O manejo da dor em estágios avançados do câncer é um desafio para os pacientes e profissionais da saúde, ainda mais quando ela se torna refratária. Embora as terapias convencionais tenham avançado nos últimos anos, em muitos casos a dor persiste e não diminui mesmo com o uso de medicamentos. Nesse contexto, cada vez mais pesquisas apontam o uso da Cannabis como uma potencial terapia para os casos de dor refratária relacionada ao câncer.
No estudo transversal Medical cannabis for refractory cancer-related pain in a specialised clinical service: a cross-sectional study, pesquisadores de Israel observaram que a maioria dos pacientes oncológicos com dor refratária afirma que o uso da Cannabis os ajuda a lidar melhor com a condição. Os resultados foram publicados no periódico BMJ Supportive & Palliative Care.
Tratar a dor refratária é retomar qualidade de vida
A dor não controlada impacta profundamente na qualidade de vida dessas pessoas em vários aspectos como a função física, saúde mental, sono e na relação com outras pessoas. Portanto, tratar a dor refratária contribui para a autoestima de uma forma geral, além de facilitar que a pessoa prossiga com o tratamento para o câncer.
O estudo envolveu mais de 200 pacientes com dor refratária relacionada ao câncer, com uma média de idade de 61 anos. Destes, 55% receberam tratamento com produtos de Cannabis para fins medicinais. O restante recebeu outros tipos de cuidados no Centro Médico Sourasky, em Tel Aviv.
Os voluntários responderam questionários detalhados informando sobre sua experiência com o tratamento para dor, com ou sem a Cannabis.
Lidando melhor com a doença e com o tratamento
A análise das respostas revelou que a maioria dos pacientes buscou a Cannabis para tratar a dor, dificuldades para dormir e falta de apetite. A maioria dos participantes do grupo que utiliza a planta relatou uma melhora ampla na condição e grande parte se viu lidando melhor com o câncer, como os pesquisadores destacaram no artigo.
“Cerca de 70% dos pacientes relataram uma melhora subjetiva com a Cannabis, com quase 40% relatando uma melhora significativa no enfrentamento da doença. Os efeitos colaterais foram geralmente leves, sendo a fadiga e a tontura os mais comuns (21,78% e 23,46%, respectivamente). Nenhum paciente necessitou de cuidados médicos dedicados para efeitos colaterais. Dos não usuários, 65% já haviam experimentado Cannabis medicinal antes e pararam por falta de eficácia ou efeitos colaterais (39,7% e 34,6%, respectivamente).”
Esses últimos dados mostram como a terapia com canabinoides é personalizada e nem todos reagem da mesma forma. Assim, o acompanhamento de um profissional da saúde é fundamental para o sucesso do tratamento.
Os resultados do estudo israelense estão em linha com outros publicados anteriormente que destacaram o potencial da Cannabis para a dor. A planta se mostrou uma alternativa aos opioides na redução das dores, com a vantagem de trazer benefícios adicionais à qualidade de vida.
Do mesmo modo, cientistas observaram que os pacientes de diversas condições de saúde estão optando pela Cannabis em detrimento de medicamentos convencionais.
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