No dia 20 de outubro, celebramos em todo o mundo o Dia de Combate à Osteoporose, uma data para informar sobre a prevenção, diagnóstico e tratamentos para condição. Além disso, é uma boa oportunidade também para lembrarmos do potencial da Cannabis, como complemento à terapia.
Na campanha do ano de 2023, a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF na sigla em inglês) traz o tema “Fortaleça seus ossos — Os pilares dos ossos mais fortes e da prevenção da osteoporose em todas as idades”. A mensagem reforça que os hábitos saudáveis são parte fundamental do combate a essa condição.
A osteoporose acontece, normalmente, em pessoas que já estão na terceira idade e eleva consideravelmente o risco de fraturas, impactando a vida desses indivíduos e de suas famílias. Para evitar esses traumas, o tratamento envolve reequilibrar os processos fisiológicos que envolvem a reconstrução das células ósseas. Nos últimos anos, cientistas têm observado o papel do sistema endocanabinoide nesses processos e apontado um novo caminho para o tratamento da osteoporose.
Estudo pré-clínico de CBD contra osteoporose
Anteriormente, trouxemos um estudo pré-clínico que apontou que o canabidiol (CBD) poderia servir como um complemento no tratamento da osteoporose. Em modelos in vitro e in vivo, ou seja, em células ou animais no laboratório, o componente não psicoativo da Cannabis teve efeito significativo na remodelação óssea.
Os pesquisadores concluíram:
“Coletivamente, essas descobertas in vitro e in vivo sugerem que o CBD exerce efeitos específicos nas células, que podem ser explorados para melhorar o metabolismo ósseo. Essas descobertas também indicam que o uso de CBD em uma população com osteoporose pode impactar positivamente a morfologia óssea, garantindo a necessidade de mais pesquisas.”
Assim, se abriu a possibilidade de investigar a ação do CBD em pessoas com a osteoporose.
Novo estudo de caso
Mais recentemente, pesquisadores do Canadá se interessaram por essa outra propriedade terapêutica da Cannabis e decidiram explorar o impacto do CBD na saúde óssea, com foco em mulheres na pós-menopausa. Apesar de a osteoporose afetar ambos os sexos, ela é mais frequente em mulheres e a incidência aumenta após a menopausa.
Eles fizeram o que chamamos de estudo de caso, onde acompanharam duas pacientes com osteopenia. Essa é uma condição em que ocorre a perda da massa dos ossos e que pode se agravar, chegando a situações mais graves, como a osteoporose propriamente dita.
O estudo virou um artigo chamado Oral Cannabidiol Treatment in Two Postmenopausal Women with Osteopenia: A Case Series. Primeiramente, foram selecionadas duas mulheres que já passaram pela menopausa e que foram diagnosticadas com a osteopenia.
Posteriormente, as participantes receberiam duas doses diárias de CBD por via oral, uma delas recebeu 100 mg e a outra 300 mg do canabinoide ao dia. Ao longo de 12 semanas, os pesquisadores acompanharam as voluntárias e avaliaram alguns dados, como reabsorção e formação óssea, além dos possíveis efeitos adversos.
Uma das participantes tinha 56 anos de idade e estaria no período pós-menopausa há 5 anos. Essa foi a paciente que recebeu a dose de 100 mg de CBD e ela seguiu com a medicação e suplementação que já tomava.
A outra voluntária tinha 63 anos na época do estudo e estaria no período pós-menopausa há 17 anos. Do mesmo modo, ela continuou com a medicação e os suplementos, além de incluir 300 mg de CBD na rotina do tratamento.
Segurança e eficácia do CBD
Os resultados foram animadores e abrem caminho para mais estudos clínicos e com mais participantes aconteçam num futuro próximo. Como resultado, o estudo demonstrou que o CBD oral foi bem tolerado e levou a mudanças nos marcadores ósseos, indicando que a massa óssea diminuiu o ritmo de redução que tinha anteriormente. Dessa forma, os autores concluíram:
“A administração oral de 100 ou 300 mg de CBD/dia durante 12 semanas resultou em uma diminuição moderada na reabsorção óssea e nos marcadores de formação. Esta descoberta pode ser indicativa dos efeitos protetores ósseos do CBD em mulheres que apresentam perda óssea na pós-menopausa.
O CBD foi bem tolerado, sem alterações clinicamente significativas nos sinais vitais, hematologia, química ou urinálise. Da mesma forma, nenhum evento adverso foi relatado.”
Portanto, além dos diversos benefícios que a Cannabis pode trazer para pessoas na terceira idade, estamos próximos de incluir o controle da osteoporose.
Para quem está na terceira (ou em qualquer idade), é possível iniciar um tratamento com a Cannabis de forma legal e segura. Para isso, é fundamental ter a orientação de um profissional da saúde experiente na prescrição de canabinoides. Aqui na nossa plataforma de agendamentos, você pode marcar uma consulta com um entre mais de 250 médicos preparados para ouvir o seu caso e recomendar o melhor caminho. Marque já uma consulta!