Desde que começou a usar Cannabis medicinal, Terezinha Mello, 61, encontrou o alívio para as dores crônicas, causadas pela bursite e síndrome do túnel do carpo.
“Eu estava com 20 anos de idade quando senti a primeira fisgada no meu ombro e braço esquerdos. Era uma dor bem aguda, mas que sumia, do mesmo jeito que aparecia. Anos depois, por volta dos meus 45, a dor voltou a me incomodar. E, dessa vez, não tinha como ignorá-la: era uma dor forte, constante e que se manifestava com mais intesidade durante a noite, quando o meu corpo relaxava.
Dessa forma, toda madrugada eu travava uma batalha para conseguir dormir. Não encontrava uma posição que aliviasse minhas dores. Eu, que sofro com insônia há muitos anos, tive uma piora drástica na qualidade do meu sono. Então, entrei num círculo vicioso: dormia mal e acordava pior ainda.
Depois que cheguei ao limite da exaustão, procurei um médico e recebi o diagnóstico de bursite. Ele me explicou que se tratava da inflamação da bursa, pequena bolsa contendo líquido, que envolve as articulações e funciona como amortecedor entre ossos. No meu caso, as inflamações pegavam as articulações do ombro esquerdo.
Dores crônicas: “Vivia sob efeito de remédios fortíssimos!”
Em resumo, meu tratamento incluía o uso de anti-inflamatórios, relaxantes musculares, além da indicação de exercícios para fortalecer a região. Antes de mais nada, tentei de tudo e, mesmo assim, nada dava resultado. As dores se mantinham constantes, às vezes, com fisgadas durante o dia, mas sempre intensas durante a noite.
Pra piorar, associado às dores da bursite, comecei a sentir um formigamento nesse mesmo braço. A sensação era como se existissem várias microagulhas enfiadas em mim. Em outras palavras, era um formigamento que pegava o braço inteiro, uma coisa horrível de se sentir! Depois de novos exames, descobri outro diagnóstico: síndrome do túnel do carpo, uma condição que causava dormência e formigamento por conta da compressão do nervo.
Assim sem opção e bem preocupada, embarquei numa verdadeira maratona de idas a médicos, tentativas de remédios e diversos tipos de tratamento. Fiz acupuntura, infiltração, aplicação de ozônio. Além disso, tentei fazer exercícios, conforme as indicações médicas. E vivia em alerta, porque um simples movimento cotidiano, como levantar o braço para fazer um exercício de polichinelo, era suficiente para agravar o quadro de dores noturnas. Cheguei até a usar uma tipoia por um tempo, na tentativa de imobilizar meu braço e diminuir meu desconforto, mas todas as minhas tentativas foram frustradas.
Dores crônicas: a dor invisível
O difícil de conviver com uma dor crônica é que ela é invisível aos olhos dos outros. Ainda que eu explicasse como eu me sentia, a minha batalha era solitária. O meu desespero na madrugada era tão grande que, se eu pudesse, desparafusaria meu braço para conseguir dormir em paz. Se a noite era difícil, o dia seguinte também. A privação de sono me deixava ainda mais ansiosa. Até tomei remédios para controlar minha ansiedade nos momentos de crise. Assim, vivi 15 anos, acompanhada pelas dores e cansada das tentativas de tratamento sem sucesso.
Meu filho, que acompanhava meu sofrimento, propôs uma alternativa não convencional. Ele contou que na Austrália, país onde estava vivendo, as pessoas tomavam óleo de cannabis como medicamento, para várias questões de saúde, inclusive para dores crônicas, como era o meu caso. Normalmente, me considero uma pessoa cética, preciso testar e ver resultados. Então, aceitei o desafio. Queria experimentar, mas não sabia nem por onde começar a procurar o medicamento à base de cannabis.
Foi numa sessão de acupuntura que encontrei minhas respostas. A especialista que me atendia tinha bastante conhecimento nessa linha de medicina e terapias alternativas e me indicou uma médica, a Natasha Consul Sgarioni, neurologista. Marquei minha consulta online e recebi orientação para os trâmites burocráticos de receita e importação do óleo.
O início do uso da cannabis
Em meados de 2021, comprei um frasco bem pequenininho, o equivalente para 20 dias de uso. Tamanha foi a minha surpresa quando, já na primeira dose, senti um alívio imediato nas minhas dores e no formigamento. Desde a primeira noite, eu consegui dormir e acordar muito melhor! Fazia tanto tempo que não sabia como era viver sem dor, que fiquei maravilhada com a potência dessa planta! Imediatamente, comprei um frasco maior e nunca mais parei de me medicar com o óleo de cannabis.
Quando a médica me perguntou, “numa escala de dor, de 0 a 10, como você está se sentindo?”, respondi: ‘se antes eu vivia no pico máximo da escala, dor nota 10, hoje eu convivo com uma dor sutil, quase imperceptível, nível 2. Mas, em relação ao formigamento, não sinto mais nada’. É impressionante!
A cannabis é um divisor de águas!
Sei que vou carregar o quadro de dores crônicas até meu último dia. A cannabis não promete cura, mas vejo o resultado positivo dela na minha saúde e bem-estar. Ela resolveu o formigamento e aliviou as dores no braço. Além disso, me ajuda em várias outras questões, como ansiedade e insônia. Outro dia, até lembrei de uma dor que sentia na articulação do meu dedinho, que sumiu, mas eu nem tinha me dado conta. Essa é a diferença do óleo da cannabis: ele cuida da gente por inteiro e nem parece remédio! É como se eu estivesse tomando um chá de camomila, de tão tranquilo e sem efeito colateral.
Sei que ainda há muitos tabus em volta do tema da Cannabis. No entanto, isso é por falta de conhecimento das pessoas. Eu falo abertamente sobre o meu tratamento e experiência e fico imaginando quanta gente poderia ter uma vida e saúde melhores, mas ainda está restrita a tratamentos convencionais e remédios de farmácia.
Se eu soubesse dos efeitos positivos do óleo medicinal da cannabis, teria evitado 15 anos de sofrimento com dores crônicas. Estou muito feliz com o meu tratamento e pretendo seguir com o meu óleo para sempre.”
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