Ser um médico como o de antigamente. Foi essa possibilidade que encantou a médica Nara Larranhaga na escolha da residência em medicina de família e comunidade.
“É igualzinho aos médicos de cidade pequena, que conhecem a pessoa e a acompanham desde o nascimento até os últimos dias. Faz um acompanhamento longitudinal, não pontual, como faz um dermatologista ou cardiologista.”
“A gente consegue resolver quase 85% das queixas dos pacientes, de qualquer tipo, dentro da medicina de família e comunidade. Só encaminhamos para alguma especialidade se houver necessidade.”
“Essa forma de cuidar, me encantou. A gente chama de método clínico centrado na pessoa. Um cuidado global, não só de um foco. A medicina ocidental, ao qual fui inserida, não consegue auxiliar a gente como um todo.”
Medicina da própria família
Formada em medicina em 2018, Larranhaga concluiu a especialização em medicina de família e comunidade em março de 2022. Entusiasta da medicina integrativa, buscava sempre complementar seu conhecimento com terapias alternativas, como aromaterapia e acupuntura.
Até que um paciente muito próximo lhe trouxe uma demanda especial. “Tenho um primo autista na família com 4 anos. Quando a gente suspeitou do diagnóstico, eu comecei a estudar e cheguei no canabidiol.”
“Quis introduzir no tratamento dele para ver se melhorava a irritabilidade dele. Começou a tomar e teve uma melhora exponencial. Além da irritabilidade, algumas coisas que ele não fazia, como contato visual, começou a fazer. Como deu muito certo para ele, decidi usar nos meus pacientes.”
A médica de família e comunidade se aprofundou nos estudos e, quando se sentiu segura, prescreveu para sua primeira paciente. “A gente sempre começa na família. Quando são coisas mais novas, a gente tem até medo de passar para outras pessoas.”
“Eu tenho uma tia que é fibromialgia, depressiva e tem enxaqueca crônica. Já tinha usado tudo que é tipo de medicação, procurado todos os especialistas que possa imaginar, e, trocando uma ideia com ela, falei que estava estudando a Cannabis e existiam bastante experiências clínicas positivas.”
“Ela topou, já está no quinto frasco de medicamento, e não teve mais crise de enxaqueca. Melhorou da depressão e já não usa nenhum antidepressivo. É meu melhor resultado, pois tem mais tempo de uso.”
Medicina de família e comunidade e a Cannabis
Com mais um caso de sucesso, abriu para os demais pacientes. “Comecei a usar mais para dor crônica e ansiedade refratária. Quando e vi que começou a dar muito certo, fui expandindo e está surtindo muito efeito positivo.”
Para a médica de família e comunidade, o principal diferencial da Cannabis se dá na hora de comparar os efeitos colaterais. “É interessante porque não tem a constipação associada. A gente sabe que o intestino é nosso segundo cérebro. Tem que funcionar bem para absorver os nutrientes e produzir neurotransmissores.”
“A maioria das medicações ansiolíticas e antidepressivas alteram o comportamento intestinal, evoluindo para constipação. Já a Cannabis, não tem efeito colateral. Só tive um paciente que ficou com sono, reduzimos a dose e, agora, até melhorou o sono dele.”
“Sou suspeita, pois, a cada vez que uso em um paciente que já tentou de tudo, ele vira outra pessoa. Fica mais funcional. É essa a qualidade de vida que eu busco para os meus pacientes.”
Parte do processo
No entanto, Larranhaga alerta que a Cannabis é somente mais uma opção terapêutica que conta para o benefício de seus pacientes. “Tenho uma resposta legal com a Cannabis e acredito que vou prescrever eternamente, mas a medicina é promover saúde e vai além da parte medicamentosa.”
“A gente tem que focar na melhora dos hábitos, prática de atividade física, alimentação. É um conjunto de fatores para as pessoas ficarem bem. A pessoa tem que estar disposta a uma mudança de hábitos. Somente com um medicamento, nem que seja a Cannabis, não vamos ter uma efetividade no tratamento.”
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