A antiga dor no joelho de Mariana Bernardes se tornou insustentável no ano de 2019. Buscou um médico especialista, fez exames, e recebeu o diagnóstico de condromalácia patelar nos dois joelhos.
Esse, no entanto, era somente o início da saga vivenciada pela jovem, então, aos 35 anos. “Eu comecei o tratamento, só que não melhorou. Passou um ano, dois anos, e a dor não melhorava. Depois o ombro começou a ficar ruim, depois as mãos, os dedos. Tudo doendo.”
Sem encontrar qualquer alívio com especialistas em joelho, buscou em sua família uma alternativa. “Até que esse ano eu busquei atendimento com um primo meu que é médico clínico geral e chegamos ao diagnóstico de fibromialgia. Minha família tem muitos casos.”
O tratamento para fibromialgia
À essa altura, sua qualidade de vida estava bastante comprometida. “Quando eu tô com dor, não consigo fazer nada. Nem escrever no caderno e segurar o lápis. Traz insônia, porque a noite eu fico revirando na cama com dor e me atrapalha dormir.”
“As dores atrapalham tudo. Eu não consigo fazer academia, por exemplo. Eu tenho que estar livre de crise para conseguir fazer academia e manter o fortalecimento, Com dor, eu não consigo.”
“Tenho duas crianças em casa e é correria para um lado e para o outro. É bem complicado quando estou com bastante dor.”
O tratamento para fibromialgia indicado por seu primo médico foi com o medicamento duloxetina. “Um remédio forte para dor e eu sou um pouco relutante com esses remédios.”
A Cannabis e o tratamento para fibromialgia
Sempre atenta às notícias, Mariana já escutava há tempos sobre a possibilidade de utilizar a Cannabis medicinal para o tratamento da fibromialgia. “Nunca tive preconceito. A gente vê bastante sobre o uso medicinal, que vem evoluindo no Brasil. Sempre foi uma opção, só não peguei antes pelo custo.”
No entanto, por uma alternativa ao medicamento alopático, decidiu investir. Buscou por um médico prescritor e marcou uma consulta com o clínico geral Vinícius Mesquita.
“O dr. Vinícius fala que é um remédio igual aos outros, mas, na minha cabeça, ele é um pouco mais pesado que os outros.”
De início, o médico introduziu a Cannabis medicinal como tratamento adjuvante à duloxetina, mas durou pouco.
“Teve uma semana que eu esqueci de tomar por três dias o duloxetina e passei muito, muito mal. A única explicação era a abstinência do medicamento. “A hora que fiz essa correlação, já não tomei mais duloxetina. Não vou ficar tomando esse trem que me deixa desse jeito.”
Instantâneo
Hoje, Mariana segue somente com a Cannabis medicinal, apesar de ainda estar no início do tratamento. No dia da entrevista, não havia completado dois meses desde que começou a tomar o canabidiol.
“A melhora foi significativa. Eu tinha muito problema para dormir. Acordava muito e dormia mal e meu sono melhorou da água para o vinho. Foi instantâneo. No primeiro dia em que tomei, dormi tanto que não me lembrava da última vez que havia dormido tão bem.”
“Das dores, com uma semana e pouco, eu já comecei a notar uma melhora.”
Não que esteja curada. Se sentindo bem, teve confiança para fazer faxina em sua casa. O esforço, porém, serviu como gatilho para uma crise de dor. “Eu andei abusando. Essas coisas que eu não posso fazer.”
Todo mundo se trata junto
Apesar do revés, Mariana está otimista. “Segundo o dr. Vinícius, a ideia é que eu volte a poder fazer essas coisas. Ele tem pacientes que se livram 100% da dor. Em fevereiro a gente vai ter retorno para ver se passaram as dores, se entra com o THC ou não.”
A confiança no remédio feito com a planta da Cannabis é, inclusive, compartilhada em sua família. Seu pai, com sequelas respiratórias de um tumor no pulmão, e sua mãe, também com dor crônica, começaram junto com Mariana a fazer o tratamento e também sentem melhoras na qualidade de vida.
“A gente vem de uma pressão social muito grande que faz achar que, por mil e um motivos, a Cannabis é errada e eu acho que não faz o menor sentido.”
“Em casa, todo mundo se trata junto e eu acredito que a pessoa, quando tá no início de tratamento, pode até não se abrir para a Cannabis, mas, na hora que ela vê que o resto das opções não funcionam, se abre para qualquer possibilidade.”
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