Acontecimentos negativos muito intensos, como episódios de extrema violência ou algo que coloca em risco a vida da pessoa ou alguém presente, pode desencadear uma condição caracterizada como estresse pós-traumático.
Na vida da advogada Luisa Velasco, essa condição chegou há uma década, quando ela tinha 26 anos. “Fiquei quatro meses deitada. Eu só levantava da cama para comer e fazer xixi. Não fazia mais nada. Perdi 20 quilos, não dormia. Só ficava chorando e tendo flashback do que tinha ocorrido.”
Buscou tratamento psiquiátrico. “Fui em vários médicos, mas essa é uma condição, que apesar de ter tratamento, não é ainda bem desenvolvido ou satisfatório. Poucas pessoas, menos de 30%, reagem positivamente ao tratamento farmacológico hoje disponível nas farmácias.”
Luisa sempre esteve entre os 70%. “Me tirava o apetite, eu engordava, ficava sem apetite sexual, enquanto continuava tendo muito pesadelo, flashback, gatilhos relacionados ao trauma, oscilação de humor o dia inteiro. Minha vida era um inferno.”
Cannabis no tratamento de estresse pós-traumático
Após cinco anos de tentativas frustradas, um de seus médicos sugeriu algo diferente. “Ele falou que não prescrevia, porque não sabia prescrever, mas que meu caso tinha indicação de uso de Cannabis medicinal.”
Sem muita alternativa, não pensou duas vezes em procurar um médico prescritor e dar início ao tratamento.
“Primeiro, eu consegui dormir. Isso foi uma das principais coisas em prol da minha qualidade de vida, porque a segunda foi começar a ter disposição para fazer as coisas simples, como passear com o cachorro, ir à praia, encontrar gente.”
“Antes da Cannabis, eu cheguei ao ponto de não conseguir sair de casa sozinha. Tinha medo de tudo e fui adquirindo, de novo, essa confiança de fazer as coisas, querer fazer as coisas. A vida foi voltando aos trilhos. Fui parando de ter pesadelos, de acordar cedo e assustada.”
“Quando você tem um estresse pós-traumático, começa a ligar todos os seus freios, seus alertas. Você está sempre naquela atenção absoluta de que, a qualquer momento, alguma coisa pode dar errado. Com a Cannabis, isso passou e não sinto mais como se as coisas fossem dar errado.”
“Agora eu estou vivendo, antes estava sobrevivendo”
Além do estresse pós-traumático
Sua mãe também virou paciente de Cannabis. “Quando ela descobriu o câncer, começou a tomar o canabidiol. É um caso sem cura, com expectativa de vida de seis meses. Mas já tem uns 3 anos e ela está viva. Perdeu um pouco a qualidade de vida, mas teve muito ganho.”
Luisa, hoje com 36 anos, voltou a trabalhar, mas o encantamento com a Cannabis é tão grande, que busca fazer disso uma profissão e está concluindo uma faculdade de farmácia.
“A Cannabis me salvou de duas formas: uma como remédio e outra, como motivação de vida. Resolvi fazer faculdade, porque eu quero trabalhar com o desenvolvimento de novos fármacos à base de Cannabis.”
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