Ano após ano, os cientistas quebram o recorde anterior de testes clínicos com Cannabis e em 2022 não foi diferente. No ano que se encerra em poucos dias, a plataforma de registro internacional de registro de testes clínicos da Organização Mundial da Saúde (ICTRP) teve mais estudos com a planta e seus derivados do que qualquer ano anterior.
Somente em 2022, foram 98 testes clínicos com a Cannabis registrados na plataforma, contra 93 em 2021 e 63 em 2020. Se os anos de proibição inibiram a busca por conhecimento sobre a planta, vivemos um período em que a ciência investiga com afinco o potencial dela.
O que é um teste clínico?
Antes de tudo, não é qualquer estudo acadêmico que pode ser considerado um teste clínico. Nesse sentido, a OMS detalha o que é elegível no site da plataforma:
“Para fins de registro, um ensaio clínico é qualquer estudo de pesquisa que atribua prospectivamente participantes humanos ou grupos de humanos a uma ou mais intervenções relacionadas à saúde para avaliar os efeitos nos resultados de saúde. Os ensaios clínicos também podem ser referidos como ensaios de intervenção. As intervenções incluem, entre outros, medicamentos, células e outros produtos biológicos, procedimentos cirúrgicos, procedimentos radiológicos, dispositivos, tratamentos comportamentais, mudanças no processo de atendimento, cuidados preventivos, etc. Esta definição inclui ensaios de Fase I a Fase IV.”
Além disso, os testes clínicos são etapas fundamentais para que novos medicamentos e tratamentos cheguem às pessoas. É a partir desses estudos que comprovamos a segurança e a eficácia para diversas condições de saúde.
Testes clínicos brasileiros
O Brasil também contribuiu para esse número crescer no ano de 2022. Na plataforma ReBEC (Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos) tivemos somente um estudo registrado nesse ano. O título do estudo é “Solução CBD/THC como estratégia farmacológica para pacientes com fibromialgia: protocolo de estudo clínico unicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo (FibroCann)”.
Por aqui, o número de estudos está caindo em relação aos anos anteriores. Em 2021, foram dois estudos e, em 2020, foram três. Há vários motivos para essa queda, entre eles a regulamentação brasileira, que só autorizou uma universidade a cultivar Cannabis para fins científicos em dezembro de 2022.
No entanto, os tratamentos com Cannabis estão acessíveis para a população. Se você quer começar um tratamento com a planta, é muito fácil. Basta marcar uma consulta na nossa plataforma de agendamentos, por lá você encontra médicos prescritores de canabinoides de diversas especialidades. Marque já uma consulta e inicie um tratamento transformador.