Davi, um menino de cinco anos diagnosticado com transtorno do espectro autista desde os dois, tem percorrido um caminho repleto de descobertas e desafios ao lado de sua mãe, Paty Marabiza.
Desde que começaram o tratamento com a Cannabis medicinal em setembro de 2023, o desenvolvimento de Davi tem sido profundamente transformado, revelando novas possibilidades e muitos avanços em sua rotina.
A pandemia, o isolamento social e o diagnóstico do transtorno do espectro autista
Inicialmente, Paty relembra a angústia que a família viveu durante a busca por um diagnóstico definitivo. Médicos e profissionais de saúde descartaram, a princípio, a possibilidade de autismo, atribuindo os comportamentos de Davi à pandemia e ao isolamento social.
“A descoberta foi bem complexa. Durante a pandemia, ele apresentava questões sensoriais e seletividade alimentar, e não falava quase nada. Ele apresentou um retrocesso em algumas habilidades que já tinha desenvolvido. Os médicos atribuíram isso à pandemia e ao fato dele não ir à escola. Eu não aceitei essa explicação e procurei outros profissionais”, relembra.
Foi apenas em dezembro de 2021, após uma longa busca e uma série de consultas, que Davi recebeu o diagnóstico correto aos três anos.
“Foi um processo complexo e frustrante, mas finalmente conseguimos o diagnóstico. A partir disso, começamos a enfrentar os desafios de acessar terapias e tratamentos adequados”, conta Paty.
O tratamento convencional e a introdução da Cannabis
Antes de iniciar o tratamento com a Cannabis, Davi passou por uma fase de tratamento convencional com o medicamento risperidona. “Começamos com uma dosagem baixa e, embora houvesse algumas melhorias, as expectativas não foram totalmente atendidas”, explica Paty. Em agosto de 2023, a médica de Davi sugeriu a introdução da Cannabis medicinal.
Paty, que já havia pesquisado sobre o uso da planta para sua própria condição de epilepsia, ficou cética mas aberta à ideia. “Eu ouvi muitos relatos positivos, mas havia também preocupações, especialmente sobre o uso em crianças pequenas”, diz ela. Após considerar os prós e contras, a família decidiu seguir em frente com o tratamento.
Resultados e impactos do tratamento para o transtorno do espectro autista
O impacto da Cannabis medicinal na vida de Davi foi impressionante e superou rapidamente as expectativas. “Em apenas uma semana, vimos mudanças significativas. Ele começou a demonstrar mais foco e concentração. Antes, era difícil para ele se manter atento às atividades por longos períodos”, relata.
A melhora na concentração permitiu que Davi se envolvesse mais nas atividades diárias, desde brincar até participar das aulas.
Além disso, Paty notou avanços na comunicação e também nas habilidades motoras de Davi. O filho não suportava brincar com brinquedos ou se interessar por novas atividades. Hoje, ele anda de bicicleta, patinete e socializa com outras crianças, embora ainda tenha dificuldades de fala.
“Ele começou a vocalizar mais; algo que antes era raro. Embora a fala dele ainda não seja totalmente funcional, o fato de ele começar a se expressar mais é um grande passo”, comenta.
O estigma que ainda ronda o tratamento
A decisão de usar Cannabis medicinal não foi isenta de desafios. “O preconceito em torno da cannabis medicinal é significativo. Eu guardei a decisão em segredo por alguns meses para evitar julgamentos e opiniões negativas”, explica Paty. Ela destaca que, apesar do estigma, a experiência positiva com a medicação tem sido encorajadora.
Ela entende a resistência ao uso de Cannabis medicinal como um reflexo de uma falta de informação e compreensão sobre o expressivo potencial terapêutico da substância. “Há uma necessidade de mais educação e abertura sobre o uso de Cannabis. Muitos médicos ainda são relutantes em prescrever, o que limita o acesso a essa opção de tratamento para muitas famílias.”
A rotina atual e expectativas futuras
Hoje, a rotina de Davi é intensa e bem estruturada. “Ele tem um dia cheio com escola e terapias, o que é fundamental para seu desenvolvimento. Embora seja cansativo, é a combinação do tratamento convencional e a Cannabis que está trazendo resultados positivos”, diz. A mãe acredita que, apesar das dificuldades, a jornada de Davi tem sido marcada por avanços significativos e esperança renovada.
Por fim, Paty reflete sobre o impacto da Cannabis na vida da família toda. “Ver meu filho evoluindo e se tornando mais independente tem sido incrível. A Cannabis trouxe um novo nível de qualidade de vida para ele e para nós. Ainda há desafios pela frente, mas a esperança é um sentimento que nos guia”, conclui.
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A história de Davi é um exemplo de como o tratamento com Cannabis medicinal pode influenciar positivamente a vida de crianças com autismo, destacando a importância da personalização desse tratamento e da abertura para novas possibilidades terapêuticas.
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