A princípio, está aberta a temporada de Marchas da Maconha com a Marcha do Rio! No dia 6 de maio, a primeira manifestação a levar milhares de pessoas para pedir a regulamentação da Cannabis aconteceu na capital carioca. Dessa forma, entre os pedidos dos manifestantes, estavam, além da legalização da planta, uma legalização que inclua as favelas, o fim da Guerra às Drogas e a liberdade para plantar o próprio medicamento.
A manifestação acontece na cidade desde 2002, sempre na orla da praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, pontualmente às 16h20. Desde que começou, tradicionalmente, o ato acontece na primeira semana de maio, na mesma data de outras cidades do mundo, como Nova York e Toronto.
Maconha líquida também é maconha
Nesse sentido, se tornou uma tradição na Marcha da Maconha do Rio a ala medicinal, puxada pela Apepi. Por analogia, comparando com um desfile de escolas de samba, é o abre-alas. E, nesse, ano com alegorias elaboradas especialmente para o ato.
Um grande frasco inflável de óleo de CBD trazia a frase “Maconha líquida também é maconha”, mostrando que os produtos industrializados e as flores in natura têm origem da mesma planta.
Na mesma ala, uma planta de Cannabis marchou até a Praia do Arpoador, no final do trajeto da marcha, para ser oferecida para Iemanjá. A planta estava em um barco e levada até o mar, como oferenda para a grande Rainha dos Mares nas religiões afrobrasileiras. Assim, essa parte da cerimônia levou axé para a manifestação.
Por uma legalização popular e pelo fim do massacre aos pobres
Outras faixas que estavam na Marcha da Maconha do Rio de Janeiro passavam mais recados: “Por uma legalização popular” e “Fim do massacre aos pobres”. Em resumo, uma grande preocupação dos que marchavam era a de que a regulamentação da Cannabis possa ser feita de uma forma que não dê acesso, para as camadas mais pobres da população, a essa medicina. Do mesmo modo, eles têm o receio de que, mesmo que a planta seja legalizada, as operações policiais continuem violando os direitos de moradores de favelas.
Por isso, vai acontecer no dia 22 de julho a Marcha das Favelas. Um ato que também pede a legalização de todos os usos da Cannabis, que pessoas mais pobres tenham acesso aos tratamentos com canabinoides e que a violência da proibição pare.
Por outro lado, tivemos também os pedidos pela regulamentação do cultivo doméstico da Cannabis. Consequentemente, os manifestantes argumentavam que a forma mais simples de permitir o acesso aos tratamentos com a planta é permitir que as pessoas cultivem o próprio remédio.
Marchas da Maconha por todo o país
A manifestação aconteceu pacificamente e percorreu o trajeto de pouco mais de 2km com muita música, fantasias e pessoas de todas as idades.
Apesar de ter sido no Rio a primeira Marcha da Maconha de 2023 no Brasil, aqui não é a única cidade que sedia o ato. Então, confira abaixo as datas confirmadas de marchas em outros lugares:
- 13/5 – Teresina/PI;
– Porto Alegre/RS – Saída dos Arcos da Redenção; - 20/5 – Recife/PE – Rua Aurora;
– Ribeirão Preto/SP – Esplanada Teatro Pedro II; - 21/5 – Caucaia/CE – Rua Mário Adrião Silveira;
– Joinville/SC;
– Brasília/DF – Esplanada dos Ministérios; - 27/5 – Campinas/SP – Largo do Rosário;
- 28/5 – Fortaleza/CE – Av. Beira-Mar;
– Aracaju/SE – Pista de Skate Cara de Sapo;
– Jaboatão/PE – Praça do Rosário; - 3/6 – Bauru/SP – Parque Vitória Régia;
- 4/6 – Sandro André/SP – Rua das Caneleiras;
- 10/6 – João Pessoa/PB – Praça Antenor Navarro;
- 12/6 – Chapada dos Veadeiros/GO;
- 17/6 – São Paulo/SP – MASP;
- 24/6 – Guarulhos/SP – Rua 9 de Julho;
- 8/7 – São Bernardo do Campo – Praça Brasil Zanella;
- 22/7 – Marcha das Favelas/RJ;
- 25/11 – Salvador/BA;
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