“A Lelê começou a convulsionar com um mês de vida e começou a usar múltiplas drogas. E foram três meses para controlar as convulsões. E exatamente foi quando ela perdeu a fala, a única palavra que ela conseguiu falar foi mamãe. Mas hoje como pesquisadora eu vejo que se eu tivesse dado Cannabis para ela lá trás isso não poderia não ter acontecido. Pela capacidade de neuroplastia e isso dói”.
O relato emocionante é de Nayara Mazzini, mãe da menina Letícia, de nove anos, com quem conversamos com exclusividade. A história de Nay e Lelê é uma inspiração de vida e um relato que deixa ainda mais óbvia a necessidade da Cannabis ser cada vez mais presente em tratamentos médicos do Brasil.
Lelê é portadora da Síndrome de Lennox-Gastaut e foi apenas quando descobriu a Cannabis que a mãe da menina vislumbrou uma qualidade de vida para as duas. E assumiu como propósito de vida mostrar ao mundo os benefícios que a planta pode trazer. Conheça a história:
A filha de Nay nasceu com 1p36, síndrome também conhecido por monossomia 1p36. É uma doença genética congénita caracterizada por deficiência mental moderada a grave, atraso no crescimento, hipotonia, convulsões, capacidade de fala limitada, malformações, perda auditiva e de visão, e distintas características faciais.
140 crises convulsivas em 24h
Aos quatro anos, o caso de Lelê evoluiu para Síndrome de Lennox-Gastaut, um dos piores tipos de epilepsia refratária. Lelê chegou a ter 140 crises de convulsão em 24h. E foi neste momento que a mãe encontrou na Cannabis uma aliada na batalha de garantir a vida à sua filha.
“Quando as crises convulsivas acontecem dou THC e as crises param”
“A Lelê estava ficando acamada. Ela chegou a ter 140 crises em 24h. Ela não conseguia dormir, beber e comer. E foi nesse desespero que descobri a Cannabis. Pois eu não conseguia viver, sou mãe solo e também tenho o Miguel para cuidar”.
Síndrome de Lennox-Gastaut e a Resolução 2.324 do CFM
A síndrome de Lelê está entre as patologias citadas na última resolução do CFM, que está momentaneamente suspensa. Mas Nayara destaca que estar ou não na Resolução do CFM não é relevante. Já que são apenas óleos full spectrum, ricos em THC, é que ela consegue abortar as crises convulsivas da filha.
O avanço da autonomia de Lelê e o desmame de antibióticos
Entre os pontos de destaque do tratamento com Cannabis está a autonomia da menina. “A Lelê evoluiu muito. Ela tem 9 aninhos e depois da Cannabis eu consegui fazer o desmame de antibióticos e não dou mais corticoides. Fiz o desmame e não dei mais”.
Da perspectiva de morte a aprender a andar de triciclo
“Dentro das limitações dela há muito progresso. Pois era uma criança com perspectiva de morte que vivia em UTI e começou a andar e viver socialmente. Ela ganhou um triciclo e está aprendendo a pedalar.Ela vai caminhando para as terapias. Além disso, com uma nova planta de THC, ela começou a comer sozinha”, finalizou Nay.
A inspiradora história de Lelê com a Cannabis e questão: mais vidas também podem melhorar com a planta?
A história de Lelê com Cannabis é mais um relato especial que se soma aos outros que temos contato aqui no Portal Cannabis & Saúde. Já que acompanhamos médicos e pacientes que fazem uso da planta para tratar distintas patologias como Parkinson, ansiedade, estresse, depressão ou câncer, por exemplo.
Mas falando de uma criança e uma mãe, e de uma jornalista que é mãe de primeira viagem, a história emociona ainda mais. E é impossível não se questionar quantas vidas ainda podem ser afetadas positivamente no Brasil se mais pessoas, incluindo os profissionais da área da saúde, conhecerem os benefícios da planta?
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