Tratamentos com CBD para o câncer se revelam uma esperança quando o organismo já não responde às terapias convencionais.
Na verdade, são cada vez mais frequentes os relatos de pessoas que conseguiram se recuperar da segunda doença que mais mata em todo o mundo, de acordo com dados da OMS.
Embora ainda sejam necessários mais estudos conclusivos, já se sabe o bastante para indicar o canabidiol com relativa segurança.
Mais utilizado nos cuidados paliativos contra a dor, náuseas e vômitos, há também pesquisas que já o apontam com potencial anticancerígeno.
Mas as boas notícias não param por aqui: há muito mais por descobrir a respeito do CBD e dos compostos extraídos da Cannabis.
Então, avance na leitura e saiba mais!
CBD Câncer: afinal, o que é o câncer?
O câncer é uma doença que se caracteriza pela multiplicação (neoplasia) de células de forma desordenada. Quando não provocam efeitos deletérios à saúde, podem ser consideradas benignas. Ou malignas, quando são fatais se não forem controladas a tempo.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 100 tipos de neoplasias.
Elas podem começar em um órgão e migrar para outros pela corrente sanguínea, quando ocorre a metástase, condição em que é muito mais difícil controlar a doença.
Como o câncer age no organismo?
Todas as nossas células são dotadas de um mecanismo conhecido como apoptose ou “morte programada”.
Quando esse dispositivo falha, as células simplesmente deixam de morrer, passando a se multiplicar de forma desordenada e sem cumprir com suas funções normais.
Então, essa mutação acontece em nível molecular, quando o DNA de uma célula sofre alterações, levando-a a se reproduzir de maneira anômala.
Sendo assim, há uma “invasão” dessas células, que passam a competir com as saudáveis.
Como as células cancerígenas são vascularizadas, com o tempo, elas tendem a entrar na corrente sanguínea, espalhando o câncer para outras partes do corpo.
O que leva uma pessoa a ter câncer?
Vale destacar que, embora possa até ter alguma semelhança, o câncer não é uma doença autoimune.
Portanto, não é uma reação do organismo contra suas próprias células.
Por outro lado, as suas causas ainda não são totalmente conhecidas pela ciência, mesmo que existam fatores de risco que aumentam as probabilidades de desenvolvimento.
Em algumas situações, as neoplasias celulares desordenadas surgem muito mais por predisposição genética do que por aspectos exógenos.
Já em outras, a doença aparece como uma resposta do órgão afetado a intoxicações dos mais variados tipos.
Fatores de risco para desenvolvimento do câncer
Neoplasias são causadas por modificações genéticas nas células, que têm suas estruturas e funções corrompidas.
Essas alterações podem ser induzidas por hábitos nocivos à saúde, embora nem sempre eles levem a pessoa a desenvolver câncer.
No entanto, se cultivados por períodos prolongados, esses hábitos passam a ser fatores que aumentam o risco de neoplasias, benignas ou não.
Veja quais aspectos são esses.
Má alimentação
A má alimentação é um dos fatores de risco mais comuns para desenvolver a doença.
Isso porque existem certos produtos que são verdadeiros vilões para a saúde, devendo ser evitados ou consumidos em doses mínimas.
Alguns exemplos comuns em nosso dia a dia são os alimentos refinados, como o sal de cozinha e o açúcar branco.
Os embutidos também são considerados inimigos da saúde, devida a quantidade de corantes e conservantes artificiais.
Nesse grupo, estão alimentos como presunto, salsicha, salame e outros processados.
Sedentarismo
De acordo com a American Cancer Society, é recomendado fazer 150 minutos de atividade física por semana. E, com isso, diminuir as chances de desenvolver câncer.
Aqui no Brasil, um estudo da USP traz evidências de que a atividade física diminui em 19% a probabilidade de ter câncer colorretal.
O sedentarismo pode ser a porta de entrada para a obesidade, outro fator de risco associado à doença.
Isso sem falar em males que surgem em virtude da falta de exercícios, como o aumento nos níveis de colesterol ruim e o desenvolvimento de condições cardiovasculares.
Consumo de álcool
Poucas substâncias apresentam tanto potencial cancerígeno quanto o álcool.
Estima-se que modalidades como câncer no fígado, boca, laringe, esôfago e mama estejam diretamente ligadas ao seu consumo.
O maior desafio é estabelecer limites diários de ingestão seguros para essa substância.
Há especialistas que recomendam restringir a apenas uma dose por dia para mulheres e duas para homens.
No entanto, cada caso é um caso e, na prática, é muito difícil dizer qual é o limite de um e de outro.
Sendo assim, para aqueles que têm histórico da doença na família, a ingestão de álcool pode se tornar um perigoso potencializador.
Tabagismo
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) qualifica o tabagismo como uma doença mental e comportamental.
De acordo com o Atlas Mundial do Tabaco, ele é a causa evitável número 1 de mortes precoces e de enfermidades em todo o mundo.
Não bastassem esses dados, o tabagismo é o mais perigoso dos fatores de risco para o câncer, segundo a OMS.
Ele também é associado a câncer de:
- Colo do útero
- Esôfago
- Rim e ureter
- Laringe e faringe
- Boca
- Estômago
- Cólon e reto
- Traqueia
- Brônquios.
Obesidade
A obesidade se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo diagnosticada ao medir o Índice de Massa Corpórea (IMC).
Qualquer resultado acima de 30 kg/m2 já leva ao diagnóstico dessa doença.
O que talvez poucos saibam é que a obesidade é, depois do tabagismo, a segunda principal causa de câncer em todo o mundo.
Ela está ligada ao desenvolvimento de câncer no intestino grosso, de mama, nos rins, no endométrio, entre outros.
Genética
A predisposição genética também está entre os fatores de risco para o câncer, independentemente do tipo.
Isso porque pessoas com pais ou avós que tiveram a doença possuem 50% de chances de herdar as mutações genéticas que levam a desenvolvê-la.
O câncer de mama e ovário, por exemplo, acredita-se, que sejam causados por alterações no gene BRCA1 ou BRCA2.
O câncer hereditário, como também é conhecido, pode ocorrer em qualquer idade, mas, em geral, surge em função do envelhecimento ou da exposição a outros fatores de risco.
Radiação
Embora o Brasil não tenha um histórico de uso de materiais radioativos, nem mesmo como matriz energética, é preciso sempre tomar cuidado.
Afinal, a radiação é, provavelmente, o fator de risco que mais rapidamente pode levar a desenvolver câncer.
Aqui, o perigo está na radiação ionizante que pode provocar mutações no DNA das células.
As fontes principais desse tipo de radiação são os aparelhos de raios-X e os compostos radioativos usados em usinas nucleares.
Outro ambiente considerado de risco são locais confinados, como minas de exploração em que se concentra um gás chamado radônio.
Se inalado, ele pode levar ao câncer de pulmão, sendo apontado como a sua segunda principal causa, depois do tabagismo.
Amianto
O amianto é outra substância que, por muitos anos, foi largamente empregada pela indústria como matéria-prima.
Embora ele tenha de fato propriedades que o tornam um excelente material para uso na construção civil, a verdade é que se trata de um elemento altamente tóxico.
Em alguns segmentos industriais, o amianto continua sendo utilizado, sendo por isso apontado como causa da incapacitação para o trabalho em virtude do seu potencial cancerígeno.
CBD Câncer: Estatísticas sobre a doença no Brasil e mundo
Os números comprovam que o câncer é um dos maiores perigos para a saúde pública no mundo – e, no Brasil, a situação não é diferente.
Afinal, de acordo com as estimativas do INCA para o período de 2020/2022:
- O Brasil deverá registrar 625 mil novos casos a cada ano desse triênio;
- Os tipos mais frequentes na população serão o de mama e próstata, com 66 mil casos cada, seguido pelo de cólon e reto, com 41 mil, e de pulmão, com 30 mil ocorrências registradas;
- Câncer na próstata responderá por 29,2% dos casos da doença entre homens;
- Já entre as mulheres, o de mama deverá perfazer 29,7% dos casos.
No mundo, de acordo com a International Agency for Research on Cancer (IARC), ligada à OMS, os números dizem o seguinte:
- O câncer de mama é o mais frequente, com 11,7% dos casos registrados em 2020, o que equivale a mais de 2 milhões de vítimas;
- O continente asiático é o que mais diagnosticou doentes ao longo de 2020, com 48,7% dos casos e mais de 8 milhões de pessoas acometidas;
- A idade média estimada para os casos de câncer de mama é de 48,7 anos, enquanto o de próstata é de 30,7 anos.
Tipos de câncer mais comuns no Brasil
Como vimos, no Brasil, o câncer de mama e de próstata são os mais recorrentes entre mulheres e homens, respectivamente.
Não por acaso, entidades de classe, órgãos da saúde pública, governos e ONGs investem pesado em campanhas educativas para alertar a população.
Nelas, os principais focos são ressaltar a necessidade do diagnóstico precoce, evitar fatores de risco e adotar um estilo de vida que reduza as chances de desenvolver a doença.
Veja, então, quais são os tipos de câncer mais comuns e como eles podem se manifestar.
Mama
Além de ser o tipo de câncer mais recorrente no Brasil e no mundo, o de mama também é um dos que têm mais subtipos.
São eles: mama luminal A e B, mama HER2 positivo e mama triplo negativo.
Ou seja, eles se diferenciam de acordo com as características das células cancerosas, cada qual com comportamentos e aspectos distintos.
Além disso, os sintomas variam, podendo surgir na forma de inchaço na mama ou em parte dela, nódulo rígido e único, vermelhidão, aumento nos linfonodos ou sangramento nos mamilos.
Próstata
Um dos khttps://www.cannabisesaude.com.br/cancer-de-prostata-cannabis/ é que, em estágio inicial, ele não apresenta sintomas.
Sendo assim, somente nas fases mais avançadas que o paciente começa a sentir dificuldade de urinar e dor, principalmente se houver metástase óssea.
Por isso, é fundamental realizar periodicamente o exame de toque retal, que pode detectar, inclusive, outras doenças na próstata.
Cólon e reto
Terceiro tipo de câncer mais recorrente no Brasil, sendo o segundo entre as mulheres, o de cólon e reto atingiu mais de 36 mil pessoas nos anos de 2018 e 2019 no país.
Essa modalidade da doença se desenvolve de forma lenta. Sendo assim, tem mais chances de ser diagnosticada precocemente.
Entre seus sintomas estão a presença de sangue nas fezes, constipação ou diarreia frequentes, gases, dores ao evacuar, afinamento das fezes e perda de peso.
Pulmão
Terceiro tipo de câncer mais recorrente no Brasil entre homens e mulheres, o de pulmão, como vimos, está diretamente associado ao tabagismo.
A exemplo de outras variantes da doença, nos estágios iniciais, ele é assintomático, passando a apresentar sinais somente quando já está mais avançado.
Alguns desses sintomas são tosse persistente, presença de sangue no muco, falta de ar, rouquidão, dores no peito, perda de peso, bronquite e sensação de cansaço.
Diagnóstico: como saber se uma pessoa tem câncer?
Cada tipo da doença pede uma abordagem distinta, visando a prescrição do tratamento adequado.
Entre as mulheres, os exames preventivos incluem a mamografia, para detecção do câncer de mama, e o papanicolau, para o de colo do útero.
Já entre os homens, a detecção do câncer de próstata é feita pelo exame para aferir os níveis de antígeno específico da próstata (PSA) no sangue.
Além disso, também são feitas radiografias, tomografias computadorizadas e ultrassonografias como exames complementares para os outros tipos da doença.
CBD Câncer: como funciona o tratamento?
Normalmente, os tratamento mais comuns para o câncer são: quimioterapia e radioterapia.
Neles, são utilizados diversos medicamentos para conter o avanço das células cancerosas.
Uma alternativa a esse recurso, que traz sérios efeitos colaterais, é a imunoterapia, na qual o sistema imunológico é estimulado para combater as neoplasias.
Existe, ainda, uma terceira opção: o canabidiol (CBD), um dos canabinoides extraídos das plantas do gênero Cannabis.
Qual é o efeito do CBD?
O CBD é um canabinoide que se destaca por suas propriedades terapêuticas, sendo indicado para o tratamento de diversas condições e doenças.
Entre seus efeitos, o canabidiol atua como relaxante muscular, analgésico, anti-inflamatório, neuroprotetor e estabilizador de humor.
Especificamente no tratamento do câncer, os efeitos do CBD vão desde o alívio dos sintomas até propriedades antitumorais.
Para que serve o CBD?
A gama de aplicações do canabidiol, embora ainda não chancelada por parte da comunidade médica, é bastante extensa.
Ele pode servir desde complemento alimentar até como medicamento para tratar doenças como Alzheimer, Parkinson e condições como autismo, depressão e ansiedade.
No caso do câncer, o CBD pode ser utilizado na prevenção e no tratamento, seja diretamente sobre a doença ou em seus sintomas.
Como usar o CBD?
Embora existam diferentes formatos de uso do canabidiol, como em óleos, cápsulas, pomadas, vaporizadores, supositórios, bebidas e cosméticos, há limitações no Brasil.
Ou seja, por aqui, a Anvisa só autoriza o uso do CBD via oral, sublingual ou por inalação pelas vias respiratórias.
Quanto custa o CBD?
Neste momento, são dois os fármacos com CBD à venda em farmácias Brasil e ambos custam entre R$ 2,5 e R$ 3 mil.
No entanto, a partir de 2021, existe a expectativa de que o preço do canabidiol caia, tendo em vista os efeitos da mais recente resolução da Anvisa sobre importação.
Há importadores que estimam a diminuição de até 75% no valor dos remédios cuja etapa final da produção é feita no Brasil.
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CBD Câncer: pesquisas e estudos sobre a eficácia
Ainda são necessárias mais pesquisas conclusivas para que o CBD no tratamento do câncer tenha sua eficácia comprovada.
Por outro lado, não se pode dizer que a ciência esteja longe de fazer essa comprovação, como mostram os estudos em que essa substância foi testada em animais e humanos.
Então, se você se interessa pelo tema, vale a leitura. Alguns deles são:
- Triggering of the TRPV2 channel by cannabidiol sensitizes glioblastoma cells to cytotoxic chemotherapeutic agents
- The Endocannabinoid System as a Target in Cancer Diseases: Are We There Yet?
- The cannabinoids: an overview. Therapeutic implications in vomiting and nausea after cancer chemotherapy, in appetite promotion, in multiple sclerosis and in neuroprotection
- Single and combined effects of Δ9-tetrahydrocannabinol and cannabidiol in a mouse model of chemotherapy-induced neuropathic pain.
Como conseguir tratamento de CBD para câncer no Brasil?
Se a sua vontade é utilizar o CBD para combater o câncer, o primeiro passo é encontrar um médico que prescreva tratamentos com essa substância.
Então, depois disso, você precisará acessar o site da Anvisa para dar início ao processo de importação.
Isso porque não há medicamentos para tratar do câncer comercializados nas farmácias brasileiras.
Contudo, nem todos as pessoas têm disponibilidade para lidar com os trâmites de um processo de importação de medicamentos.
Por isso, a dica é perguntar para o seu médico o contato no Brasil da empresa que importa o produto que ele receitou e que normalmente realizam todo o tramite de aprovação na Anvisa, importação, desembaraço e entrega do produto na casa do paciente.
Conclusão
Ainda há muito para se conhecer a respeito do CBD para o tratamento do câncer.
No entanto, não podemos desprezar as conquistas mais recentes da ciência.
Todas elas apontam para um futuro dos mais promissores em relação ao canabidiol como recurso terapêutico no cuidado de uma das doenças mais desafiadoras para a medicina moderna.
De qualquer forma, você pode fazer a sua parte buscando informações confiáveis, como as encontradas aqui, no portal Cannabis & Saúde.
Então, compartilhe este conteúdo em suas redes sociais e ajude quem precisa achar esperança na luta contra o câncer.