Insônia e depressão fizeram parte da vida de Kamila Rachid, 36 anos, desde os 8 anos de idade. “Busquei todo o tipo de tratamento que você possa imaginar.”
“Quando era criança, tomava o remédio porque era obrigada. Quando virei adolescente, eu já não queria tomar remédio, porque me deixavam totalmente letárgica. Não estava triste, mas também não estava feliz. Não tinha nenhum tipo de sentimento.”
“Eu vivia uma vida morna. Com o remédio para dormir, era ruim também, porque você não descansa. Vivia dopada e a ressaca do remédio para dormir era muito horrível. É a sensação que você foi atropelado por um caminhão. Dormir, para mim, era sinônimo de tristeza.”
Assim, Kamila seguiu, ao longo dos anos. “Não tinha crises de ansiedade, mas não tinha uma vida e eu queria ter uma vida extraordinária. Foi muito tempo na busca por novos remédios, mas demorava seis meses para acertar a dosagem e com mais seis, parava de fazer efeito.”
Cannabis no tratamento de insônia e depressão
Quando uma amiga sua, diagnosticada com esclerose múltipla, contou que estava em tratamento com a Cannabis medicinal, Kamila viu uma esperança. “Ela começou a ter melhoras super significativas e, em 2020, eu fui atrás de um médico que me explicasse melhor como a Cannabis funcionava.”
Marcou uma consulta com um médico prescritor e deu início ao tratamento com Cannabis medicinal. “Comecei com o óleo e fui parando com os medicamentos. Tenho problemas de memória, por tantos anos tomando Rivotril e comecei a parar aos poucos.”
Na medida do desmame, percebeu que sua qualidade de sono havia melhorado. “Quando larguei o Rivotril, vi que estava dormindo bem. Não dormia muito, mas 5h de sono em uma noite, para mim, já era incrível.”
Levou cerca de um ano até que conseguisse se livrar completamente dos medicamentos antidepressivos. “Comecei a dormir, meu humor não ficava oscilando como antes, e passei a ter uma qualidade de vida incrível.”
Irradiando benefícios
Esses benefícios acabaram por influenciar todas as pessoas com quem convivia. “Eu era muito chata no meu casamento. Imagina uma pessoa que não dorme? É chato de conviver. Além daquilo de não ter sentimentos.”
“Com o óleo, passei a ter uma vida ímpar. Todos à minha volta perceberam as mudanças. O óleo transformou todas as minhas relações. Minha esposa fala para mim todos os dias como é incrível a minha mudança. Tem antes da Cannabis e agora, que tenho uma vida.”
“Há três anos, eu faço tratamento para engravidar e, quando comecei o óleo, foi uma grande preocupação, já que tomo hormônios. Perguntei para o médico, mas ele não sabia. Foi estudar e hoje ele fala que posso continuar com o tratamento, pois a dosagem é baixa. Quando engravidar, a gente revê o processo.”
A transformação no entorno de Kamila, porém, não parou por aí. “Vendo a minha melhora, a minha mãe, que tem 74 anos, quis fazer o tratamento também. Ela é super ativa, mas tinha dores da idade e também insônia. Com a Cannabis, voltou a dormir bem, não sente mais dores, e leva uma vida tranquila.”
Em seguida, foi a vez de sua madrinha. “É uma senhora de 86 anos, com um problema de diabetes muito sério. Já há cinco anos que a gente tentava tratar, mas não conseguia.”
“Levamos ao médico e ela começou a tomar também. As dores dela diminuíram uns 80%, a diabetes está controlada, dorme super bem. Somos uma família em que todas as pessoas que tomam o óleo tem uma qualidade de vida incrível.”
Controle da insônia e depressão sem efeitos colaterais
Diante dos múltiplos benefícios que observou a Cannabis proporcionando, classifica como surreal as restrições que ainda são impostas ao medicamento canabinoide, principalmente quando leva em conta o perfil de efeitos colaterais.
“Com os antidepressivos, eu cheguei a emagrecer 6 quilos em um mês, porque não conseguia comer. Eu vomitava tudo, porque o remédio me deixava muito enjoada. Agora, eu tomo minhas gotinhas e não tenho nenhum efeito colateral. Não fico enjoada, não tenho dor de cabeça, muito pelo contrário.”
“Essa restrição é surreal, porque a gente vive em incerteza. Quando minha mãe ou madrinha vê alguma coisa na televisão, que a Anvisa proibiu alguma coisa, já é um desespero. Elas não querem parar de tomar o medicamento, mas não querem fazer nada ilegal.”
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