No ano de 2008, situações cotidianas passaram a se tornar desafiadoras para o músico Flávio Gama, 40 anos. “Comecei a perceber que, em algumas situações, como dentro do ônibus ou lugares muito cheios, eu sentia os sintomas da ansiedade: palpitação, tontura, sensação de que ia desmaiar.”
“Isso foi aumentando, até que um dia eu tive um episódio mais forte. Tive uma discussão por telefone com uma namorada e desliguei, porque não estava me sentindo bem. A pressão aumentou muito e eu achei que ia morrer.”
Foi ao cardiologista, passou por uma bateria de exames e nada foi constatado. “Ele falou que o meu problema era, provavelmente, crises de pânico.”
Um tratamento para as crises de ansiedade
Depois disso, ele decidiu buscar ajuda especializada. “Comecei a fazer terapia e me ajudou um pouco a controlar as crises, mas o que me ajudou mesmo foram as medicações. Tomava fluoxetina, rivotril e remédio para dormir, porque a insônia começou a vir forte.”
Com os remédios, vieram os efeitos colaterais. “Principalmente ligados ao intestino. Às vezes, prendia e muitas vezes soltava. Eu tinha medo de sair de casa e me dar dor de barriga, um desarranjo intestinal, do nada.”
Com o tempo, suas relações passaram a ser afetadas. “Outro efeito colateral era na libido, o que começou a trazer problemas para meu relacionamento. Ela ficava achando que eu não gostava dela, que estava pensando em outra, enquanto era o efeito colateral dos remédios, somado à própria ansiedade, que também prejudica essa parte.”
Acúmulo de problemas
Com a qualidade de vida afetada, logo a depressão começou a dar as caras. “A ansiedade e a depressão são dois lados da mesma moeda. Em todos esses anos, eu tive umas cinco fases de depressão. Cheguei a perder dez quilos em um mês, com pensamentos suicidas.”
Tudo isso, sem que as crises estivessem totalmente controladas. “Mesmo tomando a medicação, eu tinha episódios fortes de crises de pânico. Muitas vezes, ia à emergência do hospital, achando que ia morrer, mas os médicos sempre falavam que não era nada. Que estava tudo bem.”
“Isso me atrapalhou em muita coisa. Tranquei a faculdade de Psicologia, porque eu não conseguia acompanhar os estudos. Eu dava aula de música e direto ficava cancelando as aulas. Não conseguia fazer praticamente nada.”
A Cannabis no tratamento da ansiedade e depressão
De tempos em tempo, tentava diminuir a medicação, em busca de alívio dos efeitos colaterais, o que só piorava sua condição. Em busca de alternativas, começou a ver reportagens sobre as propriedades medicinais da Cannabis e se interessou. Quando viu que ansiedade e depressão estavam na lista de indicações, decidiu investir no tratamento.
“Eu fui perguntando aos médicos, mas sempre falavam que não tinham conhecimento, não faziam o acompanhamento, nem prescreveriam, aí eu fui para a internet.”
Então, marcou uma consulta com a médica Sílvia Pereira da Silva. “Comecei a tomar a Cannabis em maio e a primeira coisa que eu percebi, com três dias de tratamento, é que eu já não precisava tomar remédio para dormir. Que o CBD ia me ajudar nesse sentido.”
“É um círculo vicioso. Você não dorme bem e fica ansioso. Fica ansioso e não dorme bem. Com a medicação que eu tomava, eu dormia, mas acordava cansado. Com o CBD, eu durmo bem, acordo descansado e consigo trabalhar, dar minhas aulas. O meu dia a dia passou a ser mais produtivo.”
Desmamando
Desde que deu início ao tratamento, já reduziu pela metade os medicamentos ansiolíticos. “Eu diminuí por conta própria. Fui ao psiquiatra, que não indicou a Cannabis, e ele disse que, já que eu estava bem, para seguir assim.”
“Ele disse que, se eu continuar melhorando, posso tirar tudo. Já melhorei bastante da palpitação, que era o principal sintoma, mas ainda não me sinto 100% seguro para tirar tudo. Entretanto, já me sinto bem para fazer de tudo. Nas próximas semanas, pretendo tirar o restante dos medicamentos.”
Diante da sua melhora, Gama não tem dúvidas ao indicar o tratamento canabinoide para outras pessoas. “Eu recomendo que as pessoas procurem ler artigos e conhecer melhor. Vendo o relato de outras pessoas, inclusive com ansiedade, eu tomei coragem de buscar essa opção e qualquer pessoa que procurar se informar com artigos científicos, vai querer fazer o tratamento também.”
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