O uso do canabidiol para dor de cabeça é reconhecido como um importante recurso no combate a esse problema que impacta significativamente a vida dos brasileiros.
Para compreender a extensão dessa questão, é esclarecedor referenciar um estudo publicado no The Journal of Headache and Pain.
De acordo com esse estudo, metade dos entrevistados brasileiros que relataram sofrer de enxaqueca (um tipo específico de dor de cabeça) sentiram-se incapacitados de participar de eventos sociais por conta da condição.
Outros 30% enfrentaram dificuldades para manter uma rotina regular de exercícios físicos devido às dores.
Felizmente, há uma nova esperança para aqueles que buscam melhorar sua qualidade de vida e retomar suas atividades cotidianas: o canabidiol, também conhecido como CBD, que é o foco deste artigo.
Trata-se de um dos compostos derivados da planta Cannabis que apresenta potencial para beneficiar aqueles que lidam com diversos tipos de dores de cabeça.
Continue a leitura para compreender seu funcionamento no organismo humano e conhecer os vários benefícios que oferece.
A seguir, você aprenderá sobre:
- Quais são as principais causas das dores de cabeça?
- Quais são os tratamentos convencionais para dor de cabeça crônica?
- Canabidiol para dor de cabeça e enxaqueca: o que dizem os médicos?
- Quais são os efeitos do CBD no cérebro?
- Como o canabidiol pode ser usado no tratamento de dor de cabeça?
- Riscos e efeitos colaterais do uso de CBD
- Contraindicações do uso de canabidiol para dor de cabeça
- O uso de canabidiol é legal no Brasil?
- Como comprar canabidiol para dor de cabeça no Brasil?
Quais são as principais causas das dores de cabeça?
Quando se trata de dores de cabeça, um aspecto importante a ser considerado é que elas não são todas iguais.
A maioria das dores de cabeça não é o resultado de uma doença grave, mas algumas podem resultar de uma condição com risco de vida que requer atendimento de emergência.
Sendo assim, é preciso diagnosticar corretamente as possíveis causas para a dor recorrente, como ela se apresenta, intermitência e outros fatores.
Dessa maneira, será viável prescrever o tratamento adequado e, se necessário, o medicamento correto.
Basicamente, existem dois tipos de dores de cabeça:
Dor de cabeça primária
Uma dor de cabeça primária surge devido a um excesso de atividade ou questões associadas a estruturas sensíveis à dor na região da cabeça.
Geralmente, não está relacionada a sintomas de uma condição subjacente.
A atividade química no cérebro, nos nervos ou nos vasos sanguíneos ao redor do crânio, bem como a tensão nos músculos da cabeça e do pescoço (ou uma combinação desses fatores), pode desencadear dores de cabeça primárias.
Além disso, algumas pessoas podem possuir predisposição genética para desenvolver esse tipo de dor.
As dores de cabeça primárias mais comuns englobam:
- Enxaqueca;
- Enxaqueca com sintomas visuais específicos (aura);
- Cefaleia tensional;
- Cefalalgia autonômica do trigêmeo;
Existem padrões menos frequentes de dores de cabeça que apresentam características distintas, como duração atípica ou dor relacionada a uma atividade específica.
Embora sejam classificados como primários, alguns tipos podem ser sintomas de uma condição subjacente, tais como:
- Dores de cabeça crônicas diárias (como enxaqueca crônica, dor crônica do tipo tensional);
- Dores de cabeça desencadeadas pela tosse, pelo exercício físico ou por atividade sexual;
Algumas dores de cabeça primárias podem ser desencadeadas por fatores de estilo de vida, incluindo consumo de álcool e determinados alimentos, como carne processada contendo nitratos.
Também é comum que alterações no padrão de sono ou falta de sono, má postura e estresse sejam as causas.
Dores de cabeça secundárias
Uma dor de cabeça secundária representa um sintoma associado a uma doença que pode ativar os nervos sensíveis à dor na região da cabeça.
Diversas condições, variando amplamente em gravidade, podem ser responsáveis por desencadear dores de cabeça secundárias.
Entre as possíveis causas dessas dores de cabeça, incluem-se:
- Sinusite aguda;
- Rupturas arteriais (dissecções carótidas ou vertebrais);
- Formação de coágulos sanguíneos (trombose venosa) no cérebro, independente de um acidente vascular cerebral;
- Aneurisma cerebral;
- Malformação arteriovenosa cerebral;
- Presença de tumores cerebrais;
- Intoxicação por monóxido de carbono;
- Malformação de Chiari (alteração estrutural na base do crânio);
- Concussão;
- Covid-19;
- Desidratação, quando o organismo carece de água e outros fluidos para um funcionamento adequado;
- Problemas dentários;
- Infecção no ouvido (otite);
- Encefalite (inflamação cerebral);
- Glaucoma (especificamente glaucoma de ângulo aberto);
- Hipertensão arterial;
- Influenza (gripe) e outras doenças febris;
- Tumores intracranianos;
- Uso de medicamentos para tratamento de outras condições;
- Meningite;
- Abuso de analgésicos;
- Ataques de pânico e transtorno de ansiedade:
- Pressão causada por chapéus apertados, capacetes ou óculos de proteção;
- Acidente vascular cerebral;
- Toxoplasmose;
- Neuralgia do trigêmeo (assim como outras neuralgias que envolvem irritação de nervos conectados entre o rosto e o cérebro).
Quais são os tratamentos convencionais para dor de cabeça crônica?
Quando dores de cabeça frequentes estão associadas a uma condição subjacente, o tratamento direcionado para essa causa específica tende a interromper o desconforto.
Na ausência de uma condição identificada, o foco do tratamento concentra-se na prevenção da dor.
As estratégias preventivas variam conforme o tipo de dor de cabeça apresentada.
Ao considerar a terapia preventiva, o médico pode sugerir várias abordagens:
Antidepressivos
Alguns antidepressivos tricíclicos, como a nortriptilina, são uma alternativa para dores de cabeça crônicas.
Além de aliviar a dor, esses medicamentos também podem ajudar no tratamento de problemas associados, como depressão, ansiedade e distúrbios do sono ligados às dores de cabeça crônicas diárias.
Outros antidepressivos, como o inibidor seletivo da recaptação de serotonina (SSRI) fluoxetina, são úteis para tratar a depressão e ansiedade.
Beta bloqueadores
Medicamentos frequentemente utilizados no tratamento da pressão alta também ajudam na prevenção de enxaquecas episódicas.
Entre as opções mais utilizadas estão o atenolol, metoprolol e propranolol.
Medicamentos anticonvulsivos
Alguns medicamentos anticonvulsivos mostraram-se eficazes na prevenção de enxaquecas e podem ser indicados para a prevenção de dores de cabeça crônicas diárias.
Opções incluem topiramato, divalproex sódico e gabapentina.
AINEs
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides prescritos, como o naproxeno sódico, podem ser benéficos, especialmente durante a retirada gradual de outros analgésicos.
O uso ocasional também é considerado para períodos de dor de cabeça mais intensa.
No entanto, vale lembrar que esses medicamentos são geralmente acompanhados de efeitos colaterais e não são uma alternativa conveniente para uso a longo prazo.
Terapias alternativas
Para alguns, terapias complementares ou alternativas oferecem um alívio considerável para a dor de cabeça.
Contudo, é crucial ter cautela, pois nem todas essas terapias foram estudadas detalhadamente no contexto do tratamento para dores de cabeça, e algumas demandam maior investigação.
Acupuntura
Esta prática milenar utiliza agulhas finas em pontos específicos da pele.
A eficácia é variável, embora alguns estudos indiquem que a acupuntura possa reduzir tanto a frequência quanto a intensidade das dores de cabeça crônicas.
Massagem
Reconhecida por reduzir o estresse e promover o relaxamento.
Pode ser especialmente benéfica para aliviar a tensão muscular no pescoço, ombros e parte posterior da cabeça.
Vitaminas e minerais
O consumo de vitamina B2 (riboflavina) parece diminuir a incidência de enxaquecas.
Além disso, suplementos de coenzima Q10 podem ser úteis para certos indivíduos, reduzindo a frequência das dores de cabeça, embora os resultados dos estudos não sejam unânimes.
Estimulação elétrica do nervo occipital
Um eletrodo pequeno alimentado por bateria é implantado cirurgicamente próximo ao nervo occipital na base do pescoço.
Esse eletrodo emite pulsos de energia contínuos para aliviar a dor.
Canabidiol para dor de cabeça e enxaqueca: o que dizem os médicos?
Um conjunto crescente de estudos indica que o CBD pode ser benéfico no alívio da dor, especialmente aquela associada a problemas neurológicos.
Eles sugerem que o CBD pode representar uma opção viável para certos pacientes que enfrentam desconfortos associados a diferentes tipos de dor de cabeça.
A pesquisa atual aponta que o CBD pode atenuar a enxaqueca por meio de diferentes vias (glutaminérgica, inflamatória, opioide e serotoninérgica), tanto central, quanto perifericamente.
Sendo assim, o CBD ajuda tanto no tratamento agudo quanto preventivo das dores de cabeça.
Os canabinoides também exibem efeitos bloqueadores da dor e anti-inflamatórios.
Além disso, eles podem ter um efeito preventivo específico sobre enxaquecas devido à capacidade de promover um efeito vasoconstritor.
Quando ativados pelo CBD, os receptores CB1, presentes no sistema nervoso, reduzem a inflamação nervosa.
Por outro lado, os receptores CB2 agem para promover a analgesia sem produzir efeitos colaterais, que são comuns nos medicamentos tradicionais para dor.
Um estudo intitulado Medical Cannabis for the Treatment of Migraine in Adults: A Review of the Evidence diz que o CBD seria mais efetivo em diminuir a frequência das dores de cabeça do que os remédios alopáticos.
Conforme indicado pelo estudo, o uso da Cannabis medicinal apresentou uma redução nas náuseas e vômitos relacionados aos episódios de enxaqueca ao longo de um período de seis meses.
Adicionalmente, o uso da Cannabis medicinal resultou na diminuição do número de crises de enxaqueca após um mês.
Assim, a Cannabis medicinal mostrou-se 51% mais eficaz na redução de enxaquecas em comparação com outras opções de tratamento.
Quando comparado à amitriptilina, o uso da Cannabis medicinal conseguiu interromper melhor as dores de cabeça por enxaqueca em alguns usuários (11,6%) e reduzir a frequência dessas dores.
Quais estudos comprovam a eficácia do canabidiol para dor de cabeça?
Outra pesquisa corrobora com os achados citados acima, mostrando que os compostos ativos da Cannabis são mais eficientes para reduzir episódios de dor de cabeça do que os fármacos comuns.
O estudo, publicado na revista Forbes, envolveu 127 participantes que sofriam de enxaquecas crônicas e cefaleias, caracterizadas por dores intensas em um lado da cabeça, geralmente em torno de um olho.
Os pesquisadores deram aos participantes uma medicação à base de Cannabis composta pelos dois principais compostos ativos: THC e canabidiol (CBD).
O estudo foi conduzido em duas fases. Na primeira, os indivíduos com enxaquecas crônicas e agudas receberam doses variáveis da combinação THC e CBD.
Os resultados revelaram que aqueles que receberam uma dose diária de 200 mg ao longo de três meses tiveram uma redução significativa na dor, cerca de 55% menos, enquanto doses mais baixas não proporcionaram o mesmo alívio.
Na segunda fase, participaram tanto indivíduos com enxaquecas crônicas quanto aqueles com cefaleias.
Os indivíduos com enxaquecas receberam o medicamento THC e CBD ou 25 mg de antidepressivo.
Por outro lado, os indivíduos com cefaleias receberam o medicamento THC/CBD ou 80 mg de verapamil, um bloqueador de canais de cálcio comum nesses casos.
Os resultados indicaram que o THC/CBD foi ligeiramente mais eficaz na redução da frequência de ataques de enxaqueca em comparação com o medicamento prescrito.
Além disso, o uso dos canabinoides mostrou-se altamente eficaz na redução da dor de enxaqueca, diminuindo-a em 43,5%.
Observou-se que o composto também reduziu a severidade da dor em pacientes com cefaleias.
Em relação aos efeitos colaterais, indivíduos que utilizaram os canabinoides relataram menos dores de estômago e musculares em comparação àqueles que tomaram a medicação prescrita.
No entanto, houve relatos de sonolência e dificuldade de concentração entre os que usaram os compostos da Cannabis.
Quais são os efeitos do CBD no cérebro?
A ciência já possui um amplo conhecimento sobre os impactos do canabidiol no funcionamento do cérebro e em diversos sistemas e tecidos do corpo humano.
Parte de seus benefícios são provenientes de suas interações com o sistema endocanabinoide.
Embora ainda haja muito a ser explorado, as pesquisas são favoráveis quanto às propriedades do canabidiol para a saúde, especialmente em relação ao tratamento da dor de cabeça.
Como mencionado anteriormente, há muitas vias e propriedades associadas ao seu uso que o tornam um importante aliado para o bem-estar geral.
Abaixo citamos algumas delas:
1. Anti-inflamatório
O CBD pode aliviar a dor e a inflamação porque afeta receptores específicos no cérebro.
Esses receptores fazem parte do sistema endocanabinoide, responsável por modular a dor e inflamação em todo o corpo.
Evidências atuais associaram o uso de canabidiol a propriedades relevantes para o tratamento da dor de cabeça, entre as quais:
- Alívio da dor;
- Diminuição de náuseas;
- Redução da inflamação.
O CBD aumenta a sinalização endocanabinoide, que afeta diretamente receptores em todo o corpo.
Esses receptores são componentes do sistema endocanabinoide que ajudam a mediar a inflamação, regulando as citocinas pró-inflamatórias e reduzindo seu efeito.
Esses efeitos anti-inflamatórios podem ser vistos em uma variedade de condições, que tangem desde as dores de cabeça até dores musculares e ósseas.
Inclusive, você pode ver aqui no Portal Cannabis & Saúde que até mesmo atletas de alto nível usam o canabidiol para reduzir os processos inflamatórios.
Entre os defensores da substância, está o lutador de MMA Ralph Gracie, um entusiasta da Cannabis medicinal.
2. Impede espasmos musculares
Portadores de fibromialgia sofrem com as dores causadas pela doença, que também provoca tensão e espasmos musculares.
Nesse caso, o CBD é um aliado poderoso, já que atua diretamente, bloqueando as contrações involuntárias típicas dessa enfermidade.
Para esse tratamento, o canabidiol pode ser administrado na forma de pomada, sendo aplicado diretamente na pele e agindo sobre a musculatura.
Em nosso portal contamos a história de Giovanna Luz. Durante muito tempo, Giovanna sofreu com as dores agudas causadas pela fibromialgia.
Depois de usar a pomada de canabidiol, ela abandonou definitivamente os fármacos convencionais que, no seu caso, já não surtiam mais efeito.
3. Neuroprotetor
As plantas do gênero Cannabis são compostas por flavonoides e antocianinas, substâncias bastante pesquisadas por conta das suas características pró-cognitivas e neuroprotetoras.
O CBD, por outro lado, atua como um antioxidante potente, reduzindo o estresse oxidativo e protegendo as células nervosas contra danos causados por radicais livres.
Também possui propriedades anti-inflamatórias, ajudando a reduzir a inflamação no cérebro e prevenir danos associados a processos inflamatórios.
Assim, demonstra a capacidade de modular a atividade dos neurotransmissores, promovendo um equilíbrio nos sistemas de sinalização neural e protegendo contra condições neurodegenerativas.
É por essa razão que medicamentos com CBD vêm sendo prescritos com cada vez mais frequência no tratamento dos sintomas da epilepsia.
Cabe destacar que a reação neuroprotetora do canabidiol é potencializada quando se aplica o chamado efeito entourage.
Por meio dele, a combinação de outros canabinoides faz com que os impactos terapêuticos sejam otimizados pelo princípio da sinergia botânica e sejam mais eficientes do que dos canabinoides atuando isoladamente.
4. Analgésico
Além de sua função neuroprotetora, o CBD também demonstra um efeito analgésico significativo.
Essas características combinadas atuam no organismo para aliviar dores de diferentes origens, incluindo dores neuropáticas.
Ao preservar a integridade do sistema nervoso, o canabidiol desempenha um papel duplo, prevenindo processos degenerativos e reduzindo a intensidade da dor.
Essa capacidade foi detalhadamente estudada e é documentada no estudo “Cannabinoids suppress inflammatory and neuropathic pain by targeting α3 glycine receptors“.
Conforme a pesquisa, as propriedades analgésicas não são resultado da interação do CBD com os receptores CB1, mas estão relacionadas a um receptor de glicina chamado α3 GlyR.
O canabidiol também exerce sua influência no receptor CB2, modulando a maneira como o corpo responde à inflamação e à dor.
Essas interações resultam na diminuição da sensação dolorosa e na regulação da inflamação, sem apresentar efeitos colaterais.
Como já é conhecido, as moléculas do CBD possuem propriedades anti-inflamatórias potentes, agindo ao se conectar aos receptores endocanabinoides e afetando diretamente a percepção da dor.
5. Estabilizador de humor
Doenças como depressão, transtorno bipolar e ansiedade impactam milhões de brasileiros, os quais enfrentam escassez de alternativas viáveis para tratamento.
Nesse contexto, o CBD emerge como uma resposta para suprir a lacuna de opções medicamentosas seguras, evitando efeitos colaterais prejudiciais, como a dependência.
Um exemplo é o caso de dona Maria Aparecida Portella, mencionado anteriormente neste portal.
Ela enfrentava transtorno bipolar e encontrou no canabidiol uma solução para seus problemas de saúde.
Assim como muitos pacientes que optaram pelo CBD, Maria Aparecida enfrentou dificuldades com tratamentos convencionais de eficácia limitada e terapias que não proporcionaram melhorias significativas antes de descobrir essa alternativa.
Vale lembrar que, em muitos casos, a tensão emocional associada à depressão ou ao estresse causado pelo transtorno bipolar pode desencadear dores de cabeça.
Além disso, alterações nos níveis de neurotransmissores, como a serotonina, que estão associadas a esses transtornos, também podem influenciar a percepção da dor e desencadear dores.
Outro fator é a comorbidade entre transtornos de humor e condições como enxaqueca, onde as variações emocionais podem desencadear ou agravar as crises de cefaleias.
Então, o canabidiol pode ajudar a gerenciar tanto a causa subjacente quanto seus sintomas.
Como o canabidiol pode ser usado no tratamento de dor de cabeça?
A versatilidade da Cannabis não se limita à sua eficácia no tratamento de diversas doenças.
O CBD, extraído da planta na forma de diferentes produtos, oferece a vantagem de ser administrado de várias maneiras, diferentemente da maioria dos fármacos convencionais.
Essa versatilidade aumenta a eficácia do CBD, já que pode ser utilizado por pessoas que não se sentem confortáveis com o consumo de comprimidos.
Portanto, a seguir, apresentaremos algumas das muitas formas de administração do canabidiol medicinal, destacando suas principais vantagens.
Óleo de CBD
Em forma de óleo, recomenda-se que o CBD seja administrado por via oral ou, em alternativa, sublingual.
Tudo vai depender do tipo de tratamento feito, de eventuais restrições do paciente ou da opção que o médico achar mais indicada.
Quando comercializado nesse formato, o CBD geralmente é acondicionado em um pequeno frasco com dosador ou conta-gotas para que o produto seja aplicado embaixo da língua.
Tal como nas cápsulas, a concentração de canabidiol e demais componentes pode variar.
Sendo assim, o que muda é o controle da dosagem do número de gotas por parte do paciente.
Cápsula
Por ser um medicamento, nada mais natural que o canabidiol seja também vendido como cápsula ou em forma de comprimido.
Nesse caso, cada cápsula tem uma dosagem predeterminada de CBD, que pode ser produzida a partir do extrato de canabidiol ou com o componente isolado.
Também podem ser adicionados outros elementos que não estão presentes na Cannabis, desde que prescritos pelo médico especialista.
Supositório
Uma das tantas indicações de uso do CBD é no sentido de auxiliar no tratamento de sintomas e distúrbios do trato digestivo, como a síndrome do intestino irritável.
Para esse tipo de condição, é recomendada a administração por supositórios, que apresentam a vantagem de serem gradualmente liberados na corrente sanguínea sem a necessidade de ser metabolizado pelo fígado.
Produtos de uso tópico
O CBD também interage com o sistema endocanabinoide por receptores cutâneos.
É por esse motivo que ele pode ser prescrito na forma de pomadas e cremes para aplicação direta, sendo recomendado para tratar de condições leves, como desconfortos musculares e irritações na pele.
Produtos de beleza
Também vale a pena destacar a popularidade do canabidiol na indústria dos cosméticos.
Comercializado em outros países como máscaras, cremes hidratantes, óleos, sabonetes, xampus etc., ajuda a combater a acne e melhorar a aparência da pele e dos cabelos.
Comestíveis
O canabidiol também pode ser adicionado em alimentos.
É o caso dos doces, chocolates, balas e outras guloseimas feitas a partir do extrato da Cannabis.
Vaporizador
O óleo de canabidiol pode ser utilizado através da inalação, oferecendo a vantagem da absorção mais rápida desse composto pelo organismo.
Essa forma de administração proporciona alívio para dores de cabeça em um tempo significativamente menor quando comparada a outras vias de administração.
Bebida
Os óleos naturais de CBD não se dissolvem em água, porém, avanços nas técnicas de extração desse composto aliados à nanotecnologia possibilitam a produção de bebidas à base de água contendo CBD.
Outra forma de adicionar o CBD a bebidas é por uma extração feita com álcool.
Isso abre caminho para a fabricação de produtos como bebidas energéticas e pós solúveis contendo esse composto, expandindo as opções de consumo para formas mais acessíveis e práticas.
Além disso, para quem prefere não ingerir comprimidos ou cápsulas, essas bebidas são opções mais atraentes e práticas, facilitando a administração do CBD.
Riscos e efeitos colaterais do uso de CBD
O canabidiol para o tratamento de dores de cabeça oferece a flexibilidade de ser administrado por várias vias, resultando nos mesmos benefícios terapêuticos.
No entanto, é importante ressaltar que, embora sejam pouco frequentes, existem riscos de efeitos colaterais em cada uma delas que devem ser sempre considerados.
Entre as possíveis reações adversas estão alergias, vômitos e náuseas.
Portanto, é muito importante ter consciência dessas possibilidades ao utilizar o tratamento com canabidiol para dores de cabeça.
Contraindicações do uso de canabidiol para dor de cabeça
Embora o canabidiol (CBD) ofereça potencial terapêutico para aliviar dores de cabeça, existem algumas contraindicações.
Indivíduos que têm sensibilidade conhecida ao CBD ou a compostos semelhantes encontrados na Cannabis devem evitar seu uso, pois podem desenvolver reações alérgicas.
Além disso, o uso de CBD pode interagir com alguns medicamentos convencionais, podendo aumentar ou diminuir seus efeitos.
Para mulheres grávidas ou lactantes, há uma escassez de evidências sobre os impactos do CBD no desenvolvimento fetal e na saúde do bebê.
Portanto, é recomendável evitar o uso nesses casos.
Indivíduos com histórico de distúrbios hepáticos também devem ser cautelosos, pois o CBD pode influenciar as enzimas do fígado.
Lembre-se que é imprescindível consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso do CBD para dores de cabeça.
Isso deve ser feito, em especial, para avaliar possíveis interações medicamentosas e considerar as condições médicas preexistentes
O uso de canabidiol é legal no Brasil?
A legislação brasileira contempla o uso medicinal do canabidiol desde 2015.
Foi nesse ano que a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 17/2015, contendo as normas para a importação de medicamentos à base de CBD.
Como comprar canabidiol no Brasil?
Para aqueles que possuem a prescrição médica, os medicamentos contendo CBD estão disponíveis em farmácias ou por meio da importação.
O procedimento de aquisição segue os padrões de qualquer outro remédio: basta dirigir-se à farmácia, solicitar o medicamento e adquiri-lo como de costume.
Ao fazer isso, uma cópia da receita será retida pelo estabelecimento durante a compra.
Entretanto, considerando a oferta limitada de canabidiol medicinal no Brasil, a importação permanece como a opção mais viável para adquirir esse tipo de medicamento.
Para isso, é essencial seguir os procedimentos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Também é necessário respeitar e seguir rigorosamente os trâmites indicados por essa agência para a importação desses produtos.
Aqui estão os passos a serem considerados:
1. Consulta médica
Para adquirir canabidiol (CBD) no Brasil, é preciso iniciar com uma consulta médica para obter sua prescrição.
Um médico especializado pode avaliar sua condição de saúde, discutir a possibilidade do uso de CBD como parte do tratamento e, se necessário, fornecer a prescrição adequada.
Para encontrar profissionais especializados em prescrição de CBD, o portal Cannabis & Saúde oferece acesso a mais de 300 médicos capacitados nessa área.
Marcar uma consulta por meio deste portal pode proporcionar um suporte especializado e orientações personalizadas sobre o uso do CBD para suas necessidades específicas.
Então, se você ficou interessado nos benefícios do canabidiol e quer descobrir se é elegível ao tratamento, marque sua consulta hoje mesmo!
2. Solicitação à Anvisa
Após obter a prescrição médica, o próximo passo é iniciar o processo de solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Este procedimento envolve o preenchimento de formulários específicos disponíveis no site da Anvisa.
Nele, serão detalhadas informações sobre a prescrição médica, a quantidade e o tipo de produto necessário, entre outros dados relevantes.
3. Autorização da Anvisa
Após o envio da documentação à Anvisa, é necessário aguardar a autorização do órgão.
A Anvisa avaliará cuidadosamente o pedido e, uma vez aprovado, emitirá a autorização para a importação do canabidiol medicinal.
Esse processo geralmente leva alguns dias, portanto, é importante estar atento aos prazos e acompanhar o status da solicitação.
4. Compra e entrega
Com a autorização em mãos, o próximo passo é realizar a compra do produto.
Devido à oferta ainda restrita de CBD no mercado nacional, muitas vezes a aquisição é feita por meio da importação.
Para isso, busque fornecedores confiáveis e realize a compra seguindo os trâmites legais estabelecidos pela Anvisa.
Após a compra, o produto será entregue seguindo as especificações e prazos estipulados pelo fornecedor.
Seguindo esses passos de maneira adequada, você conseguirá comprar e garantir a qualidade e legalidade do produto adquirido.
Conclusão sobre canabidiol para dor de cabeça
Ao longo deste conteúdo, fica evidente que o canabidiol representa uma poderosa alternativa no combate às dores de cabeça.
Portanto, se você sofre de algum tipo de cefaleia e não obtém resultados com tratamentos comuns, considere desde já o uso do CBD.
Procure por um médico que possa prescrever o canabidiol, siga os passos descritos para a importação e ganhe em qualidade de vida.
Por fim, não deixe de se atualizar pelas publicações do Portal Cannabis & Saúde, sua fonte de informação segura sobre a Cannabis medicinal.