As crianças devem ficar longe das drogas ilícitas, mas os anos de proibição e Guerra às Drogas nos mostram que fingir que esse tema não existe é uma opção pior. Para tratar esse assunto, os profissionais mais indicados são os professores e é para eles que foi pensado o curso Educação, Drogas e Saúde nas Escolas.
Desde 2017, a formação é oferecida pelo Programa de Formação Continuada de Professores da Fundação CECIERJ (Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro) totalmente gratuito e à distância.
Se você é profissional da educação da rede pública ou privada, pode se inscrever no curso acessando esse link. As inscrições estão abertas até o dia 05/02.
Crianças que se tratam com Cannabis
A Cannabis está presente nas nossas vida a muitas gerações, e ela está presente nas escolas também. Contamos aqui a história do menino Samuel, que está no espectro do autismo e conseguiu zerar o número de convulsões após começar a se tratar com CBD. Assim, ele voltou a frequentar a escola e os professores e amigos de classe do Samuca precisaram lidar com o uso medicinal da planta.
Com o avanço das regulamentações e com mais famílias fazendo o uso medicinal da Cannabis, surge a necessidade de que informações sobre a planta cheguem às crianças por fontes confiáveis. Inclusive, para que elas cresçam sabendo as particularidades do uso medicinal e do uso adulto.
Ele criou um site com ferramentas e ações educativas, onde você pode baixar alguns materiais para estimular o debate com jovens. Acesse o site Educação Sobre Drogas.
Mudança de rumo do proibicionismo para a redução de danos
Falar sobre drogas, e Cannabis, nas escolas é um caminho para evitar o abuso e proteger esses jovens. Então, informar é a estratégia para alcançar esses objetivos, segundo o professor responsável pelo curso, Francisco Coelho:
“De receios à tabus, tentamos construir uma formação que não parta de conceitos prontos, que parta da premissa que informar é a única solução para lidar com as práticas abusivas em torno das drogas. Do contrário, entendemos que os professores devem ser estimulados e autorizados para dialogar sobre o tema, evitando reproduzir um caminho proibicionista, alienador e violento.
Por isso vemos na Redução de Riscos e Danos o caminho mais promissor para autorizar e estimular os profissionais para perceberem o debate das drogas como um debate da ‘Educação’ e não apenas sob a égide da ‘Saúde’ ou da ‘Segurança’.”
Francisco Coelho identificou que os professores tinham dificuldade em lidar com o tema das drogas durante sua pesquisa de doutorado. Com apoio do Instituto Oswaldo Cruz, ligado à Fiocruz, o pesquisador elaborou o curso Educação Drogas e Saúde nas Escolas em parceria com a também cientista Simone Monteiro.
Curso aproveita experiência dos professores
Atualmente, a ciência recomenda que menores de idade não utilizem a Cannabis sem acompanhamento médico, isso pode trazer prejuízos no desenvolvimento do cérebro dos jovens com menos de 19 anos. Inclusive, a intoxicação de crianças que ingerem produtos com Cannabis está se tornando um problema em locais com regulamentação.
Regras para embalagens se fazem necessárias, mas seriam mais eficientes com campanhas de educação e conscientização a partir das escolas. Explicar a diferença entre o uso medicinal e o uso adulto entra no curso Educação, Drogas e Saúde nas Escolas a partir dos conhecimentos que os educadores já possuem, como lembrou Francisco:
“No curso, trazemos o debate da maconha medicinal para os professores. Muitos possuem experiências ricas, inclusive com uso medicinal. Toda essa experiência se converte em material educativo a partir da aprendizagem colaborativa.
O contexto das situações difíceis e dolorosas é colocado em xeque, sobretudo utilizando como pano de fundo o cenário da escola pública, onde notamos muitas crianças que se beneficiariam do uso medicinal, mas a informação não chega ou chega deturpada.”
Médicos prescritores de Cannabis
Mesmo entre os profissionais da saúde, é uma minoria os que entendem sobre a Cannabis e muitos ainda alimentam muitos preconceitos sobre a planta. Aqui na nossa plataforma de agendamentos todos os médicos são capacitados para te orientar em um tratamento com canabinoides.
Portanto, para começar já a se tratar com Cannabis, basta marcar uma consulta e seguir as orientações de um dos 200 médicos de diversas especialidades que estão presentes na plataforma.