Há mais de uma década, o neurologista Valdir Silveira Afonso observa com atenção e curiosidade o crescente interesse em torno da Cannabis Medicinal. E, nos últimos dois anos, tem se dedicado a explorar profundamente essa ferramenta que considera essencial para o tratamento de diversas patologias pelo seu impacto transformador na vida dos pacientes.
Sua jornada com a prescrição da Cannabis foi marcada por estudos intensos, imersão em artigos e preparação acadêmica. E esse interesse é respaldado pela própria natureza de sua área de atuação.
“A Neurologia caminha de mãos dadas com a psiquiatria. Imagine pacientes que se tornam verdadeiros malabaristas com medicamentos, enfrentando não apenas a batalha contra a epilepsia, mas também lidando com esquizofrenia, oligofrenia e outros distúrbios de comportamento. O Canabidiol se destaca nesse contexto, simplificando tratamentos múltiplos e oferecendo uma eficácia terapêutica impressionante”, conta.
A Cannabis medicinal e seus ganhos tangíveis na Neurologia e na qualidade de vida
O neurologista enfatiza a relação custo-benefício do tratamento e ressalta que, muitas vezes, a conta dos remédios convencionais acaba sendo mais alta do que investir no Canabidiol. “Não é apenas uma questão de cifras, mas também de ganhos tangíveis na qualidade de vida, especialmente no quesito insônia, sendo uma alternativa mais amigável comparada ao Zolpidem”, diz.
O médico faz um alerta descontraído sobre medicamentos comuns que podem vir com uma bagagem de efeitos colaterais inusitados, como sonambulismo. Ele brinca, perguntando quem teria coragem de encarar uma receita com esse tipo de aviso noturno.
“A conclusão é clara: a neurologia precisa abraçar a psiquiatria para oferecer soluções eficazes, seguras e compreensíveis” e reforça que a Cannabis é muito promissora nessas abordagens mais amplas que envolvem condições tanto neurológicas quanto psiquiátricas.
Cannabis: perspectiva promissora no tratamento de distúrbios do sono
Explorando o âmbito dos distúrbios do sono, o médico ressalta a relevância das quatro fases do sono e destaca que, ao contrário de sedativos convencionais, o Canabidiol permite uma transição suave, potencializando a experiência onírica, sem as limitações da fase REM. Uma opção que não apenas induz ao sono, mas otimiza a qualidade do descanso.
“As diferenças são significativas. Enquanto o Clonazepam pode induzir à sedação, excluindo o paciente de experienciar todas as fases do sono, o Canabidiol atua de maneira abrangente, guiando suavemente por cada fase do sono. O que evita a interrupção do ciclo natural, proporcionando uma jornada noturna mais completa e benéfica.
Redução da politerapia em casos de epilepsia e paralisia cerebral
Os resultados obtidos pelo neurologista, especialmente em pacientes com epilepsia grave e paralisia cerebral, são consideráveis. Em casos de epilepsia, conseguiu reduzir significativamente a politerapia, proporcionando melhorias importantes na qualidade de vida dos pacientes.
Já em casos de paralisia cerebral, o neurologista consegue notar avanços na comunicação e no comportamento dos pacientes.
O desafio, no entanto, reside na resistência e falta de compreensão por parte de alguns colegas da área médica. “A capacidade da Cannabis medicinal, especialmente o CBD, em reduzir a politerapia em pacientes neurológicos, proporcionando uma abordagem mais eficaz e econômica é surpreendente”, diz.
Ao falar sobre a resistência de alguns colegas, o neurologista enfatiza a necessidade de uma abordagem mais proativa, destacando a relevância de palestras e estudos científicos que respaldam o uso terapêutico da Cannabis.
Uma nova fronteira na Medicina
A jornada do Dr. Valdir Silveira Afonso na prescrição da Cannabis medicinal reflete não apenas a evolução de seu entendimento científico, mas também a busca incessante por soluções inovadoras para melhorar a vida de seus pacientes.
Sua abordagem integrativa e personalizada destaca o potencial da Cannabis como uma ferramenta terapêutica valiosa. Mesmo enfrentando desafios, contribui para uma nova fronteira na prática médica.
“A Cannabis medicinal representa uma revolução terapêutica na Neurologia. Ela proporciona, não apenas alívio de sintomas, mas uma abordagem inovadora, que permite reduzir politerapias. Além disso, ajuda a melhorar a qualidade de vida e conectar os neurônios, para uma neurofisiologia mais eficaz.”, finaliza.
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