Há coisas que somente uma mãe é capaz de perceber. Muitas vezes considerada maluca, Stephanie Veras sabia que havia algo de diferente com a filha Flora, de 5 anos, desde cedo, já que, fisicamente, não havia qualquer sinal que se tratava de uma criança atípica.
“Eu conversava com o pediatra, com os profissionais, com o pai, e só diziam que estava tudo normal, mas estava me chamando atenção que ela não me olhava nos olhos, não respondia pelo nome, não dava função para os brinquedos. São sinais de autismo clássico, mas o pediatra que a acompanhava não identificou.”
O tempo passou, Flora não dava sinais de que começaria a falar tão cedo, e a percepção de Stephanie só se confirmou. “Quando estava para completar dois anos, eu levei a uma neurologista que me sinalizou que existia um atraso de desenvolvimento e poderia ser autismo, mas não iria diagnosticar de forma precoce, mas já deu encaminhamento para estimular a Flora.”
Flora passou por diversos especialistas, submetida a diversos exames e, por onde passava, escutava a recomendação de que ela precisava conviver mais com outras crianças, já que é filha única.
Criança atípica
O diagnóstico definitivo veio somente aos 3,5 anos de idade: Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre o moderado e o leve. “O tratamento indicado foi o clássico risperidona e melatonina. Mas eu não achava interessante, já que não temos queixa de agressividade e nem problema de sono ela tem.”
Stephanie decidiu que a criança seguiria apenas com as terapias que visavam estimular seu desenvolvimento, deixando de lado a abordagem medicamentosa. Com o tempo, porém, em contato com outras mães atípicas, começou a escutar sobre uma alternativa com bons resultados e baixo perfil de efeitos colaterais.
“Geralmente eram mães de autistas bem mais severos do que a Flora, já tinham usado todas as medicações convencionais e, com a Cannabis medicinal, obtiveram uma melhora considerável.”
Entusiasmada, decidiu conversar com o neurologista que acompanhava a Flora. “Ele disse que era uma péssima ideia, que não tinha comprovação científica, que não existe milagre.”
No entanto, essa postura foi a melhor que encontrou até então. “Foi o único que quis me ouvir. Eu precisei praticamente uma monografia para convencer ele a receitar o canabidiol para minha filha, que eu entendia que ela poderia ter um ganho com ele.”
A mãe conseguiu convencer o médico, que receitou o medicamento canabinoide para Flora. “A gente queria que ela conseguisse focar mais e se concentrar. Ela toma desde abril (de 2023) e a gente tem notado uma melhora de forma exponencial. Tem verbalizado, interagido. Cannabis é vida.”
A história, porém, ainda reservava percalços, pois, após todo o trabalho de instrução e convencimento, o neurologista deixou a clínica em que trabalhava e Flora “perdeu” seu médico. “Graças ao portal Cannabis & Saúde, eu conheci a pedriatra prescritora Vanessa Matalobos. Eu estava desesperada, porque eu precisava da receita para comprar mais.”
O tratamento com Cannabis medicinal
Marcar uma consulta pela plataforma de agendamento do portal é fácil e rápido. Com auxílio que inclui a aquisição do medicamento e os trâmites legais, Flora não precisou ficar sem o tratamento, que mantém ininterrupto há quatro meses.
“Se ela já tinha ganho com a terapia, está tendo ganhos muito maiores após a Cannabis. Tanto na questão de socialização quanto na verbalização. Ela já diz ‘mãe’, ‘dá’, ‘pega’, ‘não’, e sempre com função. “
“Ela não conseguia ficar sentada por mais de 5 minutos e, hoje, eu tenho um relatório da escola dizendo como foi importante a mudança. Hoje ela sinaliza quando quer levantar, não só levanta e sai da sala como antes. Ela começou a ter um entendimento melhor sobre as coisas.”
Família atípica feliz
Uma melhora que atinge a todos. “A Flora é o grande amor da minha vida. É clichê, mas, como mãe atípica, é muito difícil ter que lutar pelo desenvolvimento de seu filho e não ver resultado. Tem a questão da discriminação, ver seu filho segregado… Depois que entrou o canabidiol, e a Flora começou a ter esse entendimento melhor, participar e se integrar mais, mudou completamente o nosso clima lá em casa.”
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