O Conselho Regional de Medicinal do Paraná (CRM-PR) estabeleceu um grupo de trabalho para analisar o uso medicinal da Cannabis.
A administração do CRM-PR reafirma seu compromisso com a inovação constante e a busca por melhorar a prática médica ao instituir o grupo, que recebeu o nome de Câmara Técnica. Desse modo, na Câmara, estão os médicos Renan Abdalla, Matheus Abdalla, Matheus de Souza, Amanda Medeiros, Maria Leticia Fagundes, Sergio Liblik e Valéria Pereira.
Os trabalhos do grupo sobre uso medicinal da Cannabis do CRM-PR começarão no mês de janeiro e as primeiras propostas vão começar a ser elaboradas.
Hora de dar o exemplo
Todos esses médicos estão no grupo pelas suas atividades e pela promoção de uma abordagem mais inclusiva e informada sobre o uso medicinal da Cannabis. Um dos integrantes da Câmara, Dr. Renan Abdalla, ressaltou a importância dessas discussões ocorrerem dentro do Conselho Regional de Medicina:
“A gente vê que a Cannabis é diferente. Ela acaba abrangendo um leque muito grande de sintomas, de patologias, de tipos de perfis de médicos. Então, eu vejo que é uma planta que pode se encaixar muito bem para várias especialidades. Ainda mais pacientes refratários, pacientes que muitas vezes já esgotaram suas alternativas.
Mas, com o tempo, vai mudando esse cenário e as pessoas vão buscando a terapia com Cannabis o quanto antes para tentar aliviar alguns sintomas, diminuir o uso de medicamentos [convencionais] ou necessitar menos de medicamentos no futuro. Então, vejo que é um caminho que vai crescer. Precisamos que o Conselho entenda do assunto também, eu acho que é uma etapa muito importante que vai começar agora em 2024.”
Como parte do grupo do Conselho Regional de Medicina do Paraná dedicado a estudar a Cannabis, Renan vai começar o ano de 2024 com o objetivo de debater a segurança jurídica para os médicos prescreverem canabinoides.
Educação sobre o sistema endocanabinoide para médicos
Uma outra proposta que deve entrar na pauta da Câmara Técnica sobre Cannabis do CRM-PR diz respeito à educação dos profissionais da saúde do estado. Dr. Renan Abdalla uma lacuna na formação das universidades de Medicina.
“Uma das grandes barreiras, hoje, da Cannabis que a gente enfrenta, médicos e pacientes, é ela não ser ensinada. A gente não aprende sobre a Cannabis ou sobre o sistema endocanabinoide na universidade. Então, os médicos não têm conhecimento e na hora de aplicar isso é difícil, porque o conhecimento ainda é restrito. O médico tem muito receio quanto à Cannabis, quanto ao conselho aprovar, o conselho de especialidade. Ainda tem um tabu muito grande.”
No estado do Paraná, já está em vigor a Lei Pétala, que institui o fornecimento gratuito de produtos com Cannabis pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse sentido, a lei também prevê a realização de eventos similares, que tragam informação para os profissionais envolvidos no cuidado à saúde.
Uso medicinal somente com recomendação médica
Sobretudo, seja no Paraná ou em qualquer estado do Brasil, o uso dos derivados da Cannabis com fins medicinais é possível de forma segura e dentro da legalidade. A exigência é a receita e o acompanhamento de um médico ou dentista. Então, se você deseja incluir a planta no seu tratamento, acesse a nossa plataforma de agendamentos e marque uma consulta! Lá você encontra mais de 300 profissionais de diversas especialidades e que estão prontos para avaliar o seu caso e recomendar o melhor caminho.