A DEA, órgão responsável pelo combate ao narcotráfico, precisa aprovar 37 solicitações pendentes, dede 2016, para o cultivo
Em todo filme de ação americano de combate ao narcotráfico, os policiais da DEA (Drug Enforcement Administration, algo como agência de Administração de Repressão às Drogas, em tradução livre) aparecem como estrelas. Não é à toa. Foram eles os responsáveis por caçar e matar um dos narcotraficantes mais famosos da história: o colombiano Pablo Escobar. São eles quem aparecem na linha de frente da “guerra às drogas” nos Estados Unidos.
Mas as coisas mudaram por lá desde que alguns estados regulamentaram o uso medicinal e adulto da Cannabis. A DEA passou a fiscalizar e regulamentar as plantações de Cannabis.
E parece não querer perder o protagonismo. No fim de março, propuseram um plano para, segundo eles, expandir as pesquisas com Cannabis no país.
As alterações propostas envolvem a Lei de Controle de Substâncias (CSA). Com as novas regras, os cultivadores terão de vender a Cannabis à agência, que revenderá aos pesquisadores. Atualmente, os cientistas compram direto dos produtores.
Com isso, a agência terá a exclusividade no estoque, na venda, na importação e na exportação dos produtos voltados para fins científicos. Além disso, a agência propôs aumentar a cota anual produzida exclusivamente para pesquisa de 472 kg para 3.200 kg.
A ideia, segundo o órgão, é agilizar a avaliação das novas requisições para plantio de Cannabis com fins científicos. Desde 2016, 37 pedidos pedidos estão à espera da autorização do DEA. Apenas uma instituição da Universidade do Mississipi tem autorização para produzir Cannabis com fins medicinais
Posicionamento oficial
Em comunicado à imprensa, a DEA afirmou que “continua apoiando pesquisas adicionais sobre a maconha e seus componentes” e que acredita que as medidas propostas irão ajudar na promoção das pesquisas médicas e científicas que já vêm sendo realizadas. Na mesma linha, o informativo ainda trás uma observação a respeito do número de pesquisadores ativos registrados. Eram 377 em janeiro de 2017 e, em março de 2020, esse número estava em 595. Neste dado estão inclusos todos os tipos de pesquisa, seja ela relacionada à maconha, aos extratos da maconha e aos derivados da maconha.
A proposta de mudança de regra está disponível no site do Registro Federal norte-americano. Até dia 22 de maio de 2020 o documento estará aberta para o público enviar comentários e observações sobre as novas medidas. Você pode realizar a leitura dele na íntegra clicando aqui.