Os anticonvulsivantes são medicamentos essenciais no tratamento de condições neurológicas. Essas condições neurologicas podem afetar pessoas de todas as idades, e os anticonvulsivantes desempenham um papel crucial no controle e na prevenção dessas crises.
Esses medicamentos atuam de várias maneiras no sistema nervoso central, estabilizando a atividade elétrica anormal do cérebro que está associada às convulsões.
Embora os anticonvulsivantes sejam principalmente utilizados no tratamento da epilepsia, eles também podem ser prescritos para outras condições, como transtorno bipolar, enxaqueca e dor neuropática.
Os anticonvulsivantes pertencem à classe de medicamentos destinados ao tratamento, prevenção ou controle de crises convulsivas e epilépticas.
Em relação à epilepsia, eles são fundamentais para o controle desta doença que atinge o sistema nervoso, provocando convulsões.
Mas os medicamentos anticonvulsivantes podem fazer muito mais do que inibir ataques epilépticos, como veremos neste artigo.
Nele, vamos mostrar um panorama abrangente sobre esses fármacos, com ênfase nos que são produzidos à base de plantas do gênero Cannabis. Continue lendo para aprender sobre:
- O que são anticonvulsivantes?
- Em quais tratamentos os anticonvulsivantes podem ser usados?
- Anticonvulsivantes e transtornos psiquiátricos: uma nova abordagem terapêutica
- Anticonvulsivantes genéricos x de marca: qual a diferença?
- Os diferentes tipos de anticonvulsivantes e suas indicações
- Os efeitos colaterais dos anticonvulsivantes e como minimizá-los
- Os riscos do uso inadequado de anticonvulsivantes
- Alternativas naturais aos anticonvulsivantes
- Como a Cannabis medicinal funciona no tratamento de transtornos neurológicos?
- Novas pesquisas sobre anticonvulsivantes: o que esperar do futuro?
O que são anticonvulsivantes?
Anticonvulsivantes, também conhecidos como antiepilépticos, são medicamentos utilizados para prevenir ou reduzir a ocorrência de convulsões ou crises epilépticas.
A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada pela ocorrência recorrente e imprevisível de convulsões, que são episódios de atividade elétrica anormal no cérebro.
Além de prevenir crises convulsivas, eles são administrados em tratamentos para neuralgias, transtornos de humor e muitas outras enfermidades.
Contudo, é no tratamento contra a epilepsia, em suas diversas manifestações, que esse tipo de medicamento é mais amplamente utilizado.
Vale ressaltar que essa é uma doença que ainda tem causas desconhecidas pela medicina, o que por sua vez não impede que sejam prescritos anticonvulsivantes em seu tratamento.
Estão mapeadas hoje cinco tipos de manifestação dessa condição:
- Epilepsia fotossensível – desencadeada por exposição à luzes, flashes e monitores de TV;
- Epilepsia sintomática generalizada – cuja origem está em danos profundos no cérebro;
- Epilepsia idiopática generalizada – normalmente se manifesta em pessoas com histórico familiar da doença;
- Epilepsia sintomática parcial – tipo mais comum e que pode ter como causa tumores cerebrais, traumas ou infecções;
- Epilepsia idiopática parcial – manifestação mais branda, comum na infância e que se caracteriza por espasmos musculares faciais noturnos.
Como agem os anticonvulsivantes?
Os anticonvulsivantes atuam no sistema nervoso central para estabilizar a atividade elétrica cerebral, prevenindo ou controlando a ocorrência de convulsões.
Eles podem ser prescritos para diferentes tipos de epilepsia, desde casos generalizados até formas mais específicas, como a epilepsia do lobo temporal.
Além disso, alguns anticonvulsivantes também podem ser usados em outras condições neurológicas, como transtorno bipolar, neuralgia do trigêmeo e neuropatia periférica. Existem vários mecanismos de ação pelos quais os anticonvulsivantes podem exercer seu efeito.
Alguns desses medicamentos atuam inibindo a atividade excessiva dos neurônios, enquanto outros aumentam a inibição neuronal ou diminuem a excitabilidade das células cerebrais.
Esses mecanismos ajudam a evitar a propagação descontrolada dos sinais elétricos no cérebro que levariam a uma crise convulsiva.
Em outras palavras, eles agem diminuindo as sinapses, que consistem em um fluxo químico entre neurônios ou entre terminações nervosas e células glandulares ou musculares.
A epilepsia se caracteriza justamente pelo fluxo exacerbado e descontrolado de sinapses. Ou seja, é como se o cérebro perdesse o controle sobre sua própria atividade.
Por isso, os anticonvulsivantes agem como se fossem “bombeiros”, apagando o “incêndio” causado pelo excesso de sinapses em ataques de epilepsia.
No entanto, por interferirem no funcionamento dos neurônios e do sistema nervoso central, o uso prolongado de anticonvulsivantes pode levar à dependência química.
Em crianças, eles também podem levar à redução do QI e, em recém nascidos, podem causar neurodegeneração.
No entanto, o uso controlado e supervisionado por um médico elimina ou minimiza esses efeitos colaterais.
Os anticonvulsivantes podem ser administrados de diferentes formas, incluindo comprimidos, cápsulas, líquidos e formulações injetáveis.
A escolha do medicamento e da forma de administração depende do tipo de epilepsia, da gravidade das crises, da idade do paciente e de outros fatores individuais.
Em quais tratamentos os anticonvulsivantes podem ser usados?
Os anticonvulsivantes são frequentemente prescritos para tratar a epilepsia. No entanto, esses medicamentos também podem ser utilizados para tratar outras condições médicas além da epilepsia.
Sendo assim, existem dez tipos mais comumente prescritos para outras condições:
- Hidantoínas;
- Triazinas;
- Pirrolidinas;
- Carboxamidas;
- Derivados da frutose;
- Ácidos graxos;
- Análogos do ácido gama-aminobutírico;
- Barbitúricos;
- Aldeídos;
- Benzodiazepínicos.
Além do tratamento da epilepsia, os anticonvulsivantes podem ser prescritos para tratar transtornos do humor, como transtorno bipolar e depressão refratária.
Alguns anticonvulsivantes, como o ácido valproico, podem ajudar a estabilizar o humor e reduzir os episódios maníacos e depressivos.
Os anticonvulsivantes também podem ser utilizados para tratar dores neuropáticas, que são dores crônicas resultantes de danos ou disfunções nos nervos. Medicamentos como gabapentina e pregabalina podem ser eficazes no alívio dessas dores.
Outra aplicação dos anticonvulsivantes é no tratamento da enxaqueca crônica. Medicamentos como o topiramato e a divalproex sódica podem ajudar a reduzir a frequência e a gravidade das crises de enxaqueca em pacientes que não respondem a outras terapias.
É importante ressaltar que o uso de anticonvulsivantes para essas condições específicas deve ser feito sob a orientação de um médico, que avaliará a necessidade e a segurança do tratamento.
Com isso em mente, vamos ver a seguir quais os benefícios dos anticonvulsivantes para outras condições.
Tratamento das crises convulsivas
É na prevenção e controle das crises convulsivas em virtude da epilepsia que os anticonvulsivantes são mais amplamente empregados.
Nesse caso, eles podem ser prescritos tanto nos casos de crises epiléticas generalizadas quanto nas localizadas.
As primeiras têm como característica o comprometimento do cérebro por inteiro, gerando perda de consciência, espasmos, contrações corporais severas e movimentos bruscos da cabeça.
Já nas crises localizadas, somente uma porção cerebral é atingida, o que, por sua vez, leva a convulsões de menor porte apenas em partes do corpo.
Em ambos os casos, os anticonvulsivantes são essenciais, já que uma crise epiléptica não contida pode levar à parada respiratória ou cardíaca.
Tratamento para epilepsia
Como fármaco ativo no tratamento da epilepsia, os anticonvulsivantes devem ser prescritos depois de identificadas as origens da doença.
Logo, a prescrição do medicamento correto está relacionada ao tratamento da causa subjacente à epilepsia.
No entanto, há casos em que essas causas não são identificadas e, sendo assim, os anticonvulsivantes são prescritos apenas como mecanismo de controle das convulsões.
Nesse contexto, eles podem trazer efeitos colaterais imprevistos, exigindo um controle ainda mais rigoroso por parte do médico neurologista.
É por isso que, junto ao tratamento com medicação, o paciente acometido por epilepsia deve observar uma dieta equilibrada e evitar substâncias psicoativas, como álcool e drogas.
Tratamentos de neuralgias
Os anticonvulsivantes podem ser ministrados também no tratamento de neuralgias como a do trigêmeo, que se caracteriza por dores intensas na região inferior do rosto.
Ela é causada por disfunções no quinto nervo trigêmeo, responsável por levar informação do rosto ao cérebro e por controlar os músculos usados na mastigação.
Além dessa, também há a neuralgia glossofaríngea, na qual o paciente sofre com dores na parte posterior da garganta próxima às amígdalas.
Essa é uma neuralgia cujas causas podem ser desconhecidas, mas se sabe que o mau posicionamento de uma artéria pode comprimir o nervo glossofaríngeo.
Em casos assim, medicamentos anticonvulsivantes como oxcarbazepina, carbamazepina ou fenitoína, entre outros, podem ser prescritos.
Tratamento de transtornos de humor
De acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), estima-se que, no Brasil, o número de pessoas acometidas com transtornos de humor chegue aos 6 milhões ou 4% da população.
Esse tipo de enfermidade tem seu tratamento dificultado por que nem sempre é possível diagnosticar com precisão suas causas.
Em alguns casos de mania psicótica grave, o controle comportamental é urgente e pode exigir um antipsicótico sedativo de segunda geração que bloqueie receptores de dopamina.
Seu uso deve ser suplementado com um benzodiazepínico, geralmente clonazepam ou lorazepam.
Para os que sofrem de depressão, anticonvulsivantes como a lamotrigina também pode ser indicados.
Por sua vez, o transtorno bipolar é melhor controlado em geral com anticonvulsivantes como lurasidona, quetiapina de forma isolada ou combinando olanzapina e fluoxetina.
Tratamentos de neuropatias
Neuropatias em geral também podem ser tratadas com anticonvulsivantes. A mais conhecida delas é a dor neuropática diabética, cujo tratamento com carbamazepina tem como objetivo inibir a recaptação de noradrenalina e serotonina.
Nas neuropatias periféricas, é comum que se prescrevam anticonvulsivantes como a pregabalina e a gabapentina.
Por isso, o tratamento da hanseníase também encontra nos anticonvulsivantes um remédio eficaz contra as dores provocadas pela doença.
Como podemos concluir até aqui, os anticonvulsivantes são fundamentais não apenas no tratamento das convulsões, mas para redução e alívio da dor em diversas enfermidades.
Afinal, em muitos casos, nos quais não se consegue identificar a causa de uma doença do sistema nervoso central, o único recurso disponível é ministrar anticonvulsivantes.
Reposição de magnésio
Os anticonvulsivantes não se prestam apenas a remediar a dor ou evitar ataques epilépticos. Isso porque há aqueles que podem ser prescritos como suplemento alimentar, como é o caso do sulfato de magnésio.
Esse anticonvulsivante é administrado normalmente como repositor de eletrólitos e para evitar convulsões na toxemia gravídica, mais conhecida como pré-eclâmpsia, que, por sua vez, pode levar à eclâmpsia.
Sendo assim, nesse caso, temos uma dupla função do anticonvulsivante: ser um repositor de magnésio e bloquear as convulsões, sendo normalmente prescrito por médicos obstetras.
Prevenção de enxaqueca
Nem só para tratar epilepsia ou doenças infecto contagiosas que servem os anticonvulsivantes. Males como a enxaqueca também podem ser tratados com esse tipo de fármaco, que agem no sentido de prevenir ou reduzir a frequência das crises.
Anticonvulsivantes como o topiramato e o ácido valpróico (valproato) têm eficácia comprovada para aliviar as dores desse distúrbio neuronal de causas ainda misteriosas.
Embora pareça um problema de saúde menos grave, a enxaqueca pode levar uma pessoa à incapacitação, em virtude de dores excruciantes que ela causa.
Inclusive, um estudo da Burden of Disease Study conclui que ela é a terceira principal causa de incapacidade em todo o mundo.
Tratamento de eclâmpsia
A eclâmpsia é uma condição subsequente à pré-eclâmpsia, que pode afetar gestantes acometidas por pressão alta. Se isso acontece, elas podem vir a ter convulsões e até levar ao coma.
Trata-se de um problema de saúde que surge em função da má formação dos vasos sanguíneos que ligam o sistema circulatório da mãe à placenta.
Por isso, a única maneira de se extinguir a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia por completo é o parto, já que ambas estão condicionadas à gestação.
Os anticonvulsivantes, por sua vez, são o recurso normalmente prescrito para controle das convulsões associadas à eclâmpsia.
Anticonvulsivantes e transtornos psiquiátricos: uma nova abordagem terapêutica
Anticonvulsivantes são medicamentos tradicionalmente utilizados no tratamento de distúrbios convulsivos, como a epilepsia.
No entanto, nas últimas décadas, a aplicação desses fármacos tem sido ampliada para o tratamento de diversas condições psiquiátricas, como transtorno bipolar, ansiedade, depressão e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Essa nova abordagem terapêutica surgiu a partir de estudos que demonstraram a eficácia dos anticonvulsivantes na modulação do humor e na estabilização emocional, oferecendo uma alternativa aos tratamentos convencionais.
Os anticonvulsivantes atuam por meio da inibição dos canais iônicos neuronais, como os canais de sódio e cálcio, e da potencialização da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inibitório.
Essa ação farmacológica promove a redução da excitabilidade neuronal, o que pode contribuir para a estabilização do humor e a diminuição da ansiedade.
Dentre os anticonvulsivantes mais utilizados no tratamento de transtornos psiquiátricos, destacam-se o ácido valproico, a carbamazepina, a lamotrigina e a gabapentina.
Esses medicamentos têm demonstrado eficácia no controle de episódios de mania e depressão em pacientes com transtorno bipolar, além de serem úteis no tratamento de transtornos de ansiedade, como o transtorno do pânico e a fobia social.
Além disso, a lamotrigina tem se mostrado promissora no tratamento da depressão unipolar resistente.
Entretanto, é importante considerar que os anticonvulsivantes podem apresentar efeitos colaterais significativos, como sonolência, tontura, ganho de peso e alterações cognitivas.
Por isso, é fundamental que o médico avalie cuidadosamente cada caso e prescreva a medicação mais adequada, levando em consideração os possíveis benefícios e riscos envolvidos.
O papel dos medicamentos na preservação do bem-estar emocional
Os anticonvulsivantes são ferramentas importantes no tratamento de transtornos psiquiátricos e na preservação do bem-estar emocional.
Eles atuam modulando a atividade de neurotransmissores no cérebro, que são substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre os neurônios.
Essa regulação química pode ajudar a aliviar os sintomas de diversos transtornos mentais, como depressão, ansiedade e transtorno bipolar, proporcionando maior estabilidade emocional e qualidade de vida aos pacientes.
Esses medicamentos são amplamente utilizados no tratamento de distúrbios convulsivos, mas também têm benefícios significativos no âmbito emocional.
Em primeiro lugar, os anticonvulsivantes ajudam a controlar as convulsões, que podem ser fontes de estresse significativo e prejudicar o bem-estar emocional de uma pessoa.
Ao reduzir a frequência e a gravidade das convulsões, esses medicamentos contribuem para a estabilização do humor e a redução da ansiedade, promovendo assim uma maior sensação de tranquilidade e equilíbrio emocional.
Além disso, alguns anticonvulsivantes têm propriedades estabilizadoras de humor. Eles podem ser prescritos para tratar distúrbios do humor, ajudando a controlar a variação excessiva de humor, a impulsividade e a agitação emocional.
No entanto, é importante mencionar que cada pessoa pode responder de forma diferente aos anticonvulsivantes, e nem todos os medicamentos são adequados para todos os casos.
É fundamental contar com o acompanhamento médico adequado para determinar o melhor tratamento para cada indivíduo, levando em consideração fatores como histórico médico, sintomas específicos e possíveis efeitos colaterais.
Anticonvulsivantes genéricos x de marca: qual a diferença?
Anticonvulsivantes genéricos e de marca diferem principalmente em suas características relacionadas à marca, embalagem, preço e propriedade exclusiva.
No entanto, em termos de eficácia, segurança e qualidade, ambos os tipos são rigorosamente regulamentados pelas autoridades de saúde e são considerados igualmente eficazes.
Os anticonvulsivantes genéricos são versões mais acessíveis de medicamentos de marca. Eles contêm o mesmo princípio ativo e têm a mesma finalidade terapêutica que os medicamentos de marca correspondentes.
Os fabricantes de medicamentos genéricos devem demonstrar que seus produtos são bioequivalentes aos medicamentos de marca, o que significa que eles são absorvidos pelo organismo da mesma maneira e têm a mesma eficácia.
Os medicamentos de marca são desenvolvidos e comercializados por uma empresa farmacêutica específica, que obteve os direitos exclusivos para fabricá-los durante um determinado período de tempo.
Durante esse período, a empresa investe em pesquisa, desenvolvimento e marketing do medicamento, o que pode resultar em custos mais altos.
Após expirar o período de exclusividade da marca, outros fabricantes podem produzir versões genéricas dos medicamentos.
Esses medicamentos genéricos são geralmente mais acessíveis, pois os fabricantes não precisam investir em pesquisa e desenvolvimento extensivos nem em campanhas de marketing.
No entanto, eles devem seguir os mesmos padrões de qualidade e eficácia que os medicamentos de marca.
Quais são os medicamentos anticonvulsivantes?
É consenso entre médicos que, em muitos casos, a prescrição de uma droga antiepiléptica pode gerar efeitos colaterais que não compensam o seu uso.
Como veremos mais à frente, os medicamentos à base de Cannabis acabam sendo a alternativa mais segura em virtude de apresentarem potencial de danos muito menor.
De qualquer forma, os anticonvulsivantes sintetizados pela indústria farmacêutica ainda são amplamente prescritos, a despeito dos efeitos colaterais adversos que venham a causar.
Ainda que esses efeitos possam ser até certo ponto evitados, não existe uma margem segura de exposição.
Nesse caso, vale atentar para os medicamentos anticonvulsivantes mais largamente ministrados e que efeitos colaterais eles podem causar. Acompanhe:
Comital L
O Comital L é um dos medicamentos anticonvulsivantes mais conhecidos do mercado. Ele consiste em uma combinação de fenitoína (PHT) com fenobarbital (PB).
Cabe ressaltar que a fenitoína já era considerada uma droga potente para o tratamento das convulsões epilépticas, sendo inclusive considerada mais eficaz que o fenobarbital.
Contudo, ambas apresentam efeitos colaterais relevantes, potencializados pela combinação que deu origem ao Comital L.
Entre os mais frequentes, estão o hirsutismo (crescimento de pêlos), a acne seborreica e a halitose.
Por isso, medicamentos com base em PHT foram apelidados de “feiotoína” em virtude dos problemas estéticos que causam.
Gardenal
Talvez o mais popular de todos os barbitúricos seja o Gardenal, normalmente ministrado via oral por ingestão de comprimidos de 50mg ou 100mg.
O objetivo do tratamento com Gardenal é prevenir as convulsões associadas aos ataques epilépticos ou com origem em outras enfermidades.
Ele é contra indicado para lactantes e pessoas que façam uso de medicamentos como dasabuvir, paritaprevir, ledipasvir, ombitasvir, saquinavir, sofosbuvir e daclatasvir.
Além disso, medicamentos com base em fenobarbital podem gerar uma série de efeitos colaterais graves.
Um deles, em gestantes, é a malformação do feto que pode nascer com deformidades como fenda palatina ou microcefalia.
Fenitoína
Também ministrada na forma de comprimidos ou em suspensão (líquida), a fenitoína é igualmente difundida no combate às convulsões epilépticas.
Por outro lado, ela também apresenta uma série de efeitos colaterais e até reações alérgicas, embora sejam raras.
Entre os efeitos adversos, são conhecidos o hirsutismo, dores de cabeça, anemia, inchaço nos lábios e rosto, além de náuseas e vômito.
A fenitoína também pode causar problemas cognitivos, deixando o raciocínio lento e até ataxia, que consiste em movimentos corporais descoordenados.
Em casos mais graves, o paciente tratado com fenitoína pode vir a sofrer parada cardíaca ou sofrer danos hepáticos.
Oxcarbazepina
Utilizada como medicamento principal ou coadjuvante em tratamentos anti epilépticos, a oxcarbazepina também apresenta um rol extenso de possíveis efeitos indesejados.
Contudo, diferentemente do Gardenal, ela não apresenta uma lista de contraindicações, sendo apenas vedada aos pacientes com sensibilidade à oxcarbazepina.
Como efeitos colaterais mais frequentes, estão dores de cabeça, sonolência, diplopia, tontura, náusea, fadiga e vômitos.
Também são comuns casos de pacientes que vêm a sofrer de depressão, apatia, instabilidades emocionais e confusão mental.
Assim como o Comital L, a oxcarbazepina também pode levar o paciente a desenvolver acne. Além disso, pode levar à queda de cabelo ou a ter vertigens.
Os efeitos colaterais dos anticonvulsivantes e como minimizá-los
Embora sejam eficazes no controle das crises epiléticas e transtornos de humor, os anticonvulsivantes podem apresentar efeitos colaterais que variam em intensidade e frequência de pessoa para pessoa.
Alguns desses efeitos podem ser desconfortáveis, mas é importante ressaltar que nem todos os pacientes experimentam todos os efeitos colaterais citados abaixo.
Um dos efeitos colaterais mais comuns dos anticonvulsivantes é a sonolência. Alguns medicamentos podem causar uma sensação de cansaço e dificuldade de concentração, o que pode afetar a qualidade de vida e a capacidade de realizar atividades diárias.
Para minimizar esses efeitos, é recomendado ajustar a dose do medicamento, tomar a medicação antes de dormir ou dividir a dose ao longo do dia para evitar picos de sonolência.
Outro efeito colateral relatado é a alteração de humor e irritabilidade. Alguns anticonvulsivantes causam desequilíbrio emocional e mudanças no humor, como ansiedade, depressão ou agressividade.
Nesses casos, é fundamental comunicar ao médico responsável para que ele possa ajustar a dose ou prescrever um medicamento alternativo, se necessário.
Além disso, alguns anticonvulsivantes podem causar ganho de peso, o que pode ser preocupante para algumas pessoas.
Para minimizar esse efeito colateral, é importante adotar uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente.
O acompanhamento de um nutricionista ou profissional de saúde pode ser útil para orientar a alimentação e auxiliar na manutenção do peso adequado.
Outros efeitos colaterais menos comuns dos anticonvulsivantes incluem problemas de coordenação motora, tonturas, alterações na visão e problemas gastrointestinais, como náuseas e vômitos.
Caso esses efeitos sejam persistentes ou causem desconforto significativo, é preciso informar ao médico para que sejam realizadas as devidas modificações no tratamento.
Os riscos do uso inadequado de anticonvulsivantes
O uso inadequado dos anticonvulsivantes resultam em sérios riscos à saúde. Um dos principais riscos do uso inadequado de anticonvulsivantes é a possibilidade de desenvolvimento de efeitos colaterais.
Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem sonolência, tontura, náusea, vômito, tremores, ganho de peso, entre outros.
Esses efeitos colaterais podem comprometer a qualidade de vida do paciente, interferindo em sua capacidade de realizar atividades cotidianas e até mesmo de trabalhar. Há também a possibilidade de reações alérgicas.
Embora raras, algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas graves aos anticonvulsivantes.
Isso pode levar a sintomas como erupções cutâneas, coceira, inchaço dos lábios, língua ou garganta, dificuldade para respirar, entre outros. Caso esses sintomas sejam observados, é necessário buscar atendimento médico imediato.
Além disso, o uso inadequado de anticonvulsivantes pode aumentar o risco de crises epilépticas.
Quando o paciente não segue corretamente as orientações médicas, como esquecer de tomar a medicação ou interromper o tratamento sem o conhecimento do médico, o risco de crises epilépticas aumenta consideravelmente, o que pode ser perigoso para a saúde do paciente.
Por fim, o uso inadequado leva ao desenvolvimento de resistência aos medicamentos. O que ocorre quando o corpo do paciente se acostuma com a medicação e ela perde sua eficácia.
Desse modo, pode ser necessário aumentar a dose do medicamento ou trocá-lo por outro, o que pode ser mais difícil para controlar as crises epilépticas e pode aumentar o risco de efeitos colaterais.
Por isso, é fundamental seguir corretamente as orientações médicas e informar ao médico caso ocorram quaisquer efeitos colaterais ou sintomas adversos.
Anticonvulsivantes e gravidez: o que as gestantes precisam saber
As mulheres que sofrem de epilepsia e estão grávidas enfrentam um desafio duplo: garantir o controle das crises epilépticas e proteger a saúde do feto.
Isso porque alguns anticonvulsiantes podem representar riscos para o desenvolvimento fetal, o que exige um cuidado especial por parte dos médicos e pacientes.
Os anticonvulsivantes podem afetar a gravidez de diversas formas, dependendo do tipo e da dosagem do medicamento.
Alguns estudos indicam que o uso de certos anticonvulsivantes pode aumentar o risco de malformações congênitas, como defeitos no tubo neural, lábio leporino, fenda palatina, entre outros.
Além disso, o uso de anticonvulsivantes pode aumentar o risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer.
No entanto, nem todos os anticonvulsivantes apresentam os mesmos riscos. Alguns medicamentos, como a lamotrigina e a levetiracetam, parecem ter um perfil de segurança melhor do que outros, como a fenitoína e o valproato.
Por isso, é preciso que as gestantes conversem com seus médicos para avaliar a melhor opção de tratamento para seu caso específico.
Também é necessário seguir corretamente as orientações médicas quanto ao uso de anticonvulsivantes durante a gravidez. O que inclui a dosagem correta do medicamento, o monitoramento regular do feto e a avaliação dos riscos e benefícios de cada opção de tratamento.
Outro aspecto importante é o acompanhamento do desenvolvimento do feto durante a gestação. A grávida deve fazer exames de ultrassom para avaliar o crescimento e a saúde do feto, bem como outros testes para detectar possíveis anomalias ou complicações.
Por fim, lembre-se que o uso de anticonvulsivantes durante a gravidez não deve ser interrompido sem orientação médica.
A interrupção abrupta do tratamento pode aumentar o risco de crises epilépticas, o que pode ser perigoso tanto para a mãe quanto para o feto.
Os desafios do tratamento com anticonvulsivantes em crianças
O tratamento da epilepsia em crianças apresenta alguns desafios específicos, especialmente quando se trata do uso de anticonvulsivantes.
O controle das crises epilépticas é fundamental para garantir o desenvolvimento adequado da criança, mas o uso de medicamentos pode apresentar riscos para sua saúde e bem-estar.
Um dos principais desafios é encontrar a dosagem correta do medicamento. O uso de anticonvulsivantes em crianças deve ser feito com muito cuidado, pois a dosagem inadequada pode comprometer o controle das crises epilépticas ou levar a efeitos colaterais prejudiciais à saúde da criança.
Além disso, a dosagem ideal pode variar de acordo com a idade, peso e condições de saúde da criança, o que exige um acompanhamento médico frequente e cuidadoso.
Outro desafio é o monitoramento dos efeitos colaterais. Assim como em adultos, o uso de anticonvulsivantes em crianças pode resultar em efeitos colaterais.
É importante que os pais ou responsáveis pela criança estejam atentos a esses sintomas e informem ao médico caso eles ocorram. Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dosagem do medicamento ou trocá-lo por outra opção.
O tratamento com anticonvulsivantes acompanhado de outras medidas para garantir o bem-estar da criança, como terapia ocupacional, fisioterapia, acompanhamento psicológico é fundamental.
O sucesso do tratamento com anticonvulsivantes em crianças depende em grande parte da adesão à medicação.
No entanto, pode ser difícil para as crianças lembrarem de tomar a medicação regularmente, especialmente se ela tiver um sabor ou textura desagradáveis. Por outro lado, algumas crianças podem resistir ao uso de medicamentos ou apresentar dificuldade para engoli-los.
Nesses casos, é preciso que os pais ou responsáveis busquem orientação médica para encontrar estratégias que facilitem a adesão ao tratamento.
Alternativas naturais aos anticonvulsivantes
Embora os anticonvulsivantes sejam frequentemente prescritos para o tratamento de convulsões e condições epiléticas, algumas pessoas podem buscar alternativas naturais como complemento ou substituição desses medicamentos.
No entanto, qualquer mudança no tratamento deve ser discutida e supervisionada por um médico especialista. Abaixo estão algumas opções naturais que podem ser consideradas:
1. Dieta cetogênica
A dieta cetogênica é uma abordagem alimentar que envolve a ingestão de alimentos ricos em gorduras, moderada em proteínas e baixa em carboidratos.
Essa dieta tem sido usada como terapia complementar para controlar convulsões em algumas pessoas, especialmente crianças com epilepsia refratária.
No entanto, busque orientação médica e nutricional antes de iniciar qualquer dieta restritiva.
2. Suplementos
Alguns suplementos têm sido estudados por seus potenciais benefícios anticonvulsivantes. Por exemplo, o ácido gama-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor que desempenha um papel importante no controle das convulsões.
Suplementos de GABA podem ajudar a regular a atividade cerebral e reduzir a frequência das crises em algumas pessoas.
Outros suplementos que têm sido estudados incluem a vitamina B6, magnésio e ácidos graxos ômega-3.
3. Fitoterapia
Algumas ervas e plantas têm sido tradicionalmente usadas para ajudar no controle das convulsões. Por exemplo, a Cannabis medicinal tem sido estudada por seu potencial efeito anticonvulsivante.
No entanto, é importante ter cuidado com o uso de plantas medicinais, pois elas podem interagir com outros medicamentos e apresentar efeitos colaterais.
Consultar um profissional de saúde qualificado é fundamental antes de utilizar qualquer planta medicinal.
4. Terapias alternativas
Além das abordagens nutricionais e fitoterápicas, algumas terapias alternativas, como acupuntura, aromaterapia e meditação, podem ser consideradas como complemento ao tratamento convencional.
Essas terapias podem ajudar a reduzir o estresse, promover o relaxamento e melhorar o bem-estar geral, o que pode ter um impacto positivo no controle das convulsões.
Como a Cannabis medicinal funciona no tratamento de transtornos mentais?
Considerando os muitos efeitos adversos em tratamentos com fármacos à base de barbitúricos ou fenitoína, cresce o interesse na Cannabis como alternativa medicamentosa.
Há, inclusive, estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), nos quais investigam o efeito do uso de Cannabis medicinal no tratamento para transtornos de ansiedade e distúrbios mentais.
Um deles, liderado pelo pelo professor José Alexandre Crippa, tem como objetivo comprovar em definitivo a eficácia da Cannabis nesses tratamentos.
A Cannabis medicinal é uma planta rica em compostos capazes de produzir efeitos anticonvulsivantes. Entre os mais de 500 compostos, destacam-se o CBD e o THC.
O canabidiol (CBD) é a substância ativa mais abundante na Cannabis, empregada na produção de medicamentos de diversos tipos.
Além do CBD, o outro é o tetrahidrocanabinol (THC), substância com propriedades medicinais também.
Os pesquisadores estão particularmente interessados na interação destas substâncias com o nosso sistema endocanabinoide para encontrar evidências que confirmem os benefícios da Cannabis no tratamento da epilepsia.
O tratamento com Cannabis medicinal é eficaz?
Embora ainda haja muito a ser descoberto sobre as propriedades da Cannabis como substância ativa em medicamentos, o que se sabe já é bastante animador.
No tratamento de convulsões, por exemplo, o uso de CBD como medicamento vem se provando eficaz, sem os efeitos adversos dos fármacos mais conhecidos.
Um artigo de autoria de Arnóbio Barros Santos, Jackelyne Roberta Scherf e Rafael de Carvalho Mendes, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), destaca a eficácia da Cannabis no tratamento de doenças do sistema nervoso central e convulsões.
Há, ainda, muitos outros artigos e publicações científicas que comprovam a segurança do uso do CBD como anticonvulsivante e até como tratamento para o Mal de Parkinson.
Em geral, a Cannabis pode promover os seguintes benefícios aos pacientes epiléticos:
Regulação da atividade dos receptores vaniloides
Quando os receptores vaniloides TRPV1 estão excitados, causam convulsões. No entanto, os canabinoides CBD (canabidiol) e CBDV (canabidivarina) podem regular e controlar a excitabilidade deste receptor no cérebro, reduzindo assim os ataques epilépticos.
Efeito anticonvulsivante
Em um estudo de 2010, várias concentrações de CBD foram administradas a ratos com epilepsia. Os resultados mostram uma diminuição significativa nas contrações musculares durante as convulsões no grupo de roedores com a dose mais elevada de CDB.
Efeito neuroprotetor
A Cannabis teria propriedades neuroprotetoras. O CBD atua sobre o processo inflamatório inibindo a produção de citocinas e a liberação de glutamatos, diminuindo assim, o estresse oxidativo.
Desse modo, a deterioração das células é retardada e a renovação dos neurônios é favorecida. Graças a estas funções, a Cannabis melhora a atividade metabólica do cérebro, melhorando o desempenho motor e cognitivo.
Efeito anti-inflamatório
Numerosos estudos científicos sobre a Cannabis e o sistema endocanabinoide demonstram as suas propriedades anti-inflamatórias, o seu papel como regulador do sistema imune e a sua influência na homeostase (capacidade do corpo de manter o equilíbrio).
Como o Canabidiol se compara com os tratamentos tradicionais?
Uma publicação da Revista Pesquisa Fapesp destaca, ainda, a maior eficácia do CBD como alternativa nos casos em que o paciente epiléptico não responde aos tratamentos usuais.
A matéria enfatiza também outras pesquisas realizadas mundo afora, dando conta da maior efetividade dos medicamentos à base de canabidiol.
Portanto, se comparado aos tratamentos tradicionais para a convulsão, epilepsia e outros males associados, o canabidiol se mostra superior.
Além disso, ela não apresenta os efeitos colaterais já documentados em outros anticonvulsivantes.
Assim sendo, os fármacos produzidos a partir da Cannabis são a grande esperança não só para controle e tratamento de doenças, como um aliado poderoso para garantir mais qualidade de vida.
Quais as evidências científicas dos benefícios do Canabidiol?
Provas de que a CBD é eficaz no tratamento de diversas enfermidades não faltam para tranquilizar as pessoas que se interessem em utilizá-la.
Sobre o tratamento da epilepsia, vale citar o artigo “Benefícios clínicos potenciais de extratos de cannabis ricos em CBD sobre o CBD purificado na epilepsia resistente ao tratamento: Meta-análise de dados observacionais”, de Fabrício A. Pamplona, Lorenzo Rolim da Silva e Ana Carolina Coan traz importantes esclarecimentos sobre o uso da Cannabis nesse contexto.
No exterior, um estudo de autoria de Tyler E. Gaston, Gary R. Cutter, Yuliang Liu e Jersy Szaflarski joga luzes sobre a interação do canabidiol com outras drogas antiepilépticas.
A revisão de estudos Cannabis and Epilepsy diz que estudos mais recentes que incluíram mais de 100 participantes mostraram que o uso de CBD resultou em uma redução significativa na frequência de convulsões. Os efeitos adversos da CBD em geral parecem ser leves.
Como obter remédios e tratamentos de CBD?
Como o uso da Cannabis medicinal ainda não é totalmente regulado no Brasil, é preciso observar alguns procedimentos especiais para obter medicamentos desse tipo.
O primeiro passo é encontrar um médico que prescreva tratamentos com medicamentos produzidos a partir de canabinoides.
No Portal Cannabis & Saúde, você terá acesso a uma lista com mais de 250 profissionais. Basta preencher um cadastro e agendar uma consulta com um médico prescritor de Cannabis da especialidade desejada.
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Novas pesquisas sobre anticonvulsivantes: o que esperar do futuro?
As pesquisas sobre anticonvulsivantes estão em constante evolução, buscando melhorar o tratamento de convulsões e epilepsia.
No futuro, podemos esperar avanços significativos nessa área. Alguns desenvolvimentos promissores incluem:
- Terapias mais direcionadas: Os pesquisadores estão trabalhando para entender melhor os mecanismos subjacentes às convulsões e à epilepsia. Isso pode levar ao desenvolvimento de terapias mais direcionadas, que visam especificamente os desequilíbrios ou anormalidades no cérebro que desencadeiam as crises.
- Novos medicamentos anticonvulsivantes: Estão sendo realizados estudos para identificar e desenvolver novos medicamentos anticonvulsivantes, como os medicamentos à base de Cannabis. Esses medicamentos podem ter maior eficácia e menos efeitos colaterais do que os disponíveis atualmente.
- Tecnologias avançadas de estimulação cerebral: A estimulação cerebral profunda e outras formas de estimulação neuromodulatória estão sendo investigadas como opções de tratamento para convulsões resistentes aos medicamentos. Essas terapias envolvem a implantação de dispositivos médicos no cérebro que emitem impulsos elétricos para controlar a atividade cerebral anormal.
- Genética e terapia gênica: Estudos genéticos estão ajudando a identificar genes específicos associados à epilepsia. Isso pode abrir caminho para o desenvolvimento de terapias gênicas direcionadas, que corrigem ou compensam as anormalidades genéticas relacionadas à doença.
- Inteligência artificial e aprendizado de máquina: A análise de grandes conjuntos de dados de pacientes com epilepsia está sendo realizada com o auxílio de técnicas avançadas de inteligência artificial e aprendizado de máquina. Isso pode ajudar a identificar padrões e prever crises, permitindo intervenções mais precoces e personalizadas.
Embora seja impossível prever com precisão todos os avanços futuros, essas áreas de pesquisa oferecem esperança para melhorar o tratamento e a qualidade de vida das pessoas afetadas por convulsões e epilepsia.
Conclusão
Existe um caminho a ser percorrido para que os medicamentos anticonvulsivantes à base de canabidiol sejam livremente comercializados no Brasil.
No entanto, gradativamente, as barreiras estão sendo removidas e, para isso, um dos componentes essenciais é a disseminação da informação a respeito do assunto.
Por isso, não deixe de compartilhar este conteúdo com pessoas que podem ter interesse no tema.
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