O médico Igor Cogo se lembra que desde quando tinha cerca de 16 anos, sua mãe sofria com a fibromialgia sem nada que ajudasse em sua condição. O tempo passou Cogo se formou em medicina, se especializou em clínica médica e terapia intensiva, mas, ainda assim, nada conseguia melhorar as dores da mãe.
“Era recorrente buscar psiquiatras, tomava opioides, antidepressivos, até que ela conheceu um médico de Marília, que prescreveu o canabidiol. Ela melhorou incrivelmente das dores e a tolerância à dor.”
A Cannabis medicinal não era bem uma novidade para Cogo. Atleta desde a adolescência, com passagem pela Seleção Brasileira de Baseball, e faixa preta de jiu-jitsu, por várias vezes viajou aos EUA, onde o uso já era permitido.
“Me despertava um certo interesse. O pessoal do jiu-jitsu, principalmente na América do Norte, já fazia uso dos derivados da Cannabis como suplemento alimentar, como é visto lá fora. A Cannabis é vendida em lojinha, farmácia lá, mas eu nunca mais tive acesso.”
Da clínica médica ao tratamento
Até que o médico enfrentou um momento difícil em sua vida pessoal. “Estava muito ansioso, com muita insônia. Não estava bem. Pedi para minha mãe vir ao Rio de Janeiro para passar uns dias comigo em casa e me dar suporte. Ela me deu o canabidiol dela e eu comecei a melhorar.”
Procurou uma amiga, a psiquiatra Amanda Medeiros, prescritora de Cannabis, que começou a acompanhar seu tratamento enquanto, em paralelo, buscou se tornar um médico prescritor. “Virei paciente e comecei a me interessar muito porque tive um benefício muito importante.”
Começou a estudar sobre a prescrição de Cannabis e o sistema endocanabinoide e, há três anos, se tornou médico prescritor. “A Cannabis é vida. A Cannabis tem muito menos efeito colateral que as medicações habituais. Os opioides, por exemplo, podem ter um benefício no início, mas faz um estrago no organismo e em todo o nosso dia-a-dia. A gente não vê isso na Cannabis.”
“A segurança é muito grande na prescrição de Cannabis.”
A prática incrível
“Tenho pacientes fibromiálgicos, autismo, depressão, até aqueles que buscam contenção de danos por serem usuários crônicos de maconha. A melhora é visível. A gente tem muito estudo saindo, mas, a prática já mostra que é incrível. Os pacientes sentem uma melhoria na qualidade de vida muito importante, o que só faz a gente querer se aprofundar mais, estudar mais, para oferecer o melhor aos nossos pacientes.”
Cogo exemplifica com o caso de Parkinson em um homem de 86 anos. “Ele foi internado por complicações dos medicamentos, que muitas vezes os deixam com os músculos rígidos. Fez o uso do canabidiol e teve uma melhora absurda. Melhorou bastante a sialorréia, que é aqueles pacientes que não conseguem controlar a saliva e babam, os tremores da mão, a agitação. Ele ficou absurdamente melhor.”
“Nos casos de fibromialgia, o paciente fica, muita das vezes, debilitado e tem que entrar com atestado no trabalho por causa da dor. Você entra com o canabidiol com uma dose um pouco maior de THC e muda a vida do paciente absurdamente.”
Clínica médica canabinoide
Atualmente, o médico divide seu calendário entre o atendimento em unidades de terapia intensiva e a clínica médica. Mas seu objetivo é se concentram nos pacientes que buscam o tratamento canabinoide. A demanda é grande.
“De 2021 para cá, começou a sair bastante estudo, as pessoas passaram a ver os benefícios, e, até quem tinha um certo preconceito, começaram a me indicar pacientes. Muitas vezes, o próprio paciente deles os questionava e, com pouca expertise, mandavam para mim.”
“Para os médicos que seguem com a cabeça fechada, eu estudo estudar fisiologia e o sistema endocanabinoide. É pouco falado na faculdade, talvez por ter o canabinoide no nome, e pouco usado pela medicina. Quando usamos, vemos os benefícios que traz.”
Agende sua consulta
Ou clique aqui para marcar uma consulta com um dos mais de mais de 250 médicos e dentistas prescritores de Cannabis que você encontra no portal Cannabis & Saúde.
Acesse agora e agende sua consulta!