A dexametasona, um tipo de corticosteroide, replica um hormônio natural originado nas glândulas supra-renais.
É comumente empregada para suplementar essa substância quando o organismo não a produz em quantidades suficientes.
Seu papel consiste em aliviar a inflamação, manifestada por inchaço, calor, vermelhidão e dor.
A dexametasona também é indicada para tratar diversas condições, como certas formas de artrite, doenças de pele, sangue, rins, olhos, tireoide e intestinos (como a colite), além de alergias graves e asma.
Para explorar informações sobre o mecanismo de ação, possíveis efeitos adversos, formas de administração, dosagem e contraindicações deste medicamento, continue lendo.
A seguir, abordaremos sobre:
- O que é dexametasona?
- Para que serve a dexametasona?
- Em que formatos a dexametasona está disponível?
- Quais os efeitos colaterais e reações adversas da dexametasona?
- Contraindicações do medicamento dexametasona
- Como devo tomar dexametasona?
- A Cannabis medicinal pode ser uma alternativa ao uso da dexametasona?
- Perguntas frequentes sobre dexametasona
O que é dexametasona?
A dexametasona, um tipo de corticosteroide, atua inibindo a liberação de substâncias no organismo que desencadeiam processos inflamatórios.
Este medicamento tem uma grande variedade de usos na área médica.
É empregado no tratamento de diversas condições inflamatórias, como distúrbios alérgicos, problemas de pele, colite ulcerativa, artrite, lúpus, psoríase e condições respiratórias.
Pacientes com condições como asma, dermatite atópica e de contato e reações de hipersensibilidade a medicamentos se beneficiaram da dexametasona.
Seu efeito no corpo acontece por meio de diferentes mecanismos.
Ela promove a supressão da migração de neutrófilos e redução na proliferação de colônias de linfócitos, produzidos excessivamente durante uma inflamação.
Além disso, o medicamento inibe a ação de compostos como vitamina A, prostaglandina e algumas citocinas.
Embora seja eficaz no tratamento de várias condições, a dexametasona também possui efeitos colaterais, especialmente quando usada por longos períodos ou em doses elevadas.
Qual é o princípio ativo da dexametasona?
A dexametasona é um potente corticosteroide sintético usado principalmente por suas propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras.
Seu princípio ativo é o acetato de dexametasona, que pertence à classe dos corticosteroides.
Esta é uma variante sintética do hormônio cortisol, produzido pelo corpo humano nas glândulas suprarrenais.
Portanto, a dexametasona funciona ao se ligar aos receptores específicos de glucocorticoides dentro das células, desencadeando uma série de respostas bioquímicas.
Seu uso resulta na redução da inflamação ao bloquear a produção de substâncias químicas envolvidas no processo inflamatório, como citocinas e prostaglandinas.
Devido a essa capacidade, a dexametasona é utilizada no tratamento de uma variedade de condições anti-inflamatórias.
A dexametasona ganhou atenção significativa durante a pandemia de Covid-19.
Estudos clínicos mostraram que seu uso reduziu a mortalidade em pacientes gravemente doentes, especialmente aqueles com complicações respiratórias severas devido ao vírus.
A dexametasona é um medicamento que requer receita médica?
A dexametasona é classificada como um medicamento sujeito a prescrição médica, o que significa que não pode ser comprada sem a orientação de um profissional de saúde.
Sendo um corticosteroide potente com uma variedade de aplicações médicas, pode causar efeitos colaterais graves.
Portanto, seu uso deve ser supervisionado por um médico que avaliará a necessidade do tratamento.
A prescrição para a dexametasona é geralmente feita por meio de uma receita médica comum, emitida por um médico após a avaliação do paciente e o diagnóstico da condição a ser tratada.
Por se tratar de um medicamento que pode ter impacto no corpo e na saúde do paciente, a obtenção da dexametasona sem prescrição médica é desaconselhada.
A automedicação com corticosteroides resulta em riscos à saúde, mascara sintomas de condições subjacentes e leva a complicações não monitoradas.
Para que serve a dexametasona?
Glicocorticoides naturais, como a cortisona e a hidrocortisona, são hormônios metabólicos importantes no corpo humano.
Já os corticosteroides artificiais, como a dexametasona, são utilizados por suas propriedades anti-inflamatórias, diminuindo a resposta do sistema imunológico em doses elevadas.
Comparativamente à hidrocortisona, esses corticosteroides sintéticos têm menor impacto metabólico e na retenção de sódio.
Geralmente, é utilizada para reduzir inchaço e dor, ou como um suplemento hormonal para as glândulas supra-renais. Também é prescrito para controlar náuseas e vômitos.
Suas principais indicações abrangem:
- Redução da inflamação em várias condições, como artrite, alergias, doenças da pele, asma, entre outras;
- Controle de distúrbios autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico e vasculites;
- Tratamento de condições respiratórias, como bronquite grave, asma grave e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
- Redução do edema cerebral associado a tumores cerebrais ou outras lesões intracranianas;
- Uso oftalmológico para tratar o edema macular, especialmente em casos de inflamação ocular;
- Controle de náuseas e vômitos, muitas vezes em casos de tratamento de quimioterapia;
- Em alguns casos específicos de distúrbios do sangue, como trombocitopenia;
- Tratamento de reações alérgicas graves, como anafilaxia.
Em que formatos a dexametasona está disponível?
A dexametasona está disponível em várias formulações, com doses que variam de 0,5 mg a 6 mg por comprimido.
Outras formas de administração são por suspensão injetável ou por solução oral.
Cada forma de administração da dexametasona possui suas próprias indicações, dosagens específicas e possíveis efeitos colaterais.
Sempre consulte um profissional de saúde para obter orientação personalizada sobre o uso da dexametasona em qualquer uma de suas formas.
Dito isso, saiba em mais detalhes sobre cada um dos tipos de formulações:
Comprimido
Os comprimidos são formas sólidas de medicamentos. Geralmente, são feitos pela compressão de substâncias ativas e excipientes.
Eles vêm em diferentes formas, como comprimidos revestidos, efervescentes ou mastigáveis.
A principal vantagem é a conveniência de dosagem e a facilidade de armazenamento, além da precisão na dose do medicamento.
A dexametasona está disponível na forma de comprimidos.
Seu efeito anti-inflamatório potente permite que seja usado em situações agudas, como crises alérgicas, exacerbações asmáticas e inflamações severas.
Creme ou Pomada
A dexametasona também está disponível em forma de creme ou pomada para uso tópico na pele.
Essa formulação é comumente prescrita para condições dermatológicas, como eczema, dermatite, erupções cutâneas, e outras doenças de pele associadas à inflamação e coceira.
Aplicada diretamente na área afetada, a dexametasona tópica ajuda a reduzir a inflamação, aliviar a coceira e promover a cicatrização.
Os cremes têm uma consistência mais leve, são absorvidos mais rapidamente e geralmente são à base de água.
Já as pomadas são mais espessas, contêm mais óleos ou substâncias gordurosas e oferecem uma barreira protetora mais duradoura na pele.
Solução nasal
Soluções nasais são líquidos medicinais destinados à aplicação nas passagens nasais.
Podem ser utilizadas para limpeza, hidratação ou para administrar medicamentos diretamente no nariz.
Elas ajudam a aliviar a congestão nasal, promovem a umidificação da mucosa e são utilizadas para tratar alergias, infecções ou condições sinusais.
A solução nasal de dexametasona é indicada para tratar condições nasais, como rinite alérgica, sinusite, polipose nasal, entre outras.
É administrada através da aplicação direta no nariz e ajuda a reduzir a inflamação na mucosa nasal, aliviando os sintomas associados, como congestão, coriza e espirros frequentes.
O uso adequado ajuda a evitar efeitos colaterais, como irritação local, sangramento nasal ou infecções.
Elixir
Os elixires são formulações líquidas que combinam substâncias ativas em solução com álcool ou açúcar para melhorar o sabor e a estabilidade do medicamento.
São utilizados em medicamentos líquidos mais concentrados, como vitaminas, analgésicos e xaropes.
O elixir de dexametasona é uma forma líquida do medicamento, geralmente prescrita para administração oral.
É utilizado para tratar condições que requerem ação anti-inflamatória e imunossupressora sistêmica, como certas doenças autoimunes, reações alérgicas graves e condições respiratórias crônicas.
Colírio
Colírios são medicamentos líquidos destinados à aplicação nos olhos.
Eles são usados para tratar condições oculares, desde alergias e irritações até infecções.
Podem conter ingredientes lubrificantes, anti-inflamatórios, antibióticos ou outras substâncias para tratar problemas específicos nos olhos.
No entanto, o colírio de dexametasona é prescrito para tratar condições oculares inflamatórias, como conjuntivite, uveíte e inflamações pós-cirúrgicas ou alérgicas.
Ele ajuda a reduzir a inflamação nos olhos, aliviando sintomas como vermelhidão, dor e sensação de corpo estranho.
Injetável
Os medicamentos injetáveis são administrados através de injeção, podendo ser intramusculares, intravenosos, subcutâneos ou intradérmicos.
Essa forma de administração permite uma absorção rápida e direta na corrente sanguínea.
É mais utilizado em situações de emergência, tratamentos hospitalares ou quando a absorção oral não é possível.
A dexametasona injetável é uma formulação que também é usada em situações onde é necessária uma ação rápida e intensa do medicamento.
É mais comumente administrada em hospitais para tratar condições graves que requerem resposta imediata, como choque anafilático, crises asmáticas graves, inflamações agudas ou edema cerebral.
O uso deste medicamento requer monitoramento médico rigoroso, pois seu uso indevido resulta em supressão do sistema imunológico, aumento da glicose sanguínea e desequilíbrios metabólicos.
Quais os efeitos colaterais e reações adversas do dexametasona?
Embora a dexametasona seja geralmente tolerada, possui efeitos adversos como medicamento.
Seus efeitos adversos mais frequentes englobam:
- Aumento da acne;
- Desconforto estomacal;
- Retenção de líquidos;
- Desequilíbrios nos eletrólitos;
- Ganho de peso;
- Aumento do apetite;
- Falta de apetite;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Agitação;
- Depressão.
Além disso, foram registrados casos de supressão adrenal, arritmias, impacto na fertilidade masculina, glaucoma, redução de potássio, edema pulmonar, pseudotumor cerebral e aumento da pressão intracraniana.
Há também a possibilidade de osteonecrose do fêmur com o uso prolongado, além do risco de hepatotoxicidade em doses elevadas.
Este medicamento pode causar danos ao fígado devido à lesão das células hepáticas durante sua metabolização.
Efeitos colaterais graves são mais prováveis com doses mais altas (6 mg por dia ou mais) ou se você tomar dexametasona por mais de um mês.
Portanto, fale com um médico se você estiver com o rosto inchado e arredondado ou notar ganho de peso na parte superior das costas ou barriga.
Isso acontece gradualmente e pode ser um sinal da síndrome de Cushing.
Por outro lado, é preciso agir prontamente se você experimentar algum dos seguintes sintomas após o uso de dexametasona:
- Febre alta;
- Calafrios;
- Dor de garganta;
- Dor nos ouvidos ou seios paranasais;
- Tosse com aumento de muco ou alteração na cor do muco;
- Dor ao urinar, feridas na boca ou feridas que não cicatrizam – esses indícios podem apontar para uma infecção.
Dores musculares, fraqueza, cãibras ou palpitações cardíacas repentinas após o uso do medicamento indicam baixos níveis de potássio.
Em caso de falta de ar, inchaço nos braços ou pernas, alterações na visão, hematomas ou sangramentos incomuns, fezes vermelhas ou negras, busque ajuda imediata.
Aconselhamos a entrar em contato com um médico ou ligar para o número de emergência apropriado para avaliação e orientação médica.
Dexametasona pode interagir com outros medicamentos?
A dexametasona, pode interagir com uma variedade de medicamentos, causando efeitos colaterais ou reduzindo a eficácia de outros tratamentos.
Por exemplo, medicamentos anticoagulantes, como a varfarina, podem ter seus efeitos reduzidos pela dexametasona, aumentando o risco de coágulos sanguíneos.
Anti-hipertensivos, como o enalapril, têm sua eficácia diminuída quando combinados com dexametasona, resultando em um aumento da pressão arterial.
Outra interação importante é com os imunossupressores, como ciclosporina ou tacrolimo.
O uso conjunto desses medicamentos aumenta o risco de supressão excessiva do sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções.
Medicamentos antidiabéticos também podem ser afetados, já que a dexametasona pode elevar os níveis de glicose no sangue, interferindo na eficácia desses tratamentos.
A dexametasona e a interação alimentar
A dexametasona normalmente não apresenta interações com alimentos específicos.
No entanto, como qualquer medicamento, seu efeito pode ser influenciado pela dieta, especialmente se ela afetar o sistema digestivo ou o metabolismo.
Consumir alimentos pode ajudar a reduzir a irritação gástrica que acompanha o uso de dexametasona.
No entanto, é preciso optar por alimentos leves e saudáveis, evitando refeições pesadas ou muito condimentadas.
Por outro lado, alguns alimentos podem afetar indiretamente a eficácia da dexametasona.
Uma dieta rica em gorduras influencia a absorção do medicamento, retardando seu efeito ou reduzindo sua eficácia.
Alimentos que afetam a glicose também merecem atenção, já que este corticosteroide pode elevar os níveis de açúcar no sangue.
Comunique ao médico sobre qualquer padrão alimentar especial, dieta restritiva ou alergias alimentares.
Contraindicações do medicamento dexametasona
A utilização de dexametasona não é recomendada em casos de infecções fúngicas sistêmicas, alergia à dexametasona, ou durante episódios de malária cerebral.
Evite administrar vacinas vivas enquanto estiver em tratamento com dexametasona, já que ela pode suprimir o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções.
Vacinas inativadas podem, contudo, ser administradas sem maiores preocupações.
É importante considerar que os corticosteroides interferem na resposta imunológica, tornando imprevisível o desenvolvimento da imunidade.
Para pacientes com cirrose, diverticulite, miastenia gravis, insuficiência renal, úlcera péptica ou colite ulcerativa, a prescrição de dexametasona requer cuidados especiais.
Durante a gravidez, o uso de dexametasona deve ser cauteloso e estritamente acompanhado, uma vez que medicamentos corticoides atravessam a placenta.
Consequências adversas ao desenvolvimento do feto, incluindo fissuras orofaciais e restrição de crescimento intrauterino, foram documentadas com o uso de corticosteroides durante a gravidez.
Vários casos de usos de dexametasona pré-natal foram associados à redução do peso ao nascer, suscetibilidade a infecções e aumento dos níveis de glicose no sangue em recém-nascidos.
Hipoglicemia neonatal também foi relatada.
Além disso, os bebês devem ser cuidadosamente observados quanto a sinais de hipoadrenalismo se sofreram exposição no útero a doses substanciais de corticosteróides através da administração materna.
Em pacientes com infarto do miocárdio recente, também é aconselhável precaução.
Há registros de aumento na ruptura da parede do ventrículo esquerdo associados ao uso de dexametasona.
Doenças latentes, como infecções fúngicas (candida, cryptococcus, pneumocystis), parasitárias (toxoplasmose, amebíase, Strongyloides) e bacterianas (micobactéria, Nocardia), podem ser ativadas devido à supressão do sistema imunológico.
Por fim, o uso de corticoides pode inibir a formação óssea e aumentar o risco de osteoporose.
Portanto, o uso de dexametasona em grupos com maior predisposição à osteoporose, como mulheres na menopausa, requer atenção especial.
Como devo tomar dexametasona?
A dosagem e a maneira como se toma a dexametasona geralmente são determinadas pelo médico, seguindo as orientações específicas para a condição médica em questão.
Geralmente, a medicação é administrada por via oral, mas pode também ser prescrita de outras formas, como por injeção intravenosa ou intramuscular.
No tratamento de processos inflamatórios, é recomendado iniciar com doses mínimas de 0,75 mg por dia, podendo ser ajustadas gradualmente até atingir 9 mg diários.
Essa dosagem pode ser dividida em 2 a 4 vezes ao longo do dia, seja por administração intravenosa, intramuscular ou oral.
Em casos de aplicação direta na lesão ou tecido afetado, as doses podem variar de 0,2 a 20 mg por dia.
Em episódios agudos de esclerose múltipla, são indicados 30 mg diários por via oral durante sete dias, seguidos por um mês com doses diárias entre 4 e 12 mg.
Em casos de edema cerebral, devido ao risco potencial de vida associado, é preciso seguir protocolo de um tratamento vigoroso.
Os médicos geralmente sugerem iniciar com doses de 10 mg do medicamento por via intravenosa, seguidos por 4 mg por via intramuscular a cada 6 horas.
Além disso, a interrupção abrupta da dexametasona não é recomendada, sendo necessária sua interrupção gradual.
O que fazer em caso de esquecimento?
Em situações em que ocorre o esquecimento da dose, algumas medidas podem ser tomadas para lidar com essa eventualidade.
É importante não duplicar a dose seguinte para compensar a que foi esquecida, a menos que seja orientado pelo médico para fazê-lo.
Se perceber que esqueceu uma dose de dexametasona, o ideal é tomar a dose esquecida assim que lembrar, desde que não esteja muito próximo do horário da próxima dose.
Se estiver próximo da próxima dose, é aconselhável simplesmente esperar e tomar a próxima dose no horário habitual, sem dobrar a quantidade.
Contudo, caso tenha dúvidas ou preocupações sobre como proceder, é imprescindível buscar orientação médica ou farmacêutica.
Manter um registro do horário das doses pode ajudar a evitar esquecimentos, seja por meio de alarmes, aplicativos de lembretes ou outros métodos de organização pessoal.
Comunique qualquer dificuldade em seguir a programação das doses ao médico responsável pelo tratamento.
Riscos da superdosagem
A superdosagem de dexametasona gera riscos perigosos à saúde.
Não há uma dose específica considerada como superdosagem. No entanto, doses diárias superiores a 20 mg, quando usadas por longos períodos, são perigosas e geram efeitos colaterais.
Efeitos colaterais graves são mais prováveis com doses maiores e tratamentos prolongados.
No entanto, a resposta individual ao medicamento pode variar, e alguns pacientes podem ser mais sensíveis aos efeitos adversos mesmo com doses menores.
A superdosagem resulta em graves complicações, incluindo supressão do sistema imunológico, desequilíbrios hormonais, como a redução da produção natural de cortisol, e distúrbios metabólicos, como hiperglicemia.
Além disso, contribui para o aumento do risco de osteoporose devido à perda de massa óssea.
Também pode desencadear hipertensão arterial e agravar condições gastrointestinais, como úlceras no estômago, causando sangramento ou outras complicações.
Em casos raros, doses excessivas afetam a saúde mental, causando alterações de humor, ansiedade e insônia.
Em situações de superdosagem acidental ou intencional, é preciso buscar ajuda médica imediatamente.
Recomenda-se entrar em contato com um serviço de emergência para receber orientações específicas e o tratamento adequado.
A Cannabis medicinal pode ser uma alternativa ao uso da dexametasona?
A autoimunidade representa um fenômeno onde o sistema de defesa do corpo se ativa erroneamente, identificando os próprios tecidos saudáveis como ameaças invasoras.
Atualmente, os tratamentos para doenças autoimunes incluem os corticosteroides, como a dexametasona, e têm como alvo a supressão geral do sistema imunológico.
Estes medicamentos podem aumentar a suscetibilidade a infecções e até mesmo contribuir para o desenvolvimento de câncer.
A Cannabis medicinal, por outro lado, é reconhecida pela sua capacidade de regular a resposta do sistema imunológico e diminuir a inflamação, com poucos ou nenhum efeito adverso.
Os canabinoides da planta têm um papel modulador dentro do corpo, capaz de equilibrar um sistema imunológico hiperativo ou que não reage o suficiente.
De acordo com estudos, terapias baseadas em Cannabis podem ser vantajosas para doenças autoimunes de diversas maneiras essenciais:
- Ajuda na regulação do sistema imunológico;
- Reduz a inflamação generalizada;
- Auxilia no sistema digestivo e sintomas associados.
Além disso, os medicamentos derivados da Cannabis também demonstraram eficácia no tratamento de condições para as quais a dexametasona é utilizada, como:
- Esclerose lateral amiotrófica;
- Artrite reumatoide;
- Asma;
- Alergias;
- Psoríase;
- Fibromialgia;
- Dermatite;
- Esclerose múltipla;
A planta pode contribuir para a redução da dor crônica, da inflamação e dos espasmos relacionados a condições inflamatórias de diversas naturezas.
O canabidiol (CBD), por exemplo, demonstrou retardar a produção de linfócitos T, o que poderia reduzir a probabilidade de futuros ataques autoimunes.
Além disso, o CBD foi associado ao aumento da expressão de genes relacionados ao processamento do estresse oxidativo, reduzindo os danos celulares causados durante surtos de inflamação.
Quanto ao THC, em doses menores, pode ser útil como analgésico e anti-inflamatório.
Sua capacidade de ativar os receptores CB2 contribui para reduzir a função dos linfócitos T e minimizar os efeitos prejudiciais das células inflamatórias.
Quais estudos apontam os benefícios da Cannabis medicinal?
Com base em evidências pré-clínicas, os canabinoides parecem ter potencial para:
- Reestabelecer o sistema imunológico ao seu estado de equilíbrio natural;
- Proteger o corpo dos danos causados por ataques inflamatórios;
- Controlar a produção excessiva de linfócitos T;
- Prevenir a ativação desnecessária do sistema imunológico.
O estudo Cannabis and Autoimmunity: Possible Mechanisms of Action revelou que os receptores CB2 ajudam na regulação das complexas vias do sistema imunológico.
Os pesquisadores indicam que a ativação do receptor CB2 pode suprimir a resposta inflamatória, beneficiando pessoas com condições que desencadeiam a inflamação.
O papel dos terpenos da Cannabis na autoimunidade também foi relatado.
Por exemplo, tanto o beta-cariofileno, quanto o mirceno, terpenos presente em algumas cepas de Cannabis e na pimenta preta, ajudam a reduzir a inflamação ao estimular o receptor CB2.
Como começar um tratamento com a Cannabis medicinal?
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Perguntas frequentes sobre dexametasona
Para te ajudar a se aprofundar mais no conhecimento sobre a dexametasona, preparamos este tópico com as perguntas mais frequentes que os pacientes têm sobre este medicamento.
Confira!
Onde encontrar a bula da dexametasona?
A bula da dexametasona é um documento importante que fornece informações detalhadas sobre o medicamento.
Geralmente, ela acompanha a embalagem do remédio quando adquirido na farmácia.
Também é possível encontrar a bula em sites oficiais de órgãos regulatórios de saúde, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou nos portais de fabricantes farmacêuticos autorizados.
A bula contém dados sobre a composição do medicamento, posologia, contraindicações, efeitos colaterais, entre outros detalhes relevantes para seu uso adequado.
Esse medicamento existe na farmácia popular?
Sim, a dexametasona está disponível na Farmácia Popular.
Ela é um corticoide sintético comumente utilizado para tratar uma variedade de condições.
Sendo um medicamento muito utilizado, muitas vezes está disponível em programas de assistência farmacêutica.
Pode tomar dexametasona para dor de garganta?
Embora a dexametasona possa ser prescrita em certos casos para tratar inflamações que afetam a garganta, não é o tratamento específico para dores de garganta comuns, como aquelas causadas por infecções virais ou bacterianas.
Geralmente, os médicos prescrevem antibióticos ou outros medicamentos específicos para tratar a causa subjacente da dor de garganta.
Pode usar dexametasona para dor de dente?
A dexametasona não é o tratamento primário para dor de dente.
Quando há dor dentária, a causa usualmente está relacionada a problemas dentários específicos, como cáries, infecções ou problemas nas gengivas.
O tratamento adequado envolve procedimentos odontológicos específicos, além de analgésicos apropriados para controlar a dor.
Quais são os nomes comerciais mais conhecidos da dexametasona?
A dexametasona é comercializada sob diversos nomes, sendo alguns dos mais conhecidos: Decadron, Dexador, Dexagrane, Dexalgen, entre outros.
Conclusão
A dexametasona é amplamente prescrita por todos os médicos para tratar condições inflamatórias.
No entanto, é preciso saber que este potente corticoide tem muitos efeitos adversos e requer monitoramento crítico do paciente.
Em geral, os médicos evitam prescrições a longo prazo e o medicamento é retirado gradualmente se o paciente estiver melhorando.
Por outro lado, em caso de necessidade de uso crônico de um medicamento para doenças autoimunes e inflamações, é recomendado perguntar ao seu médico sobre o uso de outras alternativas, como a Cannabis medicinal.
A Cannabis é altamente eficiente ao modular o sistema imunológico, reduzindo dores e inflamações.
Além disso, tem o benefício extra de apresentar pouco ou nenhum efeito colateral.
Se você deseja saber mais sobre essa possibilidade de tratamento, conte com a orientação dos médicos listados aqui no portal Cannabis & Saúde.