“A Kanna é uma empresa de impacto que utiliza duas tecnologias para trazer o ESG ao centro do nosso negócio. A primeira é o cânhamo, e a tecnologia desta planta maravilhosa que é uma das plantas mais ecoeficientes do planeta. E também grande capacidade de revitalização de solo. A outra tecnologia é a blockchain, que tem potenciais futuros imensos”, explicou Mario Lenhart, CFO da Kanna, que conversou com Portal Cannabis & Saúde:
Projeto na América do Sul
Como o Brasil ainda não permite o cultivo de Cannabis, a Kanna pretende começar suas operações em países como Paraguai, Uruguai e Colômbia: “O estágio em que estamos é de começar as tratativas em terras da América do Sul para nosso cultivo. A ideia é que nosso protótipo comece através da blockchain para começar a colocar todo este impacto para a comunidade”, explicou Mario.
Tecnologia blockchain, Kanna Coin e a Cannabis
Basicamente a Kanna é uma moeda digital que tem por trás das suas operações o cultivo de cânhamo e o potencial de causar impacto ambiental e social da planta.
“Queremos trazer uma transparência radical. Por isso somos uma organização autonomia descentralizada. Todos que comprarem nosso token, além de gerar impacto social e ambiental, você também poderá participar das decisões da empresa. E será através de um ativo digital, que chamamos de token, o KNN, que são fatias da empresa Kanna”.
Segundo explica o site da Kanna, o conceito de blockchain surgiu em 2008 no artigo conhecido como o white paper do bitcoin, que explica detalhadamente a proposta de uma moeda eletrônica que é construída por uma rede confiável, descentralizada, que não permite a duplicação de gastos e que pode ser feita peer-to-peer (de pessoa para pessoa, sem o intermédio de uma instituição) a qualquer hora e para qualquer lugar do mundo.
E a única coisa necessária para a operação é o acesso à internet. O bitcoin é o pioneiro e o mais conhecido, mas existem diversos ativos com características semelhantes. Esses ativos digitais são chamados de criptomoedas. E a Kanna Coin pretende ser a criptomoeda da Cannabis no Brasil.
O propósito de transformar da Kanna
“Nossa ideia é ter propriedade e cultivar. Vender o cânhamo, gerar receita e fazer um impacto social e ambiental. Trabalhamos em dois mercados com estigma, o mercado da Cannabis e também no mercado da cripto. Então estamos também para quebrar esta barreira e unir este mundo com algo de impacto social e ambiental”, finalizou Mario.
O ecossistema econômico que está se consolidando nos Estados Unidos em volta da Cannabis pode servir de exemplo ao Brasil. Essencialmente uma regulamentação séria da Cannabis poderia gerar fundos econômicos robustos para o Brasil. Somando uma regulamentação da planta para fins medicinais e do cânhamo visando o potencial agro do Brasil os indicativos econômicos são animadores.
O Relatório Cânhamo no Brasil, da Kaya Mind, traz a estimativa de preços e quantidade de consumo de cada insumo proveniente do cânhamo em um cenário de cultivo regulamentado no país.
O estudo projetou o total de vendas e o imposto arrecadado ano a ano com esse mercado a partir da regulamentação do cânhamo no Brasil. Os números são promissores: seriam vendidos R$ 4,9 bilhões de insumos do cânhamo produzidos no quarto ano de regulamentação no país. E a arrecadação tributária seria de R$ 330,1 milhões no mesmo período.
O que é o cânhamo
O cânhamo é uma subespécie da Cannabis sativa L. que se distingue por sua genética, uso e formas de cultivo. Essa planta apresenta níveis baixos de THC, variando de acordo com a regulamentação do país. E pode apresentar níveis altos de CBD e outros canabinoides com potencial terapêutico como CBG e CBN.