Hoje, o Portal Cannabis & Saúde conversou com o paratleta, Rodolfo Tavares, número 2 do Jiu-Jitsu no circuito brasileiro. O mais incrível é que mesmo sem uma das pernas Rodolfo disputa no tatame – de igual para igual – com atletas de ponta do ranking mundial e se mantém entre os primeiros.
A Cannabis medicinal é aliada nos esportes de alta perfomance? Para responder a pergunta, você precisa conhecer o Rodolfo Tavares. Ele é faixa roxa de Jiu-Jitsu e faixa marrom de Judô, ranqueado pela Federação dos Emirados Árabes e 2º colocado no Ranking Brazil A.J.P, 4º colocado no ranking South América A.J.P e 12º colocado no ranking Global A.J.P.
O que impressiona é que Tavares não disputa na categoria Parajiu-Jitso, o ranqueamento do atleta é na categoria sem deficiências.
Os adversários que subestimam a força e a dedicação do lutador nunca viram uma luta do esportista nas redes sociais.
Além da determinação e técnica, essa história emocionante de superação e resgate da autoestima – por meio do esporte – ganha uma importante aliada: a Cannabis.
As propriedades medicinais da planta não apenas melhoraram a qualidade do sono e a ansiedade do atleta, mas também foram determinantes no tratamento da síndrome dolorosa do membro fantasma, enfrentada por quem sofre amputações.
Vítima de violência policial em 2018, Rodolfo precisou amputar a perna direita, depois de levar um tiro. Só que a suposta limitação não ceifou a vontade de viver do então serralheiro. Rodolfo encontrou nos esportes o propósito de vida.
Colecionador de medalhas, o paratleta hoje é exemplo e inspiração para outras gerações. Quer conhecer a história de superação e glória do Rodolfo Tavares? E como a Cannabis pode ajudar nos esportes de alto rendimento?
Acompanhe a entrevista completa até o fim!
De que forma os canabinoides podem trazer mais conforto para a vida de um atleta? Ainda mais um atleta que luta com uma perna só?
É isso aí, eu luto com a galera sem deficiência, né? Desde que amputei a minha perna, eu me encontrei no Jiu-Jitsu, e desde lá atrás, faço uso terapêutico da Cannabis. Depois que entrei no esporte é que comecei a fazer o uso medicinal da Cannabis mesmo, porque vi os benefícios.
Depois que amputei a perna, eu vi que teria muitos benefícios para as minhas dores fantasmas, pela ansiedade de ter amputado a perna.
O momento, a situação… muita gente acaba entrando em depressão, ficando dentro de casa, não aceita o corpo dessa forma. A Cannabis mostra pra nós que a gente pode viver um mundo melhor.
Você faz uso do óleo e da pomada?
Faço todos os usos da Cannabis. Desde a pomada, ao fumável e tomo o óleo. Busco todos os benefícios da Cannabis.
E quem sofre algum tipo de amputação tem a chamada dor fantasma. Como é que é? Os canabinoides ajudam a inibir essa dor?
Ajudam a controlar os nervos, o cérebro mesmo, porque – principalmente – o problema é psicológico. Porque eu tive a minha perna durante 28 anos. O cérebro não estava raciocinando que perdeu o membro. Aí, era uma dor horrível, parecia que estava cortando o pé, um suor descendo a canela, muito horrível…. Aí, a Cannabis me trouxe esse benefício de estar tendo uma qualidade de vida melhor.
E no dojô, você luta com atletas que não têm nenhum tipo de deficiência?
Nenhuma. É isso aí! A gente cai pra dentro da galera sem deficiência mesmo. A gente está fazendo essa história no Brasil e no mundo!
E, mesmo assim, consegue se manter no topo?
Nós estamos no topo. No segundo lugar do Brasil, entre a galera sem deficiência, e eu estava em 11º do mundo, no ranking global na Federação dos Emirados Árabes.
E como é quando você chega lá no tatame? Quando o pessoal te vê com uma perna mecânica e sabe que vai lutar com você?
Tem uma galera que se sente até honrado de estar lutando com um paratleta, estar tendo uma experiência diferente, mas tem sempre aquele olhar de desprezo.
‘Ah, vou lutar com um cara sem perna… vai ser fácil’. Depois chega, vai lutar e quando eu consigo a vitória, a pessoa reconhece que pra nós não há limite!
Basta a gente querer fazer uma coisa na vida e a gente vai lá e faz. Não é só porque você perdeu um membro que vai deixar de fazer. Não pode parar a mente! Por isso, a Cannabis ajuda muito a dar uma qualidade de vida para nós.
E o esporte traz essa superação?
Também. Traz inspiração e traz acesso também, porque, graças a Deus, hoje eu tenho patrocínio.
Foi o esporte que me deu esse passo a mais com a Cannabis medicinal, porque, antigamente, eu fazia uso terapêutico, mas não era o uso medicinal, porque não tinha qualidade.
Os locais onde eu ia buscar não eram próprios e não tinha qualidade na medicação. Foi o esporte que me deu essa oportunidade de viver coisas impressionantes.
Fora do Brasil, esse tipo de tratamento pelos atletas olímpicos é recorrente, principalmente as pomadas, que ajudam na recuperação muscular, não é?
A pomada ajuda bastante nas articulações. Eu faço tratamento também com as pomadas, que me auxiliam muito depois do treino. Eu vou lá, passo pomada e faço uso do CBD (canabidiol) também. Tudo em busca da melhora da minha qualidade de vida como paratleta.
O uso medicinal da Cannabis já é legal no Brasil
O uso medicinal da Cannabis no Brasil já é regulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Resolução da Diretoria Colegiada RDC 660 e RDC 327, desde que haja prescrição médica.
Na nossa plataforma de agendamentos, você pode marcar uma consulta com um médico ou cirurgião-dentista que tem experiência na prescrição dos canabinoides. Mais de 30 patologias podem se beneficiar com as moléculas medicinais da planta.
Acesse já! São mais de 250 especialidades.
Nós podemos te ajudar!