O câncer no pâncreas apresenta uma alta taxa de mortalidade por ser silencioso e geralmente o diagnóstico ser tardio. Por isso, além das estratégias de prevenção, a comunidade médica e científica busca formas de aliviar os sintomas e até de evitar a progressão da doença.
Nesse sentido, os canabinoides naturalmente produzidos pela planta Cannabis apresentam grande potencial para o câncer de pâncreas. O mais comum é utilizar os produtos derivados da planta para lidar com os efeitos adversos do tratamento com quimioterapia e radioterapia. No entanto, um estudo in vivo obteve resultados promissores.
Um extrato com a combinação de dois canabinoides, canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC), em uma proporção de 6:1, inibiu a proliferação e induziu à morte as células do câncer de pâncreas. Além disso, o estudo destacou que as células pancreáticas saudáveis não foram afetadas pelos derivados da Cannabis.
Câncer no pâncreas: um dos cânceres mais mortais
Embora o câncer no pâncreas não seja um dos tipos mais frequentes, ocupando a décima quarta posição no ranking do Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele causa muitas mortes. Esse cenário se explica porque esse é um tipo de tumor maligno que normalmente não provoca sintomas nos estágios iniciais. Desse modo, podemos incluí-lo na lista dos que mais matam no Brasil.
Nos últimos anos, com os componentes da Cannabis se destacando pelas suas propriedades terapêuticas, as abordagens para diversas condições de saúde têm incluído a modulação do sistema endocanabinoide. Estudos in vitro tiveram resultados satisfatórios com o THC e o CBD para algumas células de tumores malignos e o artigo Anti-proliferative and apoptotic effect of cannabinoids on human pancreatic ductal adenocarcinoma xenograft in BALB/c nude mice model deu um passo adiante ao analisar a tese em animais no laboratório.
Morte celular programada do câncer de pâncreas
No artigo, publicado na revista Scientific Reports, parte do grupo Nature, os pesquisadores avaliaram o potencial anticâncer do extrato contendo CBD e THC na proporção 6:1. O estudo demonstrou que o produto inibiu a proliferação de células tumorais nos animais. O efeito foi observado através de dois indicadores, o aumento no índice apoptótico (morte celular programada) e na redução do índice miótico (divisão celular) nos tumores de câncer de pâncreas.
A equipe de pesquisadores testou três doses diferentes, de 1, 5 e 10 mg por quilo, porém os efeitos foram similares em todas as dosagens.
Os resultados indicaram que os canabinoides induziram a apoptose pela regulação positiva de proteínas BAX e Caspase-3, além da regulação negativa da proteína BCL-2. Essa via de apoptose é conhecida como via intrínseca.
Além disso, as análises não encontraram metástases ou sinais de inflamação, indicando que os canabinoides inibiram a proliferação do câncer sem causar efeitos colaterais graves. Assim, os cientistas destacaram na conclusão do artigo:
“Este estudo revelou que os canabinoides (THC:CBD) (1:6) podem inibir a proliferação e induzir a apoptose em modelos de ratos nus com xenoenxerto PDAC humano. Além disso, o estudo ilustra adicionalmente que o efeito anti-apoptótico dos canabinoides no modelo de camundongos nus com xenoenxerto PDAC humano pode estar associado à via intrínseca. Com os resultados obtidos, o presente estudo contribui com novos insights para o conhecimento fundamental sobre o potencial papel terapêutico dos canabinoides para linhas de células PDAC humanas derivadas do modelo de camundongo nu xenoenxertado. Este estudo pode contribuir adicionalmente para acomodar mais alvos terapêuticos para o adenocarcinoma pancreático de ocorrência humana no futuro.”
Embora sejam resultados promissores, pesquisas adicionais e em humanos são necessárias para determinar segurança e eficácia desse tipo de tratamento para o câncer no pâncreas. Por outro lado, os canabinoides são reconhecidamente uma alternativa para lidar com os efeitos colaterais da terapia e ajudam muitos pacientes.
O CBD ajudando no tratamento do câncer
A Marilene de Oliveira é um exemplo de uso de derivados da Cannabis para melhorar a qualidade de vida. Ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama com metástase nos ossos dois anos atrás. Por esse motivo, começou a se tratar e também a sentir dores na coluna e nos braços.
Usando o CBD como uma adjuvante no tratamento, ela voltou a ter qualidade de vida e a realizar as coisas que ama.
“Se hoje eu consigo curtir meus netinhos, passear com a minha irmã, fazer caminhadas, me dedicar aos trabalhos voluntários na igreja, continuar morando sozinha, ser independente, fazer planos futuros e me manter otimista assim, é porque a Cannabis me ajuda a viver sem dores e com muito mais qualidade. Eu só agradeço!”
Leia aqui a história completa da Marilene.
São comuns os relatos de pessoas que conseguiram reencontrar o bem-estar com auxílio de produtos com Cannabis. Você pode ler mais histórias na nossa sessão História dos pacientes.
Como ter orientação de um médico
No entanto, é fundamental ter o acompanhamento de um médico para realizar os tratamentos com canabinoides de forma segura e dentro da legalidade. Acessando a nossa plataforma de agendamentos, você pode marcar uma consulta com um entre mais de 300 profissionais da saúde que selecionamos. Todos têm larga experiência na prescrição desse tipo de tratamento e estão preparados para entender as suas particularidades para recomendar o melhor caminho. Marque já sua consulta!