O paliativismo é um conceito que tem ganhado mais atenção nos últimos anos. É uma filosofia de cuidados que se concentra na qualidade de vida dos indivíduos que enfrentam doenças graves ou situações de fim de vida.
Os cuidados paliativos visam aliviar os sintomas e proporcionar conforto aos doentes e às suas famílias. Em vez de se concentrar apenas na cura da doença, esta abordagem pode envolver um vasto leque de intervenções, desde a gestão da dor até o apoio emocional.
Os cuidados paliativos estão frequentemente associados aos cuidados hospitalares, mas não se limitam a situações extremas e podem ser prestados em qualquer fase de uma doença grave.
Para entender melhor sobre esta filosofia de cuidados e como ela pode te beneficiar, continue lendo. A seguir, você vai aprender sobre:
- O que é o paliativismo?
- Quais são os princípios dos cuidados paliativos?
- Quais são as doenças paliativas?
- Quais os tipos de cuidados o paliativismo pode englobar?
- Como é feito o tratamento paliativo?
- Como a Cannabis medicinal pode auxiliar em tratamentos paliativos?
- Qual a diferença entre cuidados paliativos e eutanásia?
O que é paliativismo?
O paliativismo é um ramo da medicina que se concentra na gestão dos sintomas e no bem-estar geral de pacientes com doenças graves ou terminais. Ele se concentra em fornecer cuidados e tratamentos que ajudam a melhorar a qualidade de vida do paciente, mesmo que a doença não possa ser curada ou tratada diretamente.
Os cuidados paliativos são projetados para ajudar o paciente a gerenciar sua condição, para ajudar a melhorar sua qualidade de vida, controlar a dor e outros sintomas e dar-lhes suporte emocional e espiritual.
Os cuidados paliativos no Brasil
Os cuidados paliativos têm feito parte do sistema de saúde no Brasil desde os anos 90.
O Ministério da Saúde brasileiro desenvolveu diretrizes para os cuidados paliativos, e o país dispõe de uma rede de serviços de cuidados paliativos que estão à disposição dos pacientes e das suas famílias.
No Brasil, o atendimento em cuidados paliativos vem crescendo e se consolidando como uma especialidade médica. O Ministério da Saúde, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), oferece atendimento domiciliar ou em hospitais e tem equipes específicas para tratar pacientes que necessitam de cuidados paliativos.
Existem diversas instituições que oferecem serviços de cuidados paliativos no Brasil, entre elas o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Hospital do Câncer de Barretos, a Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, entre outros.
No entanto, ainda há muitos desafios na implementação e na oferta de cuidados paliativos no país, como a falta de profissionais capacitados e a falta de acesso a medicamentos e tecnologias que possam ajudar na gestão dos sintomas.
Por isso, é importante que haja uma mobilização e um investimento em políticas públicas que garantam o acesso universal aos cuidados paliativos para todos os pacientes que necessitam desse tipo de atendimento.
Quais são os princípios dos cuidados paliativos?
O paliativismo é baseado em cinco princípios fundamentais, que visam fornecer apoio e conforto para pacientes que sofrem de doenças graves ou terminais. São eles:
1. Alívio dos sintomas
Os cuidados paliativos buscam aliviar a dor e o sofrimento físico e emocional dos pacientes. Isso pode incluir o uso de analgésicos, técnicas de relaxamento e outras terapias que ajudem na gestão dos sintomas.
2. Promoção da qualidade de vida
O paliativismo proporciona a melhor qualidade de vida possível para os pacientes, independentemente da fase da doença em que se encontram. Isso pode incluir tratamentos para gerenciar sintomas como náuseas, fadiga, insônia e falta de apetite.
3. Cuidados personalizados
Os cuidados paliativos são adaptados às necessidades individuais de cada paciente e seus familiares. Isso pode incluir cuidados espirituais e emocionais, bem como cuidados médicos e de enfermagem.
4. Comunicação
A comunicação aberta e honesta é fundamental nos cuidados paliativos. Os pacientes e suas famílias são informados sobre o progresso da doença e sobre as opções de tratamento disponíveis para que tomem decisões sobre seu atendimento médico.
A coordenação eficaz dos serviços de saúde é essencial para garantir que os pacientes recebam os cuidados adequados e em tempo hábil.
Isso envolve a comunicação entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e outros profissionais de saúde.
5. Apoio familiar
Os cuidados paliativos também visam oferecer apoio emocional e prático para as famílias dos pacientes. Isso inclui orientação sobre como lidar com os cuidados do paciente, suporte psicológico e assistência nas tarefas cotidianas.
O que são doenças paliativas?
As doenças paliativas são doenças que não podem ser curadas e requerem cuidados médicos contínuos.
Estas doenças causam frequentemente angústia física, emocional e espiritual, e os doentes com doenças paliativas requerem uma abordagem especializada. Algumas doenças paliativas comuns incluem:
- Câncer: O câncer é uma das doenças mais comuns que pode se tornar paliativa. Pacientes que sofrem de câncer terminal podem se beneficiar de cuidados paliativos para aliviar sintomas como dor e fadiga.
- Alzheimer: A doença de Alzheimer é progressiva e afeta a capacidade cognitiva e a memória do paciente. Cuidados paliativos podem ser utilizados para melhorar a qualidade de vida do paciente e ajudar a gerenciar os sintomas da doença.
- Insuficiência cardíaca: A insuficiência cardíaca é uma doença crônica que afeta a capacidade do coração de realizar suas funções adequadamente. Cuidados paliativos podem ser utilizados para ajudar o paciente a gerenciar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e reduzir o tempo de internação.
- Esclerose múltipla: A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central. Em estágios avançados, a esclerose múltipla pode se tornar paliativa, principalmente para aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente.
- AIDS: AAIDS é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana. Pacientes que sofrem de AIDS podem se beneficiar de cuidados paliativos para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Os cuidados paliativos podem ser prestados em qualquer fase de uma doença grave, e não apenas no fim da vida. Os pacientes com doenças paliativas requerem cuidados médicos contínuos, e os cuidados paliativos podem ajudar a aliviar os sintomas.
Que tipos de cuidados o paliativismo engloba?
O paliativismo pode abranger uma vasta gama de cuidados e intervenções, incluindo gestão da dor, gestão de sintomas, apoio emocional, cuidados espirituais, aconselhamento, planejamento de cuidados avançados e apoio em caso de luto.
Entre os cuidados que o paliativismo engloba, podemos categorizá-los da seguinte forma:
Físicos
Os cuidados físicos no paliativismo são essenciais para garantir o máximo de conforto e qualidade de vida para os pacientes em cuidados paliativos.
Eles incluem uma série de medidas que visam aliviar sintomas como dor, fadiga, falta de apetite, náuseas e vômitos, entre outros. Um dos cuidados físicos mais importantes no paliativismo é a administração adequada de medicamentos para alívio da dor e outros sintomas.
Esses medicamentos devem ser prescritos e administrados de forma criteriosa, considerando as necessidades e condições individuais de cada paciente.
Além disso, o paliativismo engloba também cuidados com a higiene pessoal do paciente, incluindo banhos, trocas de roupas e outras medidas que visam manter sua integridade física e prevenir complicações decorrentes de problemas de pele ou infecções.
Outros cuidados físicos incluem a promoção da alimentação adequada e a ingestão de líquidos. Bem como o uso de dispositivos de suporte respiratório em casos de dificuldade respiratória. Também inclui a realização de fisioterapia e outras terapias ocupacionais para manter a mobilidade e prevenir deformidades.
Psicológicos
Os cuidados psicológicos no paliativismo são igualmente importantes e visam garantir o bem-estar emocional e mental do paciente em cuidados paliativos.
Eles incluem uma série de medidas que visam ajudar os pacientes a lidar com a ansiedade, medo, desesperança, depressão e outros sentimentos decorrentes de sua condição de saúde.
Um dos cuidados psicológicos mais importantes é o suporte emocional e aconselhamento fornecidos por profissionais de saúde, incluindo psicólogos, assistentes sociais e psicoterapeutas.
Esses profissionais trabalham em conjunto com a equipe de cuidados paliativos para apoiar os pacientes e seus familiares durante todo o processo de cuidados paliativos.
Outros cuidados psicológicos incluem terapias como musicoterapia, arteterapia e terapia ocupacional, que podem ajudar os pacientes a expressar suas emoções e a encontrar um senso de propósito e significado, mesmo em meio à dor e sofrimento.
Além disso, o paliativismo também promove a participação ativa dos pacientes em suas decisões de saúde, dando-lhes controle e autodeterminação sobre seus cuidados e escolhas de tratamento. Isso pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade associados às incertezas do futuro.
Em suma, os cuidados psicológicos no paliativismo são cruciais para garantir que os pacientes em cuidados paliativos sejam tratados não apenas como corpos doentes, mas como seres humanos completos, com necessidades físicas, emocionais e espirituais.
Sociais
Os cuidados sociais no paliativismo são importantes para garantir que os pacientes em cuidados paliativos tenham todo o apoio social e comunitário que precisam durante suas vidas.
Eles incluem uma série de medidas que visam ajudar os pacientes a manter seus relacionamentos pessoais, receber apoio financeiro e obter serviços sociais e comunitários. Um dos cuidados sociais mais importantes é o suporte da família e dos amigos do paciente.
É importante que essas pessoas estejam presentes e ofereçam seu amor, encorajamento e apoio prático durante todo o processo de cuidados paliativos. Isso pode ajudar a aliviar o estresse e a solidão que muitas vezes acompanham a doença terminal.
Além disso, os profissionais de cuidados paliativos podem ajudar os pacientes a se conectar com recursos sociais e comunitários, como assistentes sociais, grupos de apoio, organizações religiosas e outros, que podem fornecer assistência prática e emocional durante os cuidados paliativos.
Os cuidados sociais no paliativismo também podem incluir ajuda para questões financeiras, como acesso a programas de seguro de saúde, apoio financeiro e benefícios de seguro social.
O objetivo é ajudar os pacientes a manter sua independência financeira e reduzir o estresse financeiro para eles e suas famílias.
Portanto, os cuidados sociais no paliativismo são essenciais para garantir que os pacientes em cuidados paliativos tenham todo o apoio social, emocional, prático e financeiro que necessitam durante suas vidas.
Espirituais
Os cuidados espirituais no paliativismo são importantes para fornecer suporte e conforto aos pacientes em cuidados paliativos em relação à sua vida espiritual ou religiosa.
Eles visam ajudar os pacientes a encontrar significado e propósito em sua vida, mesmo em face da doença terminal e da morte iminente.
Os cuidados espirituais no paliativismo envolvem colaboração com organizações religiosas, capelães ou orientadores religiosos, que ajudarão na conexão do paciente com sua espiritualidade e fé.
É importante lembrar que a espiritualidade pode ser uma fonte de consolo, encorajamento e força durante os cuidados paliativos.
Os cuidados espirituais também devem incluir o respeito às crenças religiosas e tradições culturais do paciente, bem como permitir que ele pratique seus rituais e celebrações dentro das limitações físicas que a doença lhe impõe.
Os cuidados espirituais no paliativismo são importantes para a saúde global do paciente. Eles ajudam os pacientes a encontrar conforto em sua vida espiritual e a manter laços com suas crenças e valores enquanto enfrentam as dificuldades de sua doença.
Como é feito o tratamento paliativo?
O tratamento paliativo pode ser realizado em diversas etapas da doença e tem como objetivo proporcionar conforto ao paciente, reduzir o sofrimento e melhorar a sua qualidade de vida, independentemente da cura ou do prognóstico da doença.
Os cuidados paliativos normalmente envolvem uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas e outros profissionais da saúde.
Cada membro dessa equipe trabalha em conjunto para fornecer uma abordagem holística do cuidado paliativo.
O tratamento paliativo pode incluir o controle dos sintomas, como dor, náusea, falta de ar e fadiga, além de psicoterapia, espiritualidade, apoio social e outras terapias complementares.
Também pode envolver cuidados com a higiene, alimentação e mobilidade, além de fornecer informações sobre a doença e seus tratamentos, possíveis complicações e opções de cuidados.
É importante lembrar que o tratamento paliativo é personalizado e adaptado às necessidades individuais de cada paciente e sua família, e pode mudar ao longo do tempo à medida que a doença progride.
O objetivo principal é melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus entes queridos, fornecendo-lhes apoio emocional, físico, social e espiritual durante um período difícil.
Quando o cuidado paliativo costuma ser realizado?
O cuidado paliativo é geralmente realizado em pacientes com doenças crônicas ou condições terminais, que podem incluir câncer, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença renal crônica, demência, entre outras.
O tratamento paliativo pode ser oferecido em qualquer estágio da doença, desde o momento do diagnóstico até os estágios avançados.
O cuidado paliativo pode ser oferecido em hospitais, na casa do paciente ou em um centro especializado em cuidados paliativos. A decisão de iniciar o tratamento paliativo é baseada nas necessidades individuais do paciente e em seus objetivos de cuidados.
A importância dos cuidados paliativos na fase de terminalidade
Os cuidados paliativos são essenciais na fase de terminalidade, pois promovem alívio do sofrimento físico, emocional e espiritual dos pacientes que enfrentam uma doença grave e progredindo.
Eles se concentram em melhorar a qualidade de vida do paciente, ajudando-o a encontrar conforto e paz em seus últimos dias.
Além disso, os cuidados paliativos envolvem não apenas o paciente, mas também a família e a equipe de cuidados de saúde. Eles garantem que o paciente e sua família estejam bem informados sobre o que está acontecendo e quais opções estão disponíveis.
Também ajudam as equipes de cuidados de saúde a oferecer suporte e assistência adicional durante os momentos difíceis.
Os cuidados paliativos também podem incluir tratamentos para aliviar sintomas como dor, náusea, falta de ar e outros desconfortos que afetam a qualidade de vida do paciente. Isso pode melhorar significativamente o bem-estar do paciente e permitir que ele aproveite ao máximo o tempo que resta.
Quanto tempo dura um tratamento paliativo?
Não há um tempo definido para a duração do tratamento paliativo, pois ele é personalizado e adaptado às necessidades individuais de cada paciente.
O objetivo principal dos cuidados paliativos é melhorar a qualidade de vida do paciente até o fim da vida, portanto, pode durar desde alguns dias até meses ou anos, dependendo da progressão da doença e da necessidade de cuidados contínuos.
É importante lembrar que os cuidados paliativos não são apenas para o final da vida e podem ser iniciados assim que o paciente receber o diagnóstico de uma doença grave e progredindo.
Como a Cannabis medicinal pode auxiliar em tratamentos paliativos?
A Cannabis medicinal tem sido amplamente estudada e utilizada como uma terapia complementar em tratamentos paliativos de pacientes que enfrentam doenças graves e progressivas, a fim de melhorar sua qualidade de vida.
Os canabinoides presentes na Cannabis, como o THC e o CBD, possuem propriedades capazes de ajudar nos cuidados paliativos. Estas propriedades podem ser analgésicas, anti-inflamatórias e antieméticas que podem ajudar a aliviar dores crônicas, sintomas de náuseas, vômitos e falta de apetite associados à doenças paliativas.
O uso da Cannabis medicinal pode ser particularmente útil em pacientes com câncer, AIDS, esclerose múltipla e outras doenças paliativas, onde a dor e outros sintomas são frequentes e intensos.
Além disso, a Cannabis pode ajudar a melhorar o sono e o humor em pacientes com doenças terminais, permitindo que eles aproveitem a vida ao máximo até o fim.
Embora a Cannabis medicinal seja vista como uma opção promissora para o tratamento paliativo, é importante lembrar que seu uso deve ser monitorado e orientado por um médico especializado e dentro das leis e normas regulatórias do país.
Quais os benefícios do tratamento auxiliar à base de Cannabis?
A Cannabis medicinal pode trazer vários benefícios para pacientes que enfrentam doenças paliativas.
A meta-análise de estudos Prospects for the Use of Cannabinoids in Oncology and Palliative Care Practice: A Review of the Evidence avaliou o potencial paliativo da Cannabis nestes casos.
Para esta revisão, foram incluídos ensaios clínicos randomizados duplo-cegos ou abertos com uma duração de mais de 2 semanas, contando com pelo menos 10 pacientes por estudo.
Os estudos incluíram participantes de diferentes idades, diagnosticados com alguma doença médica avançada ou em estágio final (por exemplo, câncer, demência, AIDS, doença cardíaca, doença pulmonar e doença hepática).
De acordo com os resultados desta revisão, os seguintes benefícios podem ser obtidos com o uso da Cannabis em tratamentos paliativos.
1. Alívio da dor
A Cannabis pode ajudar a aliviar dores crônicas que são frequentes em condições como câncer, AIDS e outras doenças paliativas. De acordo com uma meta-análise de oito ensaios relatados na revisão, os canabinoides trouxeram uma maior redução da dor crônica em comparação com o placebo (37% vs. 31%) em grupos de pessoas com dores crônicas.
2. Melhora de sintomas de náuseas e vômitos
A Cannabis também tem propriedades antieméticas e pode ajudar a diminuir as náuseas e vômitos causados por tratamentos como quimioterapia. Pacientes que não estão em tratamento, mas que sofrem com estes sintomas também podem se beneficiar da Cannabis neste caso.
3. Estímulo do apetite
A Cannabis ajuda a regular o apetite, o que pode ser benéfico para pacientes com doenças paliativas que sofrem com falta de apetite e perda de peso associada ao tratamento ou sintomas de doenças paliativas.
Na mesma revisão de estudos citada anteriormente, a Cannabis teve um efeito significativamente maior no apetite em pacientes com AIDS que receberam canabinoides ao invés de placebo.
Em um dos estudos avaliados, o dronabinol, um medicamento feito com canabinoides sintéticos que imitam o THC, foi capaz de aumentar o apetite dos pacientes em 38% em comparação com um grupo placebo, que teve um aumento de apenas 8%.
4. Efeito ansiolítico e antidepressivo
Os canabinoides também podem ter um efeito psicoativo positivo em pacientes que sofrem de ansiedade, depressão e estresse relacionados à doenças paliativas.
A revisão de estudos também relata que muitos estudos constataram atividade ansiolítica, sedativa e soporífera dos canabinoides em determinados grupos. O que pode ser valioso, já que muitos pacientes com câncer avançado tendem a ter distúrbios psicológicos, como depressão ou ansiedade.
5. Melhora na qualidade do sono
A Cannabis pode ajudar a melhorar a qualidade do sono em pacientes com doenças terminais. De acordo com a revisão, o CBD pode ser eficaz para o transtorno de comportamento do sono e sonolência diurna excessiva.
Por outro lado, o nabilona, outro medicamento feito com canabinoide sintético que imita o THC, pode reduzir pesadelos associados ao estresse e pode melhorar o sono entre pacientes com dor crônica.
Portanto, a Cannabis medicinal pode ser uma opção promissora e complementar aos cuidados paliativos, permitindo que os pacientes enfrentem a doença com mais conforto e qualidade de vida.
No entanto, mais pesquisas são necessárias para que possamos concluir a efetividade da Cannabis.
Onde buscar tratamento à base de Cannabis medicinal?
O tratamento à base de Cannabis medicinal deve ser realizado com orientação médica, em conformidade com as leis e normas regulatórias do país.
O Portal Cannabis e Saúde reúne mais de 250 profissionais habilitados que oferecem serviços para pacientes que buscam orientação e prescrição, incluindo consulta médica e plano de tratamento personalizado.
Se você acredita que o uso da Cannabis pode beneficiar você, acesse nosso site e marque uma consulta com um de nossos profissionais. Ele vai avaliar cuidadosamente sua situação para determinar se esse tratamento se encaixa em seu perfil.
Em caso positivo, você receberá sua prescrição para comprar ou importar seus medicamentos à base de Cannabis.
Qual a diferença entre cuidados paliativos e eutanásia?
Os cuidados paliativos se referem a um tipo de tratamento que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam doenças graves e/ou terminais. O objetivo dos cuidados paliativos é promover a dignidade humana e proporcionar conforto ao paciente.
Já a eutanásia é a prática de induzir a morte de uma pessoa que está sofrendo de uma doença incurável ou em estado vegetativo irreversível, com o objetivo de aliviar seu sofrimento.
É importante diferenciar a eutanásia dos cuidados paliativos, pois a eutanásia é ilegal na maioria dos países. Por outro lado, os cuidados paliativos são amplamente aceitos e praticados em todo o mundo como uma forma de oferecer conforto e suporte aos pacientes que enfrentam condições graves e progressivas.
Conclusão
Em conclusão, os cuidados paliativos são uma abordagem holística que busca aliviar o sofrimento físico, emocional e social de pacientes que enfrentam doenças graves e/ou terminais.
Eles são uma forma de oferecer conforto, dignidade e qualidade de vida aos pacientes e seus familiares, permitindo que eles enfrentem o processo de finitude com mais tranquilidade.
A Cannabis medicinal pode ser uma opção complementar para o tratamento paliativo, ajudando a reduzir a dor, promover o apetite, melhorar o sono e reduzir sintomas de ansiedade e depressão.
É essencial que os pacientes procurem orientação médica qualificada e respeitem a regulamentação e indicação médica do uso de Cannabis medicinal.
Por fim, é importante destacar que os cuidados paliativos são distintos da eutanásia e representam uma abordagem ética e humanitária de cuidado à saúde.