Nas pessoas com paralisia cerebral, o cérebro tem dificuldade em se comunicar com outras partes do corpo, provocando uma série de dificuldades para caminhar, falar e outras atividades. Em cada paciente a condição se manifesta de forma diferente, por isso o cuidado é individualizado.
Entre os sintomas da paralisia cerebral, muitos são tratáveis com a Cannabis e um grupo de pesquisadores buscou entender quais as indicações de uso dos canabinoides nesses indivíduos. Eles entrevistaram mais de 40 profissionais da saúde da América do Norte, Europa e Oceania para esclarecer se a planta contribui de alguma forma no tratamento de crianças com paralisia cerebral.
Epilepsia, espasticidade e dor: as principais indicações
Geralmente, a paralisia cerebral é causada por complicações na gestação ou no nascimento, levando a um desenvolvimento atípico do cérebro. Algumas outras causas para essa condição envolvem infecções ou traumas na cabeça. Os transtornos que ela causa no indivíduo podem variar e os pesquisadores concentraram as atenções em como a Cannabis está ajudando médicos e pacientes.
Focando nas terapias em crianças, o artigo Prescription Practices of Cannabinoids in Children with Cerebral Palsy Worldwide—A Survey of the Swiss Cerebral Palsy Registry trouxe resultados que podem indicar um caminho para que os tratamentos para a paralisia cerebral sejam mais eficientes e seguros.
A pesquisa destacou que os médicos preferencialmente prescrevem produtos com canabinoides para tratar três indicações principais: epilepsia (69%), espasticidade (64%) e dor (63%). Esses sintomas representariam os desafios mais urgentes para uma criança com paralisia cerebral enquanto a Cannabis surge como uma alternativa promissora para lidar com eles.
Outras indicações com menos adeptos foram agitação, distúrbios do sono e distonia.
Cannabis no repertório de terapias para paralisia cerebral
Enquanto as indicações da paralisia cerebral tratadas com a Cannabis ficaram bem claras, a dosagem e a formulação variaram bastante entre os entrevistados. Isso sugere uma abordagem individual para cada paciente, reconhecendo a complexidade da condição.
Alguns profissionais optaram por formulações ricas em delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), outros rica em canabidiol (CBD) e outros em uma combinação destes dois canabinoides. 69% dos médicos responsáveis pelo tratamento viram uma melhora forte ou moderada nos pacientes após a inclusão da planta.
Por outro lado, os efeitos colaterais observados não foram graves, envolvendo sonolência, fadiga e diarreia. Os autores do estudo concluíram destacando a efetividade da Cannabis em crianças com paralisia cerebral, o que abre caminho para estudos mais voltados para essa população.
“Esta pesquisa mostra que os canabinoides são prescritos para uma ampla gama de indicações em crianças com paralisia cerebral nestes países ocidentais, apesar da falta de evidências que apoiem a sua utilização neste grupo de pacientes. Assim, é importante que novos ensaios clínicos esclareçam para que indicações e em que situações se justifica o uso de canabinoides. Em relação à epilepsia, parece importante examinar de perto o uso do canabidiol, especificamente em pacientes com paralisia cerebral. Novos estudos também devem incluir indicações, como dor, problemas comportamentais ou distonia.”
Uma opção eficaz e segura
Embora seja uma condição irreversível e extremamente complexa, as crianças com paralisia cerebral podem ter uma vida plena e independente. As terapias (medicamentosas ou não) têm, acima de tudo, o objetivo de oferecer mais bem-estar e qualidade de vida para essas pessoas e suas famílias. Entre as diversas opções, a Cannabis se apresenta como uma alternativa viável e com bons resultados.
Você pode ler nesse link a história de várias crianças com paralisia cerebral que passara a ter uma vida melhor depois de iniciar o tratamento com a Cannabis para fins medicinais.
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