No Brasil, o mês de março é um período dedicado à saúde feminina, com destaque especial para a conscientização sobre a prevenção do câncer do colo do útero. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o terceiro mais comum entre as mulheres brasileiras, sendo frequentemente associado ao Papilomavírus Humano (HPV).
A ameaça do HPV e a importância da prevenção
O HPV, infecção viral transmitida principalmente através do contato sexual, afeta tanto homens quanto mulheres, mas suas implicações para a saúde feminina, especialmente no que diz respeito ao colo do útero e outras áreas genitais, são particularmente significativas.
Alguns tipos de HPV podem causar verrugas que são visíveis nas genitais, enquanto outros tipos estão ligados a alterações celulares no colo do útero que podem progredir para um câncer.
Vacinação como ferramenta crucial de prevenção do Câncer de colo do útero
Ainda de acordo com o INCA, aproximadamente 17.010 novos casos de câncer do colo do útero serão diagnosticados anualmente no país. Para combater essa realidade, a vacinação contra o HPV é uma ferramenta fundamental na prevenção do câncer do colo do útero.
Além disso, também pode prevenir o câncer de vulva, ânus e vagina. A vacinação, aliada a exames ginecológicos regulares, como o Papanicolau, é fundamental para detectar lesões pré-cancerosas e agir prontamente contra o câncer do colo do útero.
Quem pode tomar vacina para o HPV via SUS?
Estudos indicam que aproximadamente 80% da população será infectada pelo Papilomavírus Humano (HPV) em algum momento da vida. Além disso, o HPV é detectado em mais de 99% dos casos de câncer do colo do útero, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Quanto à disponibilidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apenas três grupos têm acesso à vacina gratuitamente:
- Meninas de 9 a 14 anos;
- Meninos de 11 a 14 anos;
- Indivíduos imunossuprimidos de 9 a 45 anos.
Existem contraindicações para a vacina tetravalente do HPV, como gestantes e pessoas que apresentaram reações alérgicas agudas a algum dos componentes do imunizante ou após receber a primeira dose.
Para aqueles que não se enquadram nos grupos que podem receber a vacina de forma gratuita, existe a opção de buscar clínicas privadas para receber a imunização. A imunização completa requer três doses da vacina tetravalente, com um intervalo de alguns meses entre cada uma.
Março Lilás: uma chamada à conscientização para a prevenção do câncer do colo do útero
A campanha Março Lilás surge como um esforço para conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce desse tipo de câncer, destacando que, embora o HPV seja um fator de risco importante, ele não é o único determinante para o desenvolvimento da doença.
Através da informação e da adoção de medidas preventivas, é possível reduzir significativamente a incidência e a mortalidade relacionadas a esse tipo de câncer.
CBD: Potencial terapêutico no tratamento do câncer do colo do útero
Um estudo, publicado em 2022, investigou como o CBD pode ajudar no tratamento do câncer do colo do útero. Os pesquisadores examinaram como o CBD, substância encontrada na Cannabis, pode melhorar a eficácia dos tratamentos convencionais e da terapia fotodinâmica. Eles observaram que o CBD pode contribuir para a eliminação das células cancerosas e impedir sua disseminação para outras regiões do organismo. No entanto, ainda são necessárias mais pesquisas para entender completamente como isso pode beneficiar as pessoas com câncer cervical.
A Cannabis medicinal no manejo dos efeitos colaterais do tratamento do câncer do colo do útero
Mulheres que passam por sessões de quimioterapia para tratar o câncer cervical frequentemente lidam com efeitos colaterais desconfortáveis . O emprego de cannabis não só pode ajudar a reduzir esses efeitos colaterais, mas também atuar como uma ferramenta para ampliar a qualidade de vida das pacientes.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Yale, analisou os efeitos dos Canabinoides em mulheres diagnosticadas com câncer cervical. Entre as 31 participantes do estudo, 83% relataram que a cannabis proporcionou alívio dos sintomas do câncer ou relacionados ao tratamento, como redução do apetite, insônia, ansiedade, náuseas, dor abdominal e depressão.
Adicionalmente, entre as mulheres que utilizaram Canabinoides para controlar a dor, 63% observaram uma diminuição no consumo de opioides.
O uso de Cannabis no tratamento de questões de saúde feminina é uma opção que pode ser considerada para várias condições, incluindo síndrome dos ovários policísticos (SOP), transtornos de ansiedade e depressão, câncer de mama, infecções do trato urinário, endometriose, candidíase, mioma uterino e fibromialgia.
Caso você esteja enfrentando alguma dessas condições ou sintomas, recomendamos marcar uma consulta com os especialistas do Portal Cannabis & Saúde para avaliar se o uso da Cannabis pode trazer benefícios para o seu caso. Clique aqui e agende a sua consulta!