Há alguns meses, um vídeo viralizou nas redes sociais ao mostrar um senhor enfrentando crises severas devido ao Alzheimer. Este senhor é Daniel Fonseca, veterano da aeronáutica, que sempre amou andar a cavalo, tocar gaita e jogar cubo. Mas, por conta da doença, apresentou um declínio acentuado nos últimos anos.
Sua filha, a influenciadora digital Andréa Fonseca, compartilhou a marcante mudança que seu pai, agora com 87 anos, experimentou após iniciar o tratamento com Cannabis medicinal.
“Diagnosticado com Alzheimer há quase dois anos, as crises começaram a piorar a partir de junho de 2023. Embora os medicamentos prescritos pelos neurologistas controlassem essas crises, eles o deixavam dopado por até dois dias”, conta Andréa.
A filha já estava atenta à possibilidade do uso dos fitocanabinoides para algumas condições, mas ao reencontrar uma amiga que não via há alguns anos, essa possibilidade ganhou contornos mais acentuados.
“Essa amiga me contou sobre o sucesso do tratamento com Cannabis em seu filho, que sofria de convulsões. Então, marcamos uma consulta com a Dra. Francieli Conter e começamos a fazer todos os exames necessários para dar início ao tratamento com a Cannabis.”
Porém, esse processo demorou mais tempo que o previsto. O início do tratamento foi adiado devido a uma infecção generalizada que levou Daniel à UTI e, posteriormente, pelas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, onde a família reside, dificultando o acesso ao tratamento.
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Finalmente, em junho, Daniel começou com o uso do óleo e os resultados foram surpreendentes.
“Meu pai já quase não andava, estava utilizando cadeira de rodas. Em três dias ele já conseguia andar, em 10 dias começou a cantar as músicas que gostava e em 15 dias já estava tocando sua gaitinha”, relatou Andrea.
Gaita, churrasco e amigos
Em menos de um mês de tratamento, Daniel conseguiu voltar a se envolver em atividades sociais, como um churrasco com veteranos da aeronáutica, algo que parecia impossível semanas antes.
“Grandes amigos dele, militares veteranos da aeronáutica, foram buscá-lo para um churrasco. Ele não só participou da festa, como também tocou sua gaita. Os resultados têm sido sensacionais”, diz Andréa. Hoje, ele continua o tratamento com o neurologista, que inclui o uso de citalopram e aripiprazol. Simultaneamente, a Cannabis tem atuado diretamente no controle das crises.
Cannabis medicinal e a qualidade de vida de Daniel Fonseca
“A qualidade de vida em comparação a há alguns meses é indescritível. Claro que não podemos comparar ao que ele era antes, ele sempre foi muito ativo. Mas, vinha decaindo muito. Por conta dos remédios para conter as crises, ele ficava de cama e isso o deixava muito abatido. Hoje, ele toma banho e se alimenta sozinho, tem mais autonomia e as crises não apareceram mais. A vida dele mudou completamente”, afirma Andréa.
Impressionada com a resposta rápida ao tratamento, a filha agora espera ver resultados semelhantes em sua mãe, de 80 anos, que também tem demência e Alzheimer e iniciará em breve o tratamento com Cannabis.
Para a família Fonseca, poder seguir com os pais bem, dentro das limitações da idade e da doença, é uma conquista inestimável. “O tratamento com a Cannabis para o meu pai foi muito efetivo e devolveu a possibilidade de viver melhor. É sobre isso!” conclui Andréa, celebrando.
Cannabis medicinal na batalha contra o Alzheimer
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa entre os idosos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, com o aumento da população idosa, o número de casos pode chegar a 74,7 milhões até 2030 e a 131,5 milhões até 2050.
No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 1,2 milhão de pessoas vivam com Alzheimer, com cerca de 100 mil novos casos surgindo a cada ano. Nesse cenário, alternativas como o óleo de Cannabis surgem como uma potencial solução para os desafios enfrentados por pacientes e suas famílias.
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