Entre os 15 réus citados no processo movido no Canadá, estão gigantes do setor, como Aurura, Hexo e Tilray
Uma ação coletiva está sendo movida no Canadá contra 15 empresas de maconha. O processo alega que níveis de THC e CBD nos produtos dessas marcas, tanto de maconha medicinal como recreativa, são diferentes do que está apresentado na embalagem.
As informações são da rede de televisão canadense CTV. Segundo a reportagem, uma declaração de reivindicação apresentada no Centro Judicial da cidade de Calgary na terça-feira, dia 16 de junho, as empresas supostamente venderam produtos de maconha para consumidores canadenses com níveis drasticamente diferentes de THC (tetrahidrocanabinol) ou CBD (canabidiol) do que o anunciado no rótulo.
Os réus citados na ação são:
- Aurora Cannabis Inc.
- Aurora Cannabis Enterprises Inc.
- AuroraCo.
- Aleafiaco
- Aleafia Health Inc.
- Emblem Cannabis Corp.
- Hexo Corp.
- HexoCo
- Cronos Group Inc.
- Cronosco
- Tilray Canada Ltd.
- Organigram Holdings Inc.
- OrganigramCo
- MediPharm Labs Corp.
- MediPharmCo
De acordo com a CTV, o documento indica que os níveis de THC e CBD foram significativamente mais altos do que o indicado em alguns produtos, enquanto outros podem ter níveis significativamente mais baixos como resultado de absorção ou degradação devido ao uso de garrafas plásticas.
O processo busca uma compensação de US$ 500 milhões para os canadenses que compraram produtos de maconha medicinal dessas empresas, bem como aos canadenses que compraram legalmente maconha para fins recreativos desde 17 de outubro de 2018.
Lisa Marie Langevin é a autora que representa a ação coletiva. Ela afirma ter comprado um óleo de Cannabis numa loja do noroeste em meados de fevereiro de 2020, por recomendação de um membro da equipe.
Langevin diz que foi a primeira vez que experimentou maconha e não sentiu nenhum efeito psicotrópico depois de usar o produto quatro vezes e aumentar a dose durante o período de um mês. Ela então consultou um amigo médico, que também experimentou o produto e não sentiu nada.
De acordo com a declaração de reivindicação, o médico decidiu testar o produto e o frasco e descobriu que o produto tinha apenas 46% do nível de THC ativo indicado no rótulo do frasco. As alegações descritas no processo contra os produtores não foram julgadas judicialmente.