Alquimia de sabores promete experiência sensorial com aromas que remetem à Cannabis
Apesar de ainda não estar regulamentado o uso de partes da Cannabis em alimentos e suplementos no Brasil, várias empresas têm lançado produtos com terpenos de outras plantas – que remetem ao aroma da Cannabis – na tentativa de normalizar o consumo da planta no país.
Uma delas é a Café Blends do Brasil CBD. O ex-executivo da Pfizer, Roberto Borelli, abandou o mundo farmacêutico para desenvolver alimentos que podem proporcionar uma experiência sensorial com uma pitada de cultura canábica.
“Eu tive o privilégio de desenvolver mais de 50 produtos farmacêuticos. Essa experiência me motivou a desenvolver cafés especiais com ervas funcionais e terpenos. Ainda não podemos incluir o canabidiol nas formulações, mas conhecendo a tendência mundial vimos um novo nicho a ser explorado”, revela Borelli.
Não contém Cannabis
O empresário, que ainda sonha em inserir canabinoides nas formulações, explica que seus cafés não contêm Cannabis, apenas terpenos de outras plantas que rementem ao aroma da planta medicinal ainda restrita no Brasil.
Para quem não sabe, os terpenos são micropartículas de óleos essenciais, presentes em praticamente todo o reino vegetal – para além da Cannabis – que conferem às plantas aromas e sabores únicos.
“Os terpenos também são medicinais. Eles ajudam a ativar o Sistema Endocanabinoide, e aliados às ervas funcionais e ao café, atuam de forma sensorial para relaxar ou energizar”, explica Borelli.
De fato, pesquisas científicas indicam que os terpenos contribuem para o chamado efeito entourage ou efeito comitiva – essa relação de sinergia entre todas as moléculas químicas presentes na Cannabis para produzir um efeito terapêutico mais potente e assertivo da planta.
Café para manhã, tarde e noite
Para atingir a alquimia perfeita de sabores, Roberto conta que manipulou diferentes formulações por um ano e meio. “Foi queimada uma tonelada e meia de café nesse período só para fazer testes”, lembra o empresário
As formulações do Café CBD completam um ano que estão no mercado agora em junho. E segundo a empresa, a receptividade do público tem sido excepcional.
Das vendas localizadas em São Paulo, há cinco meses a empresa se espalhou para outros 40 pontos de venda no país, além do e-commerce e vendas pelas redes sociais.
O café cultivado em Roraima, São Paulo e Minas Gerais também espera ganhar o mundo. Negociações estão em andamento para levar a experiência sensorial para Arábia Saudita e Estados Unidos.
Apresentação em pó e em grãos
Nas apresentações em grão e em pó são adicionados ao café terpenos e ervas funcionais que promovem características sensoriais para ativar energia, concentração, equilíbrio e relaxamento.
Pelo menos é o que promete o desenvolver do produto terpenado. “Criamos diferentes cafés para momentos distintos do dia e com finalidades específicas”, explica Roberto.
Para ativar a energia do dia, por exemplo, a empresa usou o terpeno “Lime Cush” associado aos terpenos da manga e da pitanga, além de ervas e raízes como o ginseng brasileiro, maca peruana. “A característica é frutada. Os compostos 100% naturais aumentam a sensação de energia e disposição”.
Já o café da tarde contém o terpeno “Orange Califórnia”, terpenos da flor de laranjeira e frutas cítricas, alecrim, chá verde e cogumelo do sol. “Esse café é mais cítrico e remanesce por mais tempo no metabolismo. Isso contribui para o equilíbrio e concentração”, ensina.
Para completar, o café noturno descafeinado é enriquecido com o terpeno “Berry White”, plantas medicinais como jasmim, alecrim, melissa, além de terpenos do cacau e nozes. “Para a noite essa formulação proporciona relaxamento”, detalha Borelli.
Ervas da Amazônia
Todos os cafés ainda possuem na composição ervas amazônicas que potencializam os efeitos sensoriais da bebida, garante o empreendedor. “São plantas como urucum, camu camu e mulungu. Riquezas nacionais exclusivamente contratadas na Floresta Amazônica”.
De acordo com a empresa, todos os ingredientes são certificados. Nosso processo de fabricação atende a uma metodologia muito parecida com a farmacêutica. Só trabalhamos com café acima de 80 pontos, ou seja, premium. Por isso ainda temos um custo elevado de fabricação”, reconhece.
Hoje, o café com terpenos é vendido nas tabacarias e coffee shops de todo país por valores que variam de R$120 a 150 reais, meio quilo. Para degustar a dose, o cliente precisa desembolsar cerca de R$ 5 reais. É a média do valor de um cafezinho expresso num estabelecimento comercial, afirma Roberto.
Para atender a clientela mais exigente, a empresa está desenvolvendo novas apresentações. Em breve, os amantes de café poderão ter acesso a novos blends terpenados e no formato de cápsulas também.
CBD como suplemento alimentar
Em diversos países, o CBD é vendido em supermercados e farmácias como suplemento alimentar – sem o THC (tetrahidrocanabinol) – que é o princípio psicoativo da Cannabis. Inclusive o extrato de cânhamo é considerado um superalimento rico em ômegas e ácidos graxos.
“Isso me motivou a criar esse novo conceito de bebidas sensoriais. Já pensando, em um futuro próximo, a possibilidade de inserir o óleo de CBD nesse tipo de alimento. O café fica perfeito”, projeta.
Roberto lembra que durante a sua pesquisa de mercado não encontrou nenhum outro café ou bebidas sensoriais que utilizam terpenos naturais e ervas funcionais em um só produto. “Isso é algo inovador. Queremos proporcionar aos consumidores uma experiência especial, algo diferenciado com qualidade única” trazendo mais saúde em diversos momento do dia, conclui.
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