados da análise revelaram a inexistência de risco de mortalidade quando tais modelos foram submetidos a concentrações de CBD a longo prazo.
Destaca-se ainda que a exposição de canabidiol a longo prazo em modelos animais resultou em uma extensão de vida de 18%.
Embora mais investigações sobre o uso prolongado de CBD devam ser realizadas, os resultados deste estudo indicam a ausência de toxicidade a longo prazo em concentrações fisiologicamente relevantes.
Quais os efeitos do canabidiol no cérebro?
Os efeitos benéficos do canabidiol no cérebro são extensos e fortemente respaldados por estudos científicos.
Dado que muitos tratamentos convencionais apresentam taxas limitadas de resposta e promovem eventos adversos, existe uma necessidade de novos tratamentos para condições que afetam a saúde cerebral.
Nesse contexto, o CBD tem sido proposto um novo agente terapêutico para transtornos psiquiátricos, como psicose, ansiedade, transtornos relacionados ao uso de substâncias e transtornos do espectro autista.
Os efeitos do CBD no cérebro estão associados ao sistema endocanabinoide, embora ele também influencie outros receptores cerebrais que não fazem parte do SEC.
Estudos em animais demonstraram que o CBD não possui afinidade com os receptores canabinoides CB1 e CB2, mas pode atuar como indiretamente em ambos.
Outros alvos moleculares incluem diferentes tipos de receptores, como 5HT1A, o receptor PPARgamma, o receptor vaniloide, o receptor GPR55 e GPR18.
Além disso, foi demonstrado que o CBD aumenta os níveis plasmáticos do canabinoide endógeno anandamida, o que foi relacionado aos seus efeitos antipsicóticos e neuroprotetores.
Dessa forma, o CBD pode exercer um efeito protetor sobre o cérebro, prevenindo contra o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e psiquiátricas.
Quanto aos seus efeitos colaterais, foi observada uma baixa incidência de eventos adversos que afetam o cérebro, como dor de cabeça, com uma frequência semelhante ao placebo em pacientes estudados.
Algumas pessoas também relataram tonturas e alterações de humor com o uso de doses mais altas ou protocolo inconsistente de tratamento.
Qual o efeito do canabidiol no corpo?
Os efeitos colaterais do canabidiol no corpo são variados e ainda carecem de conclusões definitivas, mas estudos indicam uma possível relação entre o uso deste composto e alterações no peso corporal.
Em determinadas circunstâncias, o CBD pode ocasionar uma diminuição do peso corporal, possivelmente atribuída aos seus efeitos sobre o metabolismo e à regulação da adiposidade.
Contudo, existem relatos de indivíduos que sentiram seu apetite aumentar, culminando em ganho de peso.
Tal efeito não é universal e sua manifestação varia conforme fatores como dosagem, período de utilização, composição corporal e estilo de vida da pessoa.
A fadiga é outro efeito colateral proveniente do uso de canabidiol.
A fadiga induzida pelo CBD pode oscilar de leve a severa, afetando os indivíduos de maneiras distintas.
Enquanto alguns usuários experienciam apenas uma leve sensação de sonolência, outros relatam um estado de exaustão mais pronunciado.
Canabidiol efeitos colaterais e o sistema imunológico: fortalece ou enfraquece?
O canabidiol induz efeitos inibitórios, os quais se manifestam na redução de citocinas e na infiltração tecidual, além de afetar outras funções associadas à inflamação em células do sistema imunológico inato.
Em virtude de sua influência sobre o sistema imunológico, existem questionamentos sobre a possibilidade de o uso do canabidiol resultar em imunossupressão como um efeito colateral.
Estudos já respaldaram a habilidade do canabidiol em exercer efeitos imunomoduladores, regulando, assim, a atividade do sistema imunológico.
Diferentemente dos fármacos imunossupressores convencionais, os quais geralmente suprimem de forma global a resposta imunológica, o canabidiol aparenta agir de maneira mais equilibrada.
Os receptores CB2, que se encontram no sistema imune, são influenciados pelo canabidiol, e essa interação resulta na modulação da resposta inflamatória e na regulação da atividade das células imunes.
Em condições autoimunes, o canabidiol promove a atenuação da resposta imune exacerbada e da inflamação, mas preserva a capacidade do sistema imunológico de combater agentes patogênicos.
Tais efeitos são derivados de sua habilidade em controlar a liberação de citocinas pró-inflamatórias, tais como o fator de necrose tumoral (TNF)-α e o receptor ativado pelo proliferador de peroxissomo (PPAR).
Canabidiol, efeitos colaterais e vício: Existe algum risco de dependência?
Dado o potencial de a maconha recreativa ser viciante, especialmente quando consumida em doses muito elevadas, surge a dúvida sobre se o canabidiol vicia.
O aumento da popularidade do CBD foi impulsionado, em parte, pelas alegadas propriedades do composto na promoção da saúde mental.
Contudo, algumas pessoas podem manifestar hesitação em utilizar tais produtos, temendo que a ideia equivocada de que o canabidiol vicia.
Conforme afirmado pela Organização Mundial da Saúde, não há evidências em humanos indicando qualquer potencial de abuso ou dependência associado ao CBD.
Até o presente momento, não foram registrados problemas de saúde pública relacionados ao uso de CBD puro.
A legislação federal exige que os produtos de CBD derivados do cânhamo contenham menos de 0,3% de THC, e essa quantidade de THC é incapaz de causar dependência.
O risco de dependência só ocorre em casos onde a maconha é consumida de maneira não controlada.
Canabidiol e os efeitos colaterais em crianças: Existe algum risco?
O uso do canabidiol em crianças é perfeitamente seguro!
Muitas crianças diagnosticadas com condições médicas graves, tais como epilepsia refratária, síndrome de Dravet e autismo, testemunharam uma melhora em sua qualidade de vida após a administração de CBD.
Quanto aos eventuais efeitos colaterais, estes geralmente são leves em crianças, tendendo a diminuir com o passar do tempo ou com ajustes na dosagem.
Em comparação com muitos fármacos convencionais utilizados no tratamento de condições pediátricas, o CBD é visto como mais seguro e melhor tolerado, especialmente quando utilizado sob supervisão médica.
Observa-se um crescente interesse entre os profissionais de saúde a respeito do uso de CBD em crianças, dado seu potencial de melhorar a qualidade de vida e reduzir os sintomas debilitantes de doenças que afetam esse grupo etário.
O canabidiol pode impactar o desenvolvimento fetal?
Até o presente momento, não há evidências que demonstrem os impactos do canabidiol no desenvolvimento fetal em seres humanos.
Entretanto, pesquisadores do Anschutz Medical Campus da Universidade do Colorado identificaram que o canabidiol pode, em casos raros, afetar fetos de ratos em processo de desenvolvimento.
O canabidiol é frequentemente utilizado por grávidas com o propósito de mitigar sintomas de ansiedade e náusea, devido ao seu perfil de segurança elevado e seus benefícios à saúde.
Apesar disso, o estudo revelou que este composto pode atravessar a barreira placentária, acumulando-se no cérebro do feto de ratas grávidas.
Segundo os autores, trata-se do primeiro estudo a elucidar os efeitos da exposição fetal ao CBD no desenvolvimento cerebral.
Os pesquisadores observaram que a exposição fetal ao CBD resultou na redução da excitabilidade do córtex pré-frontal, uma região cerebral crucial nos processos de aprendizagem.
Em fetos de camundongos do sexo masculino, foi constatada uma ampliação na sensibilidade à dor, enquanto as fêmeas apresentaram déficits cognitivos.
No entanto, são necessárias investigações adicionais para compreender por que os efeitos do CBD diferem entre os sexos.
O próximo passo consistirá em determinar se o momento e as doses de CBD durante os diferentes trimestres gestacionais influenciam a frequência e a intensidade destas deficiências.
Também será necessário esclarecer de forma mais consistente se há impacto no desenvolvimento fetal humano.
Portanto, diante da escassez de evidências sobre a segurança, mulheres grávidas devem abster-se do uso de canabidiol durante a gestação.
Canabidiol efeitos colaterais na pele: Alguma reação cutânea é comum?
Embora a erupção cutânea associada ao canabidiol possa ocorrer, a literatura documenta escassamente casos relatados.
Ainda assim, os poucos casos relatados ocorreram quando o canabidiol foi usado simultaneamente com outros agentes medicamentosos.
No entanto, é imperativo ressaltar que tais incidências são raras e ocorrem em contextos particulares, onde o próprio organismo da pessoa não responde bem ao canabidiol.
As lesões cutâneas vinculadas ao canabidiol geralmente surgem de reações alérgicas ao composto ou do uso impróprio de preparações tópicas contendo-o.
Produtos de CBD disponíveis no mercado são formulados com veículos e excipientes que podem desencadear irritações cutâneas, culminando em lesões.
É de suma importância, entretanto, discernir entre as reações provenientes dos componentes adicionais e o próprio canabidiol.
Estudos sugerem que, quando utilizado de forma apropriada, o canabidiol não tem o potencial de causar erupções cutâneas em pessoas que não tem alergia ao composto.
Contudo, ainda é vital que os consumidores estejam plenamente informados acerca dos ingredientes contidos nos produtos de CBD e permaneçam vigilantes quanto a qualquer resposta adversa.
O canabidiol pode interagir com outras medicações?
É de conhecimento geral que o canabidiol interage com as enzimas metabolizadoras de medicamentos do citocromo P450.
Então, existe um risco de efeitos colaterais do canabidiol quando o mesmo é utilizado com outros fármacos que também são substratos ou inibidores dessas enzimas.
O CBD é metabolizado predominantemente pela enzima CYP3A4, a qual é responsável pela metabolização de aproximadamente 60% dos medicamentos clinicamente prescritos.
Notavelmente, compostos como cetoconazol, itraconazol, ritonavir e claritromicina são inibidores do CYP3A4, resultando em aumentos nos níveis de CBD quando usados concomitantemente.
Este fenômeno pode também conduzir a elevações nas concentrações sanguíneas de ciclosporina, sildenafila, anti-histamínicos, haloperidol, antirretrovirais e certas estatinas (atorvastatina e sinvastatina).
Por outro lado, substâncias como fenobarbital, rifampicina, carbamazepina e fenitoína induzem a atividade do CYP3A4, resultando na redução da biodisponibilidade do CBD.
Assim, os efeitos do canabidiol são diminuídos com o uso concomitante de tais medicamentos.
Além disso, a capacidade do CBD de inibir a função da proteína BCRP justifica preocupações adicionais sobre seu uso em conjunto com a nitrofurantoína, cimetidina e sulfassalazina.
Canabidiol efeitos colaterais no sono: Pode influenciar a qualidade do sono?
Sabemos que o canabidiol tem propriedades sedativas e relaxantes, o que levanta questões sobre seus efeitos colaterais na qualidade do sono.
Se tratando de efeitos colaterais do canabidiol sobre o sono, a literatura apresenta resultados divergentes.
Alguns estudos sugerem que o CBD pode manifestar efeitos sedativos leves a moderados, os quais podem contribuir para a melhoria da qualidade do sono em determinados indivíduos.
Muitas indicações médicas para o uso de canabidiol visam atenuar a ansiedade e o estresse, fatores frequentemente implicados em distúrbios do sono, como a insônia.
Por outro lado, outras pesquisas apresentaram resultados contraditórios.
Alguns usuários relataram sonolência excessiva durante o dia após a administração de canabidiol, sugerindo uma possível interferência negativa na qualidade do sono.
Também existem indícios de que o CBD influencia o ciclo do sono REM (Rapid Eye Movement), uma fase associada ao processamento cognitivo e emocional.
Embora essa influência não seja necessariamente negativa, é importante estar alerta e seguir o protocolo do seu médico para evitar maiores interferências na qualidade do sono em geral.
Apesar do potencial do CBD em afetar a qualidade do sono, isso é universalmente reconhecido como um efeito colateral específico.
Pelo contrário, muitas pessoas consideram o canabidiol como parte integrante de uma abordagem holística à saúde do sono, dada sua capacidade de induzir relaxamento.
Canabidiol efeitos colaterais gastrointestinais: pode afetar o sistema digestivo?
O uso de canabinoides é amplamente difundido na gestão de diversas patologias médicas que afetam o intestino.
No entanto, o uso dessas substâncias está associado a efeitos adversos, relacionados ao sistema gastrointestinal, especialmente em adultos e idosos.
Tais efeitos abrangem desde náuseas, vômitos, distensão abdominal até dores abdominais.
O sistema endocanabinoide também está presente no trato gastrointestinal, com receptores CB1 localizados nos neurônios mioentéricos e submucosos, e receptores CB2 predominantemente nas epiteliais.
A ativação dos receptores CB1 resulta em uma redução da motilidade do sistema gastrointestinal, enquanto a ativação dos receptores CB2 nas células imunológicas modula a inflamação no sistema digestivo.
Esta interação ligante-receptor também pode desencadear efeitos indesejáveis, responsáveis pelos sintomas adversos observados nesta região.
Os efeitos adversos do canabidiol no sistema gastrointestinal variam em gravidade e incluem sintomas como boca seca, ulceração na boca, náuseas, vômitos, obstipação e diarreia.
Novamente, tais efeitos não são universais e não ocorrem em todos os indivíduos.
Geralmente, são mais comuns quando o uso não é realizado de maneira adequada, sendo quase inexistentes quando o protocolo médico é respeitado.
Canabidiol efeitos colaterais em idosos: O que os idosos precisam saber?
Conforme dados da Organização Mundial de Saúde, estima-se que até 2050, haverá um acelerado envelhecimento global.
Diante desse panorama, é imperativo que a sociedade e as comunidades médica e científica antecipem-se na busca por soluções destinadas a aprimorar a qualidade de vida dos idosos.
Nesse contexto, o canabidiol se insere como uma alternativa aos fármacos convencionais por sua ação natural no organismo, causando menos efeitos adversos aos idosos, seja a curto ou longo prazo.
Ainda assim, observa-se que os idosos tendem a apresentar uma maior sensibilidade ao CBD, embora a razão para tal fenômeno ainda careça de uma compreensão abrangente.
Apesar de reputação como uma solução natural de baixo risco, é pertinente reconhecer que o CBD pode ocasionar determinados efeitos colaterais em idosos.
Tais efeitos incluem náuseas, fadiga e irritabilidade, geralmente mais comuns do que na população em geral, embora esses efeitos ainda sejam pouco recorrentes.
Todavia, a intensidade dos efeitos colaterais do canabidiol em idosos pode variar, sendo influenciada principalmente pela interação com outros medicamentos administrados concomitantemente.
Canabidiol efeitos colaterais em animais de estimação: É seguro para pets?
O uso de canabidiol em animais é fortemente indicado, sendo corroborado cientificamente, sobretudo em âmbito internacional.
O canabidiol para pets pode ajudar no tratamento de condições como epilepsia refratária, câncer, cinomose, dor aguda e até mesmo para o controle de comportamentos, como a ansiedade de separação.
Um estudo randomizado controlado, envolvendo 20 cães adultos da raça beagle, avaliou diferentes doses de medicamentos à base de Cannabis.
Os animais foram divididos em grupos e a administração do canabidiol foi bem tolerada, não sendo observadas alterações clínicas significativas em termos de segurança.
Publicada em 2020, essa pesquisa representa uma entre milhares de trabalhos científicos sobre Cannabis na medicina veterinária.
De acordo com o estudo, o canabidiol foi bem tolerado por cães saudáveis, causando poucos ou nenhum efeito colateral no grupo estudado.
Destaca-se ainda uma revisão realizada por Diego Fontana de Andrade, do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul.
Este estudo analisou os resultados de 19 pesquisas sobre o uso de produtos à base de Cannabis em animais de estimação, concluindo que a administração desses produtos é segura.
A pesquisa ainda ressalta que os medicamentos contendo canabidiol podem melhorar a qualidade de vida e reduzir a percepção da dor em animais afetados pela osteoartrite canina.
Até o momento, as evidências indicam que o CBD é bem tolerado por animais, havendo poucos relatos de efeitos colaterais graves.
Entretanto, quando surgem, esses efeitos colaterais se limitam à sonolência, boca seca e diminuição da pressão arterial, os quais parecem variar de acordo com a dose administrada.
Os benefícios terapêuticos do canabidiol no tratamento de doenças
Os endocanabinoides e fitocanabinoides, tais como o CBD e o THC, exercem modulação sobre o sistema endocanabinoide (SEC).
O THC atua como um agonista parcial do receptor canabinoide 1, ocasionando efeitos no sistema nervoso central (SNC), que incluem a sensação de “euforia” associada ao uso recreativo.
Ele também demonstra atividade agonista no receptor CB2, presente no sistema imunológico.
Por sua vez, o CBD tem uma interação indireta com os receptores CB, mas influencia tanto o SEC quanto os sistemas não relacionados a ele.
Diversos mecanismos foram propostos para explicar a ação do CBD, incluindo atividade agonista no receptor de serotonina, no receptor transitório vaniloide 1, na ativação do receptor acoplado à proteína G 55 e nos receptores de adenosina.
Por meio desses mecanismos, o canabidiol produz efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, antieméticos, antitumorais, relaxantes, ansiolíticos e antiepilépticos.
Nos Estados Unidos, diversos produtos à base de canabidiol, como o Epidiolex, foram aprovados pela FDA para o tratamento de condições médicas.
No Brasil, uma ampla variedade de produtos pré-aprovados pela Anvisa contendo CBD está disponível em farmácias para compra mediante prescrição médica.
Dentre as condições que podem se beneficiar do canabidiol como alternativa terapêutica, destacam-se:
- Alzheimer;
- Parkinson;
- Esclerose Múltipla;
- Estresse;
- Dor e inflamação;
- Sintomas de abstinência: fumantes e uso de drogas;
- Epilepsia;
- Esquizofrenia e transtornos psicóticos;
- Câncer;
- Autismo;
- Transtornos de Ansiedade;
- Ataques de pânico;
- Depressão;
- Diabetes;
- Doença de Crohn;
- Colite Ulcerativa;
- Doenças da pele;
- Fibromialgia.
Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
Embora seja verdade que encontrar um médico disposto a prescrever tratamentos com Cannabis possa ser uma tarefa árdua, existem recursos disponíveis para facilitar esse processo.
Um exemplo é o portal Cannabis & Saúde, que oferece uma solução prática para esse desafio.
Nossa plataforma de agendamento conecta pacientes interessados a uma rede de médicos prescritores especializados em Cannabis medicinal.
Com apenas alguns cliques, os pacientes podem agendar consultas com profissionais qualificados, receber orientações sobre os tratamentos à base de Cannabis.
Ao ponderar sobre iniciar um tratamento com Cannabis medicinal, é imprescindível buscar orientação profissional para assegurar a segurança durante todo o processo.
Portanto, convidamos você a fazer uso desse recurso e agendar uma consulta com um médico especializado nessa área.
Priorizar a saúde e o bem-estar é de suma importância, e encontrar o tratamento adequado vai te ajudar a ter uma significativa melhora na qualidade de vida!
Conclusão
Os efeitos colaterais do canabidiol constituem uma consideração substancial ao se avaliar seu potencial terapêutico.
Embora geralmente sejam de natureza leve e transitória, ainda é preciso que os utilizadores estejam plenamente cientes deles.
Em vista da segurança reconhecida do CBD e sua aplicação na prática clínica, novos ensaios clínicos são ainda mais importantes na avaliação da eficácia deste composto em diversas condições patológicas.
Dado o valor dos efeitos do CBD, os fármacos que o contêm são prescritos como uma opção para indivíduos com resposta clínica insatisfatória, ou para aqueles nos quais as terapias padrão induzem efeitos colaterais intoleráveis.
Então, se você deseja aprender mais sobre os benefícios deste composto, explore mais artigos disponíveis aqui no portal.
Aqui, você encontrará uma vasta quantidade de informações sobre o uso terapêutico do CBD e outros aspectos relacionados à Cannabis.