Foi lançada oficialmente no dia 23 de outubro a Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann). A Idealizada e atuando no formato de fórum desde 2019, a entidade de representação industrial, empresarial e empreendedora tem a missão de apoiar o desenvolvimento dos mercados legais da Cannabis medicinal e do cânhamo industrial no Brasil.
Estimativa realizada pela Abicann indica que existem 400 empresas, aproximadamente, conectadas ao ecossistema medicinal e que prestam serviços ou fornecem soluções – direta ou indiretamente – a pacientes com doenças graves, crônicas e terminais. É uma rede de profissionais e pacientes que poderão se beneficiar com o fortalecimento da indústria da Cannabis no Brasil.
Conforme o estatuto, a Abicann é uma entidade associativa sem fins lucrativos e independente, que começa a reunir indústrias nacionais e internacionais, os setores de comércio e serviço brasileiro e influenciadores na economia, justiça, política e na sociedade, em torno da Cannabis.
Empresas e pessoas físicas interessadas no desenvolvimento dessa indústria podem se associar. Conforme a entidade, os associados se unirão em busca de maior abertura de diálogos com empresários, governadores e legisladores para debater prós e contras da Cannabis, quando produzida legalmente em solo nacional. Um exemplo é o cânhamo, que apesar de não oferecer risco à saúde ou vida humana ou animal, ainda está proibido por aqui por falta de interesse legislativo.
Para mais informações, acesse: www.abicann.org.
A abertura de diálogo entre empresários e investidores com o governo e com o legislativo brasileiro tende a trazer mudanças positivas, moderna e atualizada ao que ocorre no mercado global da planta. O Brasil pode gerar R$ 5 bilhões por ano, em média, com a economia gerada por empresas de cannabis medicinal.
“Nós estamos perdendo espaço no cenário econômico global da cannabis pelo simples fato de não haver diálogo político, aberto e franco sobre prós e contras dessa planta que é tão sustentável. Precisamos de uma legislação mais completa, moderna, justa, que amplie nossa economia e o bem-estar social”, informa Thiago Ermano, presidente da ABICANN e investidor em negócios da cannabis em países regulados e legalizados.
Cânhamo Industrial: mais de 300 setores podem se beneficiar
O cânhamo é conhecido mundialmente como “hemp”. Apesar de não oferecer riscos à vida ou saúde humana e animal, sua produção agrícola ainda está proibida no Brasil. A ABICANN pretende atuar no desenvolvimento do mercado nacional de cânhamo industrial, fazendo parte do mercado global que movimentará US$ 30 bilhões de dólares, aproximadamente, nos próximos 5 anos. As fibras do cânhamo produzem de cordas a roupas, opções duráveis de plásticos e dezenas de outros produtos.
Um exemplo está nos Estados Unidos, onde a planta é totalmente legalizada e está posicionada como prioridade na lei agrícola americana (Farm Bill), aprovada em 2018 pelo congresso.
“Imagine como será quando houver menos regulações e leis mais transparentes em favor da continuidade da vida humana e animal, com geração de empregos locais em novos empreendimentos, além de fortalecimento do setor primário e da agroindústria brasileira. A tendência é que os impostos pagos por empresas do mercado da Cannabis ajudem a reduzir os déficits das contas públicas”, afirma Thiago Ermano, diretor-presidente da ABICANN.
São mais de 300 setores econômicos e mais de 2500 tipos de produtos que podem aproveitar os benefícios da cultura de das fibras de cânhamo. Das principais aplicações estão em destaques as fibras têxteis, materiais para a construção civil, produção de biocombustíveis e medicamentos à base de canabidiol (CBD). Atualmente a China é a maior produtora global de hemp no mundo.