Não foi na Graduação de Medicina onde o médico Dr. Stêfani Teixeira encontrou a possibilidade de prescrever fitocanabinoides para a saúde.
“Há artigos científicos mostrando a importância do CBD para a saúde”
Formado há 14 anos, o profissional, que hoje atua como nutrólogo, se apaixonou pelo sistema endocanabinoide através do tratamento de um paciente especial: uma criança autista.
A velocidade dos resultados em crianças autistas
“Fui buscar mecanismos para melhorar a qualidade de vida deste paciente e consegui melhorar muito. A resposta da criança aparece com uma velocidade muito maior do que a de um paciente adulto. Isso fez com que eu abrisse muito os olhos para os fitocanabinoides. Comecei a estudar e a entrar nesse mundo de medicamentos à base de fitocanabinoides”, revela.
De fato, diferentes estudos preliminares sugerem que o CBD pode ter efeitos positivos na saúde e em alguns sintomas associados ao autismo, como ansiedade, agressividade, hiperatividade e dificuldades de comunicação. Neste sentido, Dr. Stêfani destaca que mudanças de comportamentos que podem ser consideradas pequenas, na verdade, são de grande valia para crianças autistas e suas famílias.
“Por exemplo, o paciente conseguir ficar mais concentrado, o paciente diminuir o nível de agitação, o paciente conseguir interagir de uma forma mais calma e amena. Isso, para a maioria da populaçã,o pode não ser quase nada, mas para família que tem um filho autista, qualquer alteração mínima é algo muito comemorado. Então, eu pude ver isso de perto com esse primeiro paciente. Inclusive, acompanho esse paciente até hoje. É muito gratificante. Esse foi o paciente que fez com que os meus olhos fossem para o sistema endocanabinoide e eu me apaixonasse por esse tipo de medicina”.
Cannabis na área da Nutrologia
Após a Pediatria, o profissional especializou-se em Nutrologia Ortomolecular. “Essa é a parte de longevidade e fisiologia hormonal, que não deixa de ser a Medicina Integrativa. Atualmente, eu uso muito o Canabidiol nesse conjunto de área”.
A Nutrologia é uma área que cresce exponencialmente na Medicina. Isso porque o objetivo da Nutrologia é promover a saúde e o bem-estar por meio de uma alimentação adequada e equilibrada, levando em consideração as necessidades nutricionais individuais, o estilo de vida, as condições de saúde e as possíveis doenças ou condições pré-existentes.
A Nutrologia também pode ser utilizada como forma complementar do tratamento de diversas doenças, como diabetes, obesidade, hipertensão, entre outras. É um campo amplo e fértil para os produtos medicinais à base de Cannabis.
“Na minha prática clínica, o que eu mais uso hoje são os produtos à base de Cannabis. Como o meu objetivo maior é a Nutrologia, uso para tratamentos voltados para a ansiedade, para compulsão e para insônia. Então, eu tenho tido uma eficiência muito grande dos produtos à base do CBD, principalmente para essas patologias que modificam muito e auxiliam muito a questão metabólica de uma forma geral. O sistema endocanabinoide é único para cada paciente e por isso a gente tem que falar muito sobre a individualização. Nosso corpo já tem o sistema endocanabinoide aí e os fitocanabinoides acabam se ligando a esses receptores que nós já temos”, destaca.
Porém, o tratamento com fitocanabinoides tem sido estudado e utilizado para uma ampla variedade de condições médicas.
“Também posso destacar tratamentos para autismo, psoríase, dor oncológica, fibromialgia. E puxando esse gatilho para a parte hormonal que trabalho, já tive oportunidade de usar o CBD também para endometriose. Na parte neurológica, entram Parkinson e Alzheimer, também com uma eficácia muito grande no tratamento com medicamentos à base de fitocanabinoides”, pontua.
A possível substituição do Rivotril pela Cannabis e o impacto na saúde
Outro ponto destacado pelo Dr. Stêfani é o excessivo uso de Rivotril no Brasil. Sabe-se que o uso excessivo de Rivotril, ou clonazepam, no nosso país é uma preocupação de saúde pública, uma vez que os benzodiazepínicos, como esse medicamento, podem causar dependência, tolerância e efeitos colaterais prejudiciais, se forem usados de forma inadequada ou por um longo período de tempo.
Neste sentido, o médico faz um alerta a colegas que ainda não prescrevem CBD em tratamentos para seus pacientes.
“O que eu diria pra colegas que ainda não prescrevem seria: estudem. Estudem porque hoje tem muito artigo científico mostrando a importância do CBD. Não existe evidência de dependência se você usar, por exemplo, até 02% de THC. Então, isso acaba trazendo algo muito importante. Porque se você parar e analisar, hoje o Brasil hoje é um dos maiores consumidores de Rivotril. Talvez seja o país que mais usa Rivotril e este é um medicamento que causa extrema dependência. Se você entende que o CBD com até 02% de THC não vai gerar dependência, você vai tentar na grande maioria das vezes buscar e usar essa alternativa um pouco mais apropriada, em vez de medicamentos que geram dependência”.
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Ainda nesta direção, cabe destacar o estudo Anxiety severity and prescription medication utilization in first-time medical marijuana users, o qual mostra que pacientes com ansiedade ou transtorno do estresse pós-traumático conseguiram reduzir o uso de medicação convencional de forma segura, após incluir a Cannabis no tratamento. Entre esses medicamentos, a classe dos benzodiazepínicos, da qual faz parte o Rivotril, foi a que teve maior redução entre os pacientes.
O sistema endocanabinoide desempenha um papel fundamental para a saúde
Ainda sobre a importância do conhecimento em relação à terapia canabinoide, o profissional entende que é imprescindível o entendimento sobre como o sistema endocanabinoide pode ajudar a regular uma variedade de funções fisiológicas e processos biológicos.
“É muito importante individualizar cada paciente, as doses são muito diferentes, receptores são diferentes e o sistema endocanabinoide de cada um é muito específico. Com o Canabidiol não existe uma receita de bolo, em que você vai fazer a mesma dose para todo mundo. O paciente tem que ser acompanhado e tem que ser um escalonamento de doses. A gente começa com dose mais baixa e vai aumentando gradualmente, de acordo com a necessidade de cada paciente. Mas, de certa forma, eu diria: faça um teste terapêutico, busque evidências científicas. Pois esse é um tratamento com uma importância muito grande na atualidade”, finaliza.
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