No mês de fevereiro, uma campanha importante ganha destaque: o Fevereiro Laranja, que tem como objetivo informar sobre a leucemia, um tipo de câncer que afeta as células do sangue e da medula óssea.
Nesta ocasião, é fundamental discutir não apenas os avanços no tratamento convencional, mas também as alternativas terapêuticas promissoras, como a utilização da Cannabis medicinal.
A leucemia é uma doença complexa e devastadora, que afeta pessoas de todas as idades. Ela interfere na produção de células sanguíneas normais, levando ao acúmulo de células cancerosas na medula óssea.
A campanha Fevereiro Laranja busca não apenas conscientizar sobre os sinais e sintomas da leucemia, mas também ressaltar a importância do diagnóstico precoce, do acesso ao tratamento adequado e do apoio aos pacientes e suas famílias.
No âmbito do tratamento, a Cannabis medicinal tem emergido como uma opção terapêutica promissora para os pacientes com leucemia.
Para entender melhor sobre esta campanha e como a Cannabis pode auxiliar na melhoria dos sintomas da leucemia, continue lendo este artigo. A seguir, você vai aprender sobre:
- O que é a campanha Fevereiro Laranja?
- Qual é o objetivo da campanha Fevereiro Laranja?
- Como promover a campanha Fevereiro Laranja?
- É possível prevenir a leucemia?
- Como é feito o tratamento para leucemia?
- Como a Cannabis medicinal pode ajudar no combate à leucemia?
- Como obter medicamentos à base de Cannabis?
O que é a campanha Fevereiro Laranja?
A campanha Fevereiro Laranja é uma iniciativa de conscientização que ocorre anualmente no mês de fevereiro.
O objetivo principal dessa campanha é aumentar o conhecimento público sobre a leucemia, uma forma de câncer que começa na medula óssea, a parte macia no centro dos ossos onde as células sanguíneas são produzidas.
A cor laranja foi escolhida para representar essa causa devido à sua associação com a cor do sangue e a vitalidade.
Durante o mês de fevereiro, diversas atividades são organizadas para educar as pessoas sobre os sinais e sintomas da leucemia, bem como a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Essas atividades podem incluir palestras públicas, distribuição de folhetos informativos, postagens nas redes sociais e campanhas de doação de sangue e medula óssea.
O Fevereiro Laranja é um lembrete para todos nós de que a leucemia, como muitas outras doenças, não discrimina por idade, gênero, raça ou status socioeconômico.
É uma luta que todos nós devemos enfrentar juntos, e a conscientização é o primeiro passo nessa batalha.
Fevereiro Laranja e Fevereiro Roxo
Enquanto o Fevereiro Laranja é dedicado à conscientização sobre a leucemia, o Fevereiro Roxo tem por objetivo chamar a atenção para outras doenças: o Alzheimer, o Lúpus e a Fibromialgia.
Essas doenças são crônicas, graves e, em muitos casos, silenciosas, tornando a conscientização e o diagnóstico precoce ainda mais importantes.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente os idosos, levando à perda progressiva de memória e outras funções cognitivas.
Por outro lado, o Lúpus é uma doença autoimune que pode afetar várias partes do corpo, enquanto a Fibromialgia é caracterizada por dor crônica generalizada e fadiga.
Assim, Fevereiro Laranja e Fevereiro Roxo representam uma grande mobilização de conscientização sobre doenças específicas.
Ambas as campanhas buscam educar o público, promover a detecção precoce e apoiar aqueles que vivem com essas condições.
Como surgiu o Fevereiro Laranja?
O Fevereiro Laranja surgiu como uma iniciativa de organizações de saúde, grupos de pacientes e ativistas que reconheceram a necessidade de aumentar a conscientização sobre a leucemia.
Embora seja difícil determinar a origem exata da campanha, sabe-se que ela cresceu em popularidade nos últimos anos, à medida que mais pessoas se conscientizaram da importância do diagnóstico precoce e do tratamento da leucemia.
Qual é o objetivo da campanha Fevereiro Laranja?
O objetivo da campanha Fevereiro Laranja é informar a população sobre a leucemia e promover a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença.
Durante o Fevereiro Laranja, diversas ações são realizadas para disseminar informações sobre a leucemia e suas diferentes formas de manifestação.
São promovidos eventos, palestras, caminhadas e outras atividades que visam educar a população sobre os sinais e sintomas da doença, os métodos de prevenção, a importância da doação de medula óssea e a necessidade de apoio aos pacientes e suas famílias.
A campanha também busca incentivar a solidariedade e a doação de sangue e medula óssea, uma vez que o tratamento da leucemia muitas vezes envolve a necessidade de transfusões sanguíneas e transplantes de medula.
Além disso, a conscientização sobre a doença contribui para reduzir o estigma e o preconceito enfrentados pelos pacientes, promovendo uma sociedade mais inclusiva e acolhedora.
O que é a leucemia?
A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas e a medula óssea, responsável pela produção dessas células.
As células do sangue têm uma vida útil bastante curta: são frequentemente renovadas através de um processo controlado pelo organismo chamado hematopoiese.
As células-tronco hematopoiéticas, que estão envolvidas neste processo, experimentam primeiro uma fase de proliferação e depois uma fase de diferenciação.
Em termos simples, multiplicam-se e depois se especializam – para se tornarem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, linfócitos, macrófagos, etc.
Em caso de leucemia, o mecanismo da hematopoiese é desregulado: há uma proliferação anormal e um defeito de maturação de certas células do sangue.
Existem vários tipos de leucemia: a leucemia aguda progride rapidamente com sintomas que aparecem no espaço de alguns dias, enquanto a leucemia crônica progride lentamente com sintomas tardios.
Quais são as causas da leucemia?
As causas exatas da leucemia ainda não são completamente conhecidas. No entanto, existem alguns fatores de risco que estão associados ao desenvolvimento da doença. Alguns desses fatores incluem:
- Exposição a certos produtos químicos: A exposição a certos produtos químicos, como o benzeno, utilizado em indústrias químicas e petrolíferas, pode aumentar o risco de desenvolver leucemia.
- Radiação ionizante: A exposição a altas doses de radiação ionizante, como a radioterapia para tratamento de outros tipos de câncer, contribui para o desenvolvimento de leucemia.
- Fatores genéticos: Certas alterações genéticas podem predispor uma pessoa ao desenvolvimento de leucemia. Algumas síndromes genéticas, como a síndrome de Down, estão associadas a um maior risco de leucemia.
- Histórico familiar: Ter um parente de primeiro grau, como pai, mãe ou irmão, com leucemia aumenta o risco de desenvolver a doença.
- Idade: A leucemia pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas alguns tipos são mais comuns em determinadas faixas etárias. Por exemplo, a leucemia linfoblástica aguda é mais frequente em crianças, enquanto a leucemia mieloide aguda é mais comum em adultos mais velhos.
É importante ressaltar que esses fatores de risco não garantem o desenvolvimento da leucemia, e muitas vezes a doença ocorre em pessoas sem nenhum fator de risco aparente.
Quais são os sintomas da leucemia?
Na maioria das vezes, a leucemia aguda instala-se abruptamente em poucos dias, sem sinais de aviso.
Às vezes pode permanecer em silêncio, mas na maioria das vezes leva a uma rápida alteração do estado geral e a uma associação de sintomas que reflete a incapacidade da medula óssea de fabricar células normais do sangue, devido à proliferação de células leucêmicas.
A diminuição do número de glóbulos vermelhos no sangue (anemia) é responsável pela palidez, falta de ar, fadiga, batimentos cardíacos acelerados, que são os primeiros sintomas.
Por outro lado, a diminuição da contagem de plaquetas (trombocipronia) pode causar hemorragias, especialmente nas gengivas ou no nariz.
Estes podem, por vezes, ser mais graves quando ocorrem no cérebro ou no sistema digestivo. Muitas vezes, o paciente também apresenta hematomas espontaneamente, ou após leves golpes;
A redução do número de glóbulos brancos maduros (leucopenia) também aumenta o risco de infecções.
Outros sinais, menos frequentes, também podem aparecer: aumento do tamanho dos gânglios, aumento do tamanho do baço ou do fígado (sintomas geralmente indolores), gengivas inchadas e dolorosas, além de pequenas lesões na pele.
Tipos de leucemia
Existem diversos tipos de leucemia, que se distinguem pela gravidade dos sintomas, duração e células afetadas. Entre os tipos mais comuns podemos citar:
Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
A LLA é o tipo mais comum de leucemia em crianças, embora também possa ocorrer em adultos.
Ela ocorre quando as células precursoras dos linfócitos, um tipo de célula sanguínea, se tornam cancerosas e se multiplicam de forma descontrolada.
Os sintomas incluem fadiga, infecções frequentes, febre, sangramento fácil e aumento dos gânglios linfáticos. O tratamento geralmente envolve quimioterapia e, em alguns casos, transplante de células-tronco.
Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
A LMA é um tipo de leucemia caracterizada pelo crescimento descontrolado de células precursoras dos glóbulos brancos chamados mielócitos.
Ela pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em adultos mais velhos. Os sintomas podem incluir fadiga, infecções recorrentes, anemia, sangramento e hematomas frequentes.
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
A LMC é uma forma de leucemia caracterizada pela produção excessiva de células mieloides anormais na medula óssea.
A maioria dos casos de LMC é causada por uma alteração genética chamada Cromossomo Philadelphia.
Os sintomas iniciais podem ser sutis ou inexistentes, mas à medida que a doença progride, podem ocorrer fadiga, dor abdominal, perda de peso inexplicada e aumento do baço.
Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)
A LLC é um tipo de leucemia que afeta principalmente os linfócitos B, um tipo de célula do sistema imunológico.
É mais comum em adultos mais velhos e se desenvolve lentamente ao longo de muitos anos.
Muitas vezes, os sintomas são vagos ou ausentes nos estágios iniciais, mas podem incluir fadiga, aumento dos gânglios linfáticos, infecções recorrentes e sudorese noturna.
O tratamento pode variar desde monitoramento atento até quimioterapia, imunoterapia ou terapia direcionada, dependendo da progressão da doença.
É importante ressaltar que essas são apenas algumas das formas mais comuns de leucemia. Existem outros subtipos e variações que podem exigir abordagens de tratamento específicas.
Como é feito o diagnóstico da leucemia?
A leucemia pode ser suspeita após uma simples coleta de sangue, quando o hemograma completo é anormal: o exame de sangue mostra uma diminuição no número de glóbulos vermelhos, plaquetas e polinucleares.
Também pode detectar a presença de células leucêmicas através de uma quantidade anormalmente alta de glóbulos brancos.
No entanto, o diagnóstico de leucemia aguda não pode ser baseado apenas nesta análise de sangue.
Se os resultados do hemograma completo sugerirem leucemia aguda, o paciente deve ser encaminhado a um centro de hematologia especializado para confirmar o diagnóstico com um mielograma.
O mielograma é o exame chave para o diagnóstico de leucemia aguda. Consiste em analisar as células da medula óssea no microscópio.
A coleta da medula óssea é realizada sob anestesia local, por punção no esterno ou no osso pélvico (espinho ilíaco).
Este gesto dura apenas alguns segundos, mas pode ser doloroso. Os analgésicos são, portanto, frequentemente prescritos para além da anestesia.
O diagnóstico é confirmado se a análise mostrar que a medula contém mais de 20% de células imaturas.
Por fim, a análise morfológica das células permite então definir a subcategoria de leucemia.
Outros exames biológicos também permitem obter dados adicionais para melhor caracterizar a doença. Este é o caso em particular do estudo dos cromossomos de células anormais que permite refinar o diagnóstico e o prognóstico, a fim de escolher o melhor tratamento para o paciente.
Como promover a campanha Fevereiro Laranja?
Para promover essa campanha de forma efetiva, é necessário utilizar diversas estratégias que envolvam a sociedade e despertem o interesse e o engajamento das pessoas. Você pode promover o Fevereiro Laranja da seguinte forma:
1. Parcerias e colaborações
Buscar parcerias com organizações ligadas à saúde, empresas, instituições educacionais e influenciadores pode ser uma forma eficaz de ampliar o alcance da campanha.
Essas parcerias podem incluir a realização de eventos conjuntos, compartilhamento de conteúdo nas redes sociais e distribuição de materiais informativos.
2. Mídias sociais
Utilize as redes sociais como ferramenta de divulgação. Crie páginas nas principais plataformas, como Facebook, Instagram e Twitter, e compartilhe conteúdo relevante sobre a campanha para atrair a atenção de um público amplo.
Também é possível criar hashtags específicas para a campanha, incentivar o compartilhamento de histórias e depoimentos relacionados à leucemia e à doação de medula óssea.
3. Eventos e palestras
Organizar eventos e palestras em escolas, universidades, empresas e locais públicos é uma maneira efetiva de alcançar diferentes públicos e disseminar informações sobre a campanha.
Esses eventos podem incluir palestras com especialistas, depoimentos de pacientes, atividades lúdicas e distribuição de material informativo.
4. Parcerias com veículos de comunicação
Entre em contato com veículos de comunicação, como jornais, rádios e programas de televisão, para ajudar a promover a campanha Fevereiro Laranja.
É possível solicitar a veiculação de notícias, entrevistas e reportagens sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea durante o mês de fevereiro.
5. Mobilização de grupos de apoio
Participe de grupos de apoio a pacientes com leucemia e suas famílias para ajudar a promover a campanha Fevereiro Laranja.
Esses grupos podem ser aliados na disseminação de informações, compartilhamento de histórias e organização de eventos e atividades relacionados à campanha.
Ao adotar essas estratégias de promoção, é possível aumentar a visibilidade da campanha Fevereiro Laranja e sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e da doação de medula óssea para o tratamento da leucemia.
Material de divulgação a respeito da doença
Para promover a campanha Fevereiro Laranja e disseminar informações relevantes sobre a leucemia, é necessário criar ou compartilhar materiais de divulgação adequados, tais como:
Cartazes e banners
Desenvolva cartazes e banners informativos com cores vibrantes, imagens impactantes e mensagens claras sobre a campanha Fevereiro Laranja.
Inclua estatísticas sobre a leucemia, informações sobre a doação de medula óssea e formas de entrar em contato com órgãos responsáveis pela coleta.
Folhetos e panfletos
Produza folhetos e panfletos que possam ser distribuídos em hospitais, clínicas, escolas, empresas e locais de grande circulação.
Esses materiais devem conter informações sobre os sinais e sintomas da leucemia, os benefícios da doação de medula óssea e orientações para se tornar um doador.
Vídeos e infográficos
Crie vídeos curtos e informativos que abordem diferentes aspectos da leucemia e da doação de medula óssea.
Você também pode utilizar infográficos animados para transmitir estatísticas e dados relevantes de forma visualmente atraente.
Site e blog
Por fim, compartilhe postagens de sites e blogs sobre o Fevereiro Laranja, como este artigo!
Ao compartilhar nas suas redes sociais ou enviar para amigos, você ajuda a disseminar informações sobre a campanha de forma rápida e prática!
Outra forma eficaz de promover o engajamento na campanha Fevereiro Laranja é por meio da decoração de ambientes.
Ao criar espaços temáticos, é possível despertar o interesse e chamar a atenção das pessoas para a causa.
Por exemplo, você pode utilizar faixas e balões laranjas para decorar espaços públicos, como praças, parques e ruas movimentadas.
Esses elementos visuais chamativos ajudam a atrair a atenção das pessoas e despertam a curiosidade sobre a campanha.
Também é interessante criar uma exposição com fotos e histórias de pacientes que enfrentaram a leucemia e foram beneficiados pela doação de medula óssea.
Essa exposição pode ser montada em hospitais, centros de saúde e espaços públicos, permitindo que as pessoas conheçam as histórias de superação e se sintam inspiradas a se envolver.
É possível prevenir a leucemia?
A prevenção da leucemia é um desafio complexo, uma vez que a doença pode ser influenciada por fatores genéticos e ambientais que nem sempre podem ser controlados.
No entanto, existem algumas medidas que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver leucemia.
Embora essas medidas não garantam a prevenção completa, elas podem contribuir para um estilo de vida saudável e, potencialmente, diminuir o risco:
- Evite exposição a substâncias químicas e agentes nocivos: Certas substâncias químicas estão associadas a um maior risco de leucemia. Reduzir a exposição a essas substâncias, tanto em ambientes de trabalho quanto em casa, pode ser benéfico.
- Mantenha um estilo de vida saudável: Adotar um estilo de vida saudável é importante para a saúde geral e pode ajudar a reduzir o risco de várias doenças, incluindo a leucemia.
- Proteja-se da exposição à radiação: Adote medidas de proteção contra a radiação, como limitar a exposição ao sol, usar protetor solar e siga as diretrizes de segurança em exames médicos que envolvam radiação.
- Diagnóstico precoce e cuidados médicos regulares: Fazer exames de rotina e consultas médicas regulares é fundamental para a detecção precoce de quaisquer sinais de leucemia ou alterações no sangue.
Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de um tratamento eficaz.
Como é feito o tratamento para leucemia?
O tratamento para a leucemia depende de diversos fatores, como o tipo e o estágio da doença, a idade e a saúde geral do paciente.
Em linhas gerais, o tratamento tem como objetivo destruir as células cancerosas, prevenir a recorrência da doença e minimizar os efeitos colaterais.
O tratamento pode envolver uma combinação de quimioterapia, radioterapia, terapia biológica, terapia-alvo e transplante de medula óssea.
A quimioterapia é a modalidade mais comum, que utiliza medicamentos para matar células cancerosas ou impedir seu crescimento.
Por outro lado, a radioterapia usa radiação para matar células cancerosas e reduzir tumores.
A terapia biológica, que também é bastante utilizada, ajuda o sistema imunológico a combater o câncer.
Por fim, a terapia-alvo usa medicamentos ou outras substâncias para identificar e atacar células cancerosas específicas sem prejudicar as células normais.
Em casos muito graves, o transplante de medula óssea é necessário para substituir a medula óssea doente ou destruída por uma medula óssea saudável.
Tratamento para leucemias crônicas
No caso das leucemias crônicas, o tratamento costuma ser mais lento e duradouro, pois o crescimento das células cancerosas é mais gradual.
Além das terapias mencionadas acima, outro tratamento comum para leucemias crônicas é a terapia com interferon, um tipo de terapia biológica.
O interferon é uma substância que o corpo produz naturalmente para combater vírus e outras infecções. Em altas doses, pode retardar o crescimento de células de leucemia.
Além disso, também pode ser recomendado um período de “espera vigilante”, onde o médico monitora a progressão da doença sem começar o tratamento imediatamente.
Isso ocorre porque, em muitos casos, o tratamento precoce não melhora os resultados e pode levar a efeitos colaterais desnecessários.
Tratamento para leucemias agudas
As leucemias agudas são caracterizadas por um crescimento rápido e descontrolado das células cancerosas. Portanto, o tratamento precisa começar imediatamente após o diagnóstico e é mais intenso.
O tratamento é geralmente dividido em duas fases:
- fase de indução à remissão, que visa eliminar as células de leucemia do corpo e alcançar uma remissão (ausência de sinais de câncer);
- fase de consolidação ou pós-remissão, que é usada para garantir que a leucemia não retorne.
A quimioterapia é o principal tratamento para a leucemia aguda, muitas vezes em combinação com a radioterapia. Em alguns casos, um transplante de medula óssea pode ser necessário.
Como a Cannabis medicinal pode ajudar no combate à leucemia?
A Cannabis medicinal é amplamente utilizada para tratar dor crônica, náuseas, vômitos, perda de apetite, insônia e todos sintomas comuns de leucemia ou efeitos colaterais de seu tratamento.
Pesquisadores do Reino Unido descobriram que o THC e o CBD, os dois principais canabinoides da Cannabis, eram eficazes no tratamento da leucemia quando combinados com a quimioterapia. No entanto, o efeito melhorou drasticamente quando os produtos usados eram full spectrum.
Para aliviar a náusea associada à quimioterapia e à dor relacionada ao câncer, muitos pacientes geralmente se voltam para o tratamento à base de Cannabis.
Suas propriedades analgésicas, antieméticas, anti-inflamatórias, antioxidantes e relaxantes podem devolver a qualidade de vida de pacientes que sofrem com a doença.
Efeitos dos canabinoides que ajudam a combater o câncer
A literatura científica revela pesquisas sobre os efeitos anticancerígenos dos canabinoides e mostra potencial para seu uso em casos de leucemia.
Os canabinoides (THC, CBD e outros canabinoides produzidos pela Cannabis) interagem com o sistema endocanabinoide e, como a anandamida (o hormônio da felicidade), se ligam diretamente aos receptores CB1 e CB2 para produzir efeitos impressionantes.
Um mecanismo pelo qual os canabinoides podem ajudar a combater células cancerígenas é um processo conhecido como apoptose.
A apoptose é uma função natural do corpo humano que resulta na morte controlada das células como parte do crescimento e desenvolvimento corretos de um organismo.
Embora não possa curar o câncer, os canabinoides podem ajudar a impedir seu crescimento.
Para além da sua contribuição na luta contra a piora da leucemia, os canabinoides são capazes de acalmar os efeitos secundários da quimioterapia. Estes incluem vômito, náuseas, bem como perda de apetite.
Além disso, pesquisadores descobriram que o uso de canabinoides após a quimioterapia pode melhorar os resultados da mesma no combate à doença.
No entanto, é importante lembrar que a Cannabis não é uma cura para a leucemia. É imperativo que o paciente continue o tratamento prescrito pelo seu médico.
Estudos que apontam a eficácia da Cannabis medicinal no combate à leucemia
Um estudo de 2005 analisou o papel das proteínas quinases na morte celular da leucemia induzida por canabinoides.
Antes de observar o processo de morte celular, a equipe descobriu que células de leucemia tinham receptores CB2.
Depois de confirmar sua presença, eles administraram THC e outro canabinoide relacionado ao CB2.
Um tipo de proteína chamada p38 MAPK foi ativada em resposta à estimulação do receptor CB2.
O bloqueio de quinases resultantes dessa ativação foi capaz de induzir a capacidade do receptor CB2 de matar células de leucemia.
Outro estudo (Dronabinol has preferential antileukemic activity in acute lymphoblastic and myeloid leukemia with lymphoid differentiation patterns) analisou a eficácia do THC no combate ao câncer.
Para isso, um THC sintético (dronabinol) foi avaliado em pacientes com leucemia. Efeitos antiproliferativos e proapoptóticos significativos foram demonstrados no final do estudo.
A indução da apoptose foi mediada pelos receptores CB1, bem como CB2, indicando que há sim um potencial anticâncer nos canabinoides da Cannabis.
Apesar destas descobertas otimistas, são necessárias mais pesquisas para que possamos confirmar o papel da Cannabis na leucemia.
No entanto, o que se sabe até agora é que a Cannabis possui um perfil terapêutico amplo que permite o alívio dos sintomas da doença de forma satisfatória.
Como obter medicamentos à base de Cannabis?
Para obter medicamentos à base de Cannabis, é necessário ter uma prescrição médica.
Para isso, você deve se consultar com um médico especializado que tenha conhecimento sobre o uso de medicamentos à base de Cannabis.
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Assim, eles poderão avaliar sua condição de saúde, considerar as opções de tratamento e fornecer uma prescrição adequada e personalizada ao seu caso.
Ao receber sua prescrição, você adquire seus produtos à base de Cannabis por meio da compra em uma farmácia ou via importação.
Lembre-se sempre de seguir as orientações do médico e respeitar as leis e regulamentos locais para solicitar a importação.
Conclusão
A conscientização sobre as causas da leucemia é fundamental para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.
A campanha Fevereiro Laranja desempenha um papel importante ao disseminar informações sobre a leucemia, seus fatores de risco e os cuidados necessários para reduzir a incidência da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Também é uma forma de disseminar informações sobre as propriedades da Cannabis como tratamento complementar para a leucemia.
Você pode fazer a sua parte nesta campanha compartilhando este artigo, permitindo que mais pessoas se informem sobre o Fevereiro Laranja e sobre o uso da Cannabis para pacientes oncológicos.